Fanfic: ≈ღ≈→••Núpcias De Uma Noite••←≈ღ≈

— Preciso saber de quanto dinheiro precisarei para alugar um apartamento.

— Isso depende do proprietário. – A sensação de Chris foi de levar um banho de água fria. – Alguns exigem um depósito de segurança. Como foi no seu apartamento de Chicago.

— Eu o escolhi e meu pai se encarregou do resto. Ele sempre dizia que eu tinha coisas melhores para fazer do que desperdiçar meu tempo com problemas de dinheiro. Ele cuidava de tudo. Foi ele, inclusive, que escolheu meu futuro marido. Como uma filha obediente, eu aceitei embora não o amasse. Graças a Deus, nós terminanos.

Jack Duarte havia mencionado algo sobre o rompimento ter acontecido pouco antes da brincadeira em Reno, mas Chris não quis conhecer os detalhes. Arrependia-se disso. Agora ele daria qualquer coisa para saber.

— Foi um grande erro — Dulce continuou antes que ele tivesse chance de fazer alguma pergunta. – Não culpo inteiramente meu pai pelo que houve. Eu fui uma tola.

Chris não concordava que Dulce assumisse a culpa. Ao menos toda ela.

— Você era muito jovem. Quase uma criança.

— Sim, mas agora não sou mais e reconheço que deveria ter me comportado de outra forma. Não apenas eu, aliás, mas minha mãe e os amigos de meu pai.

— Como eles poderiam adivinhar que seu pai os roubaria?

— Eles acreditaram que seu dinheiro seria bem investido. Meu pai os convenceu de que a aplicação proporcionaria ótimos lucros. No início, isso aconte­ceu. Mas ele continuou arriscando e perdeu. Acho que me pareço um pouco com meu pai.

Em matéria de risco, Dulce não corria nenhum na opinião de Chris. Ele havia verificado sua docu­mentação e descoberto que ela havia feito um plano de aposentadoria ultraconservador pela menor taxa existente.

— Foi por isso que escolheu aquele fundo de pensão?

— Sim, é o plano que oferece o menor risco do mer­cado — Dulce justificou-se.

— Mas também a menor renda. — Ele não deveria estar aconselhando-a, mas investimentos estavam em seu sangue. Não podia permitir que Dulce per­desse seu dinheiro. — Você tem apenas vinte e dois anos.

— Fiz vinte e três no dia quatro de julho. Inacreditável. Ele não sabia a data de aniversário de Dulce. E ela não sabia a dele, provavelmente. No entanto, estavam esperando um filho.

— Continua a ser jovem demais para escolher um plano tão conservador.

— Não quero mais arriscar. Estou farta de incer­tezas. Quero garantias a partir de agora.

— Seria bom se a vida fosse simples assim... Chris sentia-se mais velho do que os dez anos que os separavam. Como o pai de Dulce, estava tentan­do impedi-la de trabalhar. De repente, a culpa o fez engolir em seco.

Por outro lado, casamento continuava a ser o me­lhor recurso. Nada mais fazia sentido. O bebê me­recia nascer em uma família.

Dulce olhou para a lareira e murmurou:

— As vezes, gostaria de voltar no tempo e mudar passado.

— Todos nós gostaríamos.

— Você também?

— Sim — Chris confessou. Não costumava se abrir com as pessoas. Nem sequer com Jack, seu amigo de longa data. — Mas não podemos mudar o que passou.

— Eu sei. — Dulce tocou o próprio ventre. — Além disso, não posso esquecer o que é mais importante.

— Nem eu — Chris admitiu.

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