Fanfics Brasil - 015 - Segunda Temporada. After Love || Vondy

Fanfic: After Love || Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 015 - Segunda Temporada.

1336 visualizações Denunciar


15


POV DULCE


— Esse negócio é uma delícia! — praticamente grito para Emily ao mandar goela abaixo o restante de minha bebida frutada. Reviro o gelo avidamente com o canudinho para não desperdiçar nada.


Ela sorri.


— Quer outro? — Seus olhos estão um pouco vermelhos, mas Emily ainda mantém a compostura, enquanto eu já estou me sentindo esquisita e meio zonza. Bêbada. É a palavra que estou procurando. 


Concordo com a cabeça ansiosamente e me vejo tamborilando os dedos nos joelhos ao ritmo da música.


— Tudo bem? — Poyato ri ao perceber.


— Tudo. Muito bem, aliás! — grito por cima da música.


— A gente precisa dançar! — diz Emily.


— Eu não danço! Quero dizer, não sei dançar, não esse tipo de música! — Nunca dancei do jeito que as pessoas na pista estão fazendo, e normalmente ficaria paralisada de medo de me juntar a elas. Mas o álcool correndo em minhas veias me dá uma coragem que nunca tive. — Que se dane, vamos dançar! — Exclamo.


Emily sorri, então se vira e dá um beijo nos lábios de Peter, mais longo que o normal. Depois, num instante está de pé me puxando do sofá em direção à pista lotada. Ao passar por um corrimão, olho para baixo e vejo os dois andares inferiores repletos de pessoas dançando. Parecem todos tão perdidos em seu próprio mundo que formam uma visão intimidante e intrigante ao mesmo tempo.


Emily, evidentemente, dança muito bem, então fecho os olhos e simplesmente tento deixar a música tomar conta de meu corpo. Fico me sentindo estranha, mas tudo o que quero é me enturmar. Isso é só o que me resta.


Depois de várias músicas e mais dois drinques, a pista começa a girar. Peço licença para ir ao banheiro, pego minha bolsa e abro caminho em meio a um mar sem-fim de corpos suados. Sinto o telefone vibrando na bolsa, então tiro o aparelho para ver quem é. Minha mãe. De jeito nenhum vou atender a essa ligação - estou bêbada demais para falar com ela agora. Quando chego à fila do banheiro, algo me faz olhar a lista de mensagens, e imediatamente enrugo a testa ao perceber que Christopher não me mandou mais nenhuma.


De repente posso ver o que ele anda fazendo…


Não. De jeito nenhum. Isso seria irresponsável, e amanhã eu iria me arrepender.


Na fila do banheiro, as luzes piscando contra as paredes começam a me incomodar. Procuro me concentrar na tela do celular, esperando a sensação ir embora. Quando a porta de uma das cabines finalmente se abre, entro às pressas e me debruço sobre o vaso sanitário, esperando meu corpo se decidir se vou ou não vomitar. Odeio essa sensação. Se Christopher estivesse aqui, iria me trazer um copo d’água e se oferecer para segurar meu cabelo.


Não. Ele não faria nada disso.


Eu devia ligar para ele. Percebendo que não vou passar mal, saio da cabine e vou até a pia. Após apertar uns botões no celular, equilibro-o entre o ombro e o rosto e pego uma toalha de papel. Coloco o papel sob a torneira para molhá-lo, mas a torneira não abre até eu sacudi-lo diante do sensor - odeio essas pias automáticas. Meu delineador borrou um pouco, e pareço uma pessoa diferente. Meu cabelo está todo bagunçado, e meus olhos estão vermelhos.


Depois do terceiro toque, desligo o telefone e ponho na borda da pia.


Por que diabos ele não atende?, me pergunto, e logo em seguida meu telefone começa a vibrar, quase caindo na água, o que me faz rir. Não sei por que, mas acho engraçado.


O nome de Christopher aparece na tela, e eu passo o dedo molhado sobre ela para atender à chamada.


— Christovão? — digo ao telefone.


Christovão? Ai, Deus, bebi demais.


A voz de Christopher parece estranha e ofegante.


— Dulce? Está tudo bem? Você me ligou? — Nossa, a voz dele é divina.


— Não sei… tem alguma chamada minha aí no seu telefone? Porque, se tiver, provavelmente fui eu. — Eu dou risada ao dizer isso.


Seu tom de voz muda.


— Você andou bebendo?


— Talvez — resmungo e jogo o papel molhado no lixo. 


Duas meninas bêbadas entram no banheiro, e uma delas tropeça nos próprios pés, fazendo todas rirem. Elas cambaleiam para dentro da cabine maior, e eu volto minha atenção para a ligação.


— Onde você está? — Christopher pergunta com severidade.


— Ei, calma! — Ele sempre me diz para me acalmar, então agora é a minha vez.


Christopher suspira.


— Dulce… — Dá para perceber que está com raiva, mas minha cabeça está confusa demais para se importar. — Quanto você bebeu? — pergunta.


— Não sei… uns cinco. Ou seis. Acho — respondo e me apoio na parede. A sensação do azulejo frio em minha pele quente através do tecido fino do vestido é uma delícia.


— Cinco ou seis o quê?


— Sex on the beach… a gente nunca fez sexo na praia… Isso podia ter sido divertido — digo com um sorriso. Eu daria tudo para ver a cara idiota dele agora. Idiota não… linda. Mas idiota soa melhor.


— Ai, meu Deus, você está bebaça — diz ele. De alguma forma, sei que está passando as mãos pelos cabelos. — Onde você está? — pergunta de novo. Sei que é imaturo da minha parte, mas respondo:


— Longe de você.


— Isso é óbvio. Fala logo. Você está numa balada? — ele rosna.


— Iiiih… alguém ficou nervosinho. — Eu dou risada. Sem dúvida, ele está ouvindo a música ao fundo, e ameaça:


— Eu posso descobrir onde você está rapidinho. — Eu meio que acredito nele. Não que isso me preocupe. As palavras saem antes que eu possa impedi-las:


— Por que você não me ligou hoje?


— O quê? — pergunta ele, obviamente surpreso.


— Você não tentou me ligar hoje. — Que patética.


— Achei que você não queria.


— Não quero, mas mesmo assim…


— Bom, amanhã eu ligo — diz ele, calmamente.


— Não desliga agora.


— Não vou desligar… Só estou dizendo que amanhã eu ligo de novo, mesmo que você não atenda — explica ele, e meu coração dispara. Tento soar neutra.


— Tudo bem. — O que estou fazendo?


— Então, agora você vai me dizer onde está?


— Não.


— O Poyato está aí? — Seu tom é grave.


— Sim, mas Emy também está… e o Peter. — Não sei por que estou me defendendo.


— Então esse era o plano? Embebedar você depois da conferência e ir para uma merda de uma balada? — Ele levanta a voz. — Você precisa voltar para o hotel. Não está acostumada a beber e agora está aí, e o Poyato…


Desligo antes que termine a frase. Quem ele pensa que é? Christopher tem sorte de eu ainda querer falar com ele, bêbada ou não. Que estraga prazeres. Preciso de outra bebida.


Meu telefone não para de vibrar, mas eu cancelo todas as chamadas. Toma essa, Christopher


Encontro o caminho de volta até a área VIP e peço outra bebida à garçonete.


— Você está bem? — pergunta Emily. — Parece meio bêbada.


— Sim, está tudo bem! — minto e viro meu drinque assim que a garçonete aparece. Christopher é um idiota. É culpa dele não estarmos juntos agora, e o cara ainda tem a coragem de tentar gritar comigo quando eu ligo? Ele podia estar aqui se não tivesse feito o que fez. Em vez disso, é Poyato que está aqui. Poyato, tão bonito, e um doce de pessoa.


— Que foi? — Poyato pergunta com um sorriso ao me pegar olhando para ele.


Eu dou risada e desvio o olhar.


— Nada.


Depois de comentarmos que amanhã vai ser mais um grande dia - e de eu terminar de beber outro drinque -, me levanto e anuncio:


— Vou dançar de novo!


Poyato parece querer dizer alguma coisa, talvez até se oferecer para vir comigo, mas seu rosto fica vermelho, e ele permanece em silêncio. Emily parece cansada e dispensa o convite, então decido ir sozinha. 


Abro caminho até o meio da pista de dança e começo a me mover. Devo parecer ridícula, mas é bom sentir a música e esquecer de tudo, como o telefonema no meio da bebedeira para Christopher.


Após meia música, percebo uma pessoa alta atrás de mim, bem perto. Viro e dou de cara com um gatinho usando calça jeans escura e camisa branca. O cabelo castanho é raspado bem rente, e o sorriso é até bonito. Não chega a ser um Christopher, mas até aí, ninguém é.


Para de pensar em Christopher, penso comigo mesma quando ele põe as mãos nos meus quadris e diz junto ao meu ouvido:


— Posso dançar com você?


— Humm… claro — respondo. Mas é o álcool que está falando.


— Você é muito bonita — diz ele. Em seguida, gira o meu corpo e me puxa para junto de si. Sinto seu peito contra as minhas costas e fecho os olhos, tentando imaginar que sou outra pessoa. Uma mulher que dança com estranhos numa balada. 


A música seguinte é mais lenta, mais sensual, o que faz com que meus quadris se movam mais lentamente. Viramos de frente um para o outro, e ele leva minha mão até a sua boca, tocando minha pele com os lábios. Seus olhos encontram os meus, e quando me dou conta ele está com a língua na minha boca. Meu coração grita, pedindo para eu afastá-lo, quase engasgando com seu gosto estranho. Mas meu cérebro diz algo completamente diferente: Beija esse cara até esquecer Christopher.


Então ignoro a sensação de mal-estar no estômago. Fecho os olhos e deixo minha língua acompanhar a dele. Em três meses de faculdade, beijei mais caras do que na vida inteira. As mãos do desconhecido passam para as minhas costas, começam a descer e param um pouco mais abaixo.


— Quer ir lá para casa? — diz ele, quando nossas bocas se separam.


— O quê? — Ouvi muito bem o que ele disse, mas algo dentro de mim espera que, com essa pergunta, eu possa fingir que o convite não foi feito.


— Minha casa, vamos lá — ele repete.


— Ah… Acho que não é uma boa ideia.


— Ah, é uma boa ideia, sim. — Ele ri. As luzes coloridas piscam em seu rosto, fazendo-o parecer estranho e muito mais ameaçador do que antes.


— Por que está achando que eu iria para a sua casa? Nem conheço você! — grito por sobre a música.


— Porque você está se abrindo todinha em mim e está adorando, safadinha — diz ele, como se fosse algo óbvio, e não ofensivo.


Eu me preparo para gritar com ele, ou dar uma joelhada em sua virilha, mas tento me acalmar e pensar melhor. Eu estava me esfregando no cara, e então o beijei. É claro que ele vai querer mais. Qual é o meu problema? Acabei de me pegar com um estranho numa balada… Essa não sou eu.


— Desculpa, mas não — digo e vou embora. 


Quando reencontro meu grupo, Poyato parece prestes a dormir no sofá. Não posso deixar de sorrir diante de tanta fofurice. E desde quando isso é uma palavra? Nossa, eu bebi demais.


Sento no sofá e pego uma garrafa d’água do balde de gelo sobre a mesa.


— Se divertindo? — Emily me pergunta, e eu faço que sim com a cabeça.


— Sim, foi ótimo — respondo, apesar do que aconteceu há poucos minutos.


— Está pronta, querida? Temos que acordar cedo — diz Peter para Emy.


— Estou. Podemos ir quando você quiser. — Ela passa a mão na coxa dele. Desvio o olhar e sinto as bochechas corarem.


Cutuco Poyato.


— Você vem ou vai dormir aqui? —  provoco.


Ele ri e se ajeita no sofá.


— Não sei, este sofá é tão confortável. E a música tão gostosa…


Peter liga para o motorista, que diz que nos buscará em poucos minutos. Levantamos e descemos a escada em espiral numa das laterais da casa noturna. No bar do primeiro andar, Emily pede uma última bebida, e eu penso se devia ou não pedir uma para mim também enquanto esperamos, mas percebo que já bebi o suficiente. Mais um drinque, e eu ia acabar desmaiando ou vomitando. Duas coisas que não queria naquela hora.


Peter recebe uma mensagem, e nós saímos. Recebo satisfeita o ar frio em minha pele quente, feliz de termos que enfrentar apenas uma brisa leve no caminho até o carro.


Quando chegamos ao hotel, são quase três da manhã. Estou bêbada e morrendo de fome. Depois de comer quase tudo que encontro no frigobar, me jogo na cama e apago sem sequer tirar os sapatos.



Dulce é tão... Folgada! 🙅😹😎




Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 10 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

16 POV DULCE — Cala a boooooca — resmungo quando um barulho desagradável me acorda de meu sono embriagado. Demoro alguns segundos para perceber que não é a minha mãe gritando comigo, mas sim alguém batendo à minha porta. — Ai, meu Deus, já vai! — grito e tropeço ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1969



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • anyvondy23 Postado em 18/08/2021 - 14:55:32

    Vindo ler de novo porque não concluí rsrs

  • dayanerodrigues Postado em 09/08/2020 - 18:39:14

    A música é a cara da música SÓ HOJE do Jota Quest Até parece que é o Christopher ta Cantando pra ela

  • dmsavinom Postado em 09/09/2019 - 22:55:04

    Esse livro e o muito bom, parece que já lançaram por filme, eu não assisti mais estou mega anciosa para assistir, mesmo eles tendo cortado um cado de coisas,, e terem deixado a história menos abusiva, para mais romântica.

  • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:00:49

    e em nenhum momento vi ela mencionar os créditos a Anna e mesmo que ela não esteja mais ATIVA nessa conta, eu precisava dizer isso aqui, a usuária estava repostando uma história, mundialmente famosa, que não era sua, ainda por cima não deu os devidos créditos a verdadeira autora, eu sou ESCRITORA e só eu sei o que passo para conseguir escrever cada capítulo das minhas fanfics, uma vez fui vítima de plágio e sinceramente não desejo isso a ninguém, então eu precisava vim aqui, como dever de cidadã falar que isso que essa usuária fez, de repostar uma história que não era SUA e ainda por cima fazer os leitores acharem que a história lhe pertencia, sem dar os devidos créditos a autora, isso é claramente PLÁGIO, me desculpem, não gosto de causar confusão, eu apenas precisava dizer isso, como fã da Anna e do belo trabalho dela, e EU se eu repostar uma fanfic, eu obviamente vou dar os créditos a autora original,, enfim, era só isso.

  • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 21:54:06

    Eu conheço essa história, na verdade é uma série de livros, nomeada After, Anna Todd começou a postar no wattpad, e alguns dias um escritor famoso a descobriu e hoje em dia ela é uma das maiores escritoras do mundo, conhecida mundialmente pelo sucesso avassalador de After, eu estava aqui olhando, para baixar o pdf de after, quando li a sinopse dessa fanfic, que é completamente igual a after, e para piorar TODOS os capítulos são iguaizinhos, foi ai que notei que a escritora repostou sim a história de after, no total são seis livros, ela parou na quinta temporada, eu sou leitora fiel da Anna a acompanhei no wattpad, lendo e me apaixonei pela história de after, foi então que vim aqui como leitora da Anna, avisa aos leitores, ou a escritora esqueceu de colocar os créditos ou ela queria que seus leitores acreditassem que essa fanfic maravilhosa era dela, eu olhei a sinopse, procurei no primeiro.

  • bustamante Postado em 11/07/2017 - 18:27:14

    Pelo amor, termina sério é muito foda essa Fic, juro ..

    • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:13:11

      Se você pesquisar assim " Série After" na internet vai aparecer todos os livros ;)

  • Rebeca Postado em 03/12/2016 - 19:00:57

    A conta que eu postava aqui foi excluida, por tanto não tem como eu finalizar mais essa fanfic. Mas estou com uma história nova, pra quem quiser o link: https://m.fanfics.com.br/fanfic/55473/justica-vondy-vondy

    • ludmilla Postado em 07/12/2016 - 04:56:10

      mulherrr to nem acreditando nisso, foi uma história q eu fiquei envolvida desde o início e agr saber n vai ter mais um fim é mt difícil.

  • stellabarcelos Postado em 06/11/2016 - 14:04:27

    Vence fazendo o Christopher ver as coisas por uma outra perspectiva foi incrível! Esses dois estão cada vez mais quentes!! Noooossa, o Christopher transou com meio mundo em Caraca hahaha

  • leticia Postado em 28/10/2016 - 18:05:09

    A dulce bebada gica bem mais solta kkkk coragem de fazer isso dentro de um lugar cheio de pessoas kkkkk ri mt

  • Natalya Andrade Postado em 23/10/2016 - 00:00:35

    Esses dois sao o casal mais louco que eu ja vi ! Como assim transar numa balada kkkk coragem. E nao gostei muito desse professor da Dulce morando em seattle... Foi estranho !


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais