Fanfic: •●๋• Alguém para amar ●ღ•

Desculpe a demora para postar, estive ocupada nos últimos dias! não percam as estréias de natal em breve!BeijãOO!

CAPÍTULO V

—Estou impressionado. A voz de Christopher Uckermann harmonizava plenamente com os sentimentos que o invadiam e que envolviam Dulce de um jeito muito íntimo, penetrante.

—  Por quê? — As palavras foram proferidas num tom enrouquecido, meio ofegante, revelando o quanto ela estava presa na armadilha de possibilidades que pairava sobre ambos.

—   Pelo seu profissionalismo — ele esclareceu.
Assentindo com um movimento de cabeça, ela se perguntava se aquele estranho adivinhara a impor­tância de seus valores. Uma onda de excitamento per­correu-a, proporcionando-lhe um intenso prazer. De­sejou saber mais sobre ele. Seria casado?

—Obrigada — agradeceu com um sorriso encanta­dor. — Faço o melhor possível. Como você, tenho uma reputação a zelar.

—Sempre há quem diz que o meu melhor está além das expectativas. Já lhe aconteceu isso, srta. Saviñon?

Soltou a mão dela. A retração dele acentuava a ines­perada formalidade com que a tratava. Dulce sen­tiu-se confusa. Por que, de repente, ele se mostrava tão distante?

—Lamento se foi vítima da incompreensão das pes­soas, sr. Uckermann — disse com um toque de soli­dariedade. — Muitas vezes, as expectativas das pes­soas fogem à realidade.

—Expectativas e realidade nada razoáveis, diga-se de passagem — Christopher completou.

Dulce vacilou, incerta dos movimentos dele. Guilhermo e suas expectativas nada razoáveis passaram por sua cabeça. Talvez Christopher Uckermann estivesse se recu­perando de algum contratempo pessoal ou mesmo pro­fissional. Com alguém da Global? Talvez por isso mos­trara-se tão taciturno momentos antes? Lembrou-se de um dos refrãos prediletos de Pascoal Gandía.

"A tempestade cairá sobre nossas cabeças."

—Bem, sr. Uckermann, sempre cai um pouco de chuva na vida de cada um.

—Com você sendo o "fazedor de chuva?"

Ela riu, negando com um movimento de cabeça.

—Não! Prefiro pensar que espalho o sol.

—A geradora de luz. — Os olhos cinzentos dele brilhavam de satisfação. — Sim, acho que é exata­mente o que pensa a seu respeito.

—E o que pensa a seu respeito, sr. Uckermann? -Christopher sorriu um sorriso discreto, misterioso.

—Oh, sou a espada da justiça, srta. Saviñon. Montado num cavalo branco, -Dulce gostaria de acrescentar. Queria fazê-lo descer do dorso do animal.

—Então, espero que os pratos de sua balança es­tejam em perfeito equilíbrio. A justiça freqüentemente é cega — ela disse, encolhendo os ombros.

—Isso é verdade — concordou ele. — Infelizmente, são poucas as pessoas cujos olhos estão abertos para os dois lados da situação, antes de estabelecerem um julgamento.

—Seus olhos estão abertos, sr. Uckermann?

—Eu sempre tenho uma visão ampla, srta. Saviñon.

—E Sem perder um único detalhe? Ninguém consegue enxergar tudo, sr. Uckermann.

—Oh, mas o que é isso? — Christian interrompeu-os, rindo. — Quanta cerimônia! Para que tanto senhor daqui, senhorita dali? Afinal, estamos numa festa e não num tribunal.

—Hoje em dia é preciso ter muito cuidado ao lidar com as pessoas, caro amigo Christian — Christopher Uckermann respondeu, bem-humorado. — Como posso saber que não estou diante de uma feminista radical que se ofenderia com uma familiaridade inadequada?

Christian riu.

—E óbvio que Dulce não é nenhuma feminista radical.

—As aparências enganam. Você faria a gentileza de irradiar um pouco de luz sobre o assunto?

SEGUE...