Fanfic: Terror em Ghost Silence | Tema: Terror

 Passos Escuros

Já era noite e mais uma balada estava acontecendo na cidade. Emily, seu amigo Mike e mais alguns amigos da turminha deles estavam dançando de uma maneira bem louca enquanto riam e se divertiam muito com suas bebidas nas mãos.

A musica que estava tocando era Love Rollercoaster do Red Hot Chili Peppers e eles também começaram a cantar junto com a musica chamando um pouco a atenção de quem estava ao redor.

Emily tem 16 anos, vai começar o ultimo ano no colégio e vem enfrentando uma difícil fase em sua vida onde tudo parece estar dando errado. Primeiro, os pais de Emily foram viajar e acabaram sofrendo um acidente que acabou resultando na morte dos dois e vem causando muito sofrimento a Emily que sente muita falta deles. Sua melhor amiga e confidente é a Olivia, mas ela também tem amizade com um outro rapaz, o Eduardo. Junto, os três tentam superar todos os problemas e seguir em frente. Mas, desde o acidente, ela foi morar com seus tios e também começou a ficar mais rebelde e começou a se envolver com coisas erradas. E ainda desrespeitava todas as regras impostas pelos seus tios que sempre ameaçam colocá-la em um colégio interno. E como se não bastasse tudo isso, ela ainda se desentendeu com sua amiga Olivia e elas estão sem se falar.

Mike costumava ser um rapaz alegre, divertido e muito carinhoso, mas já faz um ano que tudo mudou. Mike é irmão de Nicole e ele também estava presente na festa em que aconteceu o incêndio que matou o irmão de Wendy e a amiga de Lucas. E como eles, também perdeu alguém muito importante e que o deixou traumatizado. Mike não estava exatamente na casa quando aconteceu o acidente e por isso conseguiu escapar ileso fisicamente, mas emocionalmente ele saiu destruído. E desde esse acidente Mike passou a ser um cara frio, mal humorado e sem sentimentos que tenta afastar todas as pessoas dele e que só anda de preto e com cara de bravo. Alguns dizem até que ele parece um personagem que saiu de um filme de vampiro. E como se não bastasse tudo isso, Mike ainda tem problemas com drogas.

E devido aos problemas, Mike e Emily acabaram se conhecendo e agora sempre acabam saindo com a galera para fazerem coisas erradas para o desgosto das pessoas que os amam.

Olivia estava em sua casa, com seu notebook ligado e estava pesquisando sobre lendas locais até que encontrou uma que chamou a sua atenção:

- grupo de jovens morre em acidente de carro depois de terem visto uma pessoa aparecer do nada no meio de uma rua com muita neblina. – falou Olivia lendo a reportagem. – segundo lendas locais, essa pessoa se trata de um fantasma que assombra a rua e mata pessoas que passam por la fazendo elas sofrerem acidentes diversos.

- oi Olivia. – falou Eduardo, o amigo de Olivia entrando em casa e ela o olhou.

- oi Edu. – falou ela sorrindo e ele se aproximou do sofá em que ela estava.

- o que esta fazendo? – perguntou Eduardo e sentou no sofá ao seu lado.

- estava pesquisando sobre lendas locais. – falou Olivia e mostrou a tela do notebook para ele. – achei uma bem macabra.

- o que diz na lenda? – perguntou Eduardo se interessando pelo assunto.

- a lenda diz que tem um fantasma que assombra essa rua fazendo as pessoas sofrerem acidentes de diversos tipos. – falou Olivia. – e tem também uma noticia falando que alguns jovens morreram em um acidente de carro naquela estrada no último fim de semana.

- qual o nome da rua? – perguntou Eduardo.

- Fear Street. – falou Olivia respondendo a pergunta do amigo. – que estranho. A tradução do nome dessa rua seria rua do medo.

- Olivia essa rua passa perto do Ghost Silence. – falou Eduardo a olhando. – aquele acampamento que varias pessoas fizeram denuncias sobre acontecimentos estranhos e sobrenaturais.

- é o acampamento onde eu vou trabalhar. – falou Olivia o olhando agora com um pouco de medo.

- Olivia tem certeza de que quer mesmo ir trabalhar nesse lugar? – perguntou Eduardo. – pode ser perigoso. E você também vai ter que passar por essa rua que estão dizendo que é mal assombrada.

- Edu é só uma lenda. – falou Olivia. – não vai acontecer nada.

- e quanto as denuncias sobre o acampamento? – perguntou Eduardo. – Além de ter lendas falando que o acampamento é mal assombrado, também tem denuncias de pessoas que viram coisas estranhas acontecendo.

- eu não posso perder o emprego. – falou Olivia. – mas se por acaso eu estiver la e ver alguma coisa estranha que eu ache que pode ser perigoso, eu venho embora e não volto la nunca mais.

- promete que se acontecer alguma coisa estranha você vai me ligar para te buscar? – perguntou Eduardo a olhando preocupado.

- prometo. – falou Olivia e sorriu.

- pode ser a qualquer hora ta. nem que seja de madrugada. – falou Eduardo e depois sorriu também.

Olivia é uma garota normal, tem longos cabelos pretos e ondulados e olhos de mesma cor e gosta de fazer vídeos sobre seu cotidiano e postar na internet. E tem pessoas que assistem, por incrível que pareça.

Ultimamente, esta cada vez mais comum blogueiras fazerem um canal no youtube e postarem vídeos sobre vários temas diferentes além de incluírem vlogs sobre passeios ou cotidiano mesmo. E Olivia tem um blog que fala sobre vários assuntos diferentes.

Ela é amiga de Eduardo, que é um policial e devido ao trabalho, esta sempre por dentro do que acontece na delegacia da cidade e por isso esta sabendo sobre as tais denuncias que a policia vem recebendo de várias pessoas que dizem terem visto vultos e pessoas estranhas andando pelo acampamento e também dizem ouvir gritos no meio da noite. E todos na região sabem que não mora ninguém no acampamento e ele esta vazio desde o acidente que ocorreu a um ano atrás.

Depois do acidente, o acampamento foi fechado e como não encontraram parentes dos donos para passarem a propriedade, ela ficou para o governo e logo foi colocada a venda. E não demorou muito para que fosse comprada novamente por Regina Grayson, uma mulher rica que decidiu transformá-lo para chamar mais atenção do publico. Ela decidiu que faria dele um acampamento do terror com algumas decorações macabras, mas era tudo de brincadeira.

O acampamento estava sendo redecorado e agora seria a primeira vez que iria abrir as portas desde a tragédia.

Devido as denuncias, foram feitas investigações no local para descobrir o que estava causando os tais fenômenos, mas nada foi encontrado.

Quando terminou a balada, Emily e a galera foram para o cemitério da fear Street, sentaram em um canto na grama onde não tinha túmulos e começaram a fumar e beber. Eles já estavam bem doídos.

- gente o que foi aquilo ali? – perguntou uma das moças que estava com eles e eles olharam na direção que ela apontava.

- não tem nada ali. – falou Emily e bebeu mais um gole de sua cerveja na garrafa mesmo.

- eu vi um vulto branco correndo. – falou a moça assustada.

- deve ser alguma assombração. – falou Mike e eles riram.

- ai fala sério deve ser efeito do nosso cigarrinho especial. – falou Emily e eles riram de novo.

- eu quero ir embora. – falou a moça se levantando. O nome dela era Tracy Lewis e ela era loira de olhos verdes. – não estou gostando nada disso.

- a relaxa ai vai. – falou outro rapaz que também estavam com eles. O nome do rapaz era Rory Dix. Ele tinha cabelos pretos, olhos de mesma cor e uma barba rala de quem estava a poucos dias sem fazer a barba.

- eu não quero ficar aqui para descobrir o que vai acontecer. – falou Tracy ficando com os olhos marejados. – estamos fumando em um cemitério e com certeza isso deve deixar os fantasmas irritados.

- isso é uma grande bobagem Tracy. – falou Emily.

- eu vou embora. – falou Tracy.

- e como vai fazer isso? – perguntou Rory. – o carro é meu. A chave esta comigo.

- quer saber melhor irmos mesmo. ela não vai deixar a gente aproveitar a noite. – falou Mike se levantando também.

- fala sério. – falou Emily se levantando também e todos começaram a andar pelo cemitério ate chegarem ao portão e entrarem no carro outra vez.

Rory começou a dirigir e a seu lado no banco do carona estava Tracy. E no banco de trás estavam Emily e Mike ainda aproveitando o resto da cerveja que estava com eles.

Não demorou muito para que eles chegassem a Fear Street e como sempre, a rua estava com muita neblina e o fato de eles estarem todos bêbados não ajudava muito.

- caramba esta difícil enxergar alguma coisa com toda essa fumaça. – falou Rory.

- isso é neblina. – falou Emily revirando os olhos e o radio do carro deles ligou sozinho assustando a todos. – que droga é essa?

- não sei mas a musica é ótima. – falou Rory começando a dançar a musica Love rollercoaster que agora estava tocando no radio.

- rádios não ligam sozinhos. – falou Emily agora com medo.

- eu disse que irritamos os fantasmas. – falou Tracy.

- fantasmas não existem. – falou Rory.

- entao foi você que ligou o radio para nos assustar? – perguntou Mike.

- não. – falou Rory os olhando. – eu nem toquei nele.

- isso é muito estranho. – falou Emily e o radio entrou em estática.

- a fala sério. a musica estava tão boa. – falou Rory.

- fala sério você é muito sem noção Rory. O radio esta ligando e mudando de estação sozinho. – falou Tracy. – pisa nesse acelerador e vamos embora daqui.

- ta bom sua medrosa. – falou Rory e pisou no acelerador, mas logo eles viram uma mulher muito pálida parada no meio da rua e o carro ia em alta velocidade bem na direção dela.

- Rory cuidado você vai atropelar a mulher. – gritou Tracy e Rory foi tentar desviar, mas acabou batendo o carro em um poste. E todos desceram do carro.

- não, não meu carro novinho. – falou Rory vendo o estrago. – meu pai vai querer me matar quando ver isso.

- gente cadê a mulher? – perguntou Emily.

- Ela sumiu. – falou Mike.

- gente o rosto daquela mulher era idêntico ao do vulto que eu vi no cemitério. – falou Tracy os olhando.

- essa droga e da boa mesmo. – falou Mike rindo. – tracy essa era só uma mulher que estava no meio da estrada.

- parada feito uma estatua no meio da rua e que nem se deu ao trabalho de desviar de um carro que estava indo na direção dela? – perguntou Tracy o olhando. – e cadê ela agora? ninguém a viu correr. Ela simplesmente sumiu.

- gente calma. Boas noticias. A mulher esta bem ali. E ela esta  bem. – falou Rory e todos olharam na direção da mulher.

- oi tia. – falou Rory e a mulher olhava para eles com cara feia.

Em seguida, ela levantou uma das mãos e fez Rory levitar.

- ahhhh. Para com isso. o que esta acontecendo? – gritou Rory.

- eu disse. É um fantasma. – gritou Tracy.

- fantasmas não existem. – falou Mike.

- então como ela esta fazendo isso? – gritou Emily.

- alguém me ajuda. – gritou Rory, mas antes que eles pudessem fazer alguma coisa, Rory foi arremessado contra uma arvore e desmaiou na mesma hora.

- Rory. – gritou Mike e eles correram na direção do amigo. Mike se agachou ao lado dele e tentou fazer o amigo reagir sem muito sucesso. – Rory. Rory acorda por favor.

-não faz isso com a gente. – falou Tracy começando a chorar.

- droga isso não esta acontecendo. – falou Emily percebendo que não podiam fazer nada. Rory estava morto.

- o que você fez com ele. – gritou Emily, mas a mulher tinha sumido outra vez.

- vamos dar o fora daqui. O Rory esta morto e não tem mais o que ser feito. E se continuarmos aqui seremos os próximos. – gritou Mike e eles começaram a correr pela rua desesperados. E depois de correrem muito, eles chegaram perto de uma delegacia.

- e ai fazemos uma denuncia? – perguntou Emily.

- estamos drogados. – falou Mike. – nunca acreditariam. E ainda mais se falássemos que vimos um fantasma.

- Emily. – falou Eduardo se aproximando deles. – o que aconteceu?

- não aconteceu nada Eduardo. – falou Emily.

- você conhece ele? – perguntou Mike a olhando.

- conheço. Ele é um policial. É amigo de uma ex amiga. – falou Emily.

- quer dizer que não me considera mais seu amigo Emily? – perguntou Eduardo.

- para falar a verdade, não. Amigos querem o meu bem enquanto você e a Olivia so sabem me dar lição de moral. – falou Emily. – tudo o que eu estou fazendo esta me deixando feliz.

- você não parece feliz agora. – falou Eduardo. – o que aconteceu?

- não aconteceu nada droga. – gritou Emily e em seguida saiu dali sendo seguida pelos amigos. Eduardo os olhou desconfiado.

Emily chegou em casa na madrugada e seu tio a esperava acordado.

- onde você estava ate a essa hora? – perguntou ele.

- com os meus amigos. – falou Emily. – estava me divertindo.

- você não toma jeito. Essa cidade esta cada vez mais perigosa garota. – falou o tio. – você e minha responsabilidade agora. não posso deixar nada de ruim acontecer com você.

- ai não enche. – falou Emily e foi para o quarto dela batendo a porta logo em seguida. O tio balançou a cabeça em sinal de reprovação ao comportamento da sobrinha. Ele não sabia mais o que fazer.

No outro dia, logo cedo, a policia encontrou o carro de Rory batido no poste e o corpo do rapaz caído no meio da estrada. E Eduardo imediatamente entendeu o que estava acontecendo. E entao ligou para Olivia.

- alo. – falou Olivia atendendo o celular e ela ainda estava deitada em sua cama.

- Olivia eu preciso falar com você. é sobre a Emily. – falou Eduardo.

- aconteceu alguma coisa com ela? – perguntou Olivia já ficando preocupada.

- ela esta bem, mas acabamos de achar um corpo perto de um carro na Fear Street e se trata de um dos amigos dela. Rory Dix. E eu encontrei ela ontem com Mike Gilbert e Tracy Lewis e eles pareciam assustados. Eu acho que eles estavam juntos quando Rory sofreu o acidente. – falou Eduardo.

- eu estou indo para ai. – falou Olivia e desligou o telefone.

Em seguida, ela pegou sua bolsa que estava em cima do sofá, saiu de casa super apressada e logo já estava no seu carro dirigindo rumo a delegacia da cidade.

Quando chegou la, ela estacionou o carro, entrou na delegacia e já foi direto ate a sala de Eduardo.

- oi. – falou Eduardo.

- oi. – falou ela e os dois se abraçaram rapidamente. – Edu me passou uma coisa pela cabeça enquanto eu estava vindo para ca.

- sobre a lenda da estrada Fear Street? – perguntou Eduardo.

- isso. você acha que a lenda pode ser real? – perguntou Olivia.

- acho. Esses acidentes que estão acontecendo nessa estrada estão seguindo um padrão. – falou Eduardo. – são sempre quatro adolescentes dentro de um carro que acaba batendo no poste ou em alguma arvore na rua. Ai alguém morre e sempre escapa alguém para contar a historia depois. São muitas coincidências. Eu acho que o acidente da semana passada e esse podem ter ligação. Só precisávamos confirmar se a Emily e os outros realmente estavam com ele.

- mas mesmo que confirme, não temos como provar. Os policiais sempre acham que os adolescentes que dizer ter visto o tal fantasma estão loucos. – falou Olivia. – e não ajuda muito o fato de sempre ter um bêbado no meio.

- é isso é verdade. – falou Eduardo. – temos que descobrir o que esta acontecendo.

Ele e Olivia trocaram um olhar preocupado.

Enquanto isso, Emily, estava em seu quarto, sentada em sua cama abraçada com um porta retrato de seus pais e ela chorava.

- Porque vocês se foram. – falava ela olhando a foto. – hoje já fazem seis meses. Eu sinto muito a falta de vocês. Me sinto tão sozinha.

Os pais de Emily sofreram um grave acidente na estrada durante uma viagem que estavam fazendo a seis meses atrás e infelizmente não resistiram aos ferimentos e acabaram morrendo. E a partir daí, o mundo de Emily desabou.

Flashback on

Emily e Olivia estavam juntas na casa de Emily e elas estavam assistindo a uma comédia na televisão rindo muito. Os pais de Emily tinham viajado e elas estavam sozinhas, mas preferiram assistir filme ao invés de chamarem um monte de gente, darem uma festa e depois levarem uma bela bronca.

Tudo ia bem até que o celular de Emily tocou e quando ela o pegou e olhou para a tela, viu que era um numero desconhecido.

- alo. – falou ela atendendo a ligação. – é a Emily que esta falando, aconteceu alguma coisa?

- Emily aqui é do hospital central e estamos entrando em contato com você para informar que seus pais sofreram um grave acidente na estrada quando estavam voltando da viagem. – falou a enfermeira do outro lado da linha.

- não. – falou Emily e seus olhos ficaram marejados enquanto Olivia já a olhou preocupada.  – como eles estão? Como descobriram meu numero e sabem até o meu nome?

- Emily infelizmente as noticias não são boas. Seus pais não resistiram aos ferimentos e acabaram morrendo no acidente. – falou a enfermeira.

- nããããããããão. – gritou Emily desabando no choro e Olivia ficou mais preocupada ainda.

- eu sinto muito. Encontramos o seu numero na agenda do celular do seu pai. – falou a enfermeira. – como estava escrito filha na frente resolvemos tentar. Parece que o celular foi arremessado para fora do carro e deu para salvar.

- entendi, obrigada por avisar. – falou Emily e desligou o celular.

- Emily o que aconteceu? – perguntou Olivia a olhando preocupada. – quem era?

- Olivia era do hospital central. – flou Emily chorando muito mesmo. – meus pais estão mortos.

- o que? – perguntou Olivia e seus olhos já ficaram marejados também. – não, não pode ser verdade. Eles estavam bem a uns dias atrás.

- eles sofreram um acidente na estrada quando estavam voltando para casa. – falou Emily e ela estava ate soluçando. – não resistiram.

- amiga eu sinto muito. – falou Olivia com muita pena da amiga e em seguida abraçou.

- isso não é justo. Não é justo. Porque isso esta acontecendo comigo. – falou Emily.

- amiga eu estou aqui. Eu vou te ajudar a passar por isso. você não vai encarar isso sozinha. – falou Olivia deixando as lagrimas rolarem também.

Flashback off

- porque? Porque a vida esta sendo tão injusta comigo. – falava ela em meio ao choro.

Flashback on

Depois do enterro dos pais, Emily estava meio perdida até que seus tios se aproximaram dela e a tia falou:

- Emily meu amor nós sentimos muito.

- obrigada tia. – falou Emily e forçou um sorriso.

- Você vai ficar com a gente. – falou o tio. – já acertamos toda a papelada e você não vai precisar ir para um internato ou coisa do tipo. Agora temos a sua guarda já que você ainda é menor de idade.

- obrigada por fazerem isso por mim. – falou Emily. – mas eu não quero incomodar.

- você não incomoda Emily. – falou a tia com muita pena dela. – você é nossa sobrinha e nós vamos te ajudar.

- obrigada. – falou Emily e abraçou os tios enquanto Olivia e Eduardo olhavam para a moça com muita pena.

Flashback off

O celular de Emily tocou, ela o pegou e logo viu que era uma mensagem de uma de suas amigas.

E ai Em? Partiu fumar um baseado e esquecer dos problemas? Nos encontramos no mesmo lugar de sempre.

Emily logo respondeu a mensagem e em seguida, levantou da cama, desceu as escadas de sua casa super apressada e saiu.

Desde o acidente, Emily ficou muito revoltada com a vida e acabou se tornando uma pessoa rebelde e se envolveu com coisas erradas. Agora ela só quer saber de diversão, drogas, bebidas e festas porque assim, ela acha que esta superando melhor o que aconteceu.

O dia se passou e quando chegou a noite, Emily estava em mais uma de suas noitadas dançando muito em uma balada da cidade e também estava bebendo com as amigas.

- essa festa esta muito boa. – falou uma das amigas que dançava de uma maneira bem louca.

- pois é eu poderia ficar aqui a noite toda. – falou Emily também dançando loucamente.

- e ai gatinha. – falou um cara se aproximando de Emily e começou a dançar de frente para ela.

- ai sai para la. eu hein. – falou ela se afastando do cara e ele a seguiu. – o que é você vai ficar me perseguindo agora é?

- você é muito gata e eu quero saber quando vou ganhar um beijo seu. – falou o rapaz e pelo cheiro de álcool que vinha da boca dele e também pelo fato de ele estar falando um pouco mole, podia-se notar que ele estava bêbado.

- você não vai ganhar um beijo meu nunca. Eu não estou interessada. Você já se olhou no espelho? – falou Emily debochando dele e as amigas caíram na gargalhada.

- já olhei sim. – falou ele.

- então você sabe que é muito feio. – falou Emily ainda rindo.

- para de bancar a difícil gatinha. Nós viemos aqui pelo mesmo motivo. – falou ele.

- nisso você tem razão. – falou ela e sorriu maldosamente. – viemos aqui pegar mulher.

- fala sério. você é... – falou ele e ela interrompeu.

- não sou, mas vou acabar virando se você não sair daqui. – falou Emily rindo e o cara resolveu desistir e se afastou.

- Emily. – falou alguém se aproximando dela e logo Emily viu que era Olivia que estava chamando e a moça a olhava com cara de brava. – você não acha que já deu de festa por hoje não?

- e você não acha que já esta enchendo o meu saco não? – perguntou Emily. – achei que não quisesse falar comigo.

- Você me magoou, mas você saiu da minha casa porque você quis. – falou Olivia. – eu não te mandei embora.

- você é uma chata. E não deu de festa não, ainda tem a extensão dela la no cemitério. – falou Emily.

- que horror. – falou Olivia. – eu não vou deixar você ir.

- você não manda em mim. Vamos meninas essa festa já deu para mim. – falou Emily.

- vamos sim Emily. – falaram as meninas e Emily saiu da festa desfilando e sendo seguida pelas amigas. E elas ignoraram totalmente a Olivia.

- esta tudo bem? – perguntou Eduardo se aproximando dela. – eu vi você e a Emily conversando.

- discutindo você quer dizer. Essa garota esta impossível. – falou Olivia e o olhou com os olhos marejados. – ela esta indo para um caminho cada dia mais errado e eu não sei mais o que fazer para ajudá-la. e se continuar assim, ela vai acabar sendo mandada para um colégio interno mesmo.

- talvez seja o melhor para ela no momento Olivia. – falou Eduardo. – ia ser muito triste e eu também não queria que ela fosse, mas talvez seja a solução. La a Emily não vai ter acesso a drogas, álcool e todas essas coisas.

-é talvez você tenha razão. Vamos para casa. Eu nem sei porque aceitei vir a essa festa com você. – falou Olivia.

- porque você é uma boa amiga. – falou Eduardo e eles sorriram um para o outro.

Quando Olivia chegou em casa, ela sentou no sofá de sua sala e começou apensar em Emily e a relembrar tudo o que aconteceu entre elas no passado, logo depois do acidente dos pais de Emily.

Flashback on

Era aniversário de Emily e os tios dela estavam organizando uma festinha surpresa para ela. Eles tinham convidado Olivia e Eduardo pois sabiam que eles eram muito amigos, mas quando os dois chegaram para a festa, Emily não estava em casa.

- cadê a Emily? – perguntou Olivia.

- ela saiu. Pedi para ela chegar cedo em casa hoje porque queríamos passar um pouco do aniversario dela com ela. – falou a tia com uma carinha desanimada. – eu espero que ela me obedeça ao menos uma vez na vida.

- falei para não fazer surpresa e contar logo para ela. – falou o tio já brevemente irritado. – essa garota é uma mal agradecida. Fazemos de tudo para ajudar ela e dar todo o carinho que ela precisa e tudo o que ela faz e desobedecer e nos causar cada dia mais desgosto. Ela não vai aparecer.

- ela esta sofrendo muito. – falou Olivia tentando defender a amiga. – é compreensível o fato de ela estar agindo assim. ela acabou de perder os pais.

- é logo ela melhora. – falou Eduardo.

- espero que vocês estejam certos. – falou o tio da moça.

Eles ficaram conversando um bom tempo sobre diversos assuntos e nada de Emily aparecer para o jantar. E depois de muita espera, eles acabaram jantando sem a moça mesmo e já era umas onze horas quando ela finalmente chegou em casa.

- cheguei povo. - falou ela rindo e dava para perceber que tinha bebido outra vez. e seus olhos também estavam vermelhos o que indicava que ela tinha fumado e não foi só cigarro.

- onde você estava? – perguntou o tio dela irritado.

- estava comemorando com os amigos. – falou ela. – eu ri muito hoje. Acho que nunca ri tanto na minha vida.

- eu não pedi para você chegar cedo hoje? – perguntou a tia dela.

- pediu. Isso é mais cedo. Você sabe que eu costumo chegar de madrugada. – falou Emily e viu que Olivia e Eduardo estavam ali também. – olha temos visitas.

- oi Emily. Parabéns. – falou Olivia e sorriu.

- Obrigada Olivia. – falou Emily e as duas se abraçaram rapidamente.

- Parabéns Emily. – falou Eduardo e sorriu também.

- obrigada Edu. – falou ela e os dois se abraçaram rapidamente.

- você pelo visto não só riu bastante como bebeu bastante e fumou muita maconha. Olha só esses olhos vermelhos. – falou o tio enquanto ela caminhava ate a geladeira sem dar muita atenção para o que ele estava falando. – eu estou cansado disso. Você é um desgosto para essa família. É uma mal agradecida. Íamos dar uma festinha surpresa para você, mas você estava muito ocupada se drogando e sabe-se mais o que estava fazendo. Quer saber se seus pais ainda estivessem vivos, morreriam de desgosto por ter uma filha dessas.

- não fala dos meus pais. Eles me amavam. – gritou Emily começando a chorar e jogou o copo que tinha nas mãos contra o tio, mas ele desviou olhando para ela logo em seguida. 

- era só o que me faltava. - falou ele a olhando indignado. – agora alem de ser uma drogada problemática também vai virar assassina. Eu não mereço isso. você vai para um internato. Estou cansado de você. eu não quero mais olhar para você.

- não faz isso. – falou a tia tentando defender a sobrinha apesar de não concordar com as atitudes dela. – ela só tem a gente agora.

- e ela não da valor. Então agora ela vai aprender a dar valor no que tem enquanto ainda tem. – falou o tio irritado.

- ela não vai para um internato. – falou Olivia e todos a olharam.

- o que você vai fazer? – perguntou Eduardo.

- a Emily não pode ir para um internato. Ela precisa de amor e carinho e la ela não vai ter isso. e claro que as pessoas vão cuidar dela, mas ela precisa de uma família. – falou Olivia. – e se vocês não a querem ela vai morar comigo.

- Você só fica me dando lição de moral. – falou Emily. – não ia ser muito diferente.

- você que sabe Emily. ou mora comigo ou parece que você vai para um colégio interno e nunca mais ira ver as pessoas que ama. – falou Olivia. – então você que sabe. Se quiser morar na minha casa as portas estão abertas para você. você e minha melhor amiga e eu nunca te deixaria na mao.

- desculpa Olivia. Obrigada. Eu vou com você. – falou Emily e em seguida foi para o quarto dela.

- você não vai agüentar. Essa garota e terrível. – falou o tio.

- vamos ver. – falou Olivia e ele a olhou com cara feia. Em seguida, ele e a tia de Emily foram para o quarto deles e não demorou muito para que Emily descesse as escadas da casa outra vez com suas malas.

- então vamos? – perguntou Eduardo.

- vamos la. – falaram Emily e Olivia e os três saíram da casa.

Em seguida, eles entraram no carro de Eduardo e ele começou a dirigir rumo a casa de Olivia. As duas foram no banco de trás e Emily estava chorando com a cabeça encostada no ombro de Olivia. Olivia a consolava.

- calma amiga. vai ficar tudo bem. – falava Olivia com muita pena dela e passava as mãos pelos cabelos de Emily.

- ele me odeia. – falava Emily.

- mas nós te amamos. – falou Olivia se referindo a ela e Eduardo. – nós nunca vamos abandonar você.

- eu amo vocês. – falou Emily.

Quando chegaram a casa de Olivia, elas agradeceram Eduardo pela carona e se despediram dele. e então ele foi embora e as duas entraram na casa.

- bem vinda a minha humilde residência. – falou Olivia e elas riram da piadinha fazendo referencia a musica. – sinta-se em casa viu. Eu vou te mostrar onde fica o seu quarto.

- ta bom. – falou Emily e seguiu Olivia ate o segundo andar. Logo elas estavam no quarto de hospedes que agora seria o quarto de Emily.

- o quarto é lindo. – falou Emily sorrindo. – obrigada mesmo Olivia. Eu não sei o que faria sem você. eu não queria ir para o internato.

- de nada. – falou Olivia e elas sorriram uma para a outra.

Flashback off

- Emily porque você tinha que ter ido embora. Agora sempre fico preocupada com você. querendo saber se você esta bem. – falava Olivia e agora ela estava chorando. E ela começou a lembrar do dia em que Emily decidiu ir embora da casa dela.

Flashback on

Os dias na casa de Olivia estavam sendo agradáveis. Ela dava liberdade para Emily e deixava ela trazer as amigas em casa.  Elas se divertiam. Mas Emily, como sempre, só queria saber de diversão ainda mais depois de algumas cervejas.

Era mas um dia normal, domingo, e Olivia estava preparando o almoço enquanto Emily estava na piscina com algumas amigas e elas ouviam musica eletrônica no aparelho de som.

- eu vou aprontar. – falou Emily sorrindo maldosamente para as amigas. 

Emily entrou na cozinha e Olivia a olhou. A mocinha estava com um biquíni rosa de oncinha e usava um shortinho rosa bem curtinho.

- oi Emily. – falou Olivia e sorriu. – esta se divertindo.

- estou me divertindo muito. – falou Emily sorrindo e se aproximou mais de Olivia. – então Olivia o que você achou do meu biquíni?

- Emily já vai começar você com as suas piadinhas de mal gosto. – falou Olivia ficando um pouco desconfortável com aquela situação.

- não é piadinha fofa. Só quero a sua opinião mesmo. – falou Emily. – ele é bonito?

- ele é lindo. Eu tenho que terminar de fazer o macarrão. – falou Olivia toda nervosa e Emily riu.

- espera. – falou Emily e Olivia a olhou de novo. – acho que tem um cisco no seu olho.

- fala sério. eu não estou sentindo nada e você não tem uma visão biônica para enxergar um cisco daí. –falou Olivia.

- deixa eu tirar para você. – falou Emily se aproximando mais de Olivia e a encurralou na parede ficando com o rosto bem próximo do de Olivia que já estava com o coração disparado. – parece que era impressão minha.

Emily se afastou de Olivia e ela a olhava sem reação, meio nervosa.

- o que foi? – falou Emily e se aproximou do ouvido de Olivia. – achou que eu fosse te beijar?

- é claro que não. – falou Olivia e Emily se afastou da amiga de novo e foi ai que elas ouviram risadinhas. As amigas de Emily estavam na porta e estavam rindo muito da reação de Olivia. E Emily começou a rir também.

- você é má Emily. – gritou Olivia e saiu correndo da cozinha deixando elas ali ainda rindo.

- parece que ela ficou brava. – falou Tracy.

- logo passa. Ela me deixa fazer o que eu quero. – falou Emily rindo e elas voltaram para a piscina.

Quando as amigas foram embora, Emily percebeu que Olivia ainda não tinha saído do quarto e resolveu ir ate la falar com ela.

- eu posso entrar? – perguntou Emily entrando no quarto.

- você já entrou caso não tenha notado. – falou Olivia super mal educada.

- credo que bicho te mordeu? Você nunca falou assim comigo antes. – falou Emily estanhando.

- e você queria o que? – perguntou Olivia se levantando da cama irritada. – depois daquela ceninha que você fez la em baixo esse é o único tratamento que você merece.

- foi só uma brincadeira. – falou Emily.

- suas amigas ficaram rindo de mim. você vive me zoando e fazendo brincadeirinha de mal gosto só porque eu sou gay. Se toca garota isso não é legal. – falou Olivia. – e é por causa de gente como você que eu tento esconder isso da maioria das pessoas. Eu fiquei muito magoada com o que você me fez. Já basta meus pais não me aceitarem e me colocarem para fora de casa. Agora você apronta essa também.

- Olivia me desculpa. – falou Emily vendo que tinha pegado pesado. – eu não queria magoar você. Era para ser só uma brincadeira.

- esse tipo de brincadeira e de muito mal gosto. Elas sabem não sabem? – perguntou Olivia. – você contou a elas.

- contei. Elas sabem sim. – admitiu Emily.

- ótimo. eu confiei em você, revelei todos os meu segredos e você me faz isso. – falou Olivia com os olhos marejados. – alem dos meus pais, as únicas pessoas que sabem o meu segredo são você e o Eduardo. E agora essas garotas sabem porque você não foi capaz de guardar um segredo. O Eduardo nunca faria isso comigo.

- claro que não faria já que ele é louco por você. Esta todo apaixonadinho. Coitado nunca vai conseguir nada. – falou Emily debochando.

- cala boca Emily. para de debochar. – gritou Olivia muito irritada. – as coisas vão mudar aqui. Eu fui legal, te dei liberdade para se divertir mas você não soube aproveitar. Agora chega. Esta de castigo.

- de castigo? – perguntou Emily e riu. – fala sério. você não é minha mãe para me colocar de castigo.

- mas essa casa é minha e as coisas aqui vão funcionar da maneira que eu determinar. – falou Olivia. – chega de trazer amiguinhas aqui, chega de ficar chegando em casa de madrugada. Agora você vai entrar na linha.

- você não manda em mim. eu vou continuar fazendo o que me der na telha. – falou Emily.

- não vai não. – falou Olivia.

- ta bom então. Se você vai virar uma mala igual ao meu tio então eu vou embora dessa casa. – falou Emily e Olivia a olhou.

- Vai embora? – perguntou Olivia e agora foi ela quem riu com deboche. – e para onde você acha que vai queridinha?

- sei la. vou alugar uma casa. – falou Emily.

- aloooo você é menor de idade. Sinto muito querida mas não vai rolar. – falou Olivia.

- então eu vou pedir desculpas para o meu tio e voltar a morar com ele. não vai ter muita diferença entre aqui e la. – falou Emily.

- ele vai te mandar para um colégio interno. – falou Olivia.

- duvido. Mas você ia amar eu tenho certeza. – falou Emily.

- eu só quero o seu bem. eu não quero que você vai embora. – falou Olivia.

- tarde demais. Eu já decidi. – falou Emily e saiu do quarto. Olivia passou as mãos pelo rosto nervosa afinal sabia que o tio de Emily estava muito bravo para deixá-la voltar.

Naquela mesma noite, Olivia viu Emily saindo da casa com suas malas e a moça nem deu tchau para Olivia o que a fez desabar no choro.

O tio de Emily não estava gostando muito da idéia de ter a sobrinha problemática outra vez em casa, mas com a ajuda da tia da moça, ele acabou concordando. E até então Emily esta morando com os tios outra vez, mas continua dando trabalho. E o tio continua ameaçando mandá-la para o colégio interno. Mas da mesma maneira que não resolveu antes, também não estava resolvendo agora.

Flashback off

Enquanto isso Nicole e Mike estavam em casa conversando com os pais e Mike estava discutindo, talvez pela milésima, porque não queria ir para o acampamento junto com Nicole.

- eu não quero ir para essa droga de acampamento. – Gritou Mike. – eu não gosto de la. só me traz lembranças ruins.

- se você não for para aquele acampamento, vai para outro Mike. – falou a mãe dele já nervosa. – o que eu não vou permitir é que você fique fumando maconha com aqueles seus amigos delinqüentes. Aliás, amigos que não são amigos de verdade pois estão te levando para o mau caminho.

- eles são os únicos amigos que me sobraram e eu não vou me afastar deles. – falou Mike.

- no acampamento você vai fazer novos amigos. Você tem que fazer novos amigos. – falou a mãe dele um pouco mais calma.

- eu não estou interessado em fazer novos amigos. – falou Mike. – você faz amigos, você se apega e ai eles te deixam.

- Mike o que aconteceu foi uma fatalidade. – falou Nicole se metendo na conversa para tentar ajudar a mãe. – e os seus amigos drogados não são os únicos que sobraram. Tem o Ethan, o Lucas, o Jason. E até a Erin.

- eu nunca tive amizade com os seus amigos Nicole. – falou Mike. – você sabe disso. E nem me interessa ter. Eu não quero fazer novos amigos. O meu melhor amigo esta morto e eu não posso mudar isso. eu não quero passar por isso de novo. Nunca mais.

- Mike você não pode se isolar do mundo assim. – falou Nicole.

- eu já decidi o que vou fazer da minha vida e você mamãe pode até me obrigar a ir para esse acampamento, mas ele só dura um mês. – falou Mike. – quando acabar, eu vou voltar e vou voltar a ver os meus amigos drogados queira você ou não.

- Mike você tem que parar de se drogar. Tem que parar de andar com essas pessoas. – falou a mãe dele.

- eu não tenho que fazer nada. e esse papo já esta ficando chato. Eu tenho que sair. – falou Mike e antes que elas pudessem falar mais alguma coisa, ele saiu batendo a porta da casa.

- que droga. – falou a mãe deles. – esse garoto esta cada vez pior. Eu preciso tirá-lo das drogas.

- nós vamos conseguir mamãe. – falou Nicole tentando consolá-la. – uma hora ele se toca de que isso só faz mal a ele.

- eu espero que ele se toque mesmo. – falou a mãe deles e abraçou a filha.

Emily chegou em casa drogada e bêbada como de costume e o tio dela disse:

- eu sabia que não devia ter deixado você voltar. Esta igual a antes, não mudou nada.

- eu não vou mudar. – gritou Emily. – eu sou assim.

- você vai para o internato. – falou o tio.

- da mais uma chance a ela. – falou a tia.

- já cansei de dar chances. – falou o tio.

- ela vai para o acampamento com o colégio. – falou a tia. – deixa ela ir e veja se ela muda de atitude por la. se não mudar ai você manda ela para o internato.

- tudo bem. eu vou esperar ela voltar desse acampamento. Mas se não mudar enquanto estiver la, vai para o internato e ai não tem volta. – falou ele. – sabia que a tal da Olivia não ia agüentar.

- eu vou tomar banho. Tchaaau.- falou Emily e subiu as escadas de sua casa indo para o quarto. E la, ela ligou o radio bem alto e entrou no banheiro para tomar banho.

Na sala, o tio fechou os olhos e começou a respirar fundo para evitar ir ate o quarto e quebrar o aparelho de som em mil pedacinhos.

Mike chegou super tarde em casa depois de fumar com os amigos e ele estava com os olhos vermelhos. e quando subiu a escada, encontrou Nicole no corredor.

- finalmente chegou. – falou ela.

- não enche. – falou Mike de mau humor.

- nossa que grosso. – falou ela.

- vai dormir Nicole. Para de encher o saco. – falou Mike.

- eu estava preocupada com você. – falou Nicole triste com a atitude do irmão. – fiquei esperando você chegar. Temos que ir dormir logo porque amanhã acordaremos cedo para irmos ao acampamento.

- eu não mandei você ficar me esperando. Vou dormir. – falou Mike e entrou no quarto dele.

Nicole foi para o quarto dela também e começou a chorar. Ela estava falando com Ethan na web can e ele logo quis saber o que aconteceu.

- o que foi Nicole? – perguntou Ethan. – porque esta chorando?

- encontrei o Mike no corredor. Ele acabou de chegar. E foi super grosso comigo. – falou Nicole.

- é o jeito dele. Achei que já estivesse acostumada. – falou Ethan.

- essa não era o jeito dele. – falou Nicole. – ele era um amor de pessoa. Começou a virar esse cara depois que começou andar com aquela turminha e tudo só piorou depois que o Brad morreu naquele acidente.

- eu sinto muito Nicole. – falou Ethan com pena da amiga. – eu queria que o Mike voltasse a ser como antes. Eu me lembro dele feliz zoando com o Brad nos churrascos entre amigos. Não tínhamos muito contato, não conversávamos, mas ele parecia feliz.

- ele era. – falou Nicole. – agora ele tem que encontrar outro motivo para sorrir. Mas esta difícil.

- convenceram ele a ir para o acampamento? – perguntou Ethan.

- não. Mas a mamãe disse que ele vai querendo ou não. – falou Nicole. – e eu espero que la no acampamento ele consiga fazer amigos e esqueça essa turminha com quem esta andando ultimamente.

- vamos torcer para isso. – falou Ethan.