Fanfic: ≈●๋•≈Bebê à vista≈•●๋≈
A tarde passou rápido. Novos hóspedes se registraram, as flores foram entregues, as reservas foram feitas e as perguntas foram respondidas, mas nenhum sinal de Chris.
Otimo, pensou Dul. Não. Não estava nada ótimo.
Bolas. Não sabia o que fazer, além de se descabelar. Ficou andando pelo saguão de entrada. Olhou pela janela. Até saiu à varanda e esticou o pescoço para ver o fim da rua, na esperança de ver Chris, determinada a não permitir que ele a surpreendesse novamente.
Logo, já era noite. O ar frio de abril obrigou-a a entrar. Deu mais alguns passos pelo saguão de entrada e então foi para a cozinha, ainda impregnada das lembranças do desastroso reencontro.
Agitada, desceu a escada de madeira que levava à lavanderia no porão. Precisava dobrar dezenas de toalhas e lençóis. Se Chris fosse procurá-la ali, ouviria o ranger dos degraus e não seria pega de surpresa.
Ora, por que se preocupar tanto? Sua realidade não se alteraria agora que Chris também estava ciente dela. Ela continuava grávida e seu amor por ele não seria correspondido.
Perguntou a si mesma, pela milésima vez, por que não se satisfizera com Memo, apesar de ele dar mais importância a sua missão religiosa do que a ela.
Talvez ele estivesse certo.
Mas ele não precisava ter salientado o quanto ela fora idiota experimentando o fruto proibido.
Desceu a escada com cuidado, segurando no corrimão. Sempre se deslocara pelo casarão vitoriano sem pensar, leve e solta, mas nos últimos meses, com a barriga se avolumando, passara a andar mais devagar.
Devia ter olhado bem por onde andava sete meses antes!
Na lavanderia, inclinou-se e tirou um monte de toalhas do cesto, dispondo-as sobre o balcão para dobrá-las. Era um trabalho mecânico, calmante. Acabou uma pilha e então pegou mais toalhas do cesto.
Dentro da barriga, o bebê deu um chute.
Dul sorriu. Mesmo estando muito aborrecida, aquela criança sempre podia fazê-la sorrir. Talvez fosse tolice pensar que já tinha uma ligação com o bebê, mas era o que sentia. Não se tratava mais de Dul e o resto do mundo. Agora eram Dul, seu bebê e o resto do mundo.
— Acordou, hein? — sussurrou, branda.
Largou as toalhas, acariciou a barriga e foi recompensada com outro empurrão. Deu um tapinha no bebê e sorriu novamente. Às vezes, imaginava poder comunicar-se com aquele ser que ocupava provisoriamente seu corpo.
— Como foi o seu dia? — indagou, precisando desabafar. — O meu foi difícil. E acho que vai piorar ainda mais — confidenciou. Pegou uma toalha e se abanou com ela antes de dobrá-la.
O bebê chutou novamente. Forte. Tão forte que Dul fez uma careta de dor.
— O que foi?
Dul reagiu com um pulo, deixando cair a pilha de toalhas. Dando meia-volta, olhou assustada para a adega no outro extremo do porão. Chris estava de pé nas sombras.
— Olhe o que você fez! — ralhou ela, brava.
— Parece que isso é pouco em relação ao que fiz da outra vez. — replicou ele, e avançou um passo.
Instintivamente, Dul recuou.
— O que foi? — indagou ele. — Está sentindo dor?
Ela balançou a cabeça negativamente.
— Não. Foi... foi um chute, só isso.
— Chute?
— Do bebê.
Ele olhou para a barriga dela e abriu a boca como se fosse dizer algo. Mas apenas passou a língua pelos lábios e balançou a cabeça. Inclinou-se para pegar as toalhas.
Dul desejava poder recolher as toalhas sozinha, mas nào podia. Havia um bebê entre ela e o chão.
— O que estava fazendo escondido na adega? — perguntou, contrariada.
— Não estava pegando outra garrafa, se é essa a sua preocupação. — Chris endireitou-se e pousou as toalhas no balcão.
— Pode colocá-las na máquina outra vez? — pediu Dul. — Não posso usá-las mais.
Obediente, ele colocou as peças felpudas na máquina de lavar.
— Eu estava pensando — esclareceu, em resposta à pergunta anterior.
— Na adega?
— É um bom lugar para isso.
Dul fechou a máquina e foi buscar o sabão em pó. Sem pressa, colocou o sabão no local adequado, e selecionou o programa de lavagem requerido. Não conseguia pensar em nada para dizer.
Chris não ia embora. Após apertar os botões, Dul abriu a tampa da máquina e verificou a distribuição das toalhas.
— Vim porque tia Alma me deixou a pousada — comentou Chris, desconfortável com todo aquele silêncio.
— Eu sei.
— Sempre pensei que ela deixaria a propriedade para você — comentou ele.
Dul fechou a tampa e ligou a máquina.
— Por que deixaria? Não sou da família.
— Você era mais chegada a ela do que qualquer pessoa da família. Era a neta que ela e Franco nunca tiveram. Ela amava você.
Chris falava em tom quase acusador.
— Eu a amava também — afirmou Dul, e voltou-se para encará-lo. — Ela foi a mãe, a avó, a família que eu nunca tive. Mas nunca esperei que ela me deixasse a pousada! Já tinha feito muito por mim, providenciou até um fundo. O sr. Zupper pode falar-lhe a respeito, se quiser. Um para mim e... e um para o bebê.
— Você devia ter recebido a pousada também — insistiu Chris. — Quando estive aqui no outono, na época em que Annie e eu...
— Eu sei quando — adiantou-se Dul. Ele achava que ela podia se esquecer?
Chris respirou fundo.
— Certo. Você sabe quando. Bem, naquele ocasião, tia Alma me disse que eu não precisaria me preocupar com a pousada quando ela partisse. Eu respondi que ela não iria a lugar algum.
Ele fez uma pausa e Dul percebeu que ele sofria. Combinava com sua própria dor, mas não ia oferecer-lhe conforto.
— Você não sabia que ela ia morrer — concluiu ela. — Nenhum de nós sabia.
— Tia Alma sabia. Ela disse: "Este velho coração pode parar a qualquer momento. Então quero que saiba de uma coisa..." Ela disse que não queria desrespeitar a família, mas que ia deixar a propriedade para você. — Chris passou a mão pela nuca. — Sendo assim, ao me legar a pousada, junto com você, ela estava querendo enviar uma mensagem.
Dul fitou-o no rosto.
— Ela me deixou para você?
CONTINUO?!
COMENTEM!
PLIX!
Autor(a): dullinylarebeldevondy
Este autor(a) escreve mais 22 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
— Pensei que fosse brincadeira. Brincadeira sem graça, pensou Dul. — E era — afirmou ela. Chris balançou a cabeça. — Não, ela estava certa. Transferiu o peso de uma perna a outra, mantendo as mãos nos bolsos. Ficou olhando para o chão por um longo tempo. A máquina de lavar parou de girar e a &aacu ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 227
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
kingston Postado em 20/11/2010 - 14:07:15
abandonou a web ?? continua postando esta ficando legal
-
jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:16
CONTINUA PLEASE!!!!!!!!!!!!
****Posta****
+++++++++++++++++++
:) -
jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:16
CONTINUA PLEASE!!!!!!!!!!!!
****Posta****
+++++++++++++++++++
:) -
jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:15
CONTINUA PLEASE!!!!!!!!!!!!
****Posta****
+++++++++++++++++++
:) -
jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:15
CONTINUA PLEASE!!!!!!!!!!!!
****Posta****
+++++++++++++++++++
:) -
jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:15
CONTINUA PLEASE!!!!!!!!!!!!
****Posta****
+++++++++++++++++++
:) -
jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:15
CONTINUA PLEASE!!!!!!!!!!!!
****Posta****
+++++++++++++++++++
:) -
jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:15
CONTINUA PLEASE!!!!!!!!!!!!
****Posta****
+++++++++++++++++++
:) -
jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:14
CONTINUA PLEASE!!!!!!!!!!!!
****Posta****
+++++++++++++++++++
:) -
jessikavon Postado em 04/01/2010 - 19:26:14
CONTINUA PLEASE!!!!!!!!!!!!
****Posta****
+++++++++++++++++++
:)