Fanfics Brasil - 061 - Segunda Temporada. After Love || Vondy

Fanfic: After Love || Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 061 - Segunda Temporada.

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POV DULCE


— É só acertar qualquer um dos copos do outro lado da mesa, aí o outro time tem que beber o copo que a bola acertar. Quem acertar todos os copos do adversário ganha — explica Poncho.


— Ganha o quê? — pergunto.


— Hã, nada. Você só não fica bêbado tão rápido, porque não tem que beber tantos copos de uma vez. — Estou prestes a argumentar que um jogo cujo objetivo é encher a cara e no qual o vencedor bebe menos vai contra o espírito da festa, mas Anahí grita:


— Eu começo!


Ela esfrega a bolinha branca na camisa de Poncho e sopra, para dar sorte, antes de arremessá-la para o outro lado da mesa. A bolinha quica na borda do copo da frente e rola dentro do copo ao lado.


— Quer beber primeiro? — pergunta Pablo.


— Tá. — Dou de ombros e pego o copo.


Poncho joga a bola seguinte e erra. A bola cai no chão, e Pablo pega e a mergulha num copo d’água separado dos outros, no nosso lado da mesa. Ah, então é para isso que serve. Uma medida não muito higiênica, mas é uma festa de universitários… o que eu poderia esperar?


— E depois sou eu que jogo mal — Anahí provoca o namorado, que apenas sorri para ela.


— Você primeiro — instrui Pablo.


Minha primeira vez numa mesa de pingue-pongue de cerveja — bem, de batida de cereja, para ser mais exata — parece estar indo bem, considerando que acertei quatro arremessos seguidos. Minha bochecha está doendo de tanto sorrir e rir dos meus adversários, e meu sangue está fervendo por causa do álcool e do fato de que adoro me sair bem nas coisas, mesmo em jogos universitários que envolvem bebida.


— Você já jogou isso antes! Não é possível! — Anahí me acusa com uma das mãos na cintura.


— Não, sou só habilidosa. — Eu dou risada.


—  ‘Habilidosa’?


— Você está é com inveja das minhas habilidades em ‘king kong’ de cerveja — digo, e todo mundo num raio de um metro e meio de mim explode numa gargalhada.


— Ai, meu Deus! Vem falar de ‘habilidade’ e não consegue nem falar! — diz Anahí, e minha barriga dói de tanto rir. Esse jogo foi uma ótima ideia. A enorme quantidade de álcool que consumi ajuda, e me sinto tranquila. Jovem e despreocupada.


— Se você acertar essa, a gente ganha — digo para incentivar Pablo. Quanto mais ele bebe, mais à vontade parece perto de mim.


— Ah, eu vou acertar — ele se gaba com um sorriso. A bolinha corta o ar e cai direto no último copo de Anahí e Poncho.


Dou um gritinho e um pulinho, feito uma idiota, mas não estou nem aí. Pablo bate as mãos uma vez e, sem pensar, lanço os braços em volta do seu pescoço, animada. Ele cambaleia um pouco para trás, mas me segura pela cintura antes de nos afastarmos um do outro. É só um abraço inofensivo — acabamos de ganhar, e estou agitada. Foi inofensivo. Quando olho para Anahí, ela está com os olhos arregalados, o que me faz olhar pela sala, procurando por Christopher. 


Ele não está por perto, mas e daí se estivesse? Foi ele quem me deixou sozinha na festa. Não posso nem ligar ou mandar uma mensagem, porque coloquei o telefone no bolso dele.


— Revanche! — grita Anahí.


Olho para Pablo com os olhos arregalados.


— Quer jogar de novo?


Ele olha ao redor, antes de responder.


— Quero… quero… vamos jogar outra. — Ele sorri.


Pablo e eu ganhamos a segunda partida, o que faz Anahí e Poncho nos acusarem de trapaça, em um tom brincalhão.


— Você está bem? — pergunta Pablo, quando nós quatro deixamos a mesa.


Duas partidas de pingue-pongue de cerveja são o bastante para mim; estou meio bêbada. Tudo bem, um pouco mais do que “meio”, mas estou me sentindo ótima. Poncho some com Anahí na cozinha.


— Estou. Muito bem. E me divertindo muito — digo, e ele ri. O jeito como posiciona a língua atrás dos dentes quando sorri é encantador.


— Que bom! Mas, se você me der licença, vou lá fora pegar um pouco de ar.


Ar. Gostaria muito de respirar um pouco de ar que não estivesse infestado de fumaça de cigarro ou cheiro de suor. Está quente dentro da casa, muito quente.


— Posso ir com você? — pergunto.


— Hã… Não sei se é uma boa ideia — ele responde, desviando o olhar.


— Ah… tudo bem. — Minhas bochechas se inflamam de vergonha.


Viro para me afastar, mas ele segura meu braço de leve e diz:


— Pode vir. Só não quero criar nenhum problema entre você e Christopher.


— Christopher não está aqui, e posso ser amiga de quem quiser — esbravejo, enrolando as palavras. Minha voz soa engraçada, e não consigo conter o riso.


— Você está muito bêbada, né? — ele pergunta enquanto abre a porta para mim.


— Um pouqueninho… um pouco pequenininho. — Dou risada.


O ar cristalino de inverno é uma delícia e muito refrescante. Pablo e eu caminhamos pelo quintal e acabamos sentando no muro de pedra que costumava ser o meu lugar preferido durante essas festas. Só umas poucas pessoas estão do lado de fora, por causa do frio. Uma delas está vomitando nos arbustos a poucos metros de distância.


— Que beleza — resmungo.


Pablo ri, mas não diz nada. Sinto a superfície gelada da pedra contra minhas coxas, mas tenho um casaco no carro de Christopher, se precisar. Não que tenha alguma ideia de onde ele esteja. Posso ver que o carro ainda está aqui, mas ele sumiu faz… bom, duas partidas de pingue-pongue de cerveja.


Quando olho para Pablo, ele está virado para a escuridão. Por que isso é tão estranho? Sua mão se move para a sua barriga, e ele parece estar arranhando a pele. Quando levanta a camisa de leve, vejo uma atadura branca.


— O que é isso? — pergunto, curiosa.


— Uma tatuagem. Acabei de fazer… antes de vir para cá.


— Posso ver?


— Claro… — Ele tira o casaco e deixa de lado, em seguida puxa o esparadrapo e a atadura. — Está escuro aqui — diz ele, pegando o telefone para usar a tela como uma lanterna.


— Uma engrenagem de relógio? — pergunto. Sem pensar, corro o indicador por toda a tatuagem.


Ele hesita, mas não se afasta. O desenho é grande, cobre quase a barriga toda. O restante de pele é coberto por tatuagens menores, aparentemente aleatórias. A nova é um conjunto de engrenagens; elas parecem estar se movendo, mas deve ser só efeito da vodca.


Meu dedo ainda está traçando sua pele quente, quando, de repente, percebo o que eu estou fazendo.


— Desculpa… — digo com um gritinho e afasto a mão.


— Tudo bem… mas, sim, é mais ou menos como um relógio. Está vendo como a pele parece rasgada aqui? 


Ele aponta para as bordas da tatuagem, e eu faço que sim. Ele encolhe os ombros.


— É como se, quando a pele é puxada para trás, o que está embaixo é mecânico. Como se eu fosse um robô ou algo assim.


— Robô de quem? — Não sei por que perguntei isso.


— Da sociedade, acho.


— Ah… — É tudo o que digo. Sua resposta é muito mais complexa do que eu esperava. — Entendi, é o máximo. — Sorrio, com a cabeça ainda flutuando por causa do álcool.


— Não sei se as pessoas vão entender a ideia. Você é a única até agora que pegou.


— Quantas tatuagens mais você quer? — pergunto.


— Não sei. Não tenho mais espaço nos braços e nem na barriga agora, então acho que vou parar quando não couber mais. — Ele ri.


— Eu devia fazer uma tatuagem — digo.


— Você? — Ele solta uma gargalhada alta.


— É! Por que não? — questiono com indignação fingida. Uma tatuagem parece uma boa ideia agora. Não sei o que faria, mas parece divertido. Aventureiro e divertido.


— Acho que você bebeu demais — ele brinca, esfregando os dedos sobre o esparadrapo para recolocar o curativo.


— Você acha que eu não aguento? — desafio.


— Não, não é isso. Eu só… Não sei. Não consigo imaginar você com uma tatuagem. E o que você faria? — Ele tenta não rir.


— Não sei… um sol? Ou uma carinha feliz? 


— Uma carinha feliz? Isso definitivamente é a vodca falando.


— Deve ser. — Eu dou risada. Então, quando me acalmo, digo: — Achei que você estava com raiva de mim.


Sua expressão muda do riso para a neutralidade.


— Por quê? — pergunta baixinho.


— Porque me evitou até o Poncho obrigar você a jogar pingue-pongue de cerveja comigo.


Ele solta um suspiro.


— Ah… Não estava evitando você, Dulce. Só não quero causar problema.


— Com quem? Com Christopher? — pergunto, embora já saiba a resposta.


— É. Ele deixou bem claro que preciso ficar longe de você, e não quero brigar com ele de novo. Não quero mais nenhum problema entre nós, ou com você. Eu só… deixa pra lá.


— Ele está melhorando um pouco nessa questão da raiva — digo, sem jeito. Não sei se é verdade, mas gostaria de pensar que o fato de ele não ter matado Poyato significa alguma coisa.


Pablo me encara, incrédulo.


— Está?


— É, está. Acho…


— E cadê ele, afinal? Que estranho ter deixado você sozinha.


— Não tenho a menor ideia. — confesso, olhando ao redor, como se isso fosse ajudar. — Ele foi falar com Logan, e não apareceu mais.


Pablo balança a cabeça e coça a barriga.


— Estranho.


— É, estranho. — Dou risada, já que a vodca faz tudo parecer muito mais divertido.


— Anahí ficou muito feliz de ver você hoje à noite — comenta ele, levando um cigarro aos lábios. Num movimento rápido com o polegar, ele acende um isqueiro, e logo o cheiro de nicotina invade minhas narinas.


— Eu percebi. Sinto falta dela, mas ainda estou chateada com tudo o que aconteceu. — O assunto não parece tão pesado quanto antes. Estou me divertindo muito, apesar de Christopher não estar por perto. Ri e brinquei com Anahí e, pela primeira vez, me senti como se pudesse deixar tudo de lado e retomar o contato com ela.


— Você foi muito corajosa de vir aqui — diz ele com um sorriso.


— Burrice e coragem não são a mesma coisa — brinco.


— Estou falando sério. Depois de tudo… você não ficou escondida no seu canto. Acho que seria isso o que eu faria.


— Eu me escondi por um tempo, mas ele me achou.


— Eu sempre acho. — A voz de Christopher me faz dar um pulo de susto, e tenho que me segurar no casaco de Pablo para não cair do muro de pedra.



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58 POV CHRISTOPHER É verdade. Eu sempre acho Dulce. E geralmente está fazendo coisas que me deixam com uma raiva louca, como estar com o filho da pu/ta do Poyato ou do Pablo. Não acredito que acabei de encontrar Dulce e Pablo sentados numa mureta, falando sobre ela se esconder de mim. Que palhaçada. Ela se segura em Pabl ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1969



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  • anyvondy23 Postado em 18/08/2021 - 14:55:32

    Vindo ler de novo porque não concluí rsrs

  • dayanerodrigues Postado em 09/08/2020 - 18:39:14

    A música é a cara da música SÓ HOJE do Jota Quest Até parece que é o Christopher ta Cantando pra ela

  • dmsavinom Postado em 09/09/2019 - 22:55:04

    Esse livro e o muito bom, parece que já lançaram por filme, eu não assisti mais estou mega anciosa para assistir, mesmo eles tendo cortado um cado de coisas,, e terem deixado a história menos abusiva, para mais romântica.

  • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:00:49

    e em nenhum momento vi ela mencionar os créditos a Anna e mesmo que ela não esteja mais ATIVA nessa conta, eu precisava dizer isso aqui, a usuária estava repostando uma história, mundialmente famosa, que não era sua, ainda por cima não deu os devidos créditos a verdadeira autora, eu sou ESCRITORA e só eu sei o que passo para conseguir escrever cada capítulo das minhas fanfics, uma vez fui vítima de plágio e sinceramente não desejo isso a ninguém, então eu precisava vim aqui, como dever de cidadã falar que isso que essa usuária fez, de repostar uma história que não era SUA e ainda por cima fazer os leitores acharem que a história lhe pertencia, sem dar os devidos créditos a autora, isso é claramente PLÁGIO, me desculpem, não gosto de causar confusão, eu apenas precisava dizer isso, como fã da Anna e do belo trabalho dela, e EU se eu repostar uma fanfic, eu obviamente vou dar os créditos a autora original,, enfim, era só isso.

  • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 21:54:06

    Eu conheço essa história, na verdade é uma série de livros, nomeada After, Anna Todd começou a postar no wattpad, e alguns dias um escritor famoso a descobriu e hoje em dia ela é uma das maiores escritoras do mundo, conhecida mundialmente pelo sucesso avassalador de After, eu estava aqui olhando, para baixar o pdf de after, quando li a sinopse dessa fanfic, que é completamente igual a after, e para piorar TODOS os capítulos são iguaizinhos, foi ai que notei que a escritora repostou sim a história de after, no total são seis livros, ela parou na quinta temporada, eu sou leitora fiel da Anna a acompanhei no wattpad, lendo e me apaixonei pela história de after, foi então que vim aqui como leitora da Anna, avisa aos leitores, ou a escritora esqueceu de colocar os créditos ou ela queria que seus leitores acreditassem que essa fanfic maravilhosa era dela, eu olhei a sinopse, procurei no primeiro.

  • bustamante Postado em 11/07/2017 - 18:27:14

    Pelo amor, termina sério é muito foda essa Fic, juro ..

    • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:13:11

      Se você pesquisar assim " Série After" na internet vai aparecer todos os livros ;)

  • Rebeca Postado em 03/12/2016 - 19:00:57

    A conta que eu postava aqui foi excluida, por tanto não tem como eu finalizar mais essa fanfic. Mas estou com uma história nova, pra quem quiser o link: https://m.fanfics.com.br/fanfic/55473/justica-vondy-vondy

    • ludmilla Postado em 07/12/2016 - 04:56:10

      mulherrr to nem acreditando nisso, foi uma história q eu fiquei envolvida desde o início e agr saber n vai ter mais um fim é mt difícil.

  • stellabarcelos Postado em 06/11/2016 - 14:04:27

    Vence fazendo o Christopher ver as coisas por uma outra perspectiva foi incrível! Esses dois estão cada vez mais quentes!! Noooossa, o Christopher transou com meio mundo em Caraca hahaha

  • leticia Postado em 28/10/2016 - 18:05:09

    A dulce bebada gica bem mais solta kkkk coragem de fazer isso dentro de um lugar cheio de pessoas kkkkk ri mt

  • Natalya Andrade Postado em 23/10/2016 - 00:00:35

    Esses dois sao o casal mais louco que eu ja vi ! Como assim transar numa balada kkkk coragem. E nao gostei muito desse professor da Dulce morando em seattle... Foi estranho !


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