Fanfic: •●๋• Alguém para amar ●ღ•

CAPÍTULO III

Aflita, Dul fez um sinal para Christopher se afastar, para que ela pudesse correr até o banheiro. Não podia passar pelo vexame de continuar ali e deixar que o pior acontecesse.

De súbito, sentiu uma mão firme ajudando-a a ficar de pé. Com um abafado "obrigada", saiu cor­rendo para o banheiro de Maite.

Minutos depois, quando abriu a porta, encontrou Christopher do lado de fora. A cena a fez lembrar da primeira vez em que o vira, no corredor da casa para onde ela havia se mudado alguns dias antes.

A luz havia acabado, devido a um problema na rede de energia elétrica da região. Antes de sair para uma viagem a trabalho, Anahi a avisara sobre o problema, e Dul tivera o cuidado de se munir de uma lanterna, antes de ir para o banho. Quando saíra, meia hora depois, vestida com uma camisa masculina e segurando a lanterna, sobressaltara-se ao encontrar, na sala, aquele atraente desconhecido.

— Desculpe-me — dissera ele. — Eu não queria assustá-la. Sou Christopher... irmão de Anahi.

Dessa vez, porém, não sentira receio ao vê-lo. A luz estava acesa e a casa de Maite parecia mais do que segura.

— Está doente? — perguntou Christopher, preocupado.

  — Não. Vim apenas lavar o rosto com água fria. Christopher teve de conter o desejo de aninhá-la em seus braços. Dul parecia tão frágil, tão indefesa...

  —       Vamos embora daqui, Dul — sugeriu. — Despeça-se de suas amigas, mas não pare para falar com ninguém, senão ficaremos aqui por mais duas
horas no mínimo.

Sem dar a ela a chance de protestar, Christopher a segurou pelo braço, conduzindo-a até a sala. As ami­gas cercaram Dul no mesmo instante, mas Christopher não saiu do lado dela.

  — Oh, Dul, ficamos preocupadas — falou Maite.

  — Enjôos matutinos são normais, mas a esta hora da noite... — insinuou a sra. Salazar.

  — Você está bem? — perguntou Anahi.

  Dul sorriu para todas.

  — Sim, estou. Fiquei apenas um pouco cansada.

  —       Não me diga que já vai embora? — indagou Anabel, ao ver Christopher conduzi-la em direção à por­ta. — Ainda nem abriu os presentes!

Antes que Dul pudesse responder, Christopher interveio:

  —       Ela está exausta e quer ir para casa descansar. Eu me ofereci para levá-la até lá.

Ao olhar para a irmã, percebeu sua expressão de surpresa, mas não disse nada. Para evitar que ela se oferecesse para acompanhá-los, acrescentou:

  — Sei que vai querer ajudar Maite a arrumar a cozinha e reunir os presentes de Dul, portanto, não precisa se preocupar.

  — Claro que vou ajudar Maite — respondeu, sem muito entusiasmo. Olhando para Dul, perguntou: — Tem certeza de que não quer que eu a acompanhe?

Christopher segurou o braço de Dul com mais firmeza.

— Eu ficarei bem, Annie, não se preocupe. — Agra­deço a todas pela gentileza. Adorei a surpresa.

— Vá logo para casa e descanse bem, Dul — acon­selhou a sra. Salazar — Está dormindo por dois agora, sabia?

Christopher e Dul saíram em seguida. Mesmo sabendo que ela estava cansada, ele só diminuiu o ritmo dos passos quando chegaram à calçada. A certa altura, parou de repente e virou-a para ele. Fitando-a nos olhos, tocou-lhe o ventre com delicadeza.

— Essa criança é minha, não é? — perguntou.

CONTINUO?!