Fanfic: Sueño Surreal - Vondy [Adaptada] #FINALIZADA | Tema: Vondy
(Quarta-feira) Como eu vivia antes mesmo? Era a pergunta que Christopher estava se fazendo. Acordara um pouco mais tarde naquela quarta-feira fria e chuvosa de Forks. Dul tinha ido para Seattle levar Fernando ao médico, então ficaria o dia inteiro sem ela. Era nesses momentos em que via o quanto estava miseravelmente dependente daquela sarcástica nativa ruiva de olhos castanhos, e era um pouco ridículo.
Depois de tomar banho precisava matar o tempo antes de começar a escrever, já que escreveria o dia todo. Organizou o quarto arrumando as roupas na mala e colocando-a em um canto, arrumou a cama, organizou o banheiro colocando todos seus objetos dentro da nécessaire e deixou ela sobre a pia, arrumou todo o pouco resto.
Desceu e tomou café com o Eddy e Zoraida. Deixou-os na sala e subiu novamente para o quarto, passou o resto do tempo escrevendo seu livro, até a fome bater, preparou alguns sanduíches de atum e pegou na geladeira uma garrafa de suco industrializado pronto, subiu para o quarto e lá se trancou, passou o resto do dia escrevendo.
Seu dia podia ser resumido em uma simples conta: Chuva + Ausência de Dul + Tédio + O dia inteiro com o traseiro na cadeira do computador escrevendo = Socorro!
A única coisa boa do seu dia, com toda a certeza, era Anahi.
Eles tinham um relacionamento quase típico entre irmão mais velho e o mais novo, baseado em implicância e brigas, mas com amor entre eles. Eles se amavam. Christopher amava sua irmã, que é, de sangue, sua única família.
Falar com ela e vê-la, mesmo que pela webcam, seria ótimo. Lembrou-se de quando Dul lhe perguntou sobre Anahi...
— Claro tudo bem. — assentiu e voltou a sorrir. — E sua irmã, como ela é?
— Extremamente bonita. Mandona. Exigente. Bem sucedida. Confiante. Minha defensora e conselheira. A melhor irmã que eu podia merecer. Ela tudo que eu tenho e uma das poucas coisas que eu tenho realmente medo de perder pelo meu jeito idiota. — falou pausadamente. — Eu a amo!
Todos ali em Forks eram sensacionais com ele, fazendo-o se sentir em casa, tinha um carinho muito grande com todos, mas Anahi era sua real família e ela ninguém poderia substituir. Sim, ele a amava.
–
A noite ele mal podia conter o entusiasmo. Já tinha escrito muito, então salvou o arquivo e o deixou de lado; tomou um banho rápido, lavou o cabelo e fez a barba, queria mostrar uma boa aparência. Desceu e comeu um macarrão com molho de tomate feito por Eddy, com ele, Maite e Zoraida, conversaram um pouco e depois disse que iria pro quarto, pois falaria com a irmã, se despediu de todos e subiu.
Pegou o netbook e sentou na cama com ele no colo. Testou a webcam e o microfone, tudo ok.Acendeu a luz para dar mais luminosidade, fechou a porta e a janela pra evitar barulhos, e colocou o netbook sobre um travesseiro em seu colo para que ficasse mais alto e assim pegasse seu rosto. Entrou no Skype, que é um software de comunicação via Internet, que permite comunicação de voz e vídeo grátis entre os usuários dele. Era útil em situações como essa, para comunicação entre pessoas distantes.
Ficou online nele e resolveu esperar que ela entrasse, já eram nove horas.
No silêncio do quarto, sentiu falta da Dul. Na verdade o dia todo tinha sentido, mas tentava manter a cabeça ocupada para não reparar, então quando parou e ficou ali sentado encarado a tela no netbook, percebeu o quanto a ausência dela fazia seu dia ficar um saco. E então como seria quando voltasse para...
Anahi Uckermann está online. Surgiu o aviso no canto da tela, sorriu com isso. Abriu a tela do programa e viu que ela tinha iniciado o chat.
Anahi Uckermann: Christopher, awn. Webcam. Agora!
Ele riu com isso, ela tinha sido fofa com o “awn” e depois voltara a ser autoritária, olá Anahi. Christopher clicou em “chamada com vídeo” e assim começou a chamar, em uma fração de segundo Anahi aceitou e a tela ficou preta, até ela surgir novamente e mostrar a imagem de Anahi e abaixo a pequena imagem dele.
Ela estava linda como sempre. Seus longos cabelos castanhos estavam soltos e jogados para um só lado, caindo encaracolados sobre seu ombro, Christopher reparou que eles estavam com algumas mechas em um tom de castanho mais claro. Sua pele estava um pouco mais morena e seu sorriso enorme iluminava seu rosto, deixando suas grandes maçãs do rosto elevadas e seus olhos menores, além de evidenciar seu queixo, ela tinha um queixo meio divido o que ele chamava de“queixo de bun.da” apenas para irritar, porque particularmente Christopher achava fofo. Ela estava sentada na cama, porque atrás dava pra ver a cabeceira dela e a parede do quarto, que Christopher conhecia. E da roupa só era possível ver que ela usava um moletom azul claro da GAP.
—Nossa, que saudades de você, maninho! — ela disse sorrindo. A imagem da sua webcam era ótima e áudio também, era como estar ao seu lado. Apenas sem poder tocá-la.
— Oi Annie, também estou sentindo tanto a sua falta, sério. — sorriu. — Cadê o Poncho?
— Está trabalhando. Ele pediu desculpas por não ter como falar contigo e que está com saudades, mandou um abraço e que assim que você voltar vão colocar o assunto em dia bebendo uma boa cerveja gelada e vai querer detalhes da viagem. Ele quer é saber quantas mulheres você traçou ai. — revirou os olhos. Ela conhecia o homem que tinha. Poncho era carinhoso e romântico, quando queria claro, mas nunca mudaria seu jeito debochado e safado, mas isso não era o problema, ele era totalmente monogâmico. Christopher riu.
— Eu já esperava por isso. E você, dá pra ver que também quer saber sobre a minha viagem certo? — perguntou sorrindo de lado.
— Claro né, o que te deu na cabeça de viajar assim do nada, peste? Eu quis te matar, sério.
— Eu nunca conseguiria me concentrar por ai, Anahi. Sabe como é? Minha carne é fraca, minha alma safada e Nova York ainda ficava me atentando, não tinha como escrever nada por ai. Precisava de um lugar calmo, sem distrações e funcionou, estou escrevendo de vento em poupa. — sorriu orgulhoso de si mesmo, Anahi riu, mas fez o mesmo, sorriu com orgulho dele.
— Está bem, agora estou ainda mais curiosa, quero que você me conte tudo que aconteceu por ai, seja lá onde você esteja — ela revirou os olhos. — Vamos, me conte sobre a tal mulher que vai me dar orgulho e todo o resto.
— Uau, tão direta assim? — ele perguntou zombeteiro. Anahi riu.
— Com certeza, você não sabe o quanto estou curiosa.
— Tudo bem, primeiro, Belinda me perseguindo junto com as irmãs dela? Como assim, elas não estavam no Alasca? — perguntou confuso.
Pela tela viu Anahi revirar os olhos e endurecer o rosto.
— Belinda me liga ou dá um jeito de me encontrar todo o maldito dia, você sabe o que é isso?“Oh, mas cadê o Christopher? Ele ligou ou deu noticia? Ele perguntou de mim? Nós nos amamos” — fez uma voz mais fina e enjoada para imitá-la, Christopher riu.
— Nos amamos? Pelo amor né? Eu e ela nunca tivemos nada sério, apenas sexo!
— Pois é, mas acho que ela não entendeu seus limites muito bem. Ela acha que você sente algo por ela, mas tem medo de demonstrar. Aquela loira com cara de réptil é fodidamente insuportável. E agora mais uma vadia do Clã de Vadi.as veio pra Nova York. Ok, Clã de vadias não, não tenho nada contra a Fuzz porque ela é bem casada, e nem contra a Natalia que está namorando, mas aquela Duda?[N/a: Oi Duda Uckermann] Loirinha com cara de sonsa e safada, ela é igualzinha a Belinda, só que é mais va;dia ainda porque essa maldita resolveu dar em cima do Poncho, eu posso com isso? Va.dias. As duas são farinha do mesmo saco, uma dupla de vadias. — ela falou quase espumando de raiva, mas com um tom debochado, algo típico de Anahi, manter o deboche mesmo quando estava com raiva.
Christopher gargalhou: — Mas o que elas estão fazendo em Nova York, Annie?
— E eu que sei? Acho que têm a ver com trabalho, elas devem estar querendo abrir um prostíbulo aqui. — revirou os olhos, fazendo-rir ainda mais. — Brincadeira, a Duda veio fazer uns trabalhos como modelo de passarela na agência onde a Belinda é modelo fotográfica, a Fuzz e a Natalia vieram com o marido e namorado a passeio, algo assim. Sei lá. Só sei que se a Duda se engraçar pra cima do meu Poncho de novo não vai sobrar um dente naquela boca murcha dela e aquela loira de farmácia projeto de biscate nunca mais vai me mostrar aquele sorrisinho cínico de quando ela se faz de sonsa. “Eu olhando pro Poncho? Que isso, querida, nós estávamos apenas conversando respeitosamente.” — fez um tom debochado para imitá-la, Christopher gargalhou. — Va.dia ordinária. De longe sinto o cheiro da oxigenada, af!
— Uau, quanto ódio nesse seu coraçãozinho maninha. — zombou.
— Você não tem idéia. Tá, agora chega de falar desse assunto, porque eu tenho alergia a va.dia. — coçou o pescoço fingindo alergia, então riu. — E como estão as coisas ai em...
— Forks. — ele falou. Já estava mais do que na hora de Annie saber onde estava, mas ela não tinha idéia de onde ficava a cidade, por sua expressão confusa.
— Isso é de comer ou passar no cabelo? — riu. — Onde fica Forks?
— Washington. Eu voei até Seattle e depois pra Port Angeles, depois carro até Forks...
— Isso fica nos Estados Unidos? — zombou rindo.
— Para com isso, sua mimada de cidade grande. Forks é uma cidade relativamente pequena, mas com pessoas incríveis. Pode ter certeza que vou te trazer aqui algum dia, é encantadora. — sorriu.
— A cidade ou a tal mulher que vai me deixar orgulhosa? Vamos Christopher, quero saber sobre ela. Detalhes. Vamos!
— Por que tanta curiosidade? Você nunca se interessou por quem eu saio ou deixo de sair.
— Mas você nunca teve alguém sério, Christopher. Era sempre uma noite, pra que eu iria querer saber sobre suas va.dias? Só saber do sexo não tem graça, se não eu via filme pornô que pelo menos teria imagens e gemidos. — disse sarcástica, ele gargalhou. — Mas no seu e-mail a tal garota parecia ser diferente e importante pra você, isso me animou, é a primeira vez que poderei fazer o papel de irmã que se intromete na vida amorosa do irmãozinho mais novo, então quero detalhes.
— Sabe, eu estou ficando numa casa com mais três pessoas, duas dela são mulheres, e não me olha assim que ambas são comprometidas e como irmãs. — se adiantou. — Como eu ia dizendo, essas duas mulheres, Maite e Zoraida, são muito parecidas com você. Elétricas, às vezes estressadas, lindas, mandonas, conseguem me irritar, mas mesmo assim não consigo ficar com raiva delas. — ambos riram.
— Irei encarar isso como um elogio, Uckermann. E a tal mulher?
— Calma. É a Dul. O nome dela é Dulce Maria, mas ela prefere Dul. Ela tem uma história meio triste, que envolve desde a mãe que a abandonou até um ex-namorado babaca e estúpido que a fez sofrer, só de pensar naquele bastardo sinto vontade de encontrá-lo e socar a cara dele, sério. — bufou de raiva. — Enfim, ela é linda, Annie. É minha nativa, ruiva de olhos castanhos e sorriso sarcástico. Foi difícil fazer que ela confiasse em mim e deixasse eu me aproximar, mas agora... É tão difícil ficar longe dela. E ela vive me chamando de idiota, ela é tão... Diferente.
— Uau. — Anahi suspirou e sorriu.
Ela parecia feliz com as palavras do irmão mais novo e ao mesmo tempo parecia e estava embasbacada, sem acreditar.
— Quem é você e o que fez com o meu irmão?
— Para de zombar, Annie.
— Eu não estou zombando, Christopher, só estou fodidamente... Surpresa. Se eu não estivesse te vendo falar dela, se eu não estivesse vendo esse sorrisinho bobo e tão lindo em seu rosto nunca acreditaria que essas palavras tivessem sido ditas por você mesmo, é tão... Difícil acreditar. — sorriu. — Você não a descreveu como uma mulher gostosa, você disse que ela é linda, falou dos olhos dela e do sorriso, será que não percebe o quanto você parece mais maduro?
— Eu me sinto mais maduro. É tão... Estranho. — ele riu e mexeu nos cabelos.
— Finalmente meu irmãozinho passou da puberdade, meu deus. Que soem o coro de anjinhos cantando: aleluia, aleluia, aleluia! — zombou.
— Haha, cheia de graça essa minha irmã. Por favor, né?
— Ok, parei. Então vocês estão namorando?
— Não, só... Ficando. Eu acho. — riu da própria confusão. — Não assumimos rótulos, apenas ficamos juntos e pra mim está ótimo. Ela me inspira sabe? Mesmo quando cheguei aqui não tinha idéia do que escrever, até começar a conviver com ela e pronto, inspiração. Ficar, mesmo que seja um pouco, com ela me faz escrever, ela é minha inspiração.
— Você a ama?
— É difícil dizer reconhecer um sentimento quando nunca o senti. — fez uma pausa, mas logo voltou a falar: — Mas eu não sei. Quando você descobriu que amava o Poncho?
— Oh, boa pergunta. — ela riu e parou pensando, mexeu no cabelo e coçou a cabeça, coisa que fazia sempre que pensava, algo que Christopher achava engraçado. — Eu e Poncho nos conhecemos desde estávamos no colegial, desde então ele fora meu melhor amigo. Eu e ele combinávamos porque nunca misturaríamos sentimentos; eu gostava de festas, mas era mais reservada e responsável, podia tê-lo como amigo porque nunca seria o que eu consideraria “cara ideal pra mim” — fez a aspa no ar, então riu. —, o Poncho pegava todas e era festeiro demais, mas mesmo assim nos dávamos bem, acho que era porque éramos opostos então nos completávamos.
Ela fez uma pausa, como se organizasse as lembranças na mente. Christopher escutava tudo com o máximo de atenção. Ela continuou:
— Quando o papai morreu que nos aproximamos ainda mais, ele foi o que me manteve em pé, principalmente no ano que ficávamos sem nos falar. Nesse tempo ficamos uma vez: eu estava frágil e carente, ele estava ali então eu o beijei. Isso nos assustou porque era apenas amizade, então nunca passou desse beijo. Mas aquele único beijo não saiu da minha cabeça e eu fui percebendo que meus sentimentos por eles estavam confusos e depois desse ano de “vamos fingir que nada aconteceu ou mudou”, ele disse que precisava de uma conversa franca, ai disse gostando de mim de um jeito diferente, foi muito confuso. Eu achei que ele estava confundido as coisas e pedi um tempo, fiquei três dias sem falar com ele e foram dias horríveis, sabe quando falta algo? Faltava o Poncho. É estranho quando você percebe que os sentimentos mudaram e isso me assustava, essa coisa de não ter controle dos seus sentimentos e pensamentos, isso estava acontecendo. Então decidimos deixar rolar, foram uns seis meses nesse vai e não vai, mais seis meses de ficadas constantes e então depois de um ano assim ele me pediu oficialmente em namoro, agora estamos a três anos juntos e felizes. Mas sabe, foi naqueles dias sem ele que eu percebi o quanto ele era importante, o tempo que passamos juntos só reforçava o que uma voz gritava dentro de mim, eu amava o Poncho. Amor não é algo igual pra todos, acontece e só tem que deixar rolar, o tempo só confirma as coisas e se for amor de verdade permanece através de qualquer coisa.
— Isso tudo é confuso pra mim. Quando penso em como eu era me sinto tão patético, mas acho que só transar e dar tchau era bem mais simples que isso. — riu mexendo os cabelos.
— Pois é Christopher, bem vindo ao mundo dos responsáveis. Agora você é responsável pelos seus sentimentos e o mais importante e complicado, é responsável pelos dela, mesmo que ela não assuma. — sorriu. — Mas Chris, eu não estou querendo ser estraga prazeres ou algo do tipo, mas e depois? Você está acostumado com a cidade grande e ela com a cidade pequena, eu suponho, vocês são de mundo... Opostos. E você está prestes a voltar pra casa, como vai saber depois?
— Eu não tenho idéia. E isso está martelando em minha cabeça todos os dias, eu não sei como agir. Sempre odiei tomar decisões, sempre as deixo pra você, lembra? Sua opinião é a que mais conta, e ai?
— Não sei Chris, não a conheço, mas se ela o fez mudar tanto em quase um mês, ela com certeza deve ser especial e você tem que levar isso em consideração. Entre em um consenso com a sua razão e emoção, e ai se decida.
Ele assentiu sorrindo. Ela retribuiu o sorriso. Que saudades estava daquele sorriso.
Eles ficaram conversando por um bom tempo, até perderem noção dele. Conversaram sobre coisas pequenas, como o clima de Forks, a paisagem, o que ele fazia pra passar o tempo. Coisas pequenas, mas que Annie queria saber por se tratar do irmão. Mas claro que também sobre o motivo da viagem, seu livro.
— E o livro, como está indo?
— Ótimo. Tenho vários capítulos prontos e faltam alguns, com toda a certeza conseguirei cumprir seu prazo de um mês e entregarei o livro inteiro!
— Estou orgulhosa de você. — sorriu. — E sobre o que ele é? E o final?
— Estraga a surpresa se eu contar né? Mas é um romance, com mais alguns temas escritos e o fim ainda não está decidido. Minhas escolhas vão fazê-lo, literalmente.
— Estou tão... — o celular dela tocou. — Só um minuto. — pediu e pegou o celular ao lado em cima da cama, atendeu: — Alô, ah oi Jane... Não, como assim perdeu os arquivos? Chama alguém, eu não... — parou escutando por vários segundos, bufou e revirou os olhos, irritada com alguma notícia. — Está... Está bem, mande todos se acalmarem, está bem? Temos que mandar isso pra editora amanhã... Tudo bem, eu estou... Acalme a todo o pessoal e não mexam em mais nada, devo ter uma cópia aqui em casa, estou indo... Tcha... Tchau Jane. Tchau. — desligou o celular.
— Problemas? — Christopher perguntou sorrindo.
— É, bem isso. Alguém perde o arquivo de um livro importante, se eu não tiver uma cópia ou recuperar teremos que pedir o manuscrito novamente pro autor e revisá-lo inteiro, diagramar novamente, fazer toda a arte, refazer tudo do zero, entende? Isso vai me dar muito trabalho e vai nos custar caro, então eu vou ter que ir lá.
— Não é muito tarde? Sabe, estou surpreso por você não estar surtando.
— Sou chefe Christopher, não tenho horários. E eu estou surtando, mas digamos que internamente sabe? Ver você está me acalmando, senti sua falta.
— Eu também senti a sua, Annie. Muito. — sorriu carinhosamente. — Não vejo à hora de te reencontrar. Será que você pode me fazer um grande favor?
— Claro, o que?
— Eu não trouxe meu cartão de crédito principal, porque acabaria gastando de mais, e o que eu estou aqui não tem limite pra isso, então será que você pode ligar na companhia área ou pela internet, como achar melhor, e comprar minha passagem de volta?
— Você vai voltar mesmo?
— Não sei, mas tenho que ter passagens né. Então, pode me fazer isso? Só comprar e assim que chegar te pago.
— Que pergunta, é óbvio que eu compro Christopher. Pra quando e que horas?
— Hum... Terça-feira, qualquer vôo, o que você achar melhor. — tentou sorrir.
— Pode deixar. Eu compro amanhã, se possível, e mando o número da passagem e o comprovante pra você imprimir no e-mail, ok? Tem impressora por ai? — riu debochada.
— Ótimo. E sim, tem. — mostrou-lhe língua. Mas ele não tinha idéia se tinha impressora por lá, apenas confirmou por reflexo. — Agora vai lá trabalhar.
— É, lá vou eu. Foi ótimo conversar um pouco com você, te ver e matar as saudades maninho, sinto sua falta. Mal posso esperar por terça. — sorriu. — Tchau, até. Eu te amo muito, peste! — ela lhe mandou beijo.
— Também achei maninha, vou esperar ansiosamente nosso reencontro. Mande um abraço pro Poncho, também sinto falta daquele urso. Tchau mandona. Eu te amo demais. Muito. — mandou-lhe beijo também e fez um coração com as mãos.
Anahi tocou sorrindo a webcam e sua mão apareceu no monitor, Christopher fez o mesmo e tocou sua webcam, como se estivessem tocando um a mão do outro. Sorriram. Com a outra mão Anahi acenou se despedindo, então se desligou do chat, a tela ficou preta.
Christopher demorou um pouco pra tirar a mão na tela, então a tirou. Fechou o programa, depois o netbook e colocou-o de lado, jogou a cabeça pra trás pensando. Matara um pouco da saudade que sentia da irmã, agora a única saudades que prevalecia era a de Dul. Mal podia esperar para vê-la.
Lembrou-se da briga com Anahi, a irmã tinha lhe dito ressentida: “Sabe o que mais decepciona? É que eu acreditava em você. Vai ver a errada sou eu por sempre te apoiar e ficar do seu lado. Vai ver o papai estava certo e você é apenas um moleque irresponsável, mas eu juro que queria que você fosse mais.” Ele se lembrava de cada palavra. Na briga que tiveram quando ele decidiu que precisava se afastar de Nova York.
E não podia culpá-la, as atitudes dele a fez falar daquela maneira, ele era o único culpado. Anahi era a última pessoa que ele queria magoar.
Mas agora suas palavras era outras: “Estou orgulhosa de você.” Ela agora dissera sorrindo. Isso ecoava em sua cabeça.
Era por isso que estava se dedicando ao seu livro. Teria que entregar a Anahi, depois trabalhar no lançamento e divulgação. Era por isso que precisava voltar pra Nova York. Depois de tudo que passara com a irmã, queria ver nos olhos dela que a fazia sentia orgulho de verdade. Christopher precisava que esse livro fosse um sucesso, assim não se sentiria tão imprestável, tão moleque e irresponsável, como se sentia sempre que estava sóbrio em Nova York, mesmo fazendo sucesso com as mulheres e na mídia, ele precisava disso. Queria provar ao falecido pai que ele estivera errado, era algo pessoal. Precisava se livrar desses demônios.
Era esse seu plano inicial, mas não contara com uma mudança tão grande.
Autor(a): vondyt
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
(Quinta-Feira) Dul terminou seu longo banho depois das nove horas. Não tinha demorado tanto assim, apenas tinha acordado tarde. O lado bom de ter ido ao Fernando em Seattle para que ele fizesse exames médicos e físicos que a policia exigia constantemente? Ela teria o dia inteiro de folga. Fernando também estava de folga, então ficari ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 665
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janaynafarias Postado em 27/12/2016 - 16:23:53
Amoreeeee!!!! Sei q essa fic já acabou. Mas eu amei ela! Qdo eu salvei ela e comecei a ler,me apaixonei d cara! *_* ela é apaixonante,viciante,divertida e auuuu fez eu chorar pra caramba! Nossa q fic foi essa meu amor! Espero encontra outras suas amore ;) parabéns pela ótima adaptação ;) q venham outras pela frente amore! Xero e bjos!!!! 😉
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vondyt Postado em 30/07/2016 - 13:23:38
Mentira que já fez um ano
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taina_vondy Postado em 25/04/2016 - 11:15:17
perfeita ...fanfic perfeita... ..chorei.rir.muito bom
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SiempreTú❤∞ Postado em 03/02/2016 - 03:42:46
C.A.R.A.Y chorei LITROS com essa fic #melhorfanficeveeeerrr
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∞† Sasabiina †∞ Postado em 01/01/2016 - 17:59:36
Essa fanfic foi perfeita *-* acho até que vou reler porque to com maior saudade dela
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stellabarcelos Postado em 23/09/2015 - 14:20:35
Fanfic linda!
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jucinairaespozani Postado em 15/09/2015 - 03:15:21
Essa foi uma das fics mas incríveis que tive o prazer de ler, vou imprimir e dar pra minha mãe ler foi perfeita.
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giihficsvondy Postado em 27/08/2015 - 13:16:00
Posso postar essa fanfic na minha pagina?
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wermelinnger Postado em 14/07/2015 - 14:33:06
estou aguardando a proxima temporada. abraços!!!!!!!!! ps.: se vira
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nanda_ucker Postado em 14/07/2015 - 00:52:59
Ai eu peço mil desculpas por não ter comentado esses capítulos, é que fazia um tempo que ñ entrava no FBF. Amei a fic amei tuddooooooooooo até agora to chorando lendo e relendo os capítulos todinhos