Fanfic: ≈ღ≈→••Núpcias De Uma Noite••←≈ღ≈

Ao retornar de Reno, ele tirou o fone do gancho mais vezes do que desejaria admitir. Mas o devolveu antes que a ligação fosse completada. Se quisesse, Dulce teria telefonado para ele. Com o passar dos meses, sem que ela o procurasse, ele deduziu o óbvio. Dulce se considerava superior a ele. Não era a pri­meira a tratá-lo como se ainda fosse o menino, filho da governanta dos Duarte. Mas os contínuos comentários sobre a situação financeira precária e so­bre a gravidez o levaram a tentar descobrir a ver­dade por meio de um investigador.

Desde a contratação, ele vinha recebendo relató­rios diários sobre as atividades de Dulce. A decisão de procurá-la foi tomada no dia que ele foi informado sobre a perda da casa onde mãe e filha moravam. Não lhe ocorreu que Dulce tivesse comprado uma passagem com destino a Portland porque também havia decidido falar com ele.

— Calculei que você entraria em contato se qui­sesse me ver ou se decidisse pedir ajuda.

— Quanta sabedoria! — Dulce ironizou.

— Ou seja, nós dois estamos em falta um com o outro — Chris concluiu e deu um sorriso ainda mais irônico. — Mas não deixa de ser interessante o fato de você ter vindo a minha procura justamente quan­do publicaram um artigo a meu respeito sobre eu ter sido escolhido o executivo do mês pela revista Forbes e por meu livro estar entre os dez mais ven­didos segundo o New York Times.

— Como você ousa sugerir...? O riso de Chris a interrompeu.

— Uma Saviñon até debaixo d`água, não? Ape­sar de seu pai ter manchado esse nome.

— Você fala dele como se fosse o último homem sobre a face da Terra. — Dulce pigarreou. — Ok, talvez ele seja, mas o que isso lhe importa?

— Importa que você é a mãe de meu filho. Dulce encarou-o.

— Obrigada por reconhecer.

— Você foi minha esposa.

— Nosso casamento foi anulado.

Ainda parecia incrível a Chris que dois estranhos pudessem ter se abandonado um nos braços do outro com tanta paixão durante a noite para se despedi­rem pela manhã como se nada houvesse acontecido.

— E nossa noite de núpcias?

— Prefiro que não toque nesse assunto. — Dulce respirou fundo e levou uma das mãos à nuca para aliviar a tensão. — Se eu tivesse outra pessoa a quem recorrer...

Chris quase tornou a rir. Era patético. Agora que Dulce não tinha para onde ir, ela o queria. E ele que tanto desejara casar com alguém que lhe desse prestígio social, acabara se envolvendo com uma mu­lher em situação muito pior do que a dele quando criança.

Mas era tarde demais para arrependimentos. A me­nos que ele assumisse sua responsabilidade e reconhe­cesse que a criança não tinha culpa de seu erro nem do erro cometido pela mãe, a história se repetiria.

Ele precisava se casar com Dulce.

Antes, porém, de fazer o pedido, sentiu uma ne­cessidade imensa de se vingar de Dulce.

— Diga o que você quer.

— Um emprego — Dulce respondeu após um bre­ve silêncio.

— Está me dizendo que viajou metade do país pa­ra me pedir um emprego?

— E para contar sobre o bebê. — Dulce mordeu o lábio. — Não achei que seria certo lhe dar essa informação pelo telefone.

— O que mais?

— Nada.

— Nada mais? — Chris encarou-a. Tinha intenção de humilhar Dulce, fazendo com que ela lhe pedisse dinheiro. Em vez disso, ela lhe pediu um emprego!

— O que mais eu poderia pedir?

Seria possível que ele estivesse enganado sobre Dulce? Ou aquilo fazia parte do jogo?

— Está bem. Eu lhe darei um emprego. Você su­pervisionará uma equipe, organizará eventos e rea­lizará trabalhos filantrópicos em diversas institui­ções. Em troca, terá completa assistência médica e odontológica, uma verba para vestuário e um carro.

— Parece perfeito. Qual será meu cargo?

— De minha esposa.

DAQUI PRA FRENTE A COISA ANDA DEPRESSA!

ENTÃO COMENTEM.

QUEREM Q EU CONTINUE?!