Fanfics Brasil - 24 - [Part. 2 - Fim] Sueño Surreal - Vondy [Adaptada] #FINALIZADA

Fanfic: Sueño Surreal - Vondy [Adaptada] #FINALIZADA | Tema: Vondy


Capítulo: 24 - [Part. 2 - Fim]

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— E o seu pai?


— Meu pai ficou normal, como se soubesse que aquilo iria acontecer, entende? Quando o carro estacionou, Felipe desceu e foi guardando as malas da Blanca no carro, ela me encarava com um sorriso nos lábios e eu estava na frente do meu pai. Eu tinha implorado pra ela me levar, chorei e gritei, fiz de tudo e ela disse que ia ficar a maior parte do tempo viajando e eu precisava de uma vida fixa, ela queria se livrar de mim e viver com o Felipe. Meu pai encarava Blanca com um misto de dor, ressentimento, mágoa, tudo. E para Felipe, eu ainda lembro, ele só olhou uma vez, quando Felipe esticou a mão e disse: “Eu sinto muito, sem ressentimentos e espero que fique tudo bem entre a gente”, meu pai olhou a mão dele com desprezo e colocou as dele sobre o meu ombro, me virou e entramos juntos sem dizer nada. Pela janela vi minha mãe sorrir e acenar dizendo “Adeus” e eu chorei, eles entraram no carro e foram. Eu olhei rapidamente pro meu pai e vi lágrimas nos seus olhos, ai eu corri pro meu quarto e chorei muito. Desde aquele dia não vejo minha mãe, apenas por cartões, que com o tempo pararam de vim, é como se ela tivesse morrido. Se não fosse pelo meu pai... Acho que nem estaria aqui, sério. Ele me abraçava e dizia que ia tudo ficar bem, eu ia cuidar dele e ele cuidaria de mim, que ele me amava mais que tudo e ia ficar comigo pra sempre. — Dul estava com a voz trêmula e lágrimas escorriam molhando seu rosto, ela passou a mão nas maçãs do rosto, secando-as e olhou para Christopher


 — Ele desde então fez de tudo para suprir a ausência da Blanca e se tornou minha vida, o melhor pai do mundo! Presente, companheiro, engraçado, por mais que sofresse, na minha frente ele sempre estava forte e firme pra me pegar quando eu caísse, era meu porto seguro.


Christopher sorria ao ver a emoção de Dul ao falar do pai, não sabia o que era aquilo, mas achava um sentimento nobre. Esticou a mão e pegou a da Dul, entrelaçando seus dedos e fazendo carinho. Dul fungou e voltou a falar:


— Três anos depois, quando eu tinha 15 anos, o marido da Ninel morreu. Meu pai, como um antigo amigo da família ajudou muito porque entendia a dor de perder alguém que amava e eu tentava ajudar Leah, já que Seth era muito novo. E assim viramos uma só família. Dois anos depois, eu tinha 17, Fernando e Ninel começaram a se envolver, mas tinham medo das nossas reações. Eu tinha 18 quando, junto com Leah, avisamos que tudo bem se eles namorassem, íamos aceitar e apoiar, então agora eles estão juntos como você vê hoje. Um ajuda o outro, e os dois me ajudam. — sorriu.


— Um final feliz?


— É, um final feliz, ainda bem. Mais alguma coisa?


— Quem era o James? O outro forasteiro que te deixou assim?


— Tá, hoje é meu dia de falar pra caral/ho, certo? — deu uma risada seca.


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Dul soltou o ar com força, olhando os dedos entrelaçados aos de Christopher, juntando tudo na cabeça e resumindo.


— É... James. Ele era um forasteiro, que não veio exatamente a turismo, veio a trabalho. Ele é um empresário do ramo imobiliário, na verdade a família dele e ele veio aqui no lugar do pai. Estava construindo um hotel da família em Port Angeles, ele teria que ficar um bom tempo lá por causa disso e como as vezes ficava sem ter o que fazer acabava passeando pela região, em um desses passeios acabou vindo em Forks. Nos conhecemos no restaurante da Ninel, me encantei a primeira vista. Eu tinha 16 anos, sabe aquela idade de se apaixonar fácil e ser boba? Eu estava nessa época. Ele era realmente muito bonito, musculoso, jovem, atraente, cabelos loiros meio compridos e mais velho, galanteador, deu em cima de mim dizendo algumas coisas bonitas sobre o quanto meus olhos castanhos brilhavam na luz do sol e eu era a mais linda flor do jardim da vida dele. — Dul riu ressentida. — Hoje em dia me sinto ridícula por ter caído nessa cantada barata, mas eu cai. Era a primeira vez que um homem me via daquela forma, como uma mulher, eu sempre fui o patinho feio da turma e sempre rodeada por homens que eu via como irmãos e que me viam assim também, então alguém gostando de mim era novidade, eu me deslumbrei com isso e me entreguei totalmente a essa paixão. Ele vinha pra Forks sempre pra me ver, dois dias depois estávamos ficando.


— E comigo foi duas semanas. — Christopher lembrou.


— Eu aprendi com meus erros, forasteiro. — riu. — Mas você foi diferente. Ele não teve paciência, vinha pra cima com tudo, e eu não dizia absolutamente nada, apenas cedia. Ele era mais esperto que eu, tinha 22 anos na época e eu estava apaixonada. É, depois de três dias com ele me falando coisas lindas e dizendo o quanto eu era especial, estava apaixonada. Minha primeira paixão. Ele ficava sem vim pra Forks por causa do hotel e quando voltava, matávamos a saudade. Ele teve que viajar e ficou duas semanas fora, fiquei morrendo de saudades e quando ele voltou cedi de vez. Ele disse que eu podia ir se encontrar com ele em Port Angeles e eu fui correndo, fomos para um pequeno hotel onde ele estava hospedado e transamos.


— Foi a sua primeira vez? — Christopher perguntou receoso.


— É, o que tinha que ser especial, foi no quarto do hotel, mas na época foi o máximo! Não usamos nenhum tipo de proteção, apenas transamos e pronto. Foi horrível — riu. — Doeu por ser primeira vez, ele não era carinhoso suficiente e era meio grande, eu acho, nunca tive nenhum pra comparar. — riu novamente, sendo acompanhada por Christopher. — Mas foi especial. E assim seguiu nossa relação, muita pegação e sexo sem proteção, ele não me contava muito sobre a vida dele e eu contei toda a minha né. Acabei engravidando.


— O que?! — Christopher estava totalmente surpreso.


— Irresponsabilidade nossa, eu sei. Na verdade só descobri quando estava com dois meses e foi logo depois do meu aniversário, então engravidei aos 16, mas considero 17. Quando eu contei ele ficou totalmente transtornado e surtou, me xingou e várias outras coisas, eu fui pra minha casa chorando e resolvi não contar pra ninguém. Uma semana depois ele voltou a me procurar na minha casa, eu estava completamente isolada e só ficava no quarto, meu pai estava viajando e conversamos. Ele me pediu desculpas e disse que me amava, eu aceitei né, ai ele me ajudou a subir para o quarto e preparou algo para mim comer, e eu comi. Como eu me arrependo. — engoliu seco. — Ele foi embora menos de uma hora depois e eu achei estranho, mas relevei, meia hora depois comecei a passar mal, muito mal, só lembro de ver o sangue nas minhas pernas, uma dor muito forte na barriga, um grande jorro de sangue sair pela minha boca e cai no chão, ai ficou tudo escuro.


— Dul...


— Ninel foi na minha casa como fazia todos os dias na ausência do Fernando e me levou pro hospital, foi o que ela me contou. E eu perdi meu bebê... Eu perdi meu bebê — encarou Christopher com os olhos marejados e a dor era evidente. — E eu me odiei por isso, porque eu tinha odiado aquele feto dentro de mim, mas estava me acostumando com a idéia, mas eu o tinha perdido. Ninguém me explicou o que tinha acontecido, apenas disseram que foi um aborto espontâneo, contaram pro meu pai e ele me apoiou, em nenhum momento me recriminou e disse que eu tinha que tomar mais cuidado, mas ficou muito preocupado, mas superamos essa. Eu e o James nos aproximamos de novo, mas no fim daquele ano ele tinha que ir embora, ele jurou que voltava, que ia me ligar sempre, disse que me amava e que voltava. Ele foi e me ligava todos os dias, ai depois virou uma vez por semana, uma vez a cada duas semanas, até que ele parou de ligar simplesmente. Ele sumiu e eu cai de tristeza, chorava todos os dias a dor da ausência e queria ir atrás dele, mas não me deixavam. Seis meses depois ele voltou com a cara deslavada e eu o aceitei de volta, ele só queria transar e coisas do tipo, um mês depois foi embora de novo e eu não o vi mais. Ele mudou de endereço, telefone, não consegui mais nenhum contato.


— Dul, o seu bebê... Foi o James?


— Eu tinha 18 quando eu descobri a verdade, eu estava com Leah procurando uns papéis dela, no escritório da casa e no meio da bagunça achei um exame com meu nome, quando abri quase cai chorando, no exame mostrava que foi encontrado um abortivo no meu sangue. Eu não mostrei pra Leah, já que apenas Fernando e Ninel sabiam do bebê que eu tinha perdido, quando Ninel chegou eu gritei com ela perguntando porque não tinha me mostrado, disse horrores e ela se manteve calma, disse que pensou que eu tivesse tomado de propósito e que preferiu esconder para que Fernando não brigasse comigo, já que eu estava muito abalada, foi horrível descobrir. Eu não tinha idéia do monstro que tinha feito aquilo, então me lembrei sobre a comida que ele tinha preparado e que comecei a passar mal depois de comer... Primeiro ele mata o meu bebê e depois me abandona, Christopher ele matou o meu bebê, se ele tivesse mexido apenas comigo tudo bem, mas com um bebê que não tinha como se defender? — perguntou chorando e lhe encarando.


Christopher a puxou para o seu peito, lhe abraçando e confortando, deixando que ela chorasse ali, acariciando e beijando seus cabelos.


— Desde aquele dia jurei pra mim mesma arrancar qualquer sentimento que tinha por ele, tudo virou ódio e depois que percebi que ódio é uma emoção pra quem se importa, virou repudio e desprezo, e também jurei pra mim mesma não me envolver com mais nenhum forasteiro...


— E ai eu apareci. — a interrompeu.


— É, você apareceu — Dul conseguiu rir e ergueu o rosto para encará-lo com um quase sorriso entre as lágrimas. — E me desarmou inteira! Quebrou meu modo de pensar e a barreira que eu tinha construído entre eu e os sentimentos, fazia tempo que não me sentia assim... Bem. — confessou.


— Eu também. Você é a garota mais especial que eu já tive em minha vida, nem na minha adolescência me senti assim. — sorriu e acariciou o rosto dela, secando as lágrimas carinhosamente com os dedos. — Ele quebrou seu coração, da mulher, fora minha mãe e minha irmã que eu amo incondicionalmente, mais linda, amável, sarcástica, irônica e perfeita mulher que eu já conheci em toda a minha vida, eu queria poder ir atrás desse idiota que fez isso com você e quebrar a cara dele inteira, igualando as coisas! — Não precisa, você já está fazendo mais do que suficiente, eu só queria... Queria poder ter certeza que não vou me arrepender disso tudo, não queria...


Ele pressionou sua boca contra a dela no meio da frase e irrompeu seus lábios com sua língua, Dul mal conseguia pensar, apenas sentia seu coração bater mais rápido a cada movimento de sua boca contra a dele. Sem separar seus lábios, Christopher pegou sua mão e colocou em cima de seu peito, sobre seu coração, ela conseguia sentir seu coração forte e acelerado.


— Você me deixa assim, eu nunca me senti tão vivo! — ele perguntou baixo ao separar um pouco seus lábios e deixar suas testas coladas. — Isso deve significar alguma coisa, né?


— É, deve. Só não vou fazer o mesmo com você porque não quero um forasteiro idiota e maníaco sexual tocando meu seio. — Dul disse e ambos riram. Ela voltou a apenas sorrir. — Mas saiba que meu coração está batendo tão forte e rápido quanto o seu!


Aos poucos o clima triste foi se dissipando e eles conseguiram conversar normalmente, Christopher foi fazendo com ela voltasse a esquecer a dor do passado e rir de algumas idiotices. Alguns minutos depois um trovão ecoou pela noite escura e começou a chover rapidamente, Dul deu um grito fino ao sentir a chuva fria tocar sua pele e levantou-se abruptamente com Christopher, ambos riam e de mãos dadas com os dedos entrelaçados correram para fora da areia, fugindo da chuva. Tiverem que correr mais até chegar em um ponto coberto, estavam meio molhados quando chegaram onde queriam, embaixo do toldo da loja de pranchas que ficava próximo a praia. Ainda riam quando bateram os pés para tirar a areia que entrara entre os dedos de seus pés e passam a mão pelo rosto secando-se, graças aos casacos não estavam tão molhados.


— Vamos acabar ficando com frio se continuarmos aqui. — Dul comentou cruzando os braços sobre o peito, olhando o céu.


— O calor humano é o melhor remédio. — e a puxou para os braços, lhe abraçando.


— Já percebeu que você abusa dos momentos pra ficar me agarrando? Que fixação em me abraçar, menino!


— Como você é reclama, Espinosa! — Christopher riu. — Estou tentando te ajudar, nossa, quer que eu te solte?


— Não, estou bem aqui. Não desejaria estar em outro lugar. — ela confessou enterrando o rosto no peito dele e lhe abraçando, ele lhe apertou e encostou o rosto em seus cabelos.


— E nem com outra pessoa! — completou. Ela ergueu o rosto sorrindo e se beijaram.


Ficariam ali juntos até que a chuva se acalmasse ou eles tomassem coragem para correr até a picape da Dul que estava em frente ao restaurante da Ninel. Mas eles não se importavam, tinham um ao outro para se aquecer. Não se importavam nenhum pouco.


 


 




Finalmente....


 



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Autor(a): vondyt

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 665



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  • janaynafarias Postado em 27/12/2016 - 16:23:53

    Amoreeeee!!!! Sei q essa fic já acabou. Mas eu amei ela! Qdo eu salvei ela e comecei a ler,me apaixonei d cara! *_* ela é apaixonante,viciante,divertida e auuuu fez eu chorar pra caramba! Nossa q fic foi essa meu amor! Espero encontra outras suas amore ;) parabéns pela ótima adaptação ;) q venham outras pela frente amore! Xero e bjos!!!! 😉

  • vondyt Postado em 30/07/2016 - 13:23:38

    Mentira que já fez um ano

  • taina_vondy Postado em 25/04/2016 - 11:15:17

    perfeita ...fanfic perfeita... ..chorei.rir.muito bom

  • SiempreTú❤∞ Postado em 03/02/2016 - 03:42:46

    C.A.R.A.Y chorei LITROS com essa fic #melhorfanficeveeeerrr

  • ∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:59:36

    Essa fanfic foi perfeita *-* acho até que vou reler porque to com maior saudade dela

  • stellabarcelos Postado em 23/09/2015 - 14:20:35

    Fanfic linda!

  • jucinairaespozani Postado em 15/09/2015 - 03:15:21

    Essa foi uma das fics mas incríveis que tive o prazer de ler, vou imprimir e dar pra minha mãe ler foi perfeita.

  • giihficsvondy Postado em 27/08/2015 - 13:16:00

    Posso postar essa fanfic na minha pagina?

  • wermelinnger Postado em 14/07/2015 - 14:33:06

    estou aguardando a proxima temporada. abraços!!!!!!!!! ps.: se vira

  • nanda_ucker Postado em 14/07/2015 - 00:52:59

    Ai eu peço mil desculpas por não ter comentado esses capítulos, é que fazia um tempo que ñ entrava no FBF. Amei a fic amei tuddooooooooooo até agora to chorando lendo e relendo os capítulos todinhos


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