Fanfic: Sueño Surreal - Vondy [Adaptada] #FINALIZADA | Tema: Vondy

33 – [Part. 1]

(Domingo)

 Leah e Mai entraram sorridentes no quarto de Dul, ambas controlando o riso. Tinham chegado à casa dela há alguns minutos e junto dela chegaram também – Ninel, Seth e Christian. Domingo de manhã, organizariam o grande almoço para todos.

Enquanto os outros ficaram no primeiro andar preparando o café da manhã, Leah e Mai subiram para acordar Dul. E sim, elas sabiam o quanto Dul detestava ser acordada. Mas isso não as impediriam, seria até mais divertido.

Dul estava dormindo tranquilamente, coberta da cintura pra baixo por um edredom, estava de lado com um braço sob o travesseiro e o outro em cima. Elas se posicionaram, cada uma foi para um lado da cama e Mai começou uma contagem regressiva silenciosa:

— Um, dois, três. — contou, quando terminou as duas pularam na cama gritando “Acorda!” e gargalharam quando Dul acordou assustada.

— O que... — tentava olhar pros lados, mas Mai e Leah estavam quase em cima dela dificultando a movimentação.

— Vamos lá gata, acorde! Wake up in the morning feeling like P Diddy… —Mai cantou. O que fez Leah rir e continuar:

— Grab my glasses, I`m out the door, I`m gonna hit this city...

— Ah, pu;ta que pariu, calem a boca vocês duas. Que merda! — Dul exclamou irritada, fazendo-as rir ainda mais.

Dul empurrou um pouco as duas e sentou-se na cama, ficaram as três sentadas. Leah e Maite lhe encaravam como se não tivessem feito nada. Dul encarou as duas – Leah com seu cabelo extremamente liso e curto chanel, sua pele bronzeada contrastando com seu sorriso branco com leves covinhas; enquanto Mai com seu cabelo longo preto e com grandes cachos bem feitos, pele tão branca quanto a sua e sorriso meigo escondendo sua real personalidade. Totalmente cínicas.

— O que há de errado com vocês? Por que gostam tanto de me acordar? Porque não é possível, parece que se excitam em me irritar, pu;ta que La merda!

— Put;a que La merda? — Leah gargalhou, Mai caiu na risada junto. Dul não conseguiu manter a carranca muito tempo, logo estava rindo também.

— O que vocês estão fazendo aqui tão cedo?

— Na verdade já passou das dez, minha mãe, Seth e Christian também já estão ai, provavelmente na cozinha preparando o café da manhã. — Leah informou.

— Ah, tinha me esquecido. Eu tomar um banho rápido e já desço ok? Tchau.

Ela pulou da cama e foi pro banheiro.

–

Quando desceu depois do banho, da escada já conseguia escutar a conversa e risada vindas da cozinha. Escutou a forte gargalhada do Christian e andou até lá. Estava usando um short jeans curto, um suéter azul bebê que era bem largo com as mangas dobradas e nos pés um all star azul marinho. Seus cabelos soltos caindo sobre seus ombros, quando entrou na cozinha colocou uma larga mecha atrás da orelha, mas ela logo se desprendeu de novo.

— Bom dia! — desejou sorridente e recebeu um coro de bom dia de volta, junto com risadas.

Ninel terminava de colocar uma grande pilha de panquecas na mesa para eles, na mesa já tinha mel para a calda e a garrafa térmica com café, junto com xícaras e copos de suco. Leah e Mai comiam suas panquecas com mel e suco sentadas na ilha da cozinha, enquanto Fernando fazia mais panquecas.

— Senta Dul, tem panqueca pra todo mundo. — Christian disse sorrindo.

— Eu duvido muito Christian, do jeito que a Mai come, é pouco provável que sobre panquecas para mim. — zombou.

— Seu pai está fazendo mais Dul, senta e come que estão uma delicia. —Mai disse com a boca cheia de panqueca que faziam suas bochechas ficarem enormes e Christian bateu em sua cabeça. — Au!

— Não fala de boca cheia, menina.

Todos riram e Dul andou até o armário e pegou um prato, deu para que Ninel lhe servisse com algumas panquecas e sentou em um banco alto com as meninas na ilha e serviu-se com suco. Depois de fazer panquecas para um batalhão, Fernando e Ninel sentaram-se à mesa para comerem também.

— E ai, o que vamos fazer pro almoço? —Dul perguntou após engolir as panquecas que tinha na boca.

— Além dos acompanhamentos, faremos peixe que Fernando e Christian pescaram, e carne na churrasqueira. — Ninel informou e deu um gole em seu café. — Seth, isso são garfos e não empilhadeiras, as panquecas não vão fugir, coma direito e com calma! –Disse ao filho

—Ele é morto de fome, parece que não tem comida em casa! — Leah se intrometeu.

— Ninguém te perguntou nada, cala a boca! — Seth mandou.

— Uh, mandou calar a boca, não deixava. — Mai colocou pilha.

— Quem é você pra me mandar calar a boca, pirralho?! — Leah vociferou pra Seth. Mai já ia colocar pilha de novo, mas foi interrompida:

— Maite Perroni cala a boca e não se intromete! —Dul mandou.

— Uh, mandou calar a boca e deixar de ser intrometida, não deixava mesmo, metia a mão na cara! — Christian colocou pilha imitando Mai e depois gargalhou. — Au!

E então estavam todos falando, na verdade discutindo, ao mesmo tempo. Leah com Seth enquanto Mai colocava pilha, Dul tentava calá-la, Christian colocava pilha nas duas. Fernando assistia tudo comendo suas panquecas tranquilamente e bebericando seu café, achando até divertido, estava parecendo um daqueles programas de televisão onde famílias discutiam ao vivo algum problema com gritos e baixaria. Ninel o mandou fazer alguma coisa, mas o que podia fazer além de assistir e rir em alguns momentos?

— Ei, todos vocês, querem parar de discutir? — Ninel mandou, mas ninguém a escutou. Ela ficou em pé totalmente irritada. — CALEM A BOCA... AGORA!

Cada envolvido em sua discussão se calou na mesma hora, todos assustados olharam para Ninel. O silêncio dominou a cozinha, engoliu seco e continuou com seu olhar assassino:

— Bem melhor. Hoje é domingo, dia da família se reunir e ter um dia familiar tranqüilo, com paz e amor. E nós somos uma família, não convencional, mas uma família então vamos agir como uma hoje! Vocês estão me entendo? E se não conseguirem, pelo menos finjam! —Ela disse firme. — Por mais que vocês não ajam assim sempre, somos civilizados e não um bando de bichos do mato que brigam por tudo. Vocês me entenderam? Eu fiz uma pergunta, Leah e Seth?

— Sim senhora! — os dois disseram juntos.

—Maite e Dul?

— Sim senhora! — as duas disseram juntas.

—Christian?

— Sim senhora!  — Fernando gargalhou.

— E do que você está rindo, Fernando?

— Nada, querida, eu só...

— Você devia ter colocado um fim nisso ao invés de ficar assistindo tudo como se fosse o programa de televisão barato, e não eu. Mas você não fez nada, então fica quieto também. Quero todos comportados. Agora vamos pegar os peixes pra limpar. E vocês, tirem a mesa do café e limpem tudo pra prepararmos o almoço.

Fernando assentiu e ficou em pé sem dizer uma palavra se quer.

Todos ficaram calados enquanto Ninel saia da cozinha, Fernando e Christian a seguiam.

Só quando ela já estava longe todos se permitiram rir.

— Meu deus, que medo da Ninel. —Mai comentou zombeteira.

— Pois é querida, agora você sabe o que eu e Seth agüentamos todos os dias. — Leah disse rindo.

— EU ESPERO QUE QUANDO EU VOLTAR PRA ESSA COZINHA ESTEJA TUDO GUARDADO E LIMPO, PRONTO PARA FAZERMOS O ALMOÇO! —Ninel gritou e todos se assustaram, pulando de seus assentos e começaram a arrumar tudo.

Sim senhora!

–

–

Por volta das duas horas da tarde Christopher começou se arrumar com os gritos de Zoraida, os dois e Eddy iriam almoçar na casa de Dul com os outros. Christopher preferiu ir depois e assim já escrevia um pouco, Zoraida e Eddy concordaram então estavam se arrumando.

Já tinha tomado banho e colocado sua calça jeans, andava sem camisa pelo quarto em busca de alguma blusa e percebeu o quanto suas roupas estavam desorganizadas. Colocou a mala na cama, separando as roupas sujas e tinha várias, as lavaria quando chegasse ou no dia seguinte. Achou uma camisa de flanela xadrez limpa e a vestiu, deixando os primeiros botões abertos e a manga arregaçada, sorte que tinha várias dessas blusas na mala.

Na frente do espelho arrumou os cabelos, mas arrumar o cabelo, para Christopher, significava bagunçá-los com os dedos até ficar desgrenhados. Era fácil. Passou seu perfume rapidamente e estava pronto. Colocou a carteira no bolso, e foi com o celular na mão, saiu do quarto e desceu pra sala. Eddy já estava sentado lá, vendo televisão.

— Cadê a Zoraida?

— No quarto se arrumando, acho que ela vai casar e não me avisou. —Eddy zombou, Christopher riu.

— VAMOS ZORAIDA, EU E EDDY ESTAMOS PRONTOS! — gritou.

— CALMA, SEUS INSENSIVEIS, ESTOU ME ARRUMANDO! — ela gritou de volta, no quarto.

— Legal é que eu não falei nada e sobrou pra mim né? — Eddy comentou, Christopher apenas riu.

Ela desceu as escadas sem pressa alguma e terminando de ajeitar seu longo cabelo sobre o ombro, arrumando os cachos feitos no baby liss. Usava um vestido curto rosa salmão, mas ele não era vulgar por ser largo e com uma costura que dava a impressão de ter pregas sobre os seios por ser mais justo ali; por cima um cardigan rosa claro, nos pés um original Karen Millen de salto alto em um tom degradê – na frente gelo e atrás rosa. Seus acessórios eram um longo colar de borboleta no pescoço e a bolsa rosa avermelhado sobre o ombro. Estava deslumbrante, talvez exagerado, mas essa era Zoraida.

Os meninos a encaravam meio assustados e deslumbrados. Eddy ficou em pé, também de jeans e camiseta como Christopher, mas por cima uma jaqueta jeans preta, sorriu para Zoraida, mostrando suas covinhas deslumbrantes.

— O que foi? Estou muito básica né? É que não quis exagerar na maquiagem ou roupa, é só um almoço mesmo. — ela disse sorrindo.

— Básica? Então temos conceitos de ‘básico’ completamente diferente. — Christopher comentou, ela lhe mostrou a língua e saíram.

— Zoraida, será que você pode colocar meu celular na sua bolsa e tirar algumas fotos?— ele pediu. — Você sabe, algumas recordações do meu tempo em Forks?

— Claro Christopher, eu vou adorar tirar fotos! — disse animada, escondendo que tinha ficado triste com isso, lembrar-se que ele iria embora.

Foram no carro de Eddy, ele dirigindo com Zoraida ao seu lado, e Christopher foi atrás.

–

—NINEL! — Dul gritou chorosa pela milésima vez.

—Fernando, você quer parar de ser criança? Deixa a Dul escolher a música!

— Você sempre tem que chamar ela né? Medrosa que não sabe se defender sozinha!

Dul lhe mostrou a língua e ele saiu de perto do som rindo.

O tempo era firme e nublado como sempre, mas estava ótimo. Iriam comer do lado de fora, pra ter mais espaço. Ninel trouxera do restaurante algumas mesas de plástico que tinha guardado e colocou-as lado a lado com uma toalha por cima pra colocar as comidas. Leah, Maite e Ninel colocavam as tigelas com as comidas prontas sobre a mesa. Fernando cuidava da grelha fazendo peixe (aqueles que não foram cozidos por Ninel) e carne. Seth, Christian Dul cuidavam da música que tocaria no almoço, o notebook estava conectado a caixa de som que Christian tinha trazido, Fernando insistia em música Country antiga, mas eles queriam algo melhor.