Fanfics Brasil - ≈ღ≈→••Núpcias De Uma Noite••←≈ღ≈

Fanfic: ≈ღ≈→••Núpcias De Uma Noite••←≈ღ≈


Capítulo: 4? Capítulo

30 visualizações Denunciar


O som da voz de Chris lhe provocou um arrepio. Embora eles mal se conhecessem, aquela voz más­cula e intensa permanecia gravada em sua mente.


Precisou engolir em seco ao vê-lo de calça azul-marinho, camisa branca de mangas compridas e gra­vata. Já o vira de smoking, já o vira sem roupa. Ago­ra o estava vendo como o executivo de sucesso que ele era.


Chris era ainda mais atraente do que se lembrava. Por um momento, sentiu ímpetos de correr para seus braços, mergulhar as mãos em seus cabelos casta-nho-escuros e ondulados, e pedir que ele fizesse dar certo. Mas se conteve. Embora tivesse vindo a Chris para pedir ajuda, ela não confiava em ninguém a não ser em si mesma.


— Precisava dizer a elas que fomos casados? Chris não a cumprimentou, não quis saber como


estava passando. Não lhe deu nem sequer um sor­riso. Dulce tentou não levar a falta de cortesia a sério.


— Escapou. Tive receio de que não fossem permi­tir minha entrada.


— Agora serei obrigado a dar explicações.


— Desculpe-me.


Chris estreitou os olhos.


— Você não deveria estar com Jack e sua turma passeando pelas vinícolas de Bordeaux?


Ela não fazia mais parte da turma de Jack e desconhecia seu paradeiro.


— Eu decidi não acompanhá-los.


— No ano que vem, talvez.


Dulce deu de ombros. No ano seguinte, seu di­nheiro daria apenas para uma garrafa de vinho. Se ela tivesse sorte, é claro.


— Nunca se sabe.


Chris apoiou-se no canto da mesa.


— O que a traz à cidade das rosas?


Ela ensaiou aquela cena milhares de vezes. Olhou nos olhos cor de chocolate que não condiziam com a firmeza do queixo e com o porte atlético. Verdade fosse dita, Chris parecia mais um esportista do que um milionário do mercado financeiro.


— Vim ver você.


Ele pestanejou, pego de surpresa pela sinceridade de Dulce.


— Depois de todos esses meses? Dulce fez que sim com a cabeça.


— Confesso que não a esperava. Quantos meses passaram? Quase quatro, não? Sem nem sequer uma palavra, um e-mail, um telefonema.


— A recíproca é verdadeira — Dulce respondeu. — Além disso, nós não prometemos manter contato quando nos separamos.


— Sou forçado a concordar com você.


— Eu tinha intenção de contatá-lo — Dulce pros­seguiu —, mas quando voltei para Chicago... — O mundo desmoronou sobre mim. Foi muito pior do que eu havia imaginado.


Dulce baixou os olhos. Nada estava saindo como planejara. Queria contar a verdade a Chris sobre ela e sua mãe estarem afundando mais rápido que o Titanic, mas não tinha coragem. O orgulho a impedia de admitir a tolice que cometera. Como explicar que quando pensava que as coisas não poderiam ficar pior, elas ficaram?


— Problemas de família inesperados exigiram mi­nha total dedicação.


Não era a verdade completa, mas também não era uma mentira.


Os olhos de Chris pareceram penetrar na alma de Dulce. Desde sua noite de núpcias, ela não se sentia tão vulnerável.


— Sinto muito por não tê-lo procurado antes. Chris cruzou os braços.


— Então?


O tom de acusação a deixou rígida.


— Então o quê?


— O que pretende me contar primeiro? Que está sem dinheiro ou que está grávida?


Ele a observou com atenção. Dulce precisou de um minuto inteiro para recuperar o controle. Por mais que tentasse não dar demonstração, seus olhos azuis diziam que ela não esperava que Chris esti­vesse a par de seus segredos.


A vitória, contudo, teve um sabor amargo para Chris. Não sentiu nenhum prazer ao presenciar o estado de choque de Dulce embora sua vida tivesse se transformado em um inferno desde o encontro em Reno.


— Como você soube? — Dulce perguntou com um fio de voz.


Um nó se formou na garganta de Chris.


— Ouvi uma história a seu respeito e decidi in­vestigar mais a fundo.


—- Não entendo — Dulce murmurou, trémula. — Você sabia que eu estava grávida e não me procurou? Não tentou descobrir se...


— A criança era minha?


Mesmo que o detetive que ele contratou não lhe tivesse contado, bastaria um olhar para Dulce para ele ter certeza, mas queria ouvir as palavras de sua própria boca.


— Por que não checou sobre a paternidade também?


Ao menos Dulce não havia perdido seu jeito atre­vido de ser, Chris pensou, admirado. Porque parecia incrível que ela tivesse enfrentado a crise financeira e emocional que se abateu sobre sua família, quando foi acostumada, durante toda sua vida, ao luxo e ao conforto.


Chris obrigou-se a endurecer o coração. Não podia baixar a guarda nem sequer por um instante. Porque com Dulce, um instante bastava. Desde que a teve, nunca mais conseguiu tirá-la de seu pensamento. A lição foi dura. Não pretendia repeti-la.


— Ela é minha? — Chris repetiu.


— Sim.


Um bebê. O filho dele. Ouvir alguém lhe dizer que Dulce estava grávida era uma coisa. Ter a confir­mação da própria Dulce era outra.


Não esperava ser pai. Não naquele momento ao menos. Mas agora que o fato estava consumado, que­ria ser para seu filho tudo que seu pai não havia sido para ele. A emoção mal o deixava respirar.


Na verdade, se Dulce não o tivesse procurado, ele teria ido para Chicago para falar com ela. Estava preparado para enfrentar a situação. Seu advogado o alertou para a probabilidade de Dulce exigir uma pensão.


Isso não seria problema. Ele estava disposto a pa­gar o que ela estipulasse, desde que seu direito de participar da vida de seu filho ficasse assegurado.


De repente, porém, uma pequena participação não lhe parecia suficiente. Não queria ser pai apenas por algumas horas em fins de semana alternados e ter de escolher entre as férias de inverno ou de verão quando seu filho crescesse.


— Como aconteceu?


— Você sabe...


— Nós tomamos precauções.


— Nenhum contraceptivo é cem por cento seguro — Dulce respondeu, sem jeito.


Chris hesitou.


— Você queria que acontecesse? Dulce baixou os olhos.


— Não. Para ser sincera, não sei. Eu estava em um beco sem saída.


Sem saída? Ela não poderia ter planejado um mé­todo mais eficiente para se salvar da falência!, Chris pensou. Por outro lado, ele também havia unido o útil ao agradável ao concordar com o jogo proposto por Jack Duarte. Porque um casamento com uma garota que ele acreditava pertencer à alta-roda também lhe seria conveniente.


Ele não tinha como saber, na ocasião, que Dulce não podia ser a mulher de seus sonhos. Ninguém, aliás, deveria estar a par ainda de que o pai de Dulce havia gastado toda sua fortuna e fugido com a amante.


— O bebê é seu. Eu nunca estive com outro homem. Chris chamou-se de tolo mais uma vez. A farsa deveria ter encerrado após a cerimônia na capela do cassino, antes de eles irem para o hotel. Mas subir para o quarto e carregá-la nos braços até a cama parecia certo, depois de terem se casado. Em nenhum momento lhe ocorreu que Dulce pudesse ser virgem.


Agora ela estava pobre e sozinha e seu estado era responsabilidade dele.


Chris examinou-a ostensivamente e não notou ne­nhuma mudança em seu corpo. Talvez porque esti­vesse sentada. Apenas os seios pareciam um pouco maiores. Não dava para ver o abdômem porque a blusa estava por fora da calça.


— Está vendo algo de seu interesse? — Dulce lhe chamou a atenção, irritada.


  Conseguiu localizar seu pai? — Chris mudou de assunto. — Ou ele continua esbanjando por aí o que sobrou de sua herança?


— Nunca mais soube dele. — Dulce cruzou as mãos sobre o colo e suspirou. — Por que está fazendo isso comigo?


— Por que demorou tanto para vir me contar sobre o bebê?


— Minha mãe precisava de mim. Havia contas a serem pagas, móveis e objetos a serem vendidos.


— Não acha que me contar sobre meu filho era tão importante quanto essas coisas?


— Você esqueceu como se faz para ligar para al­guém? Sabia que eu estava grávida. Por que não me procurou?


Chris não respondeu.



CONTINUA?!



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): dullinylarebeldevondy

Este autor(a) escreve mais 22 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Ao retornar de Reno, ele tirou o fone do gancho mais vezes do que desejaria admitir. Mas o devolveu antes que a ligação fosse completada. Se quisesse, Dulce teria telefonado para ele. Com o passar dos meses, sem que ela o procurasse, ele deduziu o óbvio. Dulce se considerava superior a ele. Não era a pri­meira a tratá-lo como se ainda f ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 331



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • dulceyucker Postado em 01/04/2011 - 13:50:05

    aii por favor posta to anciosa, leitora novaa

  • solsunshine Postado em 21/06/2010 - 09:46:56

    leitora nova
    poxta plis
    amei sua web
    besitos

  • mconde Postado em 01/05/2010 - 19:22:53

    cadê o post? :o

  • natyvondy Postado em 06/02/2010 - 00:06:20

    posta

  • sophiavon Postado em 08/01/2010 - 12:42:15

    CADE O POST.???
    PLIX POSTA MAIS....

  • sophiavon Postado em 08/01/2010 - 12:42:14

    CADE O POST.???
    PLIX POSTA MAIS....

  • sophiavon Postado em 08/01/2010 - 12:42:14

    CADE O POST.???
    PLIX POSTA MAIS....

  • sophiavon Postado em 08/01/2010 - 12:42:13

    CADE O POST.???
    PLIX POSTA MAIS....

  • sophiavon Postado em 08/01/2010 - 12:42:13

    CADE O POST.???
    PLIX POSTA MAIS....

  • sophiavon Postado em 08/01/2010 - 12:42:13

    CADE O POST.???
    PLIX POSTA MAIS....


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais