Fanfics Brasil - Capítulo 5 Pelo o que eu sei da vida

Fanfic: Pelo o que eu sei da vida | Tema: Drama, Novela


Capítulo: Capítulo 5

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Tanto a mãe quanto o pai de Bela eram amigos dos meus pais, viviam jantando lá em casa e a gente de vez em quando na casa deles. Eram muito próximos e íntimos, e o sonho deles era que eu namorasse o filho deles, irmão de Bela, que tinha 22 anos que se chamava João Vicente. Um legítimo filhinho de papai que não olhava pra ninguém se não por cima do próprio ombro, um poço de arrogância e soberba, mas na verdade o dono do dinheiro é seu pai que é investidor em várias bolsas, nas ações do petróleo, dono de galerias, empresariais, e afins.


João Vicente escorava no sucesso do pai, mas diferente do meu irmão, não lidava com drogas nem bebidas nem prostitutas, estava terminando um mestrado para seguir carreira como juíz, que conseguiu graças a ajuda do meu pai.


Era comum eu escutar os comentários proveniente deles: ``Ah que lindo olha o casal de juízes``, ``vão ter lindos filhos!`` ``Dá um beijo nele Carol``, ``quando é que vão oficializar o namoro?``


MEU DEUS! Ninguém se importa com minha opinião, nem dão espaço para me expressar da mesma! Nunca gostei dele! Ele é metido, chato, muito chato! Só sabe falar sobre política, economia, governo, capitalismo, dinheiro, carro, iphone, relógios caros, preço do ouro, blá blá blá. Odeio isso! Coisa de gente que não tem conteúdo, há coisas muito mais interessantes para se falar com uma garota do que isso! Uma garota como eu quer saber sobre as flores, as cores, os sabores, as descobertas, segredos, filosofias, sentar debaixo de uma árvore, ler um bom livro, beijar ao som de um mpb clássico...


E ele sempre forçava a barra, mesmo sabendo que eu não gostava dele. Ai se toca! Já fui grossa com ele milhares de vezes, mas por incrível que pareça, apesar de seu ego ser gigante, comigo ele não existe, seu olhar de petulância murcha ao me ver e se derrete, vira uma pequena e frágil criança, que como eu, por causa dos pais, teve tudo fácil, nas mãos, e não sabe verdadeiramente a dor de lutar na vida.


Acho que a única dose de humildade presente nele, só se acendia com a minha presença. Porque quando eu estava a sós com ele no quarto dele na casa dele enquanto meus pais estavam na sala com os pais dele, eu falava coisas bonitas, apaziguadoras, reflexivas e calmas que eu lia pra ele. Acho que mudava um pouco ele, mas não o suficiente para ser completo, só mudava seu comportamento ridículo na minha frente porque sabia que eu não tolerava um canalha que gritava com os funcionários do pai só para garantir que sua superioridade não fosse esquecida, era grosso e ignorante com suas serventes que lhe tratavam como um barão, totalmente desnecessário. Ele não é um super-humano! João Vicente é apenas como eu, mais um ambulante ponto de interrogação nesse espaço gigante o qual chamamos de universo. Pra completar a desgraça, ele era amiguinho do meu irmão... Que enchia a cabeça dele de besteiras, 22 anos mas muito influenciável, imaturo, inseguro, despreparado pra função que iria exercer, era volúvel e volátil. Etc, etc. Todos esses motivos eram suficientes pra provar a mim mesma, que nem acorrentada, subiria ao altar pra casar com ele, mesmo que sendo obrigada pelos nossos pais, sinto muito mas o tempo de casamento forçado era no Brasil império! Já passou, e sou estudada o suficiente pra saber até onde vão os meus direitos como cidadã. E não estou sendo exagerada! Faço qualquer coisa mas não quero o João para minha vida. Não quero agregar riqueza, quero agregar amor. Sei que ele gosta de mim, não se forçado pelos pais ou por escolha própria, mas isso não é recíproco.



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Autor(a): LucasC

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