Fanfic: •●๋• Alguém para amar ●ღ•

Christopher ficou sério. Ele esquecera. O estado delicado de Maite e as dificuldades em chegar ao fim da gra­videz. Christian tinha razão. Seria loucura correr riscos inúteis. Se fossem sua esposa e seu filho, ele também teria todos esses cuidados.

Seu desejo de ter filhos fora frustrado e, muitas ve­zes, pegava-se pensando se um dia ainda conseguiria ser pai. Primeiro precisaria encontrar a mulher certa. Repetia a si mesmo que aos trinta e quatro anos, os caminhos ainda estavam todos abertos à sua frente.

—   Maite confia em você. São poucos dias de viagem.
Christian suspirou.

—  Normalmente, confia. Porém, ela está muito sensível, sentindo-se feia e indesejável. Além disso, estamos em jejum sexual e... — Corou. — Bem, acho que ela não ficará nada satisfeita por saber que estou viajando com uma mulher atraente e sensual como Dulce Saviñon.

Dulce Saviñon atraente? Sensual? Incrédulo, Christopher movimentou a cabeça. A expressão triste e suplicante do amigo comoveu-o.

—  Por favor, Christopher — Christian pediu. — Não há mais ninguém a quem posso recorrer. Se você não me ajudar...
—  Virou os olhos e gesticulou resignadamente.

A curiosidade de Christopher fora aguçada.

—Você gosta dela, Christian?

—De quem? De Dulce? — Lançou-lhe um olhar inocente. — Ela é uma garota adorável, mas sou ca­sado, Christopher. Amo minha esposa e não sou nenhum cafajeste.

—   Ela gosta de você?
Christian se remexeu na cadeira.

—  Bem, só como amigo. Não quero que Maite tenha idéias erradas. Se você estiver comigo, tudo ficará bem.

Uma desprezível criadora de problemas que se in­trometia na vida de esposas e maridos. Isso o que Dulce Saviñon era, Christopher concluiu com mordacidade.

"Não desta vez, Dulce Saviñon", ele garantiu men­talmente. Uma garota adorável... huh! Ela poderia ser atraente, sensual, lindíssima, mas tinha o incrível po­der de envenenar o relacionamento das outras pessoas.

Christopher decidiu que lhe daria um grande prazer infernizar a vida dessa mulher. Além disso, Maite me­recia paz e tranqüilidade nesse período difícil. A gra­videz de risco já era um problema grande demais para ela e Christian enfrentarem. Protegê-los das garras de Dulce Saviñon era mais do que um gesto de amizade. Era um dever.

—  Ok, Christian. Pode contar comigo. — Um sorriso
perigoso dançava em seus lábios.

Christian respirou aliviado.

—Para a festa de hoje à noite e para a viagem?

—Sim. Para a festa e para a viagem.

Para o inferno Belinda, suas ridículas exultações malignas e seu novo marido! Ele teria estômago suficiente para suportá-los por algumas horas. Afinal, era por uma boa causa. Quanto a Dulce Saviñon... bem, ele aguardava ansioso pelo momento de medir forças com ela.

CONTINUA?!