Fanfic: Sueño Surreal - Vondy [Adaptada] #FINALIZADA | Tema: Vondy

(Sexta-feira.) 

A brisa da manhã era fria e Christopher só não sentia frio por estar usando um moletom por cima da camisa de flanela xadrez que usava habitualmente junto com uma calça jeans. Ele podia ter acordado tarde, mas resolveu acordar cedo, se trocar e ir pra praia encontrar seu maior vício naqueles últimos dias: Dul. Lembrava-se do que Maite tinha lhe dito, Dul ia sempre pela manhã para a praia então era pra lá que ele estava andando com as mãos no bolso.

E lá estava ela. Sentada na areia usando o moletom preto (que Christopher reparou ser o mesmo da noite passada), os cabelos soltos ao vento e com a cabeça baixa vendo algo. Ele andou sem fazer barulho e viu que ela estava sentada em perna de índio enquanto lia um livro, estava tão absorta no livro que nem reparou sua presença.

— Qual livro está lendo? — ele perguntou. Ela assustou-se com a voz e olhou para cima para saber a origem dela, deu uma risada ao vê-lo, já tinha virado rotina encontrar Christopher, ou na verdade ele encontrá-la por mais que evitasse.

— Por que ainda me surpreendo em te ver?

— Não sei também.

— Você é tão irritantemente insistente que quase me convence. —Dul revirou os olhos.

— Convenço de que?

— Nada. — ela riu balançando a cabeça como se quisesse afastar algum pensamento. — O que está fazendo aqui, nessa hora?

— A praia é pública e a companhia agradável. — Christopher sorriu e sentou-se ao lado dela na areia. — Então, o que está lendo?

— O homem que não amava as mulheres. Você não vai me deixar em paz mesmo?

— Nome interessante, é sobre um gay? — ergueu a sobrancelha e então sorriu faceiro. — Não mesmo!

— Não, é um romance policial, Trilogia Millennium. Fico surpresa que você, como jornalista e escritor, não conheça, Uckermann.

— Autor Stieg Larsson, jornalista e escritor sueco que morreu de ataque cardíaco pouco depois de entregar os manuscritos a editora. Já li essa trilogia; Lisbeth Salander é uma mulher fantástica, ela é demais, e Mikael Blomkvist é meu exemplo! — ele sorriu e mexeu nos cabelos, deu uma leve risada admirando a expressão surpresa de Dul. — Eu sou mais do que apenas um rostinho bonito e corpo escultural.

Dul ainda estava surpresa, ele conhecia realmente a trilogia e o autor. Ela estava relendo aquele livro enorme, o primeiro da sua trilogia favorita e ele conhecer, ler e admirar era uma coisa admirável. O encarava perplexa tentando desvendar algo, talvez o motivo pelo qual ele fosse tão persistente?

— O que você quer Christopher?

— Te entender. Te conhecer. Ser seu amigo. Não é muito, mas você é tão evasiva e arisca, é complicado te entender e isso me fascina cada vez mais. — sorriu com toda a sinceridade de suas palavras. Dul riu.

— Não estou tentando te fascinar.

— Eu sei. — Christopher virou o rosto e seus olhos verdes se encontraram. — Não é algo que você consiga evitar, é natural.

— Eu sinto muito. Mas se você fosse menos masoquista e insistente teria percebido por todos os meus passa fora que eu estava tentando me manter afastada de você. — disse séria lhe olhando nos olhos e engoliu seco.

— Isso eu percebi, só estava me perguntando por que você quer me manter longe.

— Porque quando eu baixo a guarda e deixo as pessoas se aproximarem acabo saindo ferida.

— Eu não quero te ferir, Dul.

— Eu sei, todos que me feriram não queriam me ferir de começo, mas acabaram ferindo. — ela deu um sorriso trêmulo fugindo das lágrimas, por que choraria? Seria ridículo, engoliu seco. — Eu sou assim Christopher, mas você está sendo tão insistente e persistente que não estou mais tendo forças para continuar te mantendo longe.

— Então para de tentar me manter longe e vamos apenas deixar acontecer.

— Você é assim com todas?

— Não. — ele sorriu. — Apenas com nativas inocentes que não querem fazer amizade comforasteiros idiotas.

Ela inclinou a cabeça pro lado sem entender o que ele quis dizer com aquilo, mas em alguns segundos lembrou-se que tinha dito aquelas mesmas palavras, mas de maneira invertida então riu alto gostando do senso de humor dele. Do humor. Dos cabelos desgrenhados. Do sorriso de lado meio cínico e divertido. Dos olhos verdes. Da rala barba por fazer. Gostava do conjunto da obra e isso era perigoso para a própria segurança mental, física e sentimental. Mas era um perigo delicioso.

— Tudo bem, eu vou tentar baixar a guarda ok? Não prometo nada. — sorriu.

— Ótimo, então me prove. Vamos fazer algo hoje?

— O que você quer fazer Uckermann?

— Você escolhe!

— Tudo bem. Eu saio do restaurante as três e então nós vamos ok? Vou pensar e até lá já tenho algo planejado. Agora com licença que vou à casa da Ninel antes de ir pro trabalho. Até mais tarde. — sorriu, dobrou uma pequena orelha no canto da página em que tinha parado de ler para não se perder e fechou o livro. Ficou em pé e bagunçou os cabelos de Christopher, como já era seu costume e saiu andando da areia.

— Dul?! — ele a chamou. A Ruiva se virou calmamente para ele. — Uma pergunta. Se a Maite não tivesse apostado contigo, você teria me beijado?

— Você nunca saberá! — ela sorriu faceira e piscou, acenou e foi embora.

Christopher permaneceu sentado ali e sorrindo. E então repassou toda a conversa. Você é assim com todas? Não, ele não era. Não podia negar que era um conquistador dos melhores, modéstia a parte, sempre conseguia a mulher que queria e se ela fizesse muito doce, como a atitude da Dul poderia ser encarada, ele desistiria e partiria para outra. Mas por algum motivo Dul passava a ser ainda mais fascinante sempre que se esquivava dele, talvez fosse parte do jogo de conquista? Quanto mais difícil mais excitante, ou talvez, só talvez... Não! Ele parou os próprios pensamentos vendo a incoerência deles. Levantou-se para andar um pouco pela cidade antes do almoço e do passeio com Dul.

Ele passou o dia na cidade, foi em casa e escreveu por algumas horas até um pouco depois da hora do almoço (como Dul sairia por volta das três, então era melhor ir almoçar mais tarde para não ficar esperando por muito tempo.) então tomou um banho caprichado, colocou suas roupas de sempre, uma última olhada do espelho e desceu carregando consigo apenas carteira e celular.

Almoçou no restaurante e foi servido por Dul, como sempre. Terminou pouco antes das três e ficou esperando até ela largar, se ofereceu para ajudá-la com as mesas, mas como ela negou ficou conversando com Ninel enquanto esperava. Mas logo Dul terminou de limpar as mesas que restavam e jogou o avental no balcão, ambos se despediram de Ninel e saíram na direção da picape dela.

— Se eu te perguntar aonde vamos você vai me dizer? — ele perguntou hesitante.

— Não pergunte, mas te garanto que vamos fazer algo que eu duvido que você já tenha feito. — sorriu animada e entraram na picape.

Não vou responder os comentários de novo. ;( Amanhã se eu postar, eu respondo.. mas então comentem, me digam: o que estão achando??? Ah, alguém usa aparelho? vou colocar quarta e to bem na dúvida, e que cor vocês me recomendariam? (o meu oculos é da cor roxa, ficaria legal o aparelho roxo??) Interajaaaaam comigo. Comentem