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Capítulo: 4? Capítulo

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Chris deu a si mesmo um prazo de vinte e quatro horas para ir até Dubuque e resolver o problema da pousada, talvez colocando Dul para administrar o negócio até que surgisse alguém interessado em comprá-lo. No dia seguinte, deveria estar de volta a Nova York para a reunião com um grupo de empresários da Tailândia.


Teria preferido aguardar a volta do testamenteiro Léon Bustamante, ou tratado da questão por meio do correio, telefone e fax.


Teria preferido não ter herdado nada e, assim, não ter que ir a lugar algum.


Mas era seu dever, pois tia Alma sempre lhe demons­trara afeto, consolando-o quando o fardo de administrar o império Uckermann tornava-se-lhe pesado demais.


Lamentava não ter podido aceitar o convite dela para passar o último Natal em Dubuque. Ficara surpreso ao aten­dê-la ao telefone naquela tarde fria de dezembro. Tia Alma geralmente enviava-lhe telegramas quando queria comuni­car algo.


— Venha, Chris — insistira ela.


Ele alegara estar ocupado. Muito ocupado.


Mas estivera mesmo ocupado demais para passar o Natal na pousada de tia Alma? Não. Bem poderia ter tirado al­guns dias de folga e levado a mãe para celebrarem com tia Alma aquele que seria seu último Natal.


Recusara o convite por causa de Dul.


Teria sido constrangedor. Esquisito. Ela e Memo planeja­vam casar-se em dezembro, logo após a formatura de Memo.


A julgar pelas peças que o destino vinha lhe pregando, no mínimo teria que levar Dul até o altar e entregá-la àquele tipo insensível!


Não, obrigado. Por isso, negara o último pedido da querida tia Alma.


Agora, era tarde demais. Mas iria a Dubuque, pois amara a tia e lhe devia isso.


E Chris não fugia ao dever.


  Oi, Chris — saudou um velho grisalho numa cadeira de balanço à varanda, assim que Chris saltou do carro alu­gado na aléia em frente da pousada. — Faz um tempão que você não aparece!


  Oi, Pascoal. — Chris subiu os degraus e estendeu a mão. — Como vai?


O velho o cumprimentou com energia e recostou-se no­vamente na cadeira.


  Sinto a falta de Alma, se quer saber a verdade — declarou. Começou a balançar-se na cadeira.


— Eu imagino.


Chris sabia que Pascoal Blocker devia muito a tia Alma. Aos oitenta anos, era um agregado da pousada, a exem­plo de Dul. Muitos anos antes, ele trabalhara no rebocador que o falecido marido da tia mantinha no Mississipi, mas fora demitido por ser alcoólico. Sempre esperançoso por se recuperar, participara de vários programas sociais para se livrar do vício, sem sucesso, aparecendo de vez em quando para fazer uma refeição.


Então, no ano em que Franco morreu, Pascoal apareceu na pousada no momento em que tia Alma enfrentava um problema nas instalações hidráulicas e realizou todos os reparos necessários.


Grata, tia Alma sugerira:


  Por que não fica por aqui? Há muito trabalho a ser feito.


E Pascoal ficara. Ser necessário, realmente necessário, provocara nele uma mudança que nenhum dos programas sociais bem intencionados conseguira. Nunca mais colocara uma gota de álcool na boca. Desde o dia em que começara a trabalhar na pousada, já instalara banheiros novos em quatro cómodos e mantinha as instalações hidráulicas em perfeita ordem.


Depois, quando tia Alma comprou uma casa no meio da encosta pensando em alugá-la por períodos mais longos, Benjamin executou as reformas necessárias e mudou-se para o porão, como zelador. Havia pouco mais de um ano, ela lhe doara a casa. Ele jamais ficaria sem um teto.


Provavelmente por isso, refletiu Chris, tia Alma não le­gara mais nada a Pascoal no testamento.


Martim, outro agregado da pousada, aproximava-se da va­randa a passos lentos. Com uns setenta e cinco anos agora, tia Alma encontrara-o na fila da sopa destinada a pessoas carentes e logo descobrira tratar-se de um jardineiro de­sempregado. Convidado para fazer a manutenção do jardim da pousada, logo demonstrara profundo conhecimento do ofício:


  As plantas precisam de poda, mas a época certa é no outono. — Avaliou os arbustos de flores, muito crítico. — Aquelas peônias precisam de armação — declarou. — E uma treliça melhor para as parreiras.


— Pode fazer uma treliça tipo caramanchão? — pergun­tara tia Alma, animada.


Martim atendera ao pedido, e o caramanchão estava até hoje no mesmo lugar.


O velho jardineiro pousou o carrinho de mão cheio de casinhas com plantas e olhou Chris de cima a baixo.


  Como vai, Martim? — Chris estendeu a mão.


Martim grunhiu e apertou a mão de Chris, num cumpri­mento mais forte do que o normal.


— Você demorou para vir.


Chris mostrou-se desconsolado.


— Vim o mais rápido que pude. Eu estava no Oriente quando tia Alma faleceu. Não pude vir ao enterro.


Martim soltou um grunhido e Pascoal, outro.


— Mas aqui estou — finalizou Chris. — Não se preocupem. Tudo vai ficar bem. Vou arranjar tudo.


Martim aquiesceu.


— Mas é claro que vai.


— Tenho certeza de que vai fazer o que é direito — Beijamim assentiu satisfeito.


Chris ficou contente por confiarem nele.


— Claro que vou.


— Contamos com você — declarou Martim, finalmente.


O que estava acontecendo ali? Estariam pensando que ele venderia o estabelecimento sem levá-los em consideração?


— Vou me assegurar de que vocês fiquem bem — prometeu.


— Não estamos preocupados conosco — disparou Martim. — Mas com Dul.


— Vou tomar conta de Dul — prometeu Chris.


Aparentemente, era o que os dois anciãos esperavam ou­vir, pois ficaram mais relaxados.


  Eu sabia — comentou Pascoal.


— Bom rapaz — concordou Martim, e bateu-lhe às costas.


Chris aproveitou e indagou:


  Onde ela está?


— Na cozinha. Ela não disse que você estava vindo.


Chris transferiu o peso de uma perna a outra.


  Eu não telefonei. — Não explicou por quê. Mas pre­cisava esclarecer uma dúvida antes de vê-la. — Ela... ela se casou?


Pascoal ficou olhando para ele. Martim tirou os óculos, limpou-os e recolocou-os antes de responder:


— Ainda não.


Chris suspirou. Não era de surpreender. Nunca depositara muita fé no tipo egoísta que Dul escolhera para marido.


— Vou falar com ela agora.


Chris contornou a casa rumo à porta dos fundos.


Podia ter optado pela porta da frente, mas então teria que tocar a campainha e esperar que Dul fosse abrir a porta envidraçada. Ela o veria antes que ele a visse. A vantagem seria dela.


Mas ele queria a vantagem a seu lado.


Viu-a pela janela da cozinha. Havia um balcão isolado no meio e ela estava atrás dele, arrumando flores. Dul era alta, mais de dez centímetros em relação a Annie, e tinha cabelos castanhos brilhantes e compridos com reflexos aver­melhados devido à exposição ao sol. Lembrava-se de querer passar a mão naqueles cabelos, desde a primeira vez em que a vira, quando ela não era muito mais do que uma criança. Sempre detivera-se até...


Enfiou as mãos nos bolsos. Ela o teria visto chegando se tivesse levantado o olhar. Mas estava compenetrada, arru­mando flores em diversos vasos. Narcisos, cravos, sempre-vivas, ramalhetes alegres que traziam a natureza para cada quarto, conforme comentara certa vez.


Dul realizava aquela tarefa todos os dias. Não a deixara de lado nem mesmo em seu aniversário, quando o noivo a decepcionou, quando ele a convidou para tomar uma bebida em seu quarto e...


Raios! A única alternativa agora era pedir-lhe desculpas, adinitir que cometera um erro, que ambos haviam cometido um erro. Então, sendo civilizados, superariam essa questão.


Abriu a porta.


Dul ergueu o olhar, um sorriso no rosto. Assim que o identificou, ficou séria. E pálida.


Chris remexeu o maxilar. Respirou fundo e tentou falar num tom descontraído.


— Dul...


Ela engoliu em seco.


  Chris...



CONTINUA?!



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Autor(a): dullinylarebeldevondy

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Ele estranhou a recepção. Estava acostumado a ver o rosto de Dul iluminar-se ao vê-lo. Estava acostumado com o brilho em seu olhar, a alegria em seu rosto. A expressão dela naquele momento era de contrariedade. Era como se da estivesse atrás de uma parede de aço. Ele não era digno nem da atitude cordial que ela reservava aos h& ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 227



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  • kingston Postado em 20/11/2010 - 14:07:15

    abandonou a web ?? continua postando esta ficando legal

  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:16

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  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:16

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  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:15

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  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:15

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  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:15

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  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:14

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  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:14

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