Fanfics Brasil - 18 - Cicatrize não Doem Sueño Surreal - Vondy [Adaptada] #FINALIZADA

Fanfic: Sueño Surreal - Vondy [Adaptada] #FINALIZADA | Tema: Vondy


Capítulo: 18 - Cicatrize não Doem

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(Segunda-Feira.) Christopher acordou, fez a higiene matinal e tomou banho, então se sentou na cama com o netbook no colo. Sabia que tinha algo naquele dia, mas não conseguia lembrar-se o que, então entrou em site de fofoca famoso para saber o que estava esquecendo.


Mostrava logo no inicio uma foto do casal, abraçados, em algum tapete vermelho e embaixo a legenda.


“Parabéns ao casal – Hoje faz três anos do relacionamento bem sucedido entre a editora Anahi Uckermann e o fotógrafo e designer Alfonso Herrera. Um casal jovem, bonito e bem sucedido. Nosso exemplo, leia as 25 dicas para o sucesso no amor e carreira.”


Christopher sorriu e abriu o e-mail, tinha que parabenizá-la.


 


De: Christopher Uckermann (Christopheruck@hotmail.com)


Para: Anahi Uckermann (AnahiUckermann@hotmail.com)


Assunto: Parabéns. Presente pra você!


Oi Anny, parabéns pelos três anos com o Ponccho. Diga que eu mandei parabéns a ele ok? Três anos te agüentando de livre e espontânea vontade? Ele devia ganhar um prêmio, isso sim.


Sei que, provavelmente, você está totalmente animada por ficar longe de mim, mas como eu sou um irmão muito bom resolvi te dar um presente: escrevi mais do que você imagina. Só estou mandando esse e-mail para te dizer que no fim do meu prazo o livro estará pronto. Então você não pegue nenhum livro para ser editora, ok? Quero você totalmente livre para o meu. E avise para o Poncho que ele é quem vai cuidar do design, capa, diagramação, essas coisas na qual ele é bom.


Estou com saudades. Amo você.


 


Depois apagou alguns e-mails de mulheres, spans, propagandas, então fechou tudo, inclusive o netbook, e jogou-se na cama. Ainda eram 11 horas da manhã, não podia ir almoçar agora por mais que quisesse muito. Não iria pra praia atrás da Dul, era capaz de ser acusado de perseguição em alguns dias, então tinha que esperar o tempo passar. Mas quanto mais queremos, menos ele passa. Christopher se espreguiçou e virou o rosto para o travesseiro, uma soneca não seria problema algum.



Dul estava servindo algumas mesas. O restaurante estava em horário de pico por ser almoço, uma hora da tarde. Ela atendia os clientes e ao mesmo tempo olhava a porta esperando a chegada de Christopher. Ele não tinha ido até a praia como tinha feito nos últimos e fez falta, então era esperar que ele fosse almoçar e assim passeariam juntos de barco. Por mais que tentasse seguir em frente sem se envolver muito, estava quase impossível. Não conseguia tirar a noite de sábado da cabeça, de pensar nos momentos que passou dançando com ele; suas mãos firmes em sua cintura, seu corpo colado contra o dele, aqueles lábios roçando em seu pescoço, as tentativas de beijá-la. Por mais que tivesse com mais álcool no sangue do que estava acostumada, conseguia se lembrar de cada segundo naquela boate.


Duas horas da tarde o ritmo do restaurante tinha diminuído, agora todos almoçavam. Dul voltou para o balcão e sentou-se no banco junto a ele, tamborilando os dedos e encarando-os, pensando se ele apareceria ou não e ao mesmo tempo brigando com si mesma por pensar nele.


— Dulce? Dulce..? — ela piscou forte e ergueu o rosto vendo Ninel lhe encarando divertida. — Pensando em que?


— Nada demais, apenas moscando. — Dul mentiu fazendo a madrasta rir.


— Você é uma péssima mentirosa, Dul. — Ninel disse sorrindo e se inclinou para ela. — Pensando no Christopher, querida?


— O que... — antes de terminar a pergunta lembrou-se. — Leah?


— É. Ela me disse que vocês ficaram juntos na boate, a noite inteira, que dançaram bem próximos, só que ela não sabia se tinha rolado algo. E então...?


— Sua filha é bem fofoqueira, sabia? Com certeza puxou a mãe, e não rolou nada. Apenas bebemos e dançamos como bons amigos.


— Mas não rolou por que ele não quis ou por que você não se permitiu curtir totalmente?


— Ninel...


— Eu quero a verdade! —Ninel foi firme.


— Tudo bem. Dançamos bem próximos, ele me tocando, beijando meu pescoço e mesmo assim respeitando os meus limites, quase me deixou louca, no final ele tentou me beijar, e eu quase... Mas disse não. — Dul disse hesitante.


— Por que você fez isso?!


— Eu realmente não quero dar explicações ou conversar sobre isso, já estou sendo atormentada pelos meus próprios pensamentos pra agüentar os seus também.


Dul nem esperou que ela respondesse, deixou seu bloquinho e caneta encima do balcão, pulou do banco e deu a volta nele indo para a porta que dava em seu quartinho, onde guardava suas coisas. Ninel não deixou por menos, deixou tudo ali mesmo e foi atrás dela.


— Você não vai fugir de mim, Dulce, nós precisamos conversar. Vamos!


— Eu não quero me aproximar! Não quero me envolver, Ninel! — disse sentando-se em uma cadeira e entrelaçou os dedos no cabelo, bagunçando-os.


— Eu sinto muito querida, você já está bem próxima e está envolvida, se não você não estaria pensando na noite, não estaria se odiando por não ter beijado-o.


— Nineel, eu não quero ariscar passar por tudo aquilo de novo, dói.


— Então você não quer viver, Dul? Porque a vida é isso, ela é feita de riscos. E sem se arriscar você não vive, porque você se torna prisioneira dos seus medos. Sábio é aquele que se arisca e segue seus sonhos, e não sou eu que estou dizendo isso, essa frase é de algum pensador importante, só não lembro quem exatamente...


— Por que você tem mania de colocar frases famosas no meio dos seus discursos? — Dul a interrompeu, zombeteira.


— Porque dá mais credibilidade, faz com que eu pareça mais culta. Agora voltando ao seu caso... Todos os dias, por diversos motivos, você pode se machucar, e é assim que você aprende e cresce. É isso que te define e te constrói. Você não se torna mais forte por não chorar ou optar por se esconder pra não sofrer, se torna mais forte quando agüenta todo o sofrimento e continua encontrando motivos pra seguir em frente! — Ninel disse de modo doce, maternalmente, e acariciou o rosto de Dul. — Você é linda e tem uma vida toda pela frente, não pode se privar de viver porque te machucaram.


— Eu sei.


— Faz quatro anos, Dul, está na hora de continuar! E nós sabemos que você já superou, não é? Você já esqueceu e não sente mais nada pelo James, Doce, tudo que restam são cicatrizes de um grande machucado, e cicatrizes não doem. Então para de olhar pra essas marcas e buscar dor, buscar motivos pra não seguir em frente, não é pra isso que cicatrizes servem. Elas servem pra mostrar que não importa o quanto tenha doído, não importa o quanto tenha sangrando, você consegue sarar e se regenerar. — Ninel sorriu e esticou a mão a Dul, que a pegou e ficou em pé, com os olhos marejados. — Muita coisa mudou e você não é mais aquela menininha boba de 16 anos, agora é uma mulher de 20, está mais madura e não como antes, então continua. Se arrisca e se não der certo? E daí? Você ainda tem muito tempo pra errar, mudar de opinião, escolher, não espere ficar velha pra perceber que a vida é uma só!


— Odeio quando você está certa e me dá conselhos que mais parecem tapas na cara. — Dul disse sorrindo e piscou deixando as lágrimas escorrerem. — Obrigada!


— Você é como uma filha pra mim, vou sempre cuidar de você, estarei sempre aqui pra você. — sorriu e puxou Dul pros seus braços para um apertado abraço materno, beijou a cabeça dela acariciando seus cabelos.


Depois de vários segundos, ainda abraçadas,Ninel retomou o tom brincalhão:


— Tá agora seca essas lágrimas e vai trabalhar.


— Sua exploradora! — Dul riu.



Christopher acordou três horas depois. Ele sempre se surpreendia com a capacidade que tinha para dormir. Conseguia ficar acordado por horas sem nenhum cochilo, mas também podia dormir por horas sem acordar para nada. E ficou feliz em ver que já era a hora do almoço. Jogou uma água no rosto, uma calça jeans e camiseta, pegou a carteira e celular então saiu em direção ao restaurante de Nineel.


Falou rapidamente com Zoraida e Maite que estavam sentadas, vendo algum programa da MTV. O tempo na casa fez com que se aproximasse delas, eram companhias agradáveis e engraçadas, eram como irmãs mais novas com quem gostava de passar um tempo. Com Eddy teve menos tempo, ele era mais fechado, mas mesmo assim criou uma amizade com ele também.


— Vai se encontrar com a Dul? — Maite perguntou zombeteira quando ele estava indo em direção da porta.


— Eu vou almoçar no restaurante da Ninel, é ótimo! — falou tentando disfarçar, ambas riram.


— Ótimo pra ver a Dul! — Maite disse com malicia.


— Talvez, mas é segredo então calada! — sorriu.


— Vamos ficar torcendo por você! — Zoraida falou sorrindo e fez figa com os dedos de ambas as mãos, Maite imitou o gesto. Ele lhes mandou beijo e por fim saiu.


Andou tranquilamente até o restaurante e sentou-se em uma das mesas do lado de fora. Não estava muito cheio, então Dul trabalhava com facilidade. Em poucos segundos ela se aproximou dele com o seu deslumbrante sorriso zombeteiro.


— Boa tarde, seja bem-vindo, já está pronto para pedir? — sorriu.


— A garçonete pode ser incluída nos meus pedidos? — Christopher perguntou galanteador, Dul riu.


— Sabia que eu posso te acusar de assédio sexual, forasteiro?


— Só faria eu me apaixonar ainda mais, nativa! — colocou no rosto o seu sorriso de lado, aquele que fazia o coração de qualquer mulher disparar. Dul riu revirando os olhos.


Ele pediu risoto com curry junto com a sua tradicional coca-cola. Comeu tranqüilo vendo Dul servir as outras mesas e sempre trocando olhares com ela, e às vezes sorrisos que eram raramente retribuídos. Aos poucos o restaurante foi se esvaziando e ele foi o último. Deixou tudo na mesa e levantou-se para ir passar. Parou frente à Dul bloqueando a passagem.


— Com licença senhor, preciso trabalhar! — ela falou tentando parecer séria.


— Sim, mas a senhorita me deve um passeio de barco hoje, lembra? Tem que ser hoje. Vamos?


— Idiota! — sorriu. — Só vou terminar de limpar essas mesas e comer algo, então vamos. Já falei com o Fernando e ele deixou que eu pegasse um, seu passeio está salvo.


— Perfeito. Agora pode passar.


Ele saiu da frente e ela foi até a mesa que ele estava antes para buscar o prato, e ele foi em direção ao caixa e para sua surpresa era Leah que estava atrás dele lavando uns copos. Foi recebido com aquele sorriso extremamente branco e caloroso contrastando com a pele morena e exibindo duas covinhas, muitas semelhanças com a Ninel. Sorriu.


— Oi Leah. — ela lhe olhou surpresa, mas sorriu. — A conta.


— Ah claro, eu sempre me confundo nisso. — ela começou a mexer na caixa registradora e entregou a conta e viu o cartão de crédito nas mãos dele. — Crédito?


— Aham. Onde está a Ninel?


— Se você tivesse vindo mais cedo teria tombado com ela, mas ela saiu e agora deve estar cuidando e paparicando o Seth, doçura. — Leah riu. — É eu sei que minha mãe tem mania de chamar os homens de doçura, essa é a dona Ninel. Enfim, Seth está doente e ele doente é um porre, então ele ligou choroso para ela que saiu correndo pra cuidar do bebê da casa e eu estou aqui ajudando a Dul. E vocês vão sair, certo?


— Ela disse?


— Eu a vi pedindo o barco emprestado pro tio Fernando e minha mãe ajudando a convencê-lo a emprestar.


— Ele brigou ou algo do tipo? Não queria ela perto de mim? — perguntou hesitante.


— Na verdade ele não queria é a Dul perto dos barcos dele. — ela gargalhou.


Christopher pagou o almoço e conversou mais um pouco com a Leah, Dul comeu um sanduíche com suco rapidamente e então estava pronta para ir. Ela foi à frente o levando até a picape dela. Usava um short jeans curto, all star preto e uma camisa preta com o desenho do Pikachu. Logo estavam junto ao píer onde tinham pescado dias atrás. Dul estacionou a picape, desceu em um pulo e fechou a porta.


— Vamos Christopher. Deixe sua carteira e celular ai dentro pra não correr o risco de molhar e vamos, o barco do meu pai está ali. — apontou para a lateral do píer onde uns barcos estavam amarrados a estacas.


E assim o fizeram. Ele deixou tudo no carro e foram conversando até o píer, como nunca tinha andando de barco, pelo menos não um pequeno, era uma nova coisa para ele. Era na verdade umatraineira branca com alguns detalhes azul e verde tinha uma proa grande e um pouco mais alta e uma pequena cabine onde ficava a parte de direção dele. Era simples e bonita. Dul pegou junto a umas árvores dois remos e voltou para o píer onde Christopher a esperava. (traineira, algo assim:http://oi53.tinypic.com/33c1bpk.jpg)


— Pra que os remos? Ele não tem motor?


— É dos barcos sem motor e sim, essa traineira tem motor, mas meu pai não confia em nós sairmos com um barco novo, apenas o velho e o motor desse ai não é muito confiável, então melhor levarmos os remos para garantir.


Dul piscou e jogou os remos na traineira. Se apoiando no píer colocou o primeiro pé no barco, que se mexeu com as águas, e então entrou de vez. Esticou a mão para que Edward subisse também, com um pouco mais de dificuldade ele conseguiu subir. Ela desamarrou a corda, soltando-a, e foi para dentro da pequena cabine e puxou a corda do motor, ao lado do volante, três vezes até a traineira pegar no tranco e rugir, então tremeu levemente e Christopher percebeu que ela começou a se mexer. Não sabia se ela sabia mesmo dirigir e tinha medo de perguntar, mas cair na água não deveria ser tão ruim, ainda mais acompanhado por Dul, então deixou que ela dirigisse. Ela foi para o meio do mar e virou para o lado mais afastado, para onde as água eram completamente cercada pela floresta.


 




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Autor(a): vondyt

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 665



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  • janaynafarias Postado em 27/12/2016 - 16:23:53

    Amoreeeee!!!! Sei q essa fic já acabou. Mas eu amei ela! Qdo eu salvei ela e comecei a ler,me apaixonei d cara! *_* ela é apaixonante,viciante,divertida e auuuu fez eu chorar pra caramba! Nossa q fic foi essa meu amor! Espero encontra outras suas amore ;) parabéns pela ótima adaptação ;) q venham outras pela frente amore! Xero e bjos!!!! 😉

  • vondyt Postado em 30/07/2016 - 13:23:38

    Mentira que já fez um ano

  • taina_vondy Postado em 25/04/2016 - 11:15:17

    perfeita ...fanfic perfeita... ..chorei.rir.muito bom

  • SiempreTú❤∞ Postado em 03/02/2016 - 03:42:46

    C.A.R.A.Y chorei LITROS com essa fic #melhorfanficeveeeerrr

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:59:36

    Essa fanfic foi perfeita *-* acho até que vou reler porque to com maior saudade dela

  • stellabarcelos Postado em 23/09/2015 - 14:20:35

    Fanfic linda!

  • jucinairaespozani Postado em 15/09/2015 - 03:15:21

    Essa foi uma das fics mas incríveis que tive o prazer de ler, vou imprimir e dar pra minha mãe ler foi perfeita.

  • giihficsvondy Postado em 27/08/2015 - 13:16:00

    Posso postar essa fanfic na minha pagina?

  • wermelinnger Postado em 14/07/2015 - 14:33:06

    estou aguardando a proxima temporada. abraços!!!!!!!!! ps.: se vira

  • nanda_ucker Postado em 14/07/2015 - 00:52:59

    Ai eu peço mil desculpas por não ter comentado esses capítulos, é que fazia um tempo que ñ entrava no FBF. Amei a fic amei tuddooooooooooo até agora to chorando lendo e relendo os capítulos todinhos


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