Fanfic: ≈ღ≈→••Núpcias De Uma Noite••←≈ღ≈

Casa. A palavra trouxe imagens ã mente de Dulce: boas e más. Afastou-as. Não queria pensar em nada enquanto Chris seguia pela auto-estrada 43 para Dunthorpe, um dos bairros mais elegantes de Port­land e onde Jack Duarte também morava.

A mansão de Chris, em estilo inglês, deixou-a sem fôlego. Parecia ter saído de um quadro. Flores multicoloridas e árvores altas e copadas a cercavam. O cenário irradiava paz e aconchego. — Vou pegar sua bagagem.

Dulce subiu pelo caminho de pedra com passadas lentas para poder olhar ao redor com atenção. Apai­xonou-se pelo lugar à primeira vista. O jardim, em especial, a fazia lembrar seus doces tempos de criança. Ele era, aliás, perfeito para se criar um filho. E seu filho iria visitá-lo ao menos uma vez por semana...

O pensamento a entristeceu e ela se apressou a afugentá-lo. Deveria estar aliviada por ter onde dor­mir aquela noite, E agradecida.

Ao terminar de subir a escada da varanda, Dulce viu uma mariposa esvoaçando ao redor da lâmpada. Franziu a testa. Estaria seguindo o exemplo daquele pequeno inseto? Também corria o risco de se quei­mar ao chegar perto demais da luz? Trabalhar com Chris era uma coisa, dormir sob o mesmo teto que ele era outra, muito diferente.

Não deveria estar ali. Mesmo que fosse por uma só noite. Tudo que ela queria era um emprego e uma chance de sobreviver sozinha. Não uma proposta de casamento, nem um lugar para ficar, nem uma ca­rona para o trabalho. Mas o que ela menos queria era sentir uma onda de calor inundá-la cada vez que Chris a tocava.

Porque era exatamente o que estava acontecendo. Sua mente entrava em curto-circuito quando Chris es­tava a seu lado. Não podia ser verdade. Era apenas uma reminiscência da atração que eles sentiram um pelo outro naquela noite em Reno. Mas se fosse apenas isso, por que ela estava tão confusa, com vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo? Não fazia sentido.

Talvez fossem os hormônios da gravidez.

Ao menos ela esperava que fossem. Porque não podia se arriscar mais. A vida de loucas aventuras havia terminado com seu casamento em Reno. Aque­la foi sua despedida. Ciente de que a rica herdeira havia perdido sua fortuna e que precisava enfrentar a dura realidade, ela decidiu que naquele último fim de semana faria tudo que tivesse vontade.

Conhecer Chris foi uma surpresa inesperada. Um bônus. Ninguém jamais a fez sentir como Chris, ao beijá-la durante a cerimônia de casamento. Se tives­se alguma dúvida sobre o modo como deveria se con­duzir até que o fim de semana acabasse, Chris a afastou com aquele beijo. A partir daquele instante, ela se entregou ao jogo como se o amanhã nunca fosse chegar.