Fanfics Brasil - 001 - Segunda Temporada. After Love || Vondy

Fanfic: After Love || Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 001 - Segunda Temporada.

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POV DULCE


— Levou mais de um mês — digo em meio aos soluços, assim que Pablo termina de explicar como começou a  aposta. Sinto enjoo e fecho os olhos, procurando algum tipo de alívio.


— Eu sei. Ele ficava dando desculpas, pedindo mais tempo e diminuindo o valor que ia receber. Foi estranho. Estava todo mundo pensando que ele estava obcecado para ganhar - para provar alguma coisa ou sei lá -, mas agora entendi.  — Pablo para de falar por um instante, e seus olhos observam atentamente meu rosto. — Ele só falava disso. Aí, naquele dia, quando chamei você para o cinema, ele surtou. Depois de levar você, ele veio falar um monte de merda para mim, para eu ficar longe de você. Mas eu dei risada, achei que ele estava bêbado.


— Ele… ele contou do rio? E… das outras coisas? — Prendo a respiração assim que faço a pergunta. Pela expressão que vejo refletida nos olhos de Pablo, já sei a resposta. — Ai, meu Deus. — Cubro o rosto com as mãos.


— Ele contou tudo… Tipo, tudo mesmo… — ele revela, em voz baixa.


Fico quieta e desligo o celular, que não parou de vibrar desde que saí do bar. Ele não tem o direito de me ligar.


— Onde fica o seu novo alojamento? — Pablo pergunta, e percebo que estamos perto do campus.


— Não moro mais em alojamento. Christopher e eu… — Mal consigo terminar a frase. — Ele me convenceu a ir morar com ele, tem só uma semana.


— Não acredito — Pablo comenta.


— Sim. Ele não tem a menor… ele é tão… — gaguejo, incapaz de pensar numa palavra apropriada para definir aquele tipo de crueldade.


— Não sabia que as coisas estavam nesse pé. Achei que, depois que a gente tinha visto… sabe como é, a prova… Pensei que ele fosse voltar ao normal, pegar uma garota diferente a cada noite. Mas ele sumiu. Mal falou com a gente, a não ser uma vez, quando apareceu nas docas pedindo para mim e para o John não contarmos nada pra você. Ele ofereceu uma bolada para o John ficar quieto.


— Dinheiro? — pergunto. Christopher era mesmo muito baixo. A cada revelação doentia, o espaço dentro da caminhonete de Pablo parece diminuir mais e mais.


— Pois é. John morreu de rir, claro, e disse que ia ficar de boca fechada.


— E você não? — pergunto, lembrando do punho fechado de Christopher no rosto de Pablo.


— Não exatamente… Falei que, se ele não contasse logo, eu mesmo ia contar. Ele não ficou muito contente, claro — Pablo explica, apontando para o próprio rosto. — Se isso serve de consolo, acho que ele gosta de você.


— Gosta nada. E, mesmo se gostar, não faz diferença — digo e recosto a cabeça na janela. 


Christopher descreveu para seus amigos cada beijo e cada toque; tudo o que fiz foi completamente escancarado. Meus momentos mais íntimos. Os únicos momentos íntimos que tenho não são só meus.


— Quer ficar lá em casa? Sem segundas intenções. Tenho um sofá na sala, e você pode ficar até… resolver as coisas — ele oferece.


— Não. Não, obrigada. Mas posso usar seu telefone? Preciso ligar para o Christian.


Pablo aponta com o queixo para o telefone no painel do carro e, por um momento, penso em como as coisas teriam sido diferentes se eu não tivesse me afastado de Pablo por causa de Christopher depois da fogueira. Eu não teria cometido tantos erros. (obs: A Dulce às vezes esquece que o Pablo também tá metido!)


Christian atende no segundo toque e me manda ir direto para a casa dele, exatamente como imaginei que faria. É bem verdade que ainda não contei o que está acontecendo, mas ele é muito gentil. Dou o endereço a Pablo, e ele fica em silêncio durante a maior parte do trajeto.


— Ele vai me matar por não ter levado você de volta para casa — Pablo diz, afinal.


— Em outras circunstâncias eu pediria desculpas por ter envolvido você nisso… mas foram vocês que inventaram essa história toda — digo, com toda a sinceridade. Tenho um pouco de pena de Pablo, porque acredito que ele tinha intenções muito melhores que as de Christopher, mas minhas feridas ainda são recentes demais para pensar nisso agora.


— Eu sei. — E então oferece: — Se precisar de alguma coisa, me liga.


Respondo com um aceno de cabeça antes de saltar do carro. Minha respiração condensa nuvens quentes de vapor em meio ao ar gelado. Mas não sinto frio. Não sinto nada. Christian é meu único amigo, e mora na casa do pai de Christopher. A ironia da situação é evidente.


***


— Está caindo uma nevasca lá fora — diz Christian, enquanto me coloca para dentro de casa. — Cadê o seu casaco? — ele me dá uma bronca meio de brincadeira antes de fazer uma careta ao me ver melhor sob a luz. — O que aconteceu? O que ele fez?


Meus olhos esquadrinham a sala, torcendo para que Vitor e Karen estejam no andar de cima.


— Está tão na cara assim, é? — Enxugo os olhos.


Christian me dá um abraço e enxugo os olhos de novo. Já não tenho forças, nem físicas nem emocionais, para soluçar. Estou chocada demais até para isso. Ele me dá um copo d’água e diz:


— Vai para o seu quarto.


Eu me esforço para abrir um sorriso, mas, quando chego ao andar de cima, algum instinto perverso me leva até a porta de Christopher. Quando me dou conta, a dor, que já estava tão perto de vir à tona de novo, volta ainda mais forte, então me viro correndo para o quarto em frente. 


Ao abrir a porta, a lembrança de atravessar o corredor às pressas para acudir Christopher na noite em que o ouvi gritando durante o sono se reaviva dentro de mim. Sento desajeitadamente na cama do “meu quarto”, sem saber o que fazer.


Christian aparece alguns minutos depois. Ele senta ao meu lado, perto o suficiente para demonstrar preocupação, mas longe o bastante para ser respeitoso, como sempre.


— Quer conversar? — pergunta, com gentileza. 


Faço que sim com a cabeça. Repetir a história toda dói ainda mais do que a descoberta em primeira mão, mas a sensação de contar para Christian é quase libertadora. E é um consolo saber que pelo menos uma pessoa não estava o tempo todo sabendo da minha humilhação.


Enquanto me escuta, Christian permanece imóvel feito pedra, e não consigo decifrar o que está pensando. Quero saber o que ele acha do filho de seu padrasto depois dessa história toda. O que acha de mim. Mas, assim que termino, ele fica de pé em um pulo, com uma energia furiosa.


— Não acredito! O que esse cara tem na cabeça?! Eu aqui achando que ele estava quase virando… alguém decente… e ele faz isso! É sujeira demais! Não acredito que ele faria isso com você, logo com você. Por que destruir a única coisa que tem?


Assim que termina de falar, Christian vira a cabeça para o lado. E então eu também percebo passos apressados subindo a escada. E não é qualquer passo, mas botas pesadas batendo com força contra os degraus de madeira.


— É ele — dizemos juntos e, por uma fração de segundo, chego a pensar em me esconder no armário. Christian me encara com uma expressão muito séria e madura.


— Você quer falar com ele?


Faço que não freneticamente com a cabeça, e Christian levanta para fechar a porta no mesmo instante em que sinto a voz de Christopher me dilacerar.


— Dulce!


Assim que Christian estende o braço, Christopher irrompe pela porta e passa por ele. Christopher para no meio do quarto, e eu levanto da cama. Desacostumado com esse tipo de coisa, Christian não se move, atordoado.


— Dulce, graças a Deus. Graças a Deus que você está aqui. — Ele suspira e passa as mãos pelos cabelos. 


Meu peito dói só de olhar para ele, então afasto o olhar, virando para a parede.


— Dulce, linda. Você precisa me escutar. Por favor, só…


Fico em silêncio e caminho na direção dele. Seus olhos brilham de esperança, e ele estende a mão para mim. Quando passo direto por ele, vejo essa esperança se extinguir. Bem feito.


— Fala comigo — ele implora.


Mas eu nego com a cabeça, parando ao lado de Christian.


— Não… Nunca mais vou falar com você! — grito.


— Você não pode estar falando sério… — Christopher se aproxima.


— Fica longe de mim! — grito quando ele agarra meu braço.


Christian se coloca entre nós e põe uma das mãos no ombro dele.


— Christopher, é melhor você ir embora. — Christopher cerra o maxilar, e seu olhar alterna entre nós dois.


— Christian, é melhor você sair da minha frente — adverte. M


as Christian não se move, e eu conheço Christopher bem o bastante para saber que ele está analisando suas opções, avaliando se vale a pena esmurrar Christian agora, bem na minha frente. Parecendo ter decidido não partir para a agressão, ele respira fundo.


— Por favor… só preciso de um minuto com ela — diz ele, tentando manter a calma.


Christian olha para mim, e meus olhos praticamente imploram por sua ajuda. Ele se vira para Christopher.


— Ela não quer falar com você.


— Não vem você me dizer o que ela quer, por/ra! — Christopher grita e soca a parede, amassando e rachando o gesso.


Dou um pulo para trás e começo a chorar de novo. Não, agora não, penso comigo mesma, tentando controlar minhas emoções.


— Vai embora, Christopher! — Christian grita, e no mesmo instante Vitor e Karen aparecem na porta.


Ai, não. Eu não devia ter vindo para cá.


— Que diabos está acontecendo aqui? — pergunta Vitor. Ninguém responde. Karen me lança um olhar cheio de compaixão, e Vitor repete a pergunta. Christopher olha feio para o pai.


— Estou tentando conversar com a Dulce, e o Christian fica se metendo onde não foi chamado! — Vitor olha para Christian, depois para mim.


— O que você fez, Christopher? — Seu tom mudou de preocupado para… furioso? Não sei ao certo.


— Nada! Que merda! — Christopher ergue os braços.


— Ele estragou tudo, foi isso. E agora a Dulce não tem para onde ir — resume Christian.


Quero falar alguma coisa; só não tenho ideia do quê. 


— Ela tem para onde ir, sim, ela pode ir para casa. O lugar dela é lá… comigo — diz Christopher.


— Christopher estava o tempo todo só usando a Dulce. Ele fez coisas que não tenho nem coragem de contar! — explode Christian, e Karen solta um suspiro enquanto caminha na minha direção.


Fico toda encolhida. Nunca me senti tão exposta e diminuída. Não queria que Vitor e Karen soubessem… mas talvez não faça muita diferença, já que depois de hoje eles certamente nunca mais vão querer me ver de novo.


— Você quer voltar para casa com ele? — pergunta Vitor, interrompendo minha espiral descendente.


Com um gesto tímido, faço que não com a cabeça.


— Bom, eu não saio daqui sem você — Christopher rosna.


Ele dá um passo na minha direção, mas eu me afasto.


— Acho que é melhor você ir embora, Christopher — diz Vitor, me pegando de surpresa.


— O quê? — O rosto de Christopher assume um tom de vermelho tão profundo que só pode ser descrito como fúria. — Você tem a sorte de eu querer frequentar a sua casa… e ainda tem a cara de pa/u de me pôr para fora?


— Estou muito feliz com a evolução do nosso relacionamento, filho, mas agora você tem que ir embora.


Christopher joga as mãos para o ar.


— Que palhaçada, quem é ela para você?


Vitor se vira para mim, e depois para o filho. 


— Sejá lá o que você fez, espero que tenha valido a pena perder a única coisa boa da sua vida — ele responde e baixa a cabeça.


Não sei se é o choque das palavras de Vitor, ou se a raiva de Christopher já atingiu o ponto máximo depois do qual simplesmente começa a refluir, mas ele se acalma, olha para mim por um instante e sai pisando duro. Em silêncio, só ouvimos enquanto ele desce a escada sem hesitação.


Quando escuto a porta da frente bater, ecoando pela casa agora tranquila, viro para Vitor e começo a soluçar. 


— Desculpa. Estou indo embora. Não queria que nada disso tivesse acontecido.


— Não, pode ficar o tempo que precisar. Você é sempre muito bem-vinda aqui — diz ele. E então ele e Karen me abraçam.


— Não queria ter atrapalhado as coisas entre vocês — digo, me sentindo péssima pela forma como Vitor teve que expulsar o filho de casa.


Karen aperta minha mão, e Vitor me olha com uma expressão exasperada e cansada.


— Dulce, eu amo o Christopher, mas acho que nós dois sabemos que, sem você, não existiria coisa nenhuma para ser atrapalhada entre a gente — diz ele.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1969



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  • anyvondy23 Postado em 18/08/2021 - 14:55:32

    Vindo ler de novo porque não concluí rsrs

  • dayanerodrigues Postado em 09/08/2020 - 18:39:14

    A música é a cara da música SÓ HOJE do Jota Quest Até parece que é o Christopher ta Cantando pra ela

  • dmsavinom Postado em 09/09/2019 - 22:55:04

    Esse livro e o muito bom, parece que já lançaram por filme, eu não assisti mais estou mega anciosa para assistir, mesmo eles tendo cortado um cado de coisas,, e terem deixado a história menos abusiva, para mais romântica.

  • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:00:49

    e em nenhum momento vi ela mencionar os créditos a Anna e mesmo que ela não esteja mais ATIVA nessa conta, eu precisava dizer isso aqui, a usuária estava repostando uma história, mundialmente famosa, que não era sua, ainda por cima não deu os devidos créditos a verdadeira autora, eu sou ESCRITORA e só eu sei o que passo para conseguir escrever cada capítulo das minhas fanfics, uma vez fui vítima de plágio e sinceramente não desejo isso a ninguém, então eu precisava vim aqui, como dever de cidadã falar que isso que essa usuária fez, de repostar uma história que não era SUA e ainda por cima fazer os leitores acharem que a história lhe pertencia, sem dar os devidos créditos a autora, isso é claramente PLÁGIO, me desculpem, não gosto de causar confusão, eu apenas precisava dizer isso, como fã da Anna e do belo trabalho dela, e EU se eu repostar uma fanfic, eu obviamente vou dar os créditos a autora original,, enfim, era só isso.

  • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 21:54:06

    Eu conheço essa história, na verdade é uma série de livros, nomeada After, Anna Todd começou a postar no wattpad, e alguns dias um escritor famoso a descobriu e hoje em dia ela é uma das maiores escritoras do mundo, conhecida mundialmente pelo sucesso avassalador de After, eu estava aqui olhando, para baixar o pdf de after, quando li a sinopse dessa fanfic, que é completamente igual a after, e para piorar TODOS os capítulos são iguaizinhos, foi ai que notei que a escritora repostou sim a história de after, no total são seis livros, ela parou na quinta temporada, eu sou leitora fiel da Anna a acompanhei no wattpad, lendo e me apaixonei pela história de after, foi então que vim aqui como leitora da Anna, avisa aos leitores, ou a escritora esqueceu de colocar os créditos ou ela queria que seus leitores acreditassem que essa fanfic maravilhosa era dela, eu olhei a sinopse, procurei no primeiro.

  • bustamante Postado em 11/07/2017 - 18:27:14

    Pelo amor, termina sério é muito foda essa Fic, juro ..

    • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:13:11

      Se você pesquisar assim " Série After" na internet vai aparecer todos os livros ;)

  • Rebeca Postado em 03/12/2016 - 19:00:57

    A conta que eu postava aqui foi excluida, por tanto não tem como eu finalizar mais essa fanfic. Mas estou com uma história nova, pra quem quiser o link: https://m.fanfics.com.br/fanfic/55473/justica-vondy-vondy

    • ludmilla Postado em 07/12/2016 - 04:56:10

      mulherrr to nem acreditando nisso, foi uma história q eu fiquei envolvida desde o início e agr saber n vai ter mais um fim é mt difícil.

  • stellabarcelos Postado em 06/11/2016 - 14:04:27

    Vence fazendo o Christopher ver as coisas por uma outra perspectiva foi incrível! Esses dois estão cada vez mais quentes!! Noooossa, o Christopher transou com meio mundo em Caraca hahaha

  • leticia Postado em 28/10/2016 - 18:05:09

    A dulce bebada gica bem mais solta kkkk coragem de fazer isso dentro de um lugar cheio de pessoas kkkkk ri mt

  • Natalya Andrade Postado em 23/10/2016 - 00:00:35

    Esses dois sao o casal mais louco que eu ja vi ! Como assim transar numa balada kkkk coragem. E nao gostei muito desse professor da Dulce morando em seattle... Foi estranho !


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