Fanfic: Sueño Surreal - Vondy [Adaptada] #FINALIZADA | Tema: Vondy

(Sábado.) Christopher nunca odiara tanto uma pessoa como odiava o tal James. E olha que nem o conhecia. E nem queria conhecer, não sabia o que faria se ficassem cara a cara, mas com certeza não seria nada agradável a James. Não podia imaginar alguém tão sem coração e que tratara uma mulher daquele jeito. Christopher sentia um pouco de repulsa de si mesmo por isso, sabia que não era um exemplo de “como tratar as mulheres” mas nunca fez tal atrocidade ou abusara tanto de uma mulher, física e psicologicamente. Ele tentava de todas as maneiras encontrar diferenças entre os dois, não agüentava saber que podia parecer um pouco se quer com James.

Afinal, Christopher fora um canalha muitas e muitas vezes, ele assumia, mas nunca com uma menor de idade. Dul tinha 16, enquanto James 22, começava por ai. Era uma “regra pessoal” dele, nunca se envolver com uma menor de idade, afinal adolescentes se apaixonam e se iludem rápido. Nunca dizia ‘eu te amo’ para nenhuma das mulheres com quem ficava (na verdade nunca tinha dito eu te amo para ninguém, além de sua mãe e sua irmã) ou fingia sentimentos para elas, sempre deixava claro que seria apenas sexo e fim, se ela não estivesse disposta a isso era melhor nem começarem e todas aceitavam isso, apenas de algumas tentarem persuadi-lo a ter uma relação fixa, mas ele deixava claro seus limites. A única com quem se permitia transar mais que uma vez era Belinda, uma amiga de sexo casual fixa, quando precisasse era só chamar, vice e versa, mas nada além disso. E nunca, em hipótese alguma, mataria um filho. Era seu grande sonho, ser pai e ser tudo que Victor não tinha sido para ele, como fazer tal atrocidade? Nunca. E isso o fazia odiar ainda mais.

Mas tentou tirar tais pensamentos da cabeça, era sábado! Sábado, para qualquer pessoa normal, um dia ótimo, para ele? Não era tão bom assim. Sua nativa não iria trabalhar, então não tinha como se encontrar com ela e na noite anterior não tinham marcado nada, tudo que restava era esperar. Ou torcer para alguém marcar algo, mas é claro que podia colocar essa idéia na cabeça de alguém. Maite e Zoraida, com certeza as melhores opção. Christopher tomou um banho rápido, trocou de roupa e desceu para tomar café com elas, apenas Maite estava na cozinha preparando o café da manhã.

— Bom dia, Mai! — cumprimentou-a sorrindo.

— Oi Christopher... — disse mastigando algo, engoliu. — Bom dia! E ai, que horas chegou ontem, senhor?

— Hum... Tarde! — sorriu e mexeu nos cabelos, ela entendeu a mensagem.

— Entendo, estava com ela?

— Na verdade sim, conversamos bastante ontem, ela me contou sobre o passado, a mãe dela e o... — não sabia se Maite sabia a história, então ficou meio hesitante em continuar.

— James? É, eu sei a história. Toda, em detalhes, e não sei até onde Dul te contou, então é complicado.

— Ela me contou toda, em detalhes também. Acho que até partes que ela não contaria normalmente. Sobre o...

— Bebê? — Maite ssurrou, Christopher assentiu. — Não fala mais sobre isso aqui ok? Ninguém mais sabe. Dul prefere manter em segredo, acho que apenas Ninel, Fernando, Leah, eu e agora você sabem disso. E estou bem surpresa por ela ter te contado sobre isso.

— Digamos que... Compartilhamos segredos dolorosos do nosso passado. Eu estou sentindo tanta raiva daquele bastardo, como eu queria poder quebrar a cara dele!

— Você, Fernando, todos da reserva. Se ele colocar o pé em Forks, pode ter certeza que vai sair daqui bem ferido. —Maite riu, se divertindo com a idéia. — Então, quer uma dica? Valorize isso! Dul nunca confia e dar tanto espaço para alguém, ela deve realmente gostar de você, não desperdiça, porque por trás de toda aquela casca dura, tem uma mulher incrível. — Sorriu. — E eu acabei de falar como uma lésbica, mas é isso ai!

— É, falou mesmo. — riu. — Mas pode deixar, eu também gosto dela. É tão diferente, me assusta as vezes sabe? Mas eu gosto. Estou me sentindo como um adolescente vivendo sua primeira paixão, um sonho... É estranho.

— Isso é tão bonitinho! — sorriu, fazendo uma carinha fofa. — You make me feel like I`m living a teenage dream, the way you turn me on, I can`t sleep, let`s run away and don`t ever look back, don`t ever look back.

Ela foi cantarolando a música Teenage Dream, da Katy Perry, enquanto fazia uma dança bizarra e engraçada, em referência ao que ele tinha dito, fazendo Christopher gargalhar. [N/A: Pros que não entenderam a piadinha: ‘Teenage Dream’ significa ‘Sonho Adolescente‘, e ele disse que estava se sentindo um adolescente vivendo um sonho, por isso Maite cantou.] Logo depois Zoraida e Eddy desceram juntos, não entenderam porque Mai cantava e dançava aquela música ou porque Christopher ria, apenas sentaram todos juntos para tomar café.

Quando acabaram o café, foram todos para a sala, planejarem o fim de semana. Zoraida sentou no colo de Eddy na poltrona, enquanto Maite com a cabeça no colo do Christopher, que fazia carinho em seus longos e cacheados cabelos pretos.

— Então, o que vamos fazer hoje? É sábado, sábado, sábado e amanhã é domingo, domingo, domingo! — Zoraida cantarolou.

— Tudo bem, Srta. Rebecca Black! — Mai a cortou, irônica, fazendo-os rir. — Mas temos que fazer algo mesmo, barzinho? Boate?

— Boate, por favor! Estou com saudades de música alta, gente dançando, bebida, por favor! — Christopher pediu, lembrando-se de Nova York.

— E as saudades de Nova York grita hein? — Eddy riu.

— Nem tanto, gosto de Forks, mas tem algumas coisas que só em Nova York né? Então matar a saudade faz bem. —Ele disse sorrindo.

— Então fechou? Boate a noite? Mas em qual? — Maite perguntou.

— Vamos naquela que fomos no sábado passado, já temos entradas e camarote Vip garantidos, é mais fácil. — Zoraida concluiu, todos concordaram.

— Ah, tudo bem então, vamos que vamos! — Mai disse animada, Christopher riu. — Vou chamar os outros!

–

Dul estava na poltrona do quarto de Fernando e não conseguia parar de rir, vendo-o arrumar uma mala bufando. Parecia uma criança fazendo algo a contra gosto, estava indo viajar. Passaria o final de semana fora e voltaria, provavelmente, na terça-feira a noite. Estava indo para Seattle, para um congresso de segurança patrocinado pelo governo, com muitas palestras e blábláblás burocráticos. Estavam indo todos os chefes de segurança de cidades de Washington e um represente para os condados, era um saco. Fernando odiava isso.

— Qual pai, não deve ser tão ruim, pelo menos o senhor vai aprender a burocracia de segurança da cidade, olha que lindo? E ainda vai poder trazer aquelas canetas e outros brindes.— Dul zombou rindo. Mais uma vez.

— Haha. Vai zoando, isso mesmo. No próximo eu te carrego e você vai ver o que é bom. Passar o domingo, segunda e terça escutando tudo aquilo é um saco!

— Se é domingo, por que está indo agora no sábado?

— A Ninel vai comigo, vamos aproveitar um pouco o dia passeando por Seattle e ela vai fazer umas compras. — Fernnado sorriu animado.

— Aproveitar o dia e fazer compras? Aham, sei. Eca.

— É a vida, querida, é a vida! — riu irônico e terminou de fechar a mala.

Fernando partiu para sua viagem pouco depois do almoço, dando instruções a Dul como: Se comporte, não abra a porta para estranhos, cuidado com o fogo, não durma tarde, tome banho todos os dias. Ela apenas ria, deu-lhe um abraço bem forte e mandou um beijo para Ninel, deixou-o ir. Escutou seu celular tocar. Subiu correndo no quarto para pegá-lo. Christopher. Foi para a cozinha com ele e só atendeu quando chegou lá.

— Alô? — disse como se não soubesse quem era.

— Oi nativa! — ele disse animado, Dul riu.

— Fala forasteiro idiota! — sorriu. Ela já conseguia ver a diferença que ele fazia em sua vida, mesmo apenas por telefone. Só de ouvir aquela voz divertida e meio rouca, ela sorriu.

— E ai, o que você está fazendo?

— Vou almoçar.

— O que? — perguntou curioso, ela riu novamente.

— Strogonoff de frango, arroz e batata palha!

— Hum, me parece bom.

— Se quiser almoçar, só aparecer!

— Eu adoraria, mas já almocei. Na verdade lanchei, os sanduíches do Eddy são ótimos, sabia? — riu. — E ai, o que vai fazer hoje a noite?

—Christopher, para de enrolar e diz logo o que você quer, por favor?

— Deus, você é tão insensível e sem coração... Ok, vamos sair hoje a noite? — riu da própria ansiedade. — Vão todos para aquela boate em Port Angeles, vamos?

— Ah... Não sei...

—Vamos vai? Eu não quero ir sozinho ou ficar de vela com os casais, vamos!

— Você é bonito, não vai ficar sozinho. — disse a contragosto.

— E daí? Quem eu quero, não quer ir comigo. E sério que você vai me deixar no meio daquele bando de mulheres assanhadas prontas para abusar desse forasteiro idiota? Idiota e inocente?

É, ela realmente não queria isso. Se lembrou que agora ela estava ficando com o Christopher, poderia aproveitar de verdade a noite com ele. Seria ótimo.

–

Christopher terminava de se arrumar na confusão junto com Maite, Zoraida e Eddy. Não parava de rir quase em nenhum momento. Ora Mai gritando por alguma cosia, outra Zoraida xingando Mai e depois Eddy, então Mai xingava Christopher, mas mesmo com toda a gritaria eles ficaram prontos. As meninas estavam deslumbrantes com seus vestidos curtos e salto alto, cabelos soltos e maquiagem na quantidade certa, os meninos também estavam elegantes de jeans e camiseta. Antes de irem foram para a cozinha comer algo, pretendiam beber, e beber com o estômago vazio não dava muito certo. Fizeram um lanche, deram uns últimos retoques e estavam prontos. Dez horas os quatro foram juntos para frente do restaurante de Ninel e os outros da reserva já esperavam lá. Mai foi sorridente abraçar Christian enquanto os outros se cumprimentavam sorridentes.

— Só falta a Dul! — Mai disse sorrindo 

E alguns minutos depois ela veio na sua picape, estacionou-a e desceu deslumbrante. Christopher sorriu de lado ao vê-la, estava incrível. Usava um short curto marrom escuro, que parecia ser preto graças a noite, uma blusa rosa bem claro e de seda com uma alça mais elaborada e outra fina que deixava a mostra a alça do sutiã preto, nos pés uma sandália preta fechada que ia até o tornozelo e deixava apenas os dedos na frente a mostra, na mão uma pequena bolsa de corrente que não era maior que uma carteira. Os cabelos soltos sobre um dos ombros e com os olhos bem marcados de preto evidenciando seus olhos, os lábios brilhando levemente e uma bochecha pouco rosada. Como ele queria beijá-la, mas se controlou. Apenas sorriu.

— Oi gente! E então, vamos? — sorriu. Se dividiram entre os carros e foram, Dul e Christopher foram no carro de Eddy e Zoraida.

http://www.youtube.com/watch?v=2llO3KW5djc

David Guetta ft Fergie ft LFMAO - Getting Over You

Chegaram lá no mesmo tempo que no sábado anterior. A boate estava lotada e agitada. A música era escutada do lado de fora, uma fila se formava atrás de uma corrente de proteção enquanto os seguranças controlavam quem entrava. Zoraida só precisou se apresentar, o camarote já estava reservado para eles. O mesmo da última vez e os mesmo procedimentos – um garçom lhes entregou as pulseiras Vips para que pudessem consumir tudo por conta da casa, champanhe no balde com gelo e taças para todos. Christian serviu a todos e se juntaram no meio do camarote para um brinde.

— Eu quero propor esse brinde — Christopher disse sorrindo, ergueu a taça. — Vamos brindar a essa noite, a alegria, aos amigos, a vocês... Por vocês estarem fazendo esses dias em Forks tão legais e especiais. — olhou para todos e quando seus olhos pararam em Dul, sorriu.

— Um brinde! — ela concordou sorrindo.

E todas as taças se encontraram em um “tim-tim” cuidadoso e então beberam. Depois eles se dispersaram, cada casal para um lado dançar juntos e aproveitar a noite. Mai foi dançando até Dul, jogou a bolsa dela em cima do sofá do camarote (como era fechado, não tinha como roubarem), pegou a mão dela e a puxou para descer pro primeiro andar descerem juntos. Christopher apenas olhou-a indo, queria dançar com ela, mas deixou. Christian revirou os olhos com a atitude de Mai, mas ela era assim, incompreensível na maioria das vezes, então desceu para beber algo também.

Do camarote Christopher via Dul e Mai dançando juntas, ambas rebolavam a dançavam muito com a cabeça e jogando os cabelos, com as mãos erguidas e os dedos entrelaçados. Mas não conseguia escutar o que Mai falava, apenas ficou bebendo e apreciando sua nativa dançar. Sexy.

— Quanto tempo você pretendia me esconder isso? — Mai perguntou se aproximando do ouvido da prima para não gritar, já que a música estava bem alta, a ponto de tudo vibrar.

— Não sei do que você está falando! — falou gritando de longe e riu balançando a cabeça para os lados.

— Sonsa! — gritou, segurou a cabeça da prima e a puxou, falou no ouvido dela: — Você e o Christopher, você sabe, va/dia!

— Estamos nos curtindo, só isso! — respondeu no ouvido também.

— E ele está nos olhando lá de cima! — Mai e olhou para cima, riu e acenou para Christopher, que acenou de volta. — Vou dar a chance pra ele dançar contigo e ir com o meu gatinho, tchau!