Fanfic: After Love || Vondy | Tema: Vondy
7
POV DULCE
— Dul, acorda, gata — Christopher sussurra, tocando os lábios na pele macia sob minha orelha. — Você fica tão bonita quando está acordando.
Abro um sorriso e o puxo pelos cabelos para ver seu rosto. Esfrego o nariz contra o dele, e ele ri.
— Eu te amo — diz e cola os lábios nos meus.
Só que eu não sinto nada.
— Christopher? — chamo. — Christopher?
Mas ele desaparece do meu lado…
Abro os olhos e sou lançada de volta no mundo real. O quarto estranho está um breu, e por um segundo não sei onde estou. E então me lembro: num quarto de motel. Sozinha. Pego o celular no criado-mudo e vejo que ainda são quatro da manhã. Enxugo as lágrimas do canto dos olhos e fecho-os novamente, para tentar voltar para Christopher, mesmo que seja apenas num sonho.
Quando acordo de novo, são sete horas. Entro debaixo do chuveiro e tento aproveitar a água quente e relaxante. Seco o cabelo e passo a maquiagem; hoje é o primeiro dia em que sinto minha aparência minimamente recente. Preciso me livrar dessa… bagunça dentro de mim. Sem saber o que fazer, sigo o exemplo da minha mãe e capricho na maquiagem para esconder o que tenho por dentro.
Quando termino, pareço revigorada de alguma forma, e até bonita. Faço cachos no cabelo, tiro o vestido branco da mala e faço uma careta. Ainda bem que tem um ferro de passar no quarto. Está frio demais para este vestido, que não cobre nem os joelhos, mas não vou ficar na rua por muito tempo. Pego umas sapatilhas pretas e coloco na cama, ao lado do vestido.
Antes de me vestir, arrumo as malas de novo, para deixar tudo pronto. Espero que minha mãe ligue com alguma notícia boa sobre o alojamento. Caso contrário, vou ter que ficar aqui até ela conseguir alguma coisa, o que vai acabar com o pouco dinheiro que tenho em dois tempos. Talvez eu devesse procurar um lugar para alugar. Quem sabe não consigo bancar um apartamento pequeno perto da Vance?
Abro a porta e vejo que o sol da manhã derreteu a maior parte da neve. Ainda bem. Assim que destranco o carro, Poyato sai do seu quarto, a duas portas do meu. Está de terno preto e gravata verde; bem elegante.
— Bom dia! Eu poderia ajudar com isso, sabe — diz ele, ao me ver carregando minhas malas.
Na noite anterior, depois que de comer pizza, vimos um pouco de TV e contamos histórias sobre a faculdade. Como ele já era formado, tinha muito mais a dizer do que eu. E, embora eu realmente tenha gostado de ouvir sobre como a minha experiência na faculdade poderia - e deveria - ter sido, fiquei um pouco triste também. Não foi uma boa ideia ter ido a tantas festas com gente como Christopher. Seria melhor ter encontrado um grupo pequeno de amigos de verdade. Teria sido tão diferente, tão melhor.
— Dormiu bem? — pergunta ele, tirando um molho de chaves do bolso. Em seguida, apertando um único botão, liga o motor do BMW. Claro que o BMW é dele.
— Seu carro liga sozinho? — Eu dou risada. Ele me mostra a chave.
— Na verdade, ele precisa dessa coisa aqui para ligar.
— Que chique. — Abro um sorriso levemente sarcástico.
— Conveniente — rebate ele.
— Extravagante?
— Um pouco. — Poyato ri. — Mas, ainda assim, muito conveniente. Você está muito bonita hoje, como sempre.
Coloco a bagagem no porta-malas.
— Obrigada, está um frio terrível — digo e sento no banco do motorista.
— Vejo você no trabalho, Dulce — ele diz e entra no BMW.
Apesar do sol, ainda está frio, então coloco a chave depressa na ignição e giro para ligar o aquecimento. Clique… clique… clique… é tudo o que o carro faz. Franzindo a testa, tento de novo e obtenho o mesmo resultado.
— Vai acontecer tudo ao mesmo tempo mesmo? — reclamo em voz alta e bato as palmas das mãos contra o volante.
Tento ligar o carro pela terceira vez, mas claro que nada acontece, nem mesmo o clique-clique. Ergo os olhos e fico feliz que Poyato ainda esteja por perto. Ele abre a janela, e eu dou risada da minha própria desgraça.
— Pode me dar uma carona? — pergunto, e ele faz que sim com a cabeça.
— Claro. Acho que sei aonde você está indo… — responde com uma risada, e eu salto do carro.
Durante o curto trajeto até a Vance, não consigo conter a tentação de ligar o celular. Surpreendentemente, Christopher não mandou mais nenhuma mensagem. Tenho alguns recados de voz, mas não sei se são dele ou da minha mãe. Decido não ouvir, por via das dúvidas. Em vez disso, escrevo para minha mãe perguntando sobre o alojamento. Poyato me deixa na porta do prédio, para eu não ter que andar no frio, o que é muito gentil da parte dele.
— Você parece mais descansada — diz Emily, com um sorriso, assim que entro e pego um donut.
— Estou me sentindo um pouco melhor. Mais ou menos — digo enquanto pego uma xícara de café.
— Pronta para amanhã? Estou ansiosa pelo fim de semana… Seattle tem lojas incríveis, e a gente pode se divertir enquanto o sr. Vance e Poyato estiverem nas reuniões. É… hã… Você já falou com Christopher? — Hesito por um instante, mas acabo decidindo contar a ela. Emily provavelmente vai descobrir de qualquer forma.
— Não. Na verdade, tirei minhas coisas do apartamento ontem — digo, e ela franze a testa.
— Que pena. Mas com o tempo tudo melhora. — Espero que ela esteja certa.
***
Meu dia passa mais rápido do que o esperado, e termino o manuscrito da semana mais cedo. Estou animada para ir a Seattle, e espero conseguir esquecer Christopher, pelo menos um pouco. Segunda-feira é meu aniversário, e não estou nem um pouco ansiosa pela data. Se as coisas não tivessem desmoronado tão depressa, estaria a caminho da Inglaterra com Christopher na terça-feira. Também não quero passar o Natal com a minha mãe. Espero que, até lá, já esteja no alojamento de novo - mesmo que o lugar fique às moscas - e aí eu dou um jeito de arrumar um pretexto bom o suficiente para não aparecer na casa dela. Sei que é Natal, e que isso é horrível da minha parte, mas não estou exatamente em clima de festa.
No fim do dia, minha mãe me manda uma mensagem, dizendo que ainda não teve retorno sobre o alojamento. Ótimo. Pelo menos só falta uma noite até a viagem para Seattle. Pular de um lugar para outro não tem a menor graça.
Enquanto me arrumo para ir embora, lembro que não vim de carro para o trabalho. Espero que Poyato ainda não tenha saído.
— Vejo você amanhã. A gente se encontra aqui, e o motorista do Peter nos leva para Seattle — avisa Emily.
O sr. Vance tem motorista?
Claro que tem.
Assim que saio do elevador, vejo Poyato sentado num dos sofás do saguão do prédio; a combinação do sofá preto com o terno preto e os seus olhos azuis é muito atraente.
— Não sabia se você ia precisar de uma carona e não queria interromper seu trabalho — diz ele.
— Obrigada, é muito gentil da sua parte. Vou chamar alguém para ver o carro assim que chegar ao motel.
Está um pouco mais quente agora do que de manhã, mas ainda assim está um gelo lá fora.
— Posso esperar com você, se quiser. Já consertaram o encanamento lá em casa, então não vou dormir no motel de novo, mas se você… — Ele para de falar de repente e arregala os olhos.
— O que foi? — pergunto, seguindo seu olhar até ver que Christopher está de pé no estacionamento, do lado de seu carro, olhando furioso para mim e Poyato.
Perco o fôlego de novo. Sério mesmo que as coisas podem ficar ainda piores?
— Christopher, o que você está fazendo aqui? — pergunto, pisando duro na direção dele.
— Bem, você não atende o telefone, então não tenho muita escolha, né?
— Eu não atendo por um motivo, você não pode simplesmente aparecer no meu trabalho! — grito de volta.
Poyato parece desconfortável e intimidado pela presença de Christopher, mas não sai de perto de mim.
— Está tudo bem? Me avise quando estiver pronta.
— Pronta para quê? — pergunta Christopher, com um brilho selvagem nos olhos.
— Ele vai me levar de volta para o motel, porque o meu carro quebrou.
— Motel?! — Christopher levanta a voz.
Antes que eu possa impedi-lo, Christopher está segurando Poyato pela gola do paletó, empurrando-o contra uma caminhonete vermelha.
— Christopher! Para! Solta ele! Não está acontecendo nada entre nós! — digo. Não sei por que estou me explicando para ele, mas não quero ver Poyato machucado.
Christopher solta a roupa de Poyato, mas não se afasta dele.
— Sai de perto dele, agora. — Seguro o ombro de Christopher, e ele relaxa um pouco.
— Fica longe dela — ele rosna, com o rosto a apenas poucos centímetros do de Poyato.
Poyato parece pálido. Mais uma vez, envolvi na confusão alguém que não merece nada disso.
— Desculpa — digo a Poyato.
— Tudo bem, você ainda precisa de carona? — pergunta ele.
— Não, não precisa — Christopher responde por mim.
— Preciso, sim, por favor — digo a Poyato. — Só um minuto.
Como o cavalheiro que é, Poyato faz que sim com a cabeça e vai me esperar no carro.
Autor(a):
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8 POV DULCE — Não acredito que você está dormindo num motel. — Ele passa as mãos pelo cabelo. — Pois é… Nem eu. — Você pode ficar no apartamento, eu volto para a república ou arranjo outro lugar. — Não. — Nem pensar. — Por favor ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1969
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anyvondy23 Postado em 18/08/2021 - 14:55:32
Vindo ler de novo porque não concluí rsrs
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dayanerodrigues Postado em 09/08/2020 - 18:39:14
A música é a cara da música SÓ HOJE do Jota Quest Até parece que é o Christopher ta Cantando pra ela
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dmsavinom Postado em 09/09/2019 - 22:55:04
Esse livro e o muito bom, parece que já lançaram por filme, eu não assisti mais estou mega anciosa para assistir, mesmo eles tendo cortado um cado de coisas,, e terem deixado a história menos abusiva, para mais romântica.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:00:49
e em nenhum momento vi ela mencionar os créditos a Anna e mesmo que ela não esteja mais ATIVA nessa conta, eu precisava dizer isso aqui, a usuária estava repostando uma história, mundialmente famosa, que não era sua, ainda por cima não deu os devidos créditos a verdadeira autora, eu sou ESCRITORA e só eu sei o que passo para conseguir escrever cada capítulo das minhas fanfics, uma vez fui vítima de plágio e sinceramente não desejo isso a ninguém, então eu precisava vim aqui, como dever de cidadã falar que isso que essa usuária fez, de repostar uma história que não era SUA e ainda por cima fazer os leitores acharem que a história lhe pertencia, sem dar os devidos créditos a autora, isso é claramente PLÁGIO, me desculpem, não gosto de causar confusão, eu apenas precisava dizer isso, como fã da Anna e do belo trabalho dela, e EU se eu repostar uma fanfic, eu obviamente vou dar os créditos a autora original,, enfim, era só isso.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 21:54:06
Eu conheço essa história, na verdade é uma série de livros, nomeada After, Anna Todd começou a postar no wattpad, e alguns dias um escritor famoso a descobriu e hoje em dia ela é uma das maiores escritoras do mundo, conhecida mundialmente pelo sucesso avassalador de After, eu estava aqui olhando, para baixar o pdf de after, quando li a sinopse dessa fanfic, que é completamente igual a after, e para piorar TODOS os capítulos são iguaizinhos, foi ai que notei que a escritora repostou sim a história de after, no total são seis livros, ela parou na quinta temporada, eu sou leitora fiel da Anna a acompanhei no wattpad, lendo e me apaixonei pela história de after, foi então que vim aqui como leitora da Anna, avisa aos leitores, ou a escritora esqueceu de colocar os créditos ou ela queria que seus leitores acreditassem que essa fanfic maravilhosa era dela, eu olhei a sinopse, procurei no primeiro.
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bustamante Postado em 11/07/2017 - 18:27:14
Pelo amor, termina sério é muito foda essa Fic, juro ..
Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:13:11
Se você pesquisar assim " Série After" na internet vai aparecer todos os livros ;)
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Rebeca Postado em 03/12/2016 - 19:00:57
A conta que eu postava aqui foi excluida, por tanto não tem como eu finalizar mais essa fanfic. Mas estou com uma história nova, pra quem quiser o link: https://m.fanfics.com.br/fanfic/55473/justica-vondy-vondy
ludmilla Postado em 07/12/2016 - 04:56:10
mulherrr to nem acreditando nisso, foi uma história q eu fiquei envolvida desde o início e agr saber n vai ter mais um fim é mt difícil.
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stellabarcelos Postado em 06/11/2016 - 14:04:27
Vence fazendo o Christopher ver as coisas por uma outra perspectiva foi incrível! Esses dois estão cada vez mais quentes!! Noooossa, o Christopher transou com meio mundo em Caraca hahaha
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leticia Postado em 28/10/2016 - 18:05:09
A dulce bebada gica bem mais solta kkkk coragem de fazer isso dentro de um lugar cheio de pessoas kkkkk ri mt
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Natalya Andrade Postado em 23/10/2016 - 00:00:35
Esses dois sao o casal mais louco que eu ja vi ! Como assim transar numa balada kkkk coragem. E nao gostei muito desse professor da Dulce morando em seattle... Foi estranho !