Fanfic: Sueño Surreal - Vondy [Adaptada] #FINALIZADA | Tema: Vondy

(Sábado) Sábado. Sem trabalho. Estava livre o dia inteiro. Dul acordou animada ao lembrar disso. Levantou-se e andou até o banheiro para fazer sua higiene matinal, ainda era cedo então nem se preocupou em tirar o pijama, ficaria com ele até tarde. Depois de escovar os dentes, lavar o rosto e pentear os cabelos rapidamente desceu descalça para a cozinha.

— Ninel, eu passei a semana inteira tomando cafés da manhã saudáveis, tenho o direito de extrapolar um pouco no sábado. — ela escutou a voz do pai, Fernando.

— Nando...

— Bom dia paizinho, bom dia Ninel! — Dul disse sorridente entrando na cozinha, andou até o pai e o abraçou por trás encostando o rosto em suas costas.

Ambos já estavam trocados, Ninel junto ao fogão cozinhando e Fernando atrás do balcão da ilha da cozinha reclamando. Eram como um casal realmente feliz e isso fazia Dul feliz. Fazia anos que Fernando tinha se separado de sua mãe, Blanca, e que Harry, primeiro marido de Ninel, tinha falecido. (E Dul tentava não pensar porque Ninel estava tão cedo em sua casa, mas provavelmente tinha dormido na casa com Fernando. E não dormido apenas no sentido exato da palavra. E só de pensar que seu pai tinha a vida sexual mais ativa que a própria era nojento. E frustrante.

— Oi Dul! — Ninel disse sorrindo, já não ficava constrangida quando sua enteada a pegava na casa tão cedo, e às vezes tão tarde, era normal.

— Oi princesa! — Fernando a cumprimentou e beijou seus cabelos. — Quer me ajudar? Quero comer algo decente e não aveia com frutas.

— Pai, você se lembra do que o médico disse sobre colesterol e pressão alta?

— Eu estou muito bem, o que há? Faço exercícios, tenho uma alimentação balanceada, o que um pouco de ovos mexidos com bacon vão me fazer de tão ruim?

— Ninel, esse cara é pior que criança, faça algo pouco gorduroso e dê a ele, é mais fácil.

— Já disse que amo minha filha? — Fernando perguntou orgulhoso e abraçou-a beijando sua cabeça.

— Só nessas horas ele me ama, ô vida difícil. — dramatizou Dul fazendo Fernando rir.

Elas riram e assim tomaram café da manhã juntos. Comeram ovos com bacon feitos por Ninel, suco de laranja fresco feito por Dul e a mesa posta com Fernando, já que não sabia cozinhar muito bem. Sentaram-se na pequena mesa redonda no centro da cozinha e comeram conversando, decidindo o que fariam o dia todo. Fernando e Ninel iriam passar o dia na reserva com Billy Black, provavelmente bebendo cervejas, comendo peixe frito e jogando conversa fora. Dul não tinha planos, então ficaria em casa como fazia todos os sábados, por mais que o pai e Ninel incentivassem ela a sair mais, ela preferia ficar em casa vendo algum filme com pipoca.

À tarde, pouco antes da hora do almoço, Ninel subiu para tomar um banho e juntar as roupas sujas que tinha na casa e lavar para a própria, Fernando e Dul ficaram no sofá esperando-a. Dul deitou e colocou os pés no colo do pai que começou a mexer em seu dedão, entre seus dedos, então ergueu o pé da filha e o cheirou.

 

— O senhor poderia fazer a gentileza parar? — Dul perguntou com humor.

— A senhorita poderia fazer a gentileza de lavar o pé? Está ficando com um chulézinho. — Fernando riu franzindo o nariz.

— Eu não tenho chulé, meu pé cheira a rosas do campo. — ela ergueu a perna e colocou o pé no nariz dele, rindo.

— Aham, rosas podres, só se for! — riu implicando com a filha. — Mas sabe que você tem um pé bonitinho? Só precisa fazer a unha, dá uma lavadinha, passar um talco contra chulé, uma lixa para afiná-lo, ai ficaria melhor!

— Pai! — o repreendeu e fez bico, seu pai riu. — Você quer parar de implicar com o meu pé?

— Mentira, você tem um pé perfeito, assim como todo o resto. Você é minha filha, puxou minha beleza, é perfeita! — riu e beijou o pé de Dul, roçando seu bigode durante o beijo fazendo cócegas.

— Como é convencido, esse cara, meu Deus.

— Tá dizendo que eu sou feio, Dulce Maria?

Dul riu de seu tom indignado e da rapidez que o sorriso sumiu de seu rosto. Levantou-se e foi para cima do pai, se inclinando sobre ele o abraçando e beijando seu rosto várias vezes, estalada e demoradamente, ele ria.

— Claro que não, você é o homem mais lindo do mundo, o mais cavalheiro e o mais perfeito, me casaria com você se não fosse sua filha! — disse sorrindo.

— Sabe que quando você era pequena me pediu em casamento?

— Sério?

— Sim, eu aceitei então você prometeu que não sairia de casa nunca e seria sempre a garotinha do papai, a minha garotinha! — som tom se tornara coruja.

— E eu serei sempre sua garotinha! Mas você terá que me dividir um dia, — riu. — mas por enquanto sou só sua!

— E por isso que eu mantenho sempre minha espingarda carregada e muita munição em casa. Pra quando esse dia chegar e um cara tentar roubar minha menininha, eu poder meter bala na bund/a do vagabundo! — Fernando a puxou para seu colo e beijou seu rosto, mas Dul o empurrou rindo.

— Você poderia raspar esse bigode né chefe Espinosa? Isso pinica.

— Quando você acorda descabelada e vem me beijar, seu cabelo também me incomoda, mas você rasparia a sua cabeça? Não, então sossegue e deixe meu bigode em paz, ele faz sucesso com as mulheres!

— Sabia que você é um pai muito implicante? E com as mulheres? Deixe a Ninel saber disso!

— Deixe a Ninel saber o que, hein? — Ninel perguntou sorridente descendo as escadas. Estava com uma roupa diferente e uma sacola de roupas na mão, os cabelos molhados deixava evidente que tinha acabado de sair do banho. Fernando sorriu ao vê-la. — Estou pronta Nando, vamos?

— Que o bigode dele faz sucesso com as... — Dul foi interrompida por Fernando, que tampou sua boca com uma das mãos, ela ria tentando escapar.

— Até que fim, pensei que estava se preparando pra casar. — Ninel lhe mostrou língua como uma criança fazendo Dul, ainda no colo de Fernando, rir.

— Sucesso com quem, Fernando Espinosa? — ela perguntou autoritária.

— Com você, amor, a mulher da minha vida. Só com você, amor! — um sorriso amarelo brotou em seus lábios, Dul gargalhou.— Tem certeza que não quer ir, princesa?

— Sim, eu tenho toda a certeza do mundo, pai. — Dul disse quando Fernando destampou sua boca, então se sentou e deixou seu pai se levantar. — Vão e se divirtam!

— Sabe Dul, acho que você deveria aproveitar mais, quem sabe sair? Convidar certos forasteiros...

— Papai, quer mandar sua namorada que mentalmente parece ter dez anos parar de me perturbar a todo o instante? — perguntou manhosa e mostrou língua a Ninel, que fez o mesmo, depois riram.

— Chega crianças, vamos Ninel. Tchau Dul, se comporta!

— Tchau pai, tchau Ninel!

Fernando e Ninel foram para a casa de Billy rindo e conversando. Dul ficou em casa e almoçou sozinha, mas não era um problema para ela. O problema principal era sentir a falta do forasteiro idiotae insistente. O que não fazia sentido, já que tudo que ele fazia era irritá-la. Após almoçar, pegou um grande pedaço de bolo de chocolate com calda, que Ninel tinha feito, e um copo de leite, sentou-se no sofá e ficou vendo desenhos no sofá. Era uma adulta, mas adorava desenhos. Mas não contaria isso a ninguém. Era sua típica tarde de sábado, então o telefone tocou. Deixou tocar três vezes para ver se desistiam, mas teve que atender.

— Alô, casa do sossego divino, quem me incomoda? — disse sem animação alguma, recebendo em resposta uma alta gargalhada.

— Que linda forma de atender ao telefone, mas não vou reclamar priminha linda do meu coração. Me agradeça depois, estou ligando para salvar o seu sábado! — escutou a voz eufórica de Maite.

— Do que você está falando?

— O que você está fazendo?

— Comendo bolo com leite e vendo televisão. Está passando uma maratona de Padrinhos Mágicos. Está bem divertido. — disse sinceramente. Maite gargalhou do outro lado da linha.

— Como você agüenta ficar em casa com o sol que está fazendo? Deus.

— São anos de prática. Agora diga o que você quer, Maite?

— Priminha, à noite nós vamos sair ok? Já juntei a galera e vamos todos para Port Angeles, vamos naquela boate nova que abriu!

— E o que te fez pensar que eu gostaria de ir a uma boate? — perguntou irônica.

— Você vai. Aquela boate abriu faz três semanas e ainda não fui, temos que ir. Além do mais o Christopher vai, já falei com ele, pode ser sua chance!

— Chance de que menina?

— Faça-se de tonta e eu finjo que acredito, pode deixar. É sério Dul, vamos, porfavor. Você quase nunca sai de casa, é apenas trabalho e casa, você precisa se divertir. Superar o que aconteceu, temos que ir, vai Dul.

— Você vai aceitar não como resposta?

— Não!

— Tudo bem, que horas?

— Vem para cá as dez, chegamos lá por volta das onze e meia, meia noite. A madrugada será nossa, vai ser demais tenho certeza! — Maite disse animada.

— Espero que sim. Agora vou desligar ok? Vou ver agora Bob Esponja.

— Você devia crescer, só a dica. Ah, e vai bem sexy, nada de roupas pobres. Tchau, beijos.

E desligou. Dul ficou encarando o telefone por alguns segundos antes que colocá-lo no gancho. Não gostava de sair, era um fato, mas estava precisando espairecer um pouco. Christopher iria. Isso não era bom, mas também não era de todo o ruim. Ela estava tão confusa, mas animada. Ela queria se divertir, tinha quase certeza que iria se arrepender por ter aceito ir para essa boate, mas tentaria se divertir mesmo com tudo isso.