Fanfics Brasil - ≈●๋•≈Bebê à vista≈•●๋≈

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Capítulo: 9? Capítulo

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A tarde passou rápido. Novos hóspedes se registraram, as flores foram entregues, as reservas foram feitas e as perguntas foram respondidas, mas nenhum sinal de Chris.


Otimo, pensou Dul. Não. Não estava nada ótimo.


Bolas. Não sabia o que fazer, além de se descabelar. Ficou andando pelo saguão de entrada. Olhou pela janela. Até saiu à varanda e esticou o pescoço para ver o fim da rua, na esperança de ver Chris, determinada a não permitir que ele a surpreendesse novamente.


Logo, já era noite. O ar frio de abril obrigou-a a entrar. Deu mais alguns passos pelo saguão de entrada e então foi para a cozinha, ainda impregnada das lembranças do de­sastroso reencontro.


Agitada, desceu a escada de madeira que levava à la­vanderia no porão. Precisava dobrar dezenas de toalhas e lençóis. Se Chris fosse procurá-la ali, ouviria o ranger dos degraus e não seria pega de surpresa.


Ora, por que se preocupar tanto? Sua realidade não se alteraria agora que Chris também estava ciente dela. Ela con­tinuava grávida e seu amor por ele não seria correspondido.


Perguntou a si mesma, pela milésima vez, por que não se satisfizera com Memo, apesar de ele dar mais importância a sua missão religiosa do que a ela.


Talvez ele estivesse certo.


Mas ele não precisava ter salientado o quanto ela fora idiota experimentando o fruto proibido.


Desceu a escada com cuidado, segurando no corrimão. Sempre se deslocara pelo casarão vitoriano sem pensar, leve e solta, mas nos últimos meses, com a barriga se avolu­mando, passara a andar mais devagar.


Devia ter olhado bem por onde andava sete meses antes!


Na lavanderia, inclinou-se e tirou um monte de toalhas do cesto, dispondo-as sobre o balcão para dobrá-las. Era um trabalho mecânico, calmante. Acabou uma pilha e então pegou mais toalhas do cesto.


Dentro da barriga, o bebê deu um chute.


Dul sorriu. Mesmo estando muito aborrecida, aquela criança sempre podia fazê-la sorrir. Talvez fosse tolice pen­sar que já tinha uma ligação com o bebê, mas era o que sentia. Não se tratava mais de Dul e o resto do mundo. Agora eram Dul, seu bebê e o resto do mundo.


— Acordou, hein? — sussurrou, branda.


Largou as toalhas, acariciou a barriga e foi recompensada com outro empurrão. Deu um tapinha no bebê e sorriu no­vamente. Às vezes, imaginava poder comunicar-se com aquele ser que ocupava provisoriamente seu corpo.


— Como foi o seu dia? — indagou, precisando desabafar. — O meu foi difícil. E acho que vai piorar ainda mais — confidenciou. Pegou uma toalha e se abanou com ela antes de dobrá-la.


O bebê chutou novamente. Forte. Tão forte que Dul fez uma careta de dor.


  O que foi?


Dul reagiu com um pulo, deixando cair a pilha de toa­lhas. Dando meia-volta, olhou assustada para a adega no outro extremo do porão. Chris estava de pé nas sombras.


  Olhe o que você fez! — ralhou ela, brava.


— Parece que isso é pouco em relação ao que fiz da outra vez. — replicou ele, e avançou um passo.


Instintivamente, Dul recuou.


— O que foi? — indagou ele. — Está sentindo dor?


Ela balançou a cabeça negativamente.


— Não. Foi... foi um chute, só isso.


— Chute?


— Do bebê.


Ele olhou para a barriga dela e abriu a boca como se fosse dizer algo. Mas apenas passou a língua pelos lábios e balançou a cabeça. Inclinou-se para pegar as toalhas.


Dul desejava poder recolher as toalhas sozinha, mas nào podia. Havia um bebê entre ela e o chão.


— O que estava fazendo escondido na adega? — pergun­tou, contrariada.


  Não estava pegando outra garrafa, se é essa a sua preocupação. — Chris endireitou-se e pousou as toalhas no balcão.


— Pode colocá-las na máquina outra vez? — pediu Dul. — Não posso usá-las mais.


Obediente, ele colocou as peças felpudas na máquina de lavar.


— Eu estava pensando — esclareceu, em resposta à per­gunta anterior.


— Na adega?


  É um bom lugar para isso.


Dul fechou a máquina e foi buscar o sabão em pó. Sem pressa, colocou o sabão no local adequado, e selecionou o programa de lavagem requerido. Não conseguia pensar em nada para dizer.


Chris não ia embora. Após apertar os botões, Dul abriu a tampa da máquina e verificou a distribuição das toalhas.


  Vim porque tia Alma me deixou a pousada — co­mentou Chris, desconfortável com todo aquele silêncio.


— Eu sei.


  Sempre pensei que ela deixaria a propriedade para você — comentou ele.


Dul fechou a tampa e ligou a máquina.


— Por que deixaria? Não sou da família.


— Você era mais chegada a ela do que qualquer pessoa da família. Era a neta que ela e Franco nunca tiveram. Ela amava você.


Chris falava em tom quase acusador.


  Eu a amava também — afirmou Dul, e voltou-se para encará-lo. — Ela foi a mãe, a avó, a família que eu nunca tive. Mas nunca esperei que ela me deixasse a pou­sada! Já tinha feito muito por mim, providenciou até um fundo. O sr. Zupper pode falar-lhe a respeito, se quiser. Um para mim e... e um para o bebê.


— Você devia ter recebido a pousada também — insistiu Chris. — Quando estive aqui no outono, na época em que Annie e eu...


— Eu sei quando — adiantou-se Dul. Ele achava que ela podia se esquecer?


Chris respirou fundo.


  Certo. Você sabe quando. Bem, naquele ocasião, tia Alma me disse que eu não precisaria me preocupar com a pousada quando ela partisse. Eu respondi que ela não iria a lugar algum.


Ele fez uma pausa e Dul percebeu que ele sofria. Com­binava com sua própria dor, mas não ia oferecer-lhe conforto.


— Você não sabia que ela ia morrer — concluiu ela. — Nenhum de nós sabia.


— Tia Alma sabia. Ela disse: "Este velho coração pode parar a qualquer momento. Então quero que saiba de uma coisa..." Ela disse que não queria desrespeitar a família, mas que ia deixar a propriedade para você. — Chris passou a mão pela nuca. — Sendo assim, ao me legar a pousada, junto com você, ela estava querendo enviar uma mensagem.


Dul fitou-o no rosto.


— Ela me deixou para você?




CONTINUO?!


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Autor(a): dullinylarebeldevondy

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— Pensei que fosse brincadeira. Brincadeira sem graça, pensou Dul. — E era — afirmou ela. Chris balançou a cabeça. — Não, ela estava certa. Transferiu o peso de uma perna a outra, mantendo as mãos nos bolsos. Ficou olhando para o chão por um longo tempo. A máquina de lavar parou de girar e a &aacu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 227



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  • kingston Postado em 20/11/2010 - 14:07:15

    abandonou a web ?? continua postando esta ficando legal

  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:16

    CONTINUA PLEASE!!!!!!!!!!!!

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    :)

  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:16

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  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:15

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  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:15

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  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:15

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  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:15

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  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:15

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  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:14

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  • jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:14

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