Fanfic: Sueño Surreal - Vondy [Adaptada] #FINALIZADA | Tema: Vondy

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Drop It on Me - Ricky Martin feat. Daddy Yankee & Taboo.

— Sério? — perguntou rindo, mas Christian a puxou pela mão e colou seus corpos. Com a mão firme na cintura dela enquanto a dela pousava em seu largo ombro e com a outra entrelaçada, começaram a dançar.

Tentaram dançar de maneira mais latina possível, mas nenhum dos dois nunca tinham tido aulas ou nada do tipo, na verdade não tinham idéia do que estavam dançando, estavam mais tentando se lembrar dos clipes da Shakira e rebolar como ela, nada mais. Christian ia tentando rebolar, o que fazia Dul rir, em alguns momentos a rodou no próprio eixo e mandou-a rebolar mais. Os outros só assistiam rindo da situação, Ninel ficou rebolando afastada arrumando a mesa. Eles fizeram alguns passos de danças clichês e inventaram o resto.

Quando viram o carro de Eddy se aproximar, bem no fim da música. Quando Christopher, Zoraida e Eddy desceram ainda estavam dançando. Christian jogou Dul para trás com rapidez enquanto a atenção dela estava virada para os três descendo o carro, ela deu um gritinho e foi. Ele a segurou naquela posição, meio deitada no ar, com ele a segurando, e mordeu seu nariz. E a colocou em pé direito.

Christopher encarou a cena com cara de bu/nda, literalmente. Não sabia o que tinha sentido, mas realmente não era legal vê-la tão próxima de Christian e no fim recebendo uma mordida, mesmo que no nariz. Quis gritar: Solta minha mulher, por favor? E então beijá-la! E isso era pouco, porque podia muito bem fazer xixi nela para marcar território, mas isso com certeza seria exagero e primitivo.

— Está bem, a próxima música eu escolho e chega de La Cucaracha. —Ninel disse séria e foi até o notebook junto com Christian e Seth colocar a música.

Dul andou até os três para cumprimentar.

— Oi Zoraida, que roupa é essa? Que exagero. — brincou. — Oi Eddy! Oi idiota!

— O que? Só queria estar bonita, adorei meu vestido e aqui em Forks não tenho muitas opções de onde usar então me deixa ser feliz ok?

— Tudo bem. Coloca sua bolsa lá na sala e depois vamos comer, só estávamos esperando vocês! —Dul sorriu.

Eddy e Zoraida foram de mãos dadas guardar a bolsa dela e cumprimentar os outros, enquanto Dul e Christopher ficaram se olhando, ela sorriu.

— E então... Fala alguma coisa Christopher.

— Oi. Serve? — perguntou zombeteiro e finalmente sorriu de lado, esquecendo a cena com Christian

— Idiota! — lhe abraçou, enterrando o rosto no pescoço dele, Christopher aproximou a boca do ouvido dela.

— Se eu te beijar agora, você vai me agredir? — sussurrou.

— Ah, beija logo que eu senti sua falta! — mandou sorrindo.

Ele tomou seu rosto entre as mãos e a beijou. Tinha pensando em dar-lhe apenas um selinho um pouco mais demorado, mas Dul não deixou seus lábios escaparem e ele não tinha forças para se afastar, então se beijaram. Até Fernando se aproximar e pigarrear várias vezes o mais alto que pode para que se separassem, e assim o fizeram com vários selinhos.

Dul virou-se para o pai e grudou as costas ao peito de Christopher e puxou os braços dele para sua cintura, sorriu faceira.

— Oi, é bom revê-lo, como o senhor está? — Christopher perguntou educadamente e esticou o braço, apertando a mão dele.

— Bem, meu filho, e acho que nem preciso lhe perguntar né? Quando estamos mal não beijamos as pessoas desse jeito. — Fernando disse sorrindo.

— Fernando, deixe os meninos em paz. Christopher meu querido, como está? —Ninel se aproximou sorridente. Ele soltou Dul e abraçou Ninel.

— Bem, e você?

— Ótima, é sempre bom reunir todos e almoçarmos juntos, certo? Agora vá cumprimentar os outros que já iremos comer. — sorriu e puxou Fernando para terminarem de arrumar a mesa e terminar os peixes.

— Não liga porque hoje a Ninel está totalmente mandona. — Dul informou.

Christopher foi com Dul cumprimentar os outros. Deu um abraço em Leah e beijou a cabeça de Mai rindo, cumprimentou Christian e Seth com apertos de mãos simpáticos. Então Ninel disse que já poderiam comer.

Cada um pegou um prato e começaram a se servir. Pegaram um pouco de tudo, serviram-se com refrigerante e sentaram em uma das cadeiras de plástico espalhadas ao redor da mesa da comida. Ninel pegou mais mesa de plástico para apoiarem e assim se dividiram entre elas para comerem.

Estava tudo ótimo, Christopher concluiu. Era um típico almoço dominical de família. A grande família reunida em volta da mesa, com muita comida caseira, conversas paralelas e às vezes entre todos, muita risada e piadas internas. Christopher nunca tinha almoços assim, almoço em família para ele era junto com Poncho e Anahi em algum restaurante mais requintado, e só era assim pessoal quando eles pediam comida a domicilio ou pizza para comer com eles no apartamento de um dos dois. Mas nunca algo assim tão... Simples e especial.

E naquele momento ele tinha certeza, queria ter uma família grande. E sorriu com esse pensamento, pois não se imaginava tendo uma família grande sem Dul. Será que ela pensava o mesmo? A idéia de ela não pensar da mesma maneira lhe causava uma dor e angústia estranhas. Ter esses sentimentos era tão esquisito para ele.

Todos repetiram a comida mais de uma vez, principalmente Christian e Seth que comeram quatro vezes cada um. Os outros ficaram em apenas duas vezes, mas com pratos cheios, era o suficiente. E então ficaram conversando, até Ninel ficar em pé.

— Tudo bem meninos, eu vou pegar a sobremesa pra vocês. Seth, Christian e Leah, juntem toda a louça suja e levem pra cozinha. — mandou. —Zoraida e Eddy, pegam pratos limpos pra sobremesa e talheres, Mai tampe e junte as comidas e leve pra cozinha também.

Eles a esperaram dizer que estava brincando, mas ela não estava.

— Por que ainda estão sentados? Vão! — mandou batendo palma.

Dul e Christopher que não precisavam fazer nada riram, e já iam começar a conversa entre eles quando Fernando se aproximou e sentou-se junto. Dul já esperava por mais pérolas.

— E ai Christopher, como está à relação com a Dul? — perguntou sugestivo e com um toque de malicia, Dul revirou os olhos e Christopher sorriu.

— Acho que bem, Senhor Espinosa.

— Ei, só Fernando, Senhor Espinosa faz com que eu me sinta velho.

— E o senhor é velho, Senhor Espinosa! — Dul disse irônica.

— Quero ver chegar à minha idade com a minha disposição e minha boa forma, eu ainda dou um caldo, querida! —riram. — Voltando ao assunto relação, continue Christopher

— A nossa relação está ótima... Fernando. Dul é complicada, mas eu estou domando ela bem, acho que ela está na minha. — sorriu confiante, Fernando riu.

— Com certeza está, ando dando até conselhos pra ela.

— Fernando! —Dul o repreendeu corando.

— E não é verdade? Só um conselho Christopher, não deixe que a Dul tome as rédeas da relação, divide-as, ou ela monta em você e te faz de capacho, conheço a filha que tenho. Mulheres gostam de mandar, então assuma o controle e não se deixe receber ordens, orgulho masculino sempre!

— FERNANDO?! — Ninel apareceu na porta, Fernando virou-se para ela. — Você vai ficar sentado ai conversando e não vai fazer nada ou ajudar?

— Mas querida, você não me mandou fazer nada...

— Será que eu sempre tenho que lhe mandar fazer alguma coisa? Você nunca vai se oferecer pra simplesmente fazer de boa vontade, vendo o tanto de coisa que tem pra se fazer? Ai eu tenho que manda e fico sendo a louca mandona. Levante esse seu traseiro oficial daí e vá ajudar Mai a guardar a comida que sobrou em potes, assim damos um pouco pra que Christopher leve pra casa! —Ninel mandou. — Agora!

Fernando ficou em pé no mesmo momento e sorriu nervosamente pra ela, que entrou na casa novamente. Christian apenas ria da situação do outro lado. Fernando virou-se para Dul e Christopher, e o viu controlar o riso enquanto Dul ria afinal seu discurso e teoria sobre “orgulho masculino” acabara de ser destruídos por Ninel.

— Pois é Fernando, vejo bem seu “orgulho masculino” em ação com Ninel, né? — ela disparou irônica e riu. —Ela manda e desmanda em você, mulheres sempre vão mandar independente do seu orgulho ou não.

— Não é bem assim Dul, eu apenas evito brigas, por isso não disse...

— FERNANDO! — Ninel gritou novamente.

— ESTOU INDO, QUERIDA! — gritou de volta. — É, acho que meu discurso é melhor na teoria que na prática. Vou lá antes que ela volte aqui e me arraste pra ajudar Mai.

E ele foi, deixando-os rindo ali. Eles ficaram alguns segundos em silêncio, até ele falar.

— Você vai ser igual Ninel?

— Hum... Ela é quase minha mãe né? Acho que aprendi tudo com ela, então acho que sim. Está em tempo de desistir.

— Acho que não consigo mais. Mesmo se alguém segurasse uma arma na minha cabeça, eu não desistiria. — Christopher disse sorrindo.

— Vou adorar mandar em você. Christopher faça isso, Christopher faça aquilo, Christopher pegue aquilo outro. — Dul zombou.

— Bem isso. Christopher arrume o chuveiro, Christopher a pia quebrou de novo, Christopher troque a fralda do bebê, Christopher faça o jantar. — ele entrou na brincadeira, indo um pouco mais longe nos detalhes. Dul corou e mordeu o lábio, abafando um sorriso.

— Talvez, bem isso. — se permitiu sorrir e o beijou.

Ficaram conversando e trocando carícias discretas mais um tempo, até todos irem voltando, Ninel e Fernando com duas tortas cremosas de chocolate, serviu a todos com grandes pedaços e continuaram nas conversas e risadas.

Zoraida correu na sala e pegou o celular de Christopher na bolsa para tirar algumas fotos. Fotos de todos juntos e separados, depois de bater várias e várias fotos entregou o celular a Seth para que saísse em algumas delas, os casais juntos, só com o Christopher, ele e as meninas, depois os meninos, com Dul, fazendo caras e bocas e às vezes beijos. E depois gravaram alguns pequenos vídeos. Realmente muitos arquivos em pouco tempo.

Christopher ficou satisfeito com isso, fotos e vídeos era um ótimo jeito de recordar bons momentos como aquele. Momentos que podiam nunca acontecer novamente. Seu coração se apertou.

–

Já era fim de tarde quando começaram a juntar tudo e limpar as coisas. As mulheres guardaram as comidas e Ninel separava um pouco que tinha sobrado para que Mai levasse para casa, já que uma casa cheia de jovens era sempre bom ter algo pronto na geladeira. E os homens organizavam o lado de fora juntando as cadeiras, mesas e churrasqueira. Em minutos estava tudo organizado e só teriam que cuidar da louça, e assim era a vez dos adultos trabalharem – Ninel lavando, Fernando secando e guardando.

Dul sussurrou no ouvido de Christopher que queria ir pra fora um pouco, ele assentiu. Deixaram todos na sala e foram de mãos dadas e dedos entrelaçados para fora. Sentaram no chão do alpendre da casa, encostados na casa. Christopher passou o braço sobre o ombro dela, deixando-a se aconchegar ali.

— O que achou do longo almoço em família? —Dul perguntou baixinho.

— Diferente. Foi uma nova experiência, realmente, eu nunca tinha tido um almoço em família. Não assim tão pessoal e grande, foi demais. — Christopher disse sinceramente, ela sorriu com suas palavras.

— Bem vinda a minha família. — riu. — Depois que Blanca foi embora, eu e Fernando fomos adotados por todas as famílias, acho que por pena de ficarmos solitários, então fui criada cercada de gente.

— Eu a invejo nesse sentindo. Mas tenho certeza que se minha mãe fosse viva ela organizaria grandes almoços e jantares também, mesmo que fosse só pra mim, Annie e Poncho.

— Oh sinto muito, não queria puxar esse assunto. — ela falou mordendo o lábio e sentou direito, para olhar seu rosto.

— Não precisa se desculpar, tudo bem. Eu tenho certeza que Alexandra adoraria te conhecer, conhecer todos e ter um almoço assim com vocês. — ele sorria de maneira tão dócil, que Dul o beijou sem hesitar, colou sua testa a dele pra falar.

— Ela teria tanto orgulho de você, forasteiro, tanto! — sorriu.

— E ela te aprovaria, seria a nora perfeita! — se beijaram novamente.

E esse beijo foi mais longo e lento, um beijo tão carinhoso e intimo que o mundo ao redor deles não passou de um simples borrão.

E chegou a hora de ir embora, Christopher ia no carro com Zoraida e Eddy, Mai com Christian, enquanto Leah, Seth e Ninel ficariam um pouco mais até ela decidir que ir embora, o que ela não pretendia ir naquele momento, talvez nem tão cedo, ia curtir Fernando, estavam mais velhos, mas não mortos.

Após Mai e Christian se despedirem, foram embora. Eddy e Zoraida já estavam no carro, só faltava Christopher...

— Nos vemos amanhã? — ele perguntou com os braços em volta da cintura dela, enquanto os dela estavam sobre seus ombros.

— Acho que ficamos muito tempo juntos, forasteiro. — brincou.

— Também acho. Acho que estou totalmente viciado em você, mas sabe como é né? They tried to make me go to rehab, but I said `no, no, no’. — cantarolou fazendo-a gargalhar.

— Vamos Christopher! — Zoraida gritou do carro. — Estamos indo pra casa, não pra Finlândia e amanhã vocês vão se ver no restaurante, para com esse drama. Vamos, parece até a cena de despedida do Harry com a Grace. — resmungou revirando os olhos.

Os três (Christopher, Dul e Eddy) não entenderam a comparação, lhe encararam confusos.

— O que gente? Nunca viram Armageddon? É um filme tão lindo, chorei tanto com ele, a cena de despedida do pai com a filha gente? Cultura, oi? — bufou, quando eles riram.

— Até amanhã então, nativa!

— Tchau forasteiro, até amanhã!

Beijaram-se novamente. Zoraida resmungou até eles se soltarem e ele entrar no carro, acenou e foram também.

Dul colocou a mão no bolso do jeans e entrou na casa, apenas Leah e Seth estavam na sala, ela não precisou nem perguntar onde Fernando e Ninel estavam. Sua cabeça estava cheia e não queria tirar a imagem de Christopher de sua cabeça para colocar outras nada agradáveis para uma filha, seria traumatizante. Ela se jogou entre os dois e ali ficou vendo televisão, com seus quase-irmãos e com Christopher na cabeça.