Fanfic: Sueño Surreal - Vondy [Adaptada] #FINALIZADA | Tema: Vondy

— Oi Christopher. — Dul falou com um sorriso nervoso nos lábios.

Todos os olhos estavam em mim, olhos horrorizados, confusos e surpresos, mas nada me importava, eu só tinha olhos para ele. Era estranho estar ali, vendo-o novamente. Como eu cheguei a essa situação? Teremos que voltar um pouco no tempo.

VÁRIAS HORAS ANTES...

Definitivamente, não conseguia dormir. Precisava resolver isso. Acendeu a luz e pegou o celular novamente. Estava ansiosa e agitada, após seis toques, a voz sonolenta disse do outro lado:

— Alô...

— Alô, Mai? — perguntou ansiosa. — Eu preciso...

— Dul... Alguém morreu? — perguntou arrastadamente.

— Não, é que...

— Então por que caralhos você está me ligando? Você tem a porra de um relógio em casa? Dul é madrugada. Desliga esse celular e me deixa dormir, por favor.

— Espera Mai, você tem a boca muita suja, mas não é pra falar sobre seus modos que liguei, é sobre o Christopher.

— Está bem, calma. — Dul escutou a prima bocejar do outro lado. — Fala.

— Eu terminei de ler o livro e li os comentários que vocês imprimiram pra mim.

— E...?

— Mai, você tem noção de quantas mulheres queria estar no meu lugar? Quantas querem o Christopher nesse exato momento? Quantas planejam pegá-lo?

— Muitas? — perguntou sonolenta.

— Muitas. Mai, o Christopher é o meu forasteiro e se esse mês não mudou ou diminuiu esse sentimento em mim ou nele, deve significar alguma coisa, certo?

— Sim, vocês se amam, we, parabéns, busque seu prêmio na saída. E agora que você fez essa descoberta óbvia, posso ir dormir?

— Não Mai, não pode. Eu quero sua ajuda... Eu quero o Christopher... Eu quero o meu forasteiro de volta! — falou firme.

— Está bem Dul, eu vou te ajudar, agora boa noite. — e desligou.

Não era exatamente a reação que Dul esperava afinal Mai pressionando-a com isso há quase um mês. Mas deixou passar, sabia o quanto a prima adorava dormir. Colocou o celular na mesinha de cabeceira e voltou a deitar. Precisava descansar um pouco que fosse, porque o dia seguinte seria longo. E ela nem sabia disso.

[...]

— Dul...? Dul?! — Leah tentava lhe acordar e então começou a balançá-la.

— O que...?

— DUL! — gritou e lhe empurrou da cama. Dul acordou apenas quando seu corpo bateu contra o chão duro.

— Que por;ra... — começou confusa e ergueu o rosto para ver o que tinha acontecido. E viu-a com um sorrisinho faceiro no rosto. — Leah?

— Pois é, vamos logo. Vai tomar seu banho e se trocar, nós estamos lhe esperando na cozinha. Agora! — bateu palmas e saiu do quarto.

Dul não entendeu porra nenhuma do que estava acontecendo, apenas levantou-se (com uma dor no traseiro pela queda) e foi tomar banho. Rapidamente tomou banho, colocou um jeans e uma camisa preta de banda, all star nos pés e os cabelos soltos, e então desceu.

Escutou as vozes deles vindas da cozinha, então foi pra lá. Estavam todos comendo em sua cozinha – Leah, Mai, Christian, Zoraida e Eddy

— O que vocês estão fazendo aqui e como entraram?

— Eu pensei ter sonhado nossa conversa, mas vi que você tinha realmente me ligado, falei com eles e estamos aqui para organizar algum plano, nós temos que ir pra Nova York, e você têm que recuperar o seu macho! — Mai disse sorrindo.

— Mas eu tenho que ir trabalhar e...

— Não precisa, já falei com a minha mãe e expliquei a situação, Seth está lhe substituindo. E entramos com a ajuda do tio Fernando, ele estava saindo quando chegamos e nos deixou entrar!

— Nós somos o Esquadrão Pink! —Zoraida exclamou batendo palminhas.

— Não somos não. — Christian e Eddy disseram juntos, ambos com a boca cheia de cereal. Dul gargalhou.

— Eles não aceitaram muito bem o nome. Mas estamos na missão ANIRFG, que significa:Ajudar a Nativa Idiota a Reconquistar o Forasteiro Gostosão. Eu mesma dei o nome da missão. — Leah falou orgulhosa.

— Mas como ninguém gravou esse nome ridículo, estamos só chamando de: Ajudar a Nativa Idiota! —Mai sorriu, fazendo Zoraida revirar os olhos. Dul sorriu.

— Obrigada. Vocês são os melhores amigos do mundo, muito obrigada mesmo! Eu fiz uma besteira enorme e bom saber que posso contar com vocês pra me ajudar a consertar tudo isso. — Dul agradeceu sinceramente.

— Você fez essa cagada toda e nós vamos ajudar a limpar. — Christian disse sorrindo. — Já sei, seremos o Esquadrão Descarga, afinal iremos limpar uma grande cagada! — Eddy e Mai gargalharam.

— Que tal esquecer esse lance de “nomes”? — Leah disse seca e revirou os olhos, então olhou sorrindo para Dul. Seremos apenas um grupo de amigos ajudando uma amiga muito especial. É pra isso que servem os amigos!

— Oun, parem com isso, não me façam chorar. —Mai falou limpando lágrimas imaginárias. — Ok, ok, abraço em grupo!

E todos se aproximaram de Dul lhe dando um grande abraço grupal, esmagando-a. Eddy foi o primeiro a sair e disse realista:

— Temos que dar um jeito de irmos para Nova York ou vocês acham que isso vai ser fácil?

E realmente não seria. Eles teriam que descobrir onde Christopher estaria e como chegariam até ele. Mas uma coisa de cada vez. Enquanto Dul tomava café com os outros, Mai pegou seu notebook e sentou no sofá com Eddy, enquanto navegavam pela internet em busca do paradeiro de Christopher (na verdade, Eddy estava mexendo e Mai palpitando). Eddy teve a idéia de procurar no fã site:

—Mai, elas sempre estão atualizadas sobre isso. — falou enquanto esperava o site abrir.

— Tá, então procura logo. — Mai resmungou impaciente, apoiada no ombro dele. Eddy clicou no menu e sorriu ao ver o que procurava.

— Pronto, agenda, é aqui.

— Vai looooooogo.

— Você quer fazer? Por que se quer, é só pegar o notebook de mim.

Da cozinha, os quatro riram da discussão. E em poucos minutos Mai gritou empolgada e voltou para a cozinha, sendo seguida por Eddy, que carregava o notebook aberto.

— Eu achei, titia Mai é foda! — se vangloriou dançando.

— Ela, aham. — Eddy bufou cético. — Enfim. Temos uma boa e uma má notícia, Dul qual você quer primeiro?

— Ok... — hesitou. — A boa!

— Descobrimos a localização do Christopher. Ele estará hoje às sete horas da noite para uma convenção com fãs no Centro de Convenções Big Apple. — Eddy disse.

— Ok, e a má?

— Ele já tem um compromisso marcado na Austrália... Amanhã. Ou seja, assim que ele sair da convenção, já vai viajar. Então se você quer encontrá-lo, tem que ser hoje.

— Oh, então só temos... Dez horas para irmos para Nova York? Ok, eu estou me sentindo o Tom Cruise em Missão Impossível, vamos logo. Bora por essa porra pra funcionar, borá para Nova York galerinha! — Mai falou animada.

[...]

Dul não parava de andar de um lado pro outro esperando Eddy falar logo. Ele estava no sofá sentado entre Mai e Zoraida. Leah, Christian e Dul estavam encostados na parede também esperando.

— Não tem passagens para Nova York. — Eddy anunciou após procurar pela internet em todas as companhias aeras que tivesse vôo de Seattle para Nova York. — Em nenhuma companhia área, site de compra online, nada. Só tem um vôo às cinco horas e está lotado. E o outro vazio às sete horas, mas não chegaríamos a tempo.

— Ok então. Esperamos ele voltar da Austrália e...

— Cala a boca. Você me acordou de madrugada pra nada? Aham. Tem que ter outro jeito de irmos.

— Eu vou ligar lá, quem sabe não posso convencer alguém a nos colocar no vôo. — Zoraida disse mordendo o lábio. Pegou o telefone fixo sem fio da casa, Eddy mostrou na tela o número de uma companhia área e discou. Chamou duas vezes: — Oi, bom dia... Então. Eu gostaria de saber se tem algum lugar em um vôo de Seattle para Nova York? — fez uma pausa escutando. — Não, não pode ser pra amanhã, tem que ser para hoje e antes das cinco... Eu pago o quanto... Nã...

— Me dá esse telefone aqui, Zoraida. — Leah andou até ela e pegou o telefone da mão, incorporando  Ninel. — Alô, bom dia querida, eu queria que você arranjasse seis lugares em um vôo de Seattle para Nova York... Sim... Eu... Posso falar? Sim, eu sei que estão todos os lugares lotados, mas tenho certeza que a senhorita pode fazer um esforço, é caso de vida ou morte, querida... Hum... Claro. Então tem lugares no vôo, mas a senhorita não pode vendê-los? — repetiu para que os outros entendessem a situação. — Hum... Só poderia nos vender passagens em caso de desistência? Ok, querida, escute aqui... Para de me chamar de senhora, minha filha... É então vai tomar no olho do teu...

— Leah! — Dul exclamou e tirou o telefone de sua mão, desligando-o.

— O vôo não está lotado, mas não podem vender por “normas da empresa” — fez as aspas no ar. — Só podem vender passagem em caso de desistência.

— É gente, o jeito vai ser ir atrás dos passageiros e matar um por um. — Christian falou sério, encostado na parede com os braços cruzados sobre o peito. Todos lhe encararam, fazendo-o rir. — Estou brincando. Estamos fodidos!

Dul soltou um alto suspiro, Christian andou até ela e lhe abraçou. Dul enterrou o rosto em seu peito e deixou que ele fizesse carinho em seus cabelos.

— É minha culpa, se eu não tivesse sido tão estúpida e...

— Pois, você foi estúpida, mas sentir pena de si mesma não vai ajudar em nada.

— ISSO! — Zoraida gritou e ficou em pé, assustando a todos.

— O que? Sentir pena vai ajudar?

— Claro que não, Christian, é que às vezes eu sou mais estúpida que a Dul, sério.

— Oh, obrigada pela parte que me toca. —Dul falou sarcástica.

— De nada, amiga. — sorriu. — Gente, eu sou uma Gomez. Meus pais têm dinheiro e dinheiro move o mundo.

— Zora, seus pais estão no Japão. — Eddy falou com voz de “não é óbvio?”

— E daí? Dinheiro, sobrenome e contatos movem o mundo. Vou ligar para o papai Gomez e vou dar um jeito nisso.

Todos sorriram com a idéia, era uma esperança. Zoraida pegou o celular no bolso (como era de conta e eram os pais que pagavam mesmo, então ia ligar pro Japão sem pena). Abriu a agenda, selecionou o número do celular do pai e clicou em discar. Tocou sete vezes até alguém atender. Alguém falando... Japonês? E falava extremamente rápido.

— O que?! Pai? Chama o senhor Gomez! — e a pessoa continuava a falar. — Meu pai. Chama o meu pai. CHAMA O MEU PAI... GOMEZ! — gritou e olhou para os amigos, desesperada. — A mulherzinha voz de Pikachu não para de falar em Japonês, não estou entendendo nada... — voltou a falar no telefone: — GOMEZ! MEU PAI! É ZORAIDA!

— Por que você está gritando, Zoraida? — escutou a voz sonolenta de seu pai. — Sabia que tem fuso horário? Estava dormindo.

— Ah, oi pai, pensei que ainda fosse a japa lá. — deu uma risada constrangida. — Ah pai, não deve ser nem onze horas da noite, ai. — bufou.

— Mas amanhã terei uma reunião importante, por isso toda a equipe foi dormir cedo. E quem atendeu foi a minha secretária, você acordou-a. E isso aqui no Japão não é muito elegante, Zoraida.

— Ok pai, peça desculpa a Yoko Ono com voz de Pikachu por mim. E sim pai, eu estou bem. E sim pai, eu também estou sentindo sua falta. — acrescentou irônica.

— Você sabe que estou sentindo, Zoraida. Mas é que raramente você liga, então, o que você quer?

— Que horror, quem escuta pensa que eu só ligo para pedir alguma coisa, eu fico até ofendida com esse jeito de falar, pai. — disse com fingindo indignação. — Mas já que você tocou no assunto, eu preciso de um grande favor seu! — seu pai gargalhou do outro lado da linha. — Pai, é sério. É urgente, caso de vida ou morte, eu preciso muito que você me ajude a ir para Nova York com meus amigos.

— Zoraida, eu não vou ir atrás de quem lhe leve para Nova York para assistir algum desfile, da última vez...

— Ok pai. Da última vez eu fiz você me colocar me colocar no jatinho particular do Senador para ir a um desfile na Califórnia e eu acabei vomitando no Senador, mas isso são águas passadas pai. E eu não vou comer tantos frutos do mar como comi naquela viagem. Eu juro. — prometeu, enquanto todos riam com imaginando-a vomitar no colo do senador. Zoraida teria que explicar isso depois. — Paizinho, por favor. É pra ajudar uma amiga. Lembra que você disse que amigos são importantes? Que amor é importante? Por favor.

— Está bem. — Sr. Gomez suspirou pesadamente. — O que vocês querem?

— Um avião, jatinho, qualquer meio de transporte que nos coloque em Nova York antes das sete horas. Por favor.

— Tudo bem, eu vou ver o que posso arranjar e já retorno a ligação.

— Aiiiiiiiiiiiin. Obrigada paizinho, eu te amo, eu te amo, eu te amo!

— Também te amo, Zoraida. Até. — e desligou. Zoraida sorriu para os amigos dando pulinhos.

— Você vomitou frutos do mar em um senador? — Christian perguntou incrédulo e todos, menos Zoraida, gargalharam.

Eles teriam que esperar nervosamente enquanto o pai de Zoraida procurava algum meio de transporte que os levasse a Nova York rapidamente. E enquanto isso ela explicou o episódio do vomito – Ela já morava em Forks e queria muito ver um desfile da Prada na Califórnia e após insistir por dias, seu pai lhe deixou ir, e como a esposa de um Senador, amigo dele, iria também, concordaram em lhe dar carona. O jatinho era totalmente luxuoso, poucos assentos e um coquetel de frutos do mar para eles. Zoraida acabou exagerando na hora de comer tudo com champanhe, na hora de descer do vôo, acabou vomitando no senador. Desde então, Zoraida tinha trauma de frutos do mar e champanhe. Um episódio constrangedor e engraçado, que escondia de todos. Mas seu pai fizera o favor de jogar na sua cara.

Os cinco não conseguiam parar de rir imaginando a cena. E riam também com o nervosismo de esperar o Sr. Gomez retornar a ligação. Cinco minutos... Dez minutos... Eles esperavam o tempo passar na sala, andando de um lado pro outro, olhando o relógio, bebendo água, roendo a unha, conversando, apenas queriam que o tempo passasse.

Quinze minutos... Vinte minutos... Vinte cinco... Trinta... E o telefone começou a tocar.

— Nossa última chance. — Zoraida falou e todos cruzaram os dedos. — Alô?

— Alô, baby? É a mamãe! — a mãe de Zoraida disse do outro lado da linha.

— Oi mãe, cadê o pai? Ele conseguiu o que eu pedi?

— Sobre isso que ele me pediu pra ligar, ele...

— Ah não mãe, ele não conseguiu? — perguntou com os olhos fechados, temendo a resposta.

— O que? Claro que conseguiu, desde quando um Gomez não consegue o que quer bobinha? — mãe de Zoraida perguntou rindo, fazendo a filha gritar animada dando pulinhos. “Ela está gritando aqui” a mãe de Zoraida disse para o pai, que respondeu: “Essa menina só me dá trabalho!” — Ele está reclamando aqui, mas adora fazer as suas vontades, a filhinha única dele!

— Por isso eu o amo! E amo a você também. E ai, o que ele conseguiu pra gente?

— Um dos acionistas que está aqui no Japão com seu pai tem um jatinho ai nos Estados Unidos, como não está sendo utilizado, aceitou emprestar pro seu pai, que já contratou um piloto também. Ele está apenas checando o jatinho e depois vai pegar vocês... Aonde mesmo, querido? — o pai de Zoraida respondeu então a mãe repetiu: — Seu pai disse que ele vai buscar onde for mais perto para vocês, então ele vai pegar vocês no pequeno aeroporto de Port Angeles.

— Em Port Angeles? Uau, que bom. Que horas ele chega a Port Angeles?

— Ele estará lá em duas horas, no mínimo, anota o número do piloto, baby. — a mãe falou. Zoraida pegou o celular de Eddy e anotou na agenda rapidamente.

— Obrigada mamis, sério. Agradeça ao meu pai também. Vocês não sabem o quanto estão nos ajudando. — Zoraida agradeceu.

Gente eu to chorando com os comentários de vocês!!!!!!! VOCÊS SÃO OS MELHORES  ps: Irei finalizar essa fics hoje.

Postarei a noite.. Comentem.