Fanfics Brasil - 17 - Nativa Inocente Destruída Sueño Surreal - Vondy [Adaptada] #FINALIZADA

Fanfic: Sueño Surreal - Vondy [Adaptada] #FINALIZADA | Tema: Vondy


Capítulo: 17 - Nativa Inocente Destruída

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(Domingo)


 Christopher acordou sentindo um vento em seu rosto, tentou abrir os olhos, mas uma luz incomodou. Virou a o rosto para o outro lado e abriu os olhos, acostumou-se com a claridade do quarto e percebeu que a luz em seu rosto vinha da janela, do fraco sol no céu de Forks somado a luz acesa do quarto. Sentou-se na cama e percebeu estar apenas de cueca. Sempre acordava meio desnorteado depois de uma noite de baladas, mas dessa vez era diferente, conseguia se lembrar de cada segundo com Dul na boate e isso o fez sorrir. Mas não do jeito presunçoso e arrogante que sorria quando via mulheres lindas em sua cama, mas um sorriso sincero de felicidade por ter passado aqueles momentos com ela. Era uma sensação estranha, mas muito bem vinda.


Pegou o celular ao lado, encima da mesinha de cabeceira, para ver as horas. Uma hora da tarde. Nem ele tinha percebido que dormira tanto. Levantou-se cambaleante e foi para o banheiro – tomou um banho gelado para acordar totalmente, fez sua higiene matinal, colocou uma roupa mais confortável e só. Calçou um chinelo de dedo e saiu do quarto sem fazer barulho. Passou pelo quarto de Zoraida onde a porta estava aberta e ela dormindo com Eddy abraçados na cama, ele sentiu um pouco de inveja (não por Zoraida, ela era atraente, mas ele respeitava mulheres comprometidas e os dois formavam um lindo casal, mas inveja por ele poder passar a noite, abraçado e não apenas sexualmente falando, com a mulher que amava), passou pelo da Maite e abriu a porta sem fazer barulhos, ela estava dormindo esparramada na cama, como se tivesse se jogado na cama e do jeito que caiu dormiu. Ele riu, fechou a porta e desceu para sala. Ia passando direto para a cozinha quando escutou alguém murmurando algo. Atrás do sofá se inclinou para ver e lá Dul dormia.


Ele sorriu ao vê-la dormindo. Teve que dar a volta para ver seu rosto. Era uma máscara serena e tranqüila, seus lábios entreabertos. Um braço embaixo de sua cabeça junto ao travesseiro e o outro tocando no chão. O sofá parecia pequeno para ela, mas Dul se encaixou ali perfeitamente. Só então se lembrou que ele a tinha colocado ali. Juntou os fatos em sua cabeça – ela adormecera no carro, quando chegaram ele a pegou no colo, queria levá-la para o quarto dele enquanto ele dormia no sofá, sem problema, mas ela resmungou mesmo quase adormecida que ele a deixou no sofá mesmo. Ao que parece o pessoal de Forks não eram acostumados com baladas e bebidas quanto ele. Sorrindo ele tocou o rosto dela, acariciou lentamente com as pontas dos dedos. Ela murmurou algo que o assustou, puxou a mão rapidamente, mas viu que ela ainda dormia. Sorriu novamente e acariciou uma última vez.


Andou até a cozinha para pegar pra comer, preparou um café rápido na cafeteira elétrica. Colocou em uma xícara branca e deu um gole, quase cuspiu de tão amargo que estava. Açúcar. Pela primeira vez sentiu falta de algo de Manhattan, da Starbucks. Colocou açúcar e um pouco de leite no café, até que ficou no ponto. Deixou encima da mesa e subiu rápida e silenciosamente para o quarto, pegou o netbook e desceu, com o café em uma mão e o netbook em outra se sentou na poltrona em frente ao sofá que Dul dormia. Era uma visão tão linda, podia ficar ali por horas. Deu um gole grande no café, deixou a xícara encima da mesinha de centro e com o netbook na perna começou a digitar mais algumas páginas do livro. Ficava tão surpreso pela rapidez que as coisas saiam, trocando olhares entre a tela e o rosto de Dul, perdeu a noção do tempo e terminou outros dois capítulos. Somando agora 15 capítulos prontos. Voltou a encarar Dul e para sua surpresa ela estava acordada, com os olhos pequenos abertos e rosto amassado. Extremamente fofa.


— Acordou Bela Adormecida! — comentou com humor. Ela sorriu coçando o olho.


— Já estou acordada há alguns segundos, você que estava tão entretido no computador que não percebeu. Está no bate papo com alguma gatinha de Nova York? — perguntou com humor.


— Por que está com ciúmes, Dul? Saiba que só há você em minha vida. — respondeu e lhe mandou beijo, ela gargalhou e sentou-se lentamente. — E não é bate papo, sou escritor, lembra? Estou escrevendo meu livro.


— Sério? Posso ler alguma coisa?! — perguntou esperançosa.


— Óbvio que não, é surpresa. —  Christopher riu e fechou o netbook. — E você hein? Acordou tarde, não está acostumada com balada?


— Nenhum pouco. Passar a noite dançando e bebendo vodka me destruiu. Estou moída. — ela riu. — Ainda estou com o vestido da festa e cansada, estou um trapo.


— Bom dia Dul. Bom dia Chris. — Maite lhes cumprimentou descendo a escada. Estava apenas de sutiã e calcinha, com os cabelos cacheados completamente bagunçados e volumosos, coçando os olhos e sonolenta, ambos riram da situação dela.


— Na verdade é boa tarde. Já são mais de três horas da tarde. —  Christopher disse sorrindo.


Maite andou se arrastando para a cozinha, enquanto Dul subia para o quarto dela em busca de alguma roupa e para lavar o rosto. Poucos minutos depois Zoraida e Eddy desceram, ambos também pareciam moídos e cansados, só que mais vestidos e arrumados do que Maite. Sentaram-se junto ao balcão com Maite e depois Dul juntou-se a eles, vestindo um short jeans curto e um suéter roxo maior que ela, provavelmente da prima.  Christopher tentava não rir da cena, era como se eles nunca tivessem saído e passado a noite fora, era tão comum para ele que podia sair novamente que ficaria ainda melhor que os três juntos. Preparou café forte para os quatro e os serviu, junto fez algumas torradas e deixou as geléias para eles se servissem.


— Antes, pega uma aspirina para mim. Uma não, trás duas. Ou dez, estou com vontade de me dopar, minha cabeça está explodindo. Vodka me mata. — Zoraida reclamou massageando as têmporas com os olhos fechados.


E os outros pediram também. Ele andou até o banheiro do primeiro andar e dentro do armário embutido na parede pegou uma cartela de aspirina. Voltou para a cozinha, pegou apenas um copo para que o dividissem e a garrafa de água, então os serviu com um comprimido e água.


— Vocês são fracos pra bebida hein, que isso. —  Christopher riu zombeteiro, vendo-as pegar o café.


— É, e falando nisso, por que você não está mal como nós? — Eddy perguntou fazendo careta ao beber a água, como o último, e então pegar o café.


— Anos de prática, meu querido! — falou convencido, todos riram menos Dul, que apenas mordeu o lábio e deu um gole no café. Rapidamente ele se amaldiçoou pelas palavras que lhe deram a impressão errada. Ou a impressão certa? Era isso que o assustava.


Depois do café da manhã, no meio da tarde, Zoraida e Eddy subiram novamente para o quarto estavam tão exaustos que provavelmente dormiriam mais um pouco. Ou não? O celular de Maite tocou e era Eddy, ela subiu lentamente para o quarto e poucos minutos depois desceu com os cabelos presos em um rabo de cavalo e um conjunto moletom cinza – Jacob estava de ressaca também e era manhoso demais para ficar sozinho, então ela iria lá ficar com ele. Dul garantiu que ficaria bem. Ficaria ali apenas mais alguns minutos até se sentir um pouco mais acordada e iria embora.  Christopher e Dul ficaram sozinhos na sala, sentados no mesmo sofá. Ela encolheu as pernas, encostando os joelhos no peito e abraçando-os, apoiando o queixo sobre ele.  Christopher a encarava da outra ponta.


— Por que tá me olhando desse jeito?


— Porque você é bonita, gosto de te olhar! — respondeu sem pestanejar, ela corou.


— Você é um ótimo galanteador, deve ter todas as mulheres aos seus pés em Nova York, deve ser o maior pegador.


— E então, o que vai fazer hoje? —Christopher lhe perguntou fugindo da afirmação que ela tinha acabado de fazer. Era verdade e ele, que sempre se orgulhava disso, naquele momento sentia vergonha do que tinha deixado para trás. Dul apenas riu.


— Nem pense em passeios forasteiro, eu sou uma nativa inocente destruída, preciso recompor minhas energias. Hoje vou ficar quietinha em casa, apenas descansar.


— Tudo bem, então amanhã? — perguntou zombeteiro. Ela sorriu abaixando a cabeça e ergueu deixando-a de lado, como se pensasse na possibilidade. — Você ainda me deve alguns passeios. Todos marcados na minha agenda cerebral.


— Você é o forasteiro mais irritantemente idiota que eu já conheci em toda a minha vida, sabia?


— E isso é bom. Eu como único serei aquele inesquecível. Quando você pensar em pessoa irritante e idiota pensará em mim. — ele disse sorrindo. Ela riu.


— E então senhor dono do Senhor Macaconildo Azul, onde está sua família?


— Deus, você ainda lembra? — gargalhou  Christopher.


— Eu nunca esqueço fatos vergonhosos de pessoas, posso usá-los contra você um dia. Acredite. — ela riu. — E a minha pergunta?


— Minha família é minha irmã mais velha, Anahi. Ah, e o namorado dela, meu cunhado e melhor amigo, de certa forma é minha família também. E eles devem estar juntos e felizes de me verem longe.


— Então não sou a única que te acho irritantemente idiota? E o que aconteceu com seus pais?


— Não, provavelmente minha irmã me acha ainda mais. — ele riu e voltou a ficar sério. — Minha mãe morreu quando eu tinha doze anos de câncer e meu pai morreu faz uns cinco anos de ataque cardíaco.


— Sinto muito, mesmo. — falou baixinho abraçando ainda mais os joelhos.


— Sem problemas. Minha mãe faz falta, mas talvez a morte fora o melhor caminho, ela estava sofrendo demais e meu pai? Ah, não tínhamos um relacionamento muito bom, mal nos falávamos. Eu posso te contar sobre isso, mas outro dia pode ser? Realmente depois de uma balada falar do meu pai não me trás boas lembranças.


— Claro tudo bem. — assentiu e voltou a sorrir. — E sua irmã, como ela é?


— Extremamente bonita. Mandona. Exigente. Bem sucedida. Confiante. Minha defensora e conselheira. A melhor irmã que eu podia merecer. Ela tudo que eu tenho e uma das poucas coisas que eu tenho realmente medo de perder pelo meu jeito idiota. — falou pausadamente. — Eu a amo!


Dul engoliu seco com dificuldade. Ele se emocionara ao falar da irmã, estava na cara. Seus olhos brilharam e isso a deixou muito admirada. Christopher era uma irritante caixinha de surpresa.


— E a sua mãe? — Christopher perguntou erguendo a sobrancelha.


— Ela está viajando os Estados Unidos com o novo marido dela, um péssimo e falido jogador de baseball da segunda divisão. — disse meio rancorosa.


— Sua relação com sua mãe não é das melhores e você não gosta dele?


— Minha mãe fez a escolha dela e esse cara, de certo modo, destruiu minha família e me fez ter ilusões que me machucaram muito. Digamos que eu não sou a maior fã dele. Há toda uma história por trás disso, uma história triste e pessoal demais que eu não saio dizendo para qualquer forasteiro idiota. — ela sorriu faceira. — Quando estivermos conversando sobre a sua relação com seu pai, eu digo sobre a minha relação com a minha mãe.


— Combinado. — ele sorriu.


Ficaram em silêncio por alguns segundos e conversaram um pouco mais até ela ver a hora. 4:15. Levantou-se abruptamente dizendo ser tarde e que Fernando deveria estar preocupado. Ela foi para o quarto da Maite.  Christopher subiu para o quarto e deixou o netbook encima da cama e desceu com Dul novamente, que agora carregava consigo a roupa que tinha usado na noite anterior e os sapatos em mãos, andando descalça. Ela saiu sendo seguida por ele e pararam na porta.


— Você não precisa me acompanhar até meu carro, forasteiro, eu vou ficar bem.


— Estava apenas tentando ser cavalheiro! — Christopher sorriu fazendo-a rir. — Tem certeza que não quer uma carona? Você ainda está cansada.


— Obrigada, forasteiro cavalheiro. Primeiro, você não tem carro. Segundo, se eu deixar você me dar carona, você saberá aonde eu moro, você já me perturba no meu trabalho imagina se soubesse onde eu moro? Não, obrigada. — ambos riram. — É sério, obrigada, mas eu vou sozinha. Nos falamos amanhã. Segunda, eu volto ao batente.


— Ótimo. Irei almoçar lá. — sorriu. — Vamos fazer algo amanhã?


— Se eu te disser não tenho certeza que vai ficar insistindo até me vencer pelo cansaço, então vou me poupar disso, eu aceito. O que quer fazer?


— Isso mesmo. Andar de barco pode ser?


— Claro. Vou falar com Fernando hoje, amanhã andamos de barco e você me conta a história sobre seu pai. Combinado?


— E você da sua mãe?


— Nos falamos amanhã. — acenou rindo pelo nariz. — Tchau  Christopher, até amanhã.


Viu ela se afastando e já não via a hora reencontrá-la para conversarem mais um pouco, ficarem mais um tempo juntos. Mais alguns minutos. Ou talvez algumas horas. Ela era tão enigmática e tudo lhe atraia ainda mais... Era como uma droga viciante. Daquelas que começa usando algumas vezes, diz que consegue viver sem e usa apenas por diversão e no final de contas não consegue ficar sem usar um dia se quer.


Dul era sua droga.


E ele não se importava nenhum pouco em se esforçar para conseguir mais.


 


 




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Autor(a): vondyt

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

(Segunda-Feira.) Christopher acordou, fez a higiene matinal e tomou banho, então se sentou na cama com o netbook no colo. Sabia que tinha algo naquele dia, mas não conseguia lembrar-se o que, então entrou em site de fofoca famoso para saber o que estava esquecendo. Mostrava logo no inicio uma foto do casal, abraçados, em algum tapete verme ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 665



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  • janaynafarias Postado em 27/12/2016 - 16:23:53

    Amoreeeee!!!! Sei q essa fic já acabou. Mas eu amei ela! Qdo eu salvei ela e comecei a ler,me apaixonei d cara! *_* ela é apaixonante,viciante,divertida e auuuu fez eu chorar pra caramba! Nossa q fic foi essa meu amor! Espero encontra outras suas amore ;) parabéns pela ótima adaptação ;) q venham outras pela frente amore! Xero e bjos!!!! 😉

  • vondyt Postado em 30/07/2016 - 13:23:38

    Mentira que já fez um ano

  • taina_vondy Postado em 25/04/2016 - 11:15:17

    perfeita ...fanfic perfeita... ..chorei.rir.muito bom

  • SiempreTú❤∞ Postado em 03/02/2016 - 03:42:46

    C.A.R.A.Y chorei LITROS com essa fic #melhorfanficeveeeerrr

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:59:36

    Essa fanfic foi perfeita *-* acho até que vou reler porque to com maior saudade dela

  • stellabarcelos Postado em 23/09/2015 - 14:20:35

    Fanfic linda!

  • jucinairaespozani Postado em 15/09/2015 - 03:15:21

    Essa foi uma das fics mas incríveis que tive o prazer de ler, vou imprimir e dar pra minha mãe ler foi perfeita.

  • giihficsvondy Postado em 27/08/2015 - 13:16:00

    Posso postar essa fanfic na minha pagina?

  • wermelinnger Postado em 14/07/2015 - 14:33:06

    estou aguardando a proxima temporada. abraços!!!!!!!!! ps.: se vira

  • nanda_ucker Postado em 14/07/2015 - 00:52:59

    Ai eu peço mil desculpas por não ter comentado esses capítulos, é que fazia um tempo que ñ entrava no FBF. Amei a fic amei tuddooooooooooo até agora to chorando lendo e relendo os capítulos todinhos


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