Fanfic: Pelo o que eu sei da vida | Tema: Drama, Novela
O único sacrifício que eu fazia no meu dia para mim era acordar às 6h da manhã de segunda a sexta para a escola. Mas já passei a me acostumar com isso.
Eu era muito estudiosa, estudava até das 7h30 às 13h e quando chegava em casa me arrumava, almoçava e ia fazer minhas atividades, estudava e revisava o assunto do dia. Só parava por volta das 17h para dar um cochilo mas sempre me acordava uma hora depois, que era a hora que meu irmão idiota chegava já colocando um som alto no seu quarto, um rock pesado estridente. Eu me acordava irritada e para me vingar, ligava meu home theater do meu quarto e colocava um reggae em toda altura. Ficava uma mistura estranha de sons, mas muitom pertubadora. Minha mãe sempre recebia ligações do interfone do porteiro reclamando do barulho que outros vizinhos se queixavam.
Minha mãe era difícil de se alterar, mas quando saía do sério era horrível. Até o nome dela era uma calma: Maria das Graças.
-Filha, por favor, colabore! Você sabe que só está piorando a situação. Não adianta competir com seu irmão no barulho. Ele não vai desligar!
-Você não tem moral pro Afonso mãe. Por isso que ele é desse jeito, rebelde.
-Obedeça a sua mãe, seja diferente dele.
Eu sempre obedecia à mamãe e acabava desligando o som, mesmo que obrigada, porque odiava escutar aqueles rocks satânicos que meu irmão colocava. Sei lá, acho que aquelas canções atraíam energias negativas pro quarto dele, ele já usava drogas escondido lá com os amigos dele quando a mamãe ia no shopping ou fazer compras à tarde, ele fugia da escola e voltava pra casa mais cedo com seus dois amigos que eram muito parecidos com ele, (rebeldes e revoltados) pra cheirar cocaínä e fumar maconhä.
Eu nunca falava nada, pois ele se trancava com eles e colocava o som em toda altura. Nunca tive muito contato com ele, sempre tivemos desavenças, e como minha mãe teve uma recente depressão eu estava evitando discussões e brigas com ele e para isso, mal olhávamos um na cara do outro, mal cruzávamos caminho, não trocávamos uma só palavra sequer, éramos irmãos, compartilhávamos o mesmo teto, mas éramos como dois estranhos que se sentavam juntos numa cadeira do metrô. Eu sentia raiva e nojo dele por fazer tanta merda, vivia sendo suspenso, tendo problemas na escola, já foi pego com drogas lá, brigando, fazendo sëxo com as meninas no banheiro, etc. Ele realmente era o capeta em pessoa. E todas essas coisas iam agravando minha ojeriza sobre ele, pois tirava o sossego da minha mãe, apesar de que ela aparentava sempre estar calma e relevava tudo o que ele fazia de errado. Tudo ela passava a mão na cabeça dele, e meu era pior, dava tudo pra ele (dava um salário mínimo por mês a ele só pra ele curtir com o que quiser, que era drogas, bebidas e festas.) e como papai mal parava em casa, mal perguntava sobre nós.
Não achava que ele fosse mudar, nem esperava isso dele, na verdade para mim tanto fazia. Só me importava com minha mãe, que sempre sofria com tudo o que ele fazia de errado, e a maioria das coisas ela nem sabia e nem eu iria contar, ela teria que descobrir por si só, para talvez assim ela mudar um pouco o seu comportamento com ele. Mimar menos ele e tratá-lo com mais rispidez e rigidez. Mas mãe é mãe e eu sei que tudo que ela fazia era por bem, era por amor, da mesma forma que comigo.
Autor(a): LucasC
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