Fanfic: Slife of Life | Tema: Drama
Três dias se passaram desde então e nada do meu pai aparecer. No primeiro dia, eu não me espantei pelo atraso. No segundo dia, comecei a ter pressentimentos, maus pressentimentos. E no terceiro dia, eu estava acabada, não tinha mais forças pra andar pelas ruas e ir de bar em bar, procurando-o. Fui nos hospitais, mas nada adiantou.
Aquele pânico de estar sozinha no mundo foi se apoderando de mim. Meu pai era a única coisa que eu tinha, o ultimo parente de verdade no qual eu podia contar e agora ele não estava aqui.
Durante todos esses dias, a única coisa que me manteve sã foi conversar com o SAN. Tentei ao máximo parar de pensar em coisas ruins e o Kajimoto-kun realmente me ajudou bastante, mesmo eu escondendo o que se passava comigo naquele momento. No fundo eu me sentia culpada por não contar, mas por outro lado, aqueles eram os meus problemas, era a minha vida ferrada, não a dele, “ele não merece ser bombardeado pelos meus problemas, não quero ser um incomodo”, pensei, além do mais, nem o ADM apareceu por esses dias pra me dar algum conselho. O grupo só jogava conversa fora, enquanto eu fingia estar tudo bem, até que por fim, bem tarde da noite eu escuto batidas na porta. Corro rapidamente e abro a porta com vigor. Meus olhos se enchem d’agua, ao ver o meu pai apoiado nos ombros de um carinha.
Abracei-o prontamente, trazendo-o pra dentro de casa. Aquela sensação indescritível de alivio em meio as lagrimas, mal pude acreditar. No final, nem pude agradecer o cara que o trouxe pra casa. Mesmo ainda caindo de bêbado, eu estava feliz em ver que meu pai estava de volta. Tempo depois, em estado sóbrio, ele nem sabia por onde tinha andado, e como sempre, começou a se desculpar e prometer que nunca mais iria fazer aquilo novamente. Eu sabia que aquilo tudo não iria durar, então só ouvi e fingi acreditar.
Sexta-feira, um dos melhores dias de semana, onde infelizmente eu tenho aula até tarde. Apesar de saber que havia um longo dia pela frente, enquanto eu estava parada, olhando para os portões de entrada da escola, não consegui evitar de esboçar aquele sorriso positivista, então acabei mandando uma mensagem ao SAN, embora ele só tenha visualizado e não me respondendo.
Entrei confiante e pra ser sincera, até que pra variar as coisas saíram bem. Claro que rolou umas piadinhas aqui e ali, e eu ainda comi escondida no banheiro, mas por incrível que pareça, as garotas da minha sala não estavam interessadas em mim. Acho que por conta de ser sexta e terem vida social, coisa que eu não tenho, ao menos não nesse mundo.
Cheguei em casa quase anoitecendo, pois tive que passar no mercado e fazer algumas comprinhas. Claro que quando cheguei, nada do papai. Dei um logo suspiro e depois de me trocar, fiz a janta, comi e guardei o resto na geladeira, pra hora, que só deus sabe, ele voltar. Tomei banho, escovei os dentes, coloquei minha roupa de dormi e fui pro meu quarto. Ligando o ar-condicionado, fui logo pro computador, no qual passei horas e horas. Sábado e domingo foram a mesma coisa, passei jogando mmorpg, vendo filmes de terror e no chat com a galera do “HELP ME!”.
Segunda-feira, o pior dia da Terra. Bom, nem tanto pra mim. Quando eu estava saindo eu acabei vendo o tal carinha que tinha ajudado o meu pai, ele parecia estar saindo e pelo uniforme, ele era um universitário. Caramba ele estava mesmo lindo naquele uniforme e melhor ainda, ele é meu vizinho...
Pena que ele não seguiu no mesmo caminho que eu, mas apesar disso, o dia parecia que ia ser bom...
É... parecia... primeira aula, prova surpresa e ainda por cima, prova de física, minha pior matéria. Como eu tinha passado meu final de semana na frente do pc, eu nem se quer pensei em pegar um livro pra ler. Bom, pelo visto, olhando ao redor, ninguém tinha pensado nisso também. A professora então despeja sobre minha banca, as duas folhas de papel, aonde estavam escritas as 40 questões da minha tortura.
– Meu deus, 40 questões?! – eu disse baixinho para que ninguém ouvisse.
Bom eu tinha motivos pra estar um pouco indignada. Cara, era segunda feira, ninguém tinha estudado nada e mesmo se estivesse estudado, aquelas perguntas estavam muito difíceis de responder.
Enquanto eu lia as questões, bem frustrada, meu celular toca no meio da aula. Jesus, eu não sei o motivo de eu ter o colocado no silencioso, mas o fato é que antes que aquela bruxa entrasse eu havia colocado o meu celular por debaixo da saia. Quase gritei quando senti algo vibrando no meio das minhas pernas. Me contorci um pouco, mas me contive ao máximo para que ninguém percebesse, incluindo a sensei. Aquilo foi tão constrangedor, não sei como ela não me viu corada daquele jeito.
Coloquei rapidamente minha mão por debaixo da saia e tirei o celular dali. Quando olhei disfarçadamente, era uma mensagem do SAN.
[SAN] – ST, você está ai?
Olhei para a tela do celular por alguns segundos e depois na direção a sensei, se ela me pegasse, eu ia ser expulsa de sala.
[ST] – Nossa, você me assustou agora!
[ST] – É que eu estou fazendo uma prova surpresa agora e o celular vibrando me assustou.
Eu disse bem irritada.
[SAN] – Ah, sinto muito!
[SAN] – Na verdade eu estou no meio de uma prova surpresa também.
[ST] – Sério?
[SAN] – Sim, juro! A minha é de química. Odeio química.
[ST] – A minha é de física. Estou ficando louca com essas formulas!
[SAN] – Bom... eu sou mediano em física. Se quiser ajuda...
[ST – Isso seria ótimo, mas também seria colar.
Eu nunca fui de colar, mas prova em plena segunda-feira e além do mais de física...
[SAN] – Isso é verdade, mas se parar pra pensar, usar o celular na sala, ainda mais no meio de uma prova, já é uma infração grave, não acha?
[ST] – Quer saber? Eu até que sou boa em química...
Então nos próximos 20 minutos, passamos ajudando um ao outro nas coisas que mais tínhamos dificuldades. Nem pude acreditar no quão inteligente o Kajimoto-kun era, se não fosse pelo fato de ele não mandar bem em química, eu diria que ele sem dúvida seria um gênio.
Aquela foi a primeira vez que eu tinha tirado a nota máxima em física. Bom, eu tinha filado, isso eu sei, mas ver a Haturi bufando de raiva e inveja até que foi legal. Bom, legal até eu saber como meu dia iria acabar.
Era tipo umas 16:00 por ai, quando nós largamos mais cedo. Bom, tudo parecia normal, eu peguei o metrô como sempre e desci na minha estação. Quando eu estava perto de casa eu percebi que não estava sozinha. Haturi e suas amiguinhas pareciam estar me seguindo. Mais alguns metros e eu já estaria em casa, dai apertei o passo.
– Onde pensa que vai? Cuidado pra não ser atropelada, sua magrela!
Olho pra trás e vejo a Haturi rindo junto com as outras. Mordo os lábios, pensativa no que fazer, mas acabo agindo por conta própria e começo a andar.
– Isso! Foge mesmo! Vai pra casa, teu pai bêbado deve tá te esperando!
Eu paro novamente, serrando os punhos.
– Não vale a pena... você sabe disso... não vale a pena... – eu continuo sussurrando aquilo pra mim mesma, tentando me acalmar.
– O que está fazendo, Haturi?
Eu abro os olhos e ergo a cabeça, vendo que o vizinho universitário estava bem a minha frente. Vê-lo tão repentinamente me assustou um pouco, como se ele tivesse vindo pessoalmente pra me resgatar, assim como fez com o meu pai. Acho que não consegui esconder o rubor em minha face.
– N-nada, Susano... – ela diz em um tom completamente diferente.
Ele então se dirige a Haturi e então ela o abraça. Vê-lo abraçado com aquela garota que me atormenta todos os dias me deixou em choque.
– O que foi, sua aberração? Vai ficar parada ai que nem um poste? Ah, esqueci, você já é um poste. – daí todas as garotas riem, menos eu e o meu vizinho, o Susano.
Eu corro pra dentro do prédio, subo as escadas e entro de vez no meu apartamento. Droga, eu estava chorando e nem mesmo sei o porquê.
Enquanto soluçava e escorregava as costas na porta, li a mensagem que havia acabado de chegar.
“Atenção! Você acaba de ser recrutado para uma Missão!
- Dados da Missão:
Duração: 24 horas
Objetivo: - O participante deverá confessar seus sentimentos verdadeiros a um garoto no qual sente ou algum dia sentiu-se algo por ele. O participante terá nada mais que o tempo estipulado para cumprir sua missão, caso contrário, estará passivo a punição.”
Ótimo, tudo o que eu mais precisava nesse momento. Uma missão pra me fazer bancar a idiota na frente de oura pessoa.
Mais tarde, recebi uma outra mensagem, só que dessa vez, com um assunto bem diferente.
– Um mês! Como assim?! – digo um pouco confusa.
Aparentemente, o site ficaria 1 mês sem funcionar, o que significaria que eu não ia mais poder conversar com ninguém. O BG, a NY, a FH, o DS, todos incluindo o... SAN...
No anexo a mensagem estava o número de cada um dos membros do site, com seus nomes e com uma palavra ao final “ligue”.
Haviam vários números, mas o SAN, ou melhor, o Kajimoto Uehara era o único no qual eu quis ligar.
Depois que eu digitei os números, senti um certo nervosismo. Talvez, por que tenha sido a primeira pessoa que eu ligo, ou pelo simples fato de que era um garoto que iria me atender. No fim, eu acabei ligando.
– Alô...
– A-ah... Alô... – eu realmente estava bem nervosa e acabei gaguejando um pouco.
– Alô...
– Ah, eu sou a Sakihiko... Sakihiko Tolka! Ahn... me desculpa por ligar tão tarde é que... enfim... Desculpa eu estou um pouc-
– Sakihiko! – ele diz um pouco afobado – É você mesmo?! Sou eu, Kajimoto Uehara!
– Kajimoto-kun?!
– Hay! Que bom que você ligou, nossa eu estava pensando em você agora nesse instante... – ele dá uma pequena pausa em suas palavras, dando a entender que ele estava realmente um pouco nervoso assim como eu – Quer dizer, você recebeu não é, a mensagem de agora apouco?
– S-sim, eu recebi.
– Caramba, aquilo me chocou.
– A mim também, eu estava esperando uma boa hora pra entrar, mas então veio a mensagem dizendo que ficaria fora do ar...
– É, aposto que pegou todos de surpresa. Você já falou com os outros?
– N-não... logo após o comunicado veio outra mensagem com uns números, então você foi o primeiro que eu acabei ligando...
Eu acabei mentindo, pois poderia soar estranho eu dizer que eu liguei pra ele primeiro, pois eu não queria perder o contato com ele.
– Ah... foi mesmo? – ele ri um pouco, e eu meio que gosto do som de sua voz e sua risada.
– Pra ser sincera eu fiquei com um pouco de medo de ligar, afinal é a primeira vez que eu ligo pra alguém que não é algum parente... fiquei feliz que foi você que atendeu...
– Ah... foi mesmo? Pra ser sincero também, essa é a primeira vez que eu recebo uma ligação de alguém que não é minha mãe ou meu pai... ainda mais sendo garota... meio que me deixou um pouco nervoso.
Era como eu pensava, ele era exatamente como eu. Digo isso, porque somos em muitas formas.
Apesar daquele inicio meio constrangedor para ambas as partes, a conversa foi se desenrolando. Conversamos sobre um monte de coisas. Não sei explicar bem, mas por alguma razão eu conseguia falar normalmente com o Kajimoto, sei lá, as coisas foram fluindo tão bem como se eu estivesse conversando comigo mesma.
A conversa se estendeu por horas, até chegar naquela parte chata em que eu tinha que dizer que precisava dormir. Ao desligar, não contive o sorriso que insistia em permanecer em meu rosto. Fui até o quarto do papai pra ver se ele precisava de algo, mas ele estava dormindo, algo que naquelas horas eu também deveria estar fazendo.
Dormi tarde e pra acordar, já sabe né? Um verdadeiro tormento. Por sorte não havia muito o que limpar, o que me deu tempo pra descansar um pouco e cuidar de mim mesma.
duas semanas se passaram e o site continuava fora do ar.
No intervalo que sucede a terceira aula, eu fui pegar o algo pra comer na cantina, quando vi a Haturi e suas amiguinhas conversando pelo corredor.
– ...então com eu estava dizendo, meu lindo Susano-chan vem me buscar, então eu preciso estar linda pra ele.
– Falando no Susano, vocês viram a cara da Sakihiro quando a Haturii abraçou ele?
– Aquela aberração de olho no meu namora?! Dá pra acreditar?! Ah, eu tenho algo que eu fiquei sabendo dela...
Eu queria ir embora, mas acabei ficando curiosa sobre o que ela sabia sobre mim.
– O Susano disse que o pai da Sakihiro ficou desaparecido por esses dias. Que ele é um perdedor, isso todo mundo sabe, mas parece que aquele bêbado exagerou e ficou uma semana desaparecido, então ele acabou batendo na porta do meu lindo Susano, achando que era a casa dele, dá pra acreditar? O Susano acabou levando pra casa daquela magrela. O Su ficou puto por causa daquele velho fedido...
A partir daí eu não ouvi mais nada, apenas sai de perto daquelas cobras.
Eram quase 15 horas quando eu saí de sala. Disse que não estava me sentindo bem e fui pra casa, o que não necessariamente era uma mentira.
Do lado de fora, vi o tal Susano de pé, apoiado no muro do outro lado da rua. Serrei os punhos, deu um suspiro e fui até ele com o pouco de coragem que eu tinha.
– Você é o Susano, né?
– Ichiro... Ichiro Susano, esse é o meu nome. – ele diz de uma forma bem calma.
– Foi você que trouxe o meu pai pra casa... eu nunca pude agradecer apropriadamente. – então eu me curvo – Obrigada!
– Acho que está entendendo mal as coisas...
Eu então volto a minha postura normal.
– Se acha que eu sai por ai procurando pelo seu pai, está muito enganada... aquele velhote ficou batendo na minha porta por um bom tempo, então eu me enchi e quando abri, ele caiu nos meus pés, completamente bêbado. Eu já tinha ouvido os boatos dos vizinhos sobre ele e como eu não podia deixar ele ali, eu tive que leva-lo até sua casa. Tive que tomar uns 3 banhos pra me livrar daquele cheiro insuportável.
A cada palavra que saia de sua boca, mais perplexa eu ficava. Como pode dizer tais coisas?
– Aquele bêbado falou sobre você também... ele disse que vocês sofreram um acidente de carro e que você ficou com uma cicatriz horrível nas costas, é verdade?
– Cala a boca... – eu digo meio sem voz, enquanto uma lágrima escorria – Sabe...? Eu até que gostei de você. Desde aquele dia, quando te vi... você parecia um herói pra mim... alguém que eu admirava. Até ontem mesmo, você surgiu e pareceu espantar o perigo, mas não era bem assim... – mais algumas lágrimas surgem – Acho que tem razão, eu devo mesmo ter entendido errado. Você e a Haturi formam um belo casal... – eu digo me virando e pronta pra ir embora.
– Mas é claro que formamos! Eu sou bonito e inteligente, ela é linda, pequena e com ótimas proporções. O que? Achou que eu iria me apaixonar por um tipinho que nem você? Uma garota feia, magricela e cheia de cicatrizes pelo corpo... faça-me o favor...
Então eu corro dali, o máximo que eu pude. Corri, corri e corri ainda mais. Entrei no metrô, aonde andei por todas as estações, com a mão no rosto, tentando esconder as lagrimas que pareciam intermináveis.
Ninguém a minha volta se importava, parecia mais que eu era invisível, ou que eu fosse algo a ser ignorado. Aquela angustia só fazia aumentar, junto com aquele sentimento de solidão.
Meu celular tocou, revelando uma mensagem que tinha acabado de chegar.
“Restam apenas 30 minutos para o fim da missão.”
E tinha vaias mensagens do Kajimoto-kun, querendo saber se eu estava bem. Foi então que eu percebi, o único no qual se importava comigo, o único que me entendia e que talvez me aceitasse assim como eu sou, uma garota feia, magrela e cheia de cicatrizes... talvez, seja ele aquele no qual eu deva cumprir a minha missão...
Eu mando uma mensagem, dizendo que estou bem, mas logo depois acabo legando pra ele.
– Alô, Saki-chan?! Você está bem? Eu recebi sua mensagem agora e-
– Oi Uehara-kun... tem algo que eu preciso te dizer pessoalmente... – digo tentando disfarçar a voz de choro.
– Bom... eu estou pra pegar o metrô agora. E pelo que vejo, ele já tá vindo...
– Verdade? Em que estação você está?
– Eu estou na estação 22 de Ibuke, mas o que é que você quer falar comigo?
Aquela era a estação que o meu metrô estava indo parar naquele exato momento.
– Como você está? Rápido!
– Bom... eu estou em pé, perto da linha amarela, falando contigo ao telefone...
– Isso já tá bom! – eu acabo desligando.
O metrô finalmente chega e logo abre suas portas e eu já maio desesperada começo a gritar seu nome. Pela descrição só poderia ser ele, um garoto magro, alto, de cabelos negros e comprido, com um uniforme da escola de Ibuke. Ele se vira, olhando pra mim com uma cara de bobo, acho que meio chocado ao ver como eu era realmente.
– Saki... chan?! – ele diz, abaixando vagarosamente o celular da orelha.
Então eu me aproximo dele, talvez perto até demais. Mas mesmo sendo um pouco constrangedor, mesmo eu querendo fugir dali, mesmo eu sabendo de todas as consequências e probabilidades de eu acabar me machucando novamente eu comecei a falar. Dizendo tudo que avia em meu peito, enquanto meu coração só fazia acelerar.
– Nós conversamos bastante, não só por agora, mas desde que você apareceu por lá, você sabe o site, e então, várias coisas aconteceram. Coisas ruins e coisas boas, coo naquele dia em que eu te liguei e ficamos conversando até tarde, falando de mil coisas... – com olhos marejados eu finalmente olho em seus olhos – Então, pouco a pouco, eu fui descobrindo que você era o único no qual eu conseguia ser eu mesma, sem drama ou que os meus problemas me atrapalhassem... O que eu estou querendo dizer é que, com o tempo eu fui descobrindo algo que eu mal sabia se era real ou não... Kajimoto-kun, eu vim aqui lhe dizer que eu estou apa-
– Enfim, voltei! Havia uma máquina que não queria funcionar direito, quase que nós perdíamos o- Ora, Uehara-kun, quem é essa? Amiga sua? – diz uma garota chegando bem na hora e agarrando o braço dele como se fossem íntimos.
Então tudo fez sentido, aquela devia ser a sua namorada, o que significava que ele tinha mentido pra mim.
Eu estava triste e um pouco decepcionada, não com ele, mas comigo mesmo. Ele não tinha a obrigação de me dizer a verdade, eu sou a culpada, eu é que acabei me iludindo novamente...
– Eu... – não conseguir conter as lagrimas novamente, então pra não piorar a situação, corri pra fora da estação antes que ele me visse chorar.
Autor(a): dkseven
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).