Fanfic: Sueño Surreal - Vondy [Adaptada] #FINALIZADA | Tema: Vondy

Christopher passara a manhã inteira escrevendo, sair com a Dul sempre lhe dava mais inspiração. Já tinha dez capítulos prontos e pela manhã escreveu mais dois. Doze capítulos. Era sábado e como Maite lhe disse que Dul não trabalhava no sábado ele preferiu almoçar em casa, mas não era mesma coisa sem Dul lhe servindo e reclamando de sua insistência. Comeram todos juntos – arroz com legumes e rosbife feitos por Eddy, que para a surpresa de Christopher era um ótimo cozinheiro, com ajuda da Zoraida (que na verdade só picara os legumes, mas insistia em falar que teve uma grande participação e que sem ela o almoço não teria saído). Durante o almoço Maite lhe informou que iriam para uma balada em Port Angeles, ele pensou em negar, mas estava há quase duas semanas sem balada (e para completar Dul iria, disse Maite) então ele também iria.

Depois do almoço subiu para o quarto e escreveu mais um pouco. Depois de basicamente espremer o próprio cérebro na busca de inspiração conseguiu escrever mais um capítulo. Agora eram treze capítulos em duas semanas. Encarando o netbook ele começou a refletir sobre quantos capítulos teria o livro. Na média de 25 capítulos e já tinha 13, faltavam 12 e ainda restavam duas semanas. Em duas semanas ele escreveu 13, então ele teria tempo. A constatação disso fez com que se animasse ainda mais com a balada a noite, só precisava escolher uma roupa.

***

Ele terminava de arrumar os cabelos em frente ao espelho. Não tinha muito que fazer, apenas mexia neles com os dedos deixando-os ainda mais desgrenhados, mas estilosamente. Estava com sua camisa de social preta com listras brancas com as mangas dobradas até o cotovelo e com os dois primeiros botões abertos, calça jeans e tênis. Estava bom. No bolso apenas o celular e a carteira com documento e cartões de crédito. Já eram dez horas, horário marcado por Maite, então desceu para a sala.

— Chris, você está um gato! — Maite elogiou risonha.

— Você também está uma gata! — sorriu. E estava mesmo. Usava um vestido curto tomara que caia vermelho com preto e salto alto preto. Cabelos pretos e cacheados soltos, maquiagem no ponto.

— Obrigada! — sorriu. — ZORAIDA? EDDY? VAMOS!

— Pronto, pronto, nós estamos aqui. Vamos! — Zoraida disse, enquanto arrumava o brinco na orelha, e sendo seguida por Eddy. Ela estava deslumbrante também com uma blusa rosa clara de alças finas, um short jeans curto e sandália de tiras, os cabelos presos em um rabo de cavalo alto com as prontas lisas. Eddy logo atrás de jeans largado, tênis e uma camisa de botões.

Os quatro foram juntos para o ponto de encontro, em frente ao restaurante da Ninel, Christopher no carro junto com Maite e o casal, Zoraida e Eddy, no carro dele. Na frente do restaurante o grupo já esperava para ir juntos, muita gente e alguns carros. Christopher reconheceu todos

— Já podemos ir? A noite promete! — Paul perguntou e beijou o pescoço de Rachel que riu.

— Cara ela é minha irmã, se importa em maneirar? — Christian perguntou com repulsa.

— Ainda não, falta a Dul. E falando nela... — Maite disse e apontou para a picape de Dul  chegando. Ela buzinou duas vezes e aproximou.

Christopher estava tão ansioso para vê-la, mas conseguiu disfarçar.Dul estacionou o carro em frente ao restaurante, tirou a chave da ignição, pegou a bolsa e desceu com cuidado; bateu a porta ao trancar e andou até o grupo. Christopher só faltar babar, ela estava perfeita. Vestia um vestido preto com um efeito amassado, com um cinto de taxas que cobria toda sua cintura, modelando-a, um decote grande e bem bonito de ver, nos pés um salto preto e uma bolsa-carteira com alça de corrente. Ela diariamente usava jeans e camisa e já conseguia chamar atenção dele, mas naquela roupa sexy ela conseguia ficar ainda mais deslumbrante. Seus cabelos soltos em uma cascata ruiva encaracolada sobre seu ombro, sua pele branca destacando o belo par de olhos castanhos bem marcados com lápis, delineador e rímel. Como ela conseguia ficar ainda mais bonita? Estava uma ainda mais bela ruiva de olhos castanhos.

— Minha prima... Você está deslumbrante. — Maite disse sorrindo ao pegar a mão dela. Dul riu e corou, ficando ainda mais fofa, e os olhos de Christopher não saiam dela.

— Você está uma gata, Dul. — Christian concordou.

— Deixem de ser bobos, então vamos? — ela perguntou sorrindo.

E assim foram. Dul e Christopher foram junto com Maite e Christian, já que ele não tinha carro e ela não iria com a picape. E os outros se dividiram entre os carros.

Forks era mais distante de Port Angeles do que Christopher se lembrava, chegaram em frente à boate onze e meia. Todos estacionaram alguns metros antes, já que a entrada da boate estava lotada de pessoas e carros, e desceram para entrar juntos. A entrada da casa noturna lembrava com certeza as boates de Nova York, um grande letreiro brilhante com o nome do lugar – AMNESIA. O prédio era grande e aparentemente de dois andares. Na frente os seguranças barravam e deixavam algumas pessoas entrarem, uma grande fila se formava e algumas pessoas reclamavam por não poder entrar.

— Tudo bem, como vamos entrar ai? — Dul perguntou cética.

— Vocês estão comigo, queridos, Zoraida Gomez lembram? Sou filha dos Gomez, é óbvio que liguei pro meu pai e ele é amigo dos donos. Temos entradas, camarote vip e tudo de graça. Desfrutem! — Zoraida disse sorrindo.

http://www.youtube.com/watch?v=Yv1NFTA7fAk

Far East Movement - Like A G6

Só precisaram passar pelo segurança e Zoraida se identificou. Alguns segundos esperando e uma mulher da boate fez os entrar, as pessoas reclamaram, mas assim eles foram. Lá dentro estava tudo ainda mais animado, escuro e com luzes coloridas girando pela boate, muita gente dançando, se agarrando e bebendo. Algumas jaulas erguidas com mulheres e homens seminus dançando sensualmente e um DJ arrasando. O lugar surpreendeu Christopher totalmente. Todos subiram para uma parte vip da boate, uma área só deles, como uma plataforma, de onde dava para ver o primeiro andar inteiro. Sofás confortáveis, mesa com bebidas, cigarros, isqueiros, camisinhas, lubrificantes. O lugar era o paraíso do pecado, definitivamente.

— Uau, que demais! — Maite gritou animada.

Um garçom vestido apenas uma calça preta justa deixando sua barriga malhada a mostra e no pescoço apenas um colarinho com gravata borboleta, subiu junto com eles. No braço um balde de prata com gelo e uma das melhores champanhes dentro, colocou-o encima da mesa e se aproximou de Zoraida, tirou do bolso várias pulseirinhas verdes e entregou a ela com um sorriso sensual nos lábios.

— É uma cortesia da casa para os convidados Vips. Vocês podem se servir a vontade, apenas coloquem as pulseiras e qualquer produto da casa é por nossa conta! Sejam bem-vindos e aproveitem a AMNESIA!

— Obrigada! — agradeceu a ele e virou-se para os amigos. — Coloquem as pulseiras e peguem as taças na mesa, vamos brindar!

Todos colocaram a pulseirinha verde com a palavra vip no pulso e pegaram uma taça encima da mesa. Christian pegou a garrafa do gelo, abriu e serviu a todos. Colocou a garrafa no balde novamente e juntaram as taças para um brinde.

— Um brinde a essa noite que será inesquecível! — Maite gritou. Bateram as taças delicadamente brindando e beberam.

Os casais se dispersaram para o primeiro andar da boate para dançarem. Dul ficou dançando discretamente junto à grade de proteção do andar vendo a pista de dança, escutando a música alta e conhecida ecoar pelo salão a todo o volume. Christopher terminou de beber o champanhe, deixou a taça por ali mesmo e aproximou-se dela por trás. Uma mão foi em sua cintura e aproximou o rosto da orelha dela.

— Já te disse que você está incrivel hoje? — perguntou sem gritar, mas com altura suficiente para que ela escutasse em meio à música alta. Ela assustou-se, mas se virou sorrindo.

— Obrigada!

— Vamos dançar?!

— Não. — balançou a cabeça e sorriu. — Estou bem aqui!

— Nem pensar, é uma boate Maria, vamos! — pegou-a pela mão puxando em direção a escada que dava ao primeiro andar.

Dul foi relutante. Deu o último gole no champanhe, jogou a taça vazia no sofá e desceu com Christopher.

Ele a puxou para o meio da pista, onde desconhecidos dançavam. Ela ainda estava meio tímida, então ele começou dançar junto a ela e aos poucos Dul foi se soltando. Em alguns segundos a música viciante boa de se dançar já tinha lhe conquistado e ambos dançavam juntos, Dul até arriscava cantar alguns versos. Ela girou ficando de costas para ele, rebolando no ritmo da música deixando seu corpo bem grudado ao dele, Christopher a segurou pela cintura dançando com ela, vendo a pele nua de suas costas sob o vestido. Sua mão desceu pela coxa dela que estava um pouco à mostra pelo tamanho do vestido, mordeu o lábio inferior tentando se controlar, mas aquela mulher lhe levava a loucura. Dul continuava dançando e abusando do seu autocontrole rebolando ainda mais e para trás. Ela jogou a cabeça para o lado deixando que Christopher beijasse seu pescoço levemente suado e mesmo assim com delicioso cheiro do seu perfume misturado ao cheiro de xampu de morango dos seus cabelos.

Quando a música acabou Dul virou-se olhando para ele, que sorria encantando, e riu.

— Vamos beber algo? — perguntou e apontou para a boca, para que ele entendesse. Christopher assentiu sorrindo e foram juntos ao bar.

O garçom que lhes serviu o que pediram: duas vodkas. Mas Dul pediu com energético e Christopher pura, o que a assustou. Beberam no balcão mesmo, trocando olhares e sorrisos, mas ela tentava disfarçar. Ele terminou primeiro e ficou encarando-a beber olhando as pessoas dançando, esticou o braço e tirou uma mecha de cabelo grudada em seu rosto e colocou atrás da orelha. Ela agradeceu sorridente. Acabaram as bebidas e voltaram para a pista de dança quando começou uma das músicas favoritas do Christopher.

http://www.youtube.com/watch?v=8Fd6jggfoS0

Taio Cruz – Dynamite

Dançaram juntos novamente, abusando do contato físico e visual. Ambos já estavam suados quando resolveram subir para o camarote novamente e lá Christian e Maite se agarravam no sofá. Eles riram, mas não se envolveram. Depois de relaxarem poucos minutos voltaram a dançar. Foram mais duas músicas, Christopher tentava se aproximar nas danças e muitas vezes aproximava seu rosto do dela querendo beijá-la, mas Dul sempre virava o rosto rindo e rebolava, até que ele parou de tentar. Quando ambos cansaram de dançar, pegaram cada um seu copo de vodka com energético e subiram para o camarote, onde ficaram sozinhos conversando.

— As baladas de Nova York são melhores que essa? — Dul perguntou e deu um gole na bebida, Christopher riu. Ela estava com a pele brilhando pelo suor e as pernas cruzadas deixando suas coxas à mostra. Por mais que tentasse se controlar era homem e estava há um tempo, que não estava acostumado, sem nenhuma mulher sexualmente falando, aquela imagem era a perdição.

— São parecidas. Tem algumas que são maiores que essas e eu sou mais, digamos, “popular” por lá, então acho que isso diferencia.

— Lá você tem mais mulheres? — riu.

— Geralmente não fico sozinho e nem sou monopolizado por uma única, como hoje onde estou sendo por você. — ele riu. — Essa é a primeira em que fico com apenas uma mulher e essa mulher não quer ficar comigo, irônico não?

— É, e muito. — Dul riu vermelha e terminou sua bebida.

 

Eram 4:50 da madrugada e a música ainda tocava alta, pessoas ainda dançavam animadas. Christopher e Dul já estavam meio embriagados das vodkas e animados, mas cansados. Ambos riam a toa. Desceram mais uma vez para a pista de dança, Dul foi à frente dançando no ritmo da música, junto a escada Christopher a puxou para o canto, ela riu e se deixou ser puxada. Segurando-a pela cintura e olhando nos seus olhos ele aproximou o rosto de seu pescoço e o beijou roçando os lábios se até seu ouvido.

— Você está tão linda, está sendo maravilhoso passar essa noite com você. Só queria mais do que apenas dançar com você. — sua voz rouca fez com que Dul se arrepiasse, e se excitasse.

— Estou gostando também. — foi só o que conseguiu dizer, com dos dedos entrelaçados nos cabelos desgrenhados dele. Estava meio tonta. O corpo de Christopher estava tão colado ao seu que podia sentir seu calor, os músculos contra sua barriga, seu peitoral apertando seus seios, suas mãos roçando sua cintura.

— Então a deixe mais completa, me deixa te beijar. — pediu roçando os lábios em seu ouvido, ela riu sentindo seu coração falhar por um segundo.

— Não.

— Por quê? — a música alta atrapalhava a conversa, então ele tirou o rosto de perto do ouvido dela e a olhou nos olhos, aproximou seus lábios. — Vamos, me dá um beijo.

— Não... — colocou a mão no peitoral dele para que se afastasse, mas o hálito em seu rosto tirou-se lhe o ar, mais uma vez.

— Dul... Me dá um beijinho vai.

— Não.

— Só um beijinho, pequenininho. — continuava tentando lhe beijar na boca, mas Dul insistia em virar o rosto.

— Não, para.

— Quando se der conta já acabou. — ele ameaçou beijá-la, mas ela colocou a mão sobre sua boca.

— Não, agora para Christopher, chega. — pediu.

— Ok, eu já parei. Não vou continuar, desculpa! — ele ergueu as mãos se rendendo, não iria forçar uma situação. — Acho que perdi o controle.

— Deve ter sido a Vodka. — Dul disse rindo.

— Na verdade foi você.

Ela corou violentamente e se desvencilhou dele indo pro meio da pista de dança rindo, estava meio cambaleante, não estava acostumada a beber mesmo que pouco. Olhou para trás e viu ele a encarando com a mão mexendo nos cabelos. Quando olhou novamente pra frente bateu em alguém, antes que pudesse se desculpar sentiu as mãos do cara em sua cintura lhe apertando e colando contra seu corpo.

— E ai boneca! — o bafo de álcool puro foi direto em sua cara fazendo-a tossir zonza.

— Me solta, estúpido. — pediu tentando se soltar dele, que tentava beijar seu pescoço.

— Solta ela! — Christopher mandou. — Agora!

— E quem vai me fazer soltá-la? — o homem perguntou ainda segurando a cintura de Dul, que tentava se soltar, mas encarando Christopher, desafiador.

— O meu punho nessa tua cara. Ela é minha garota e se você não soltá-la em cinco segundos vou te arrancar todos os dentes com apenas um soco! — falou firme. O cara engoliu seco e arregalou os olhos, medo. — Vamos, meu querido, solta ela agora!

— Calma cara, tem outras garotas na festa.

— Então vá pegar elas, essa é minha ok? E se você tocar nela de novo eu quebro a sua cara. Vaza! Tchau! — ele disse firme e puxou Dul para seus braços. O cara foi se afastando entre resmungos.

— Obrigada. — ela disse baixinho enterrando o rosto no peito dele, que a abraçou e beijou sua cabeça.

— Eu te deixo sozinha por cinco segundos e você se mete em confusão, Dul?

— Acho que sim, obrigada. — riu baixo. — Eu estou tão cansada, meus pés estão doendo.

— Nós já vamos, estão todos vindo.

Christopher passou o braço por sua cintura e a guiou para fora da boate. Em dez minutos estavam todos do lado de fora, reunidos mais uma vez e voltaram cada um pro que tinha vindo. O efeito da bebida e adrenalina passando aos poucos dando lugar ao cansaço e dor. Ninguém estava muito bêbado então conseguiram dirigir de volta a Forks. Dul dormiria na república por ser tão tarde.

— Estou com tanto sono, deus... — Dul murmurou com a cabeça no ombro do Christopher. Ambos sentados no banco de trás enquanto Christian dirigia, por não ter bebido, e Maite dormia com a cara na janela.

— Já estamos voltando pra casa, pode dormir. — Christopher disse baixo acariciando seu rosto.

— Acho que extrapolamos, já é bem tarde.

— Relaxa, pequena. É tão tarde que chega a ser cedo. — falou com humor. Ela riu baixo e foi vencida pelo sono.