Fanfic: After Love || Vondy | Tema: Vondy
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POV CHRISTOPHER
É verdade. Eu sempre acho Dulce. E geralmente está fazendo coisas que me deixam com uma raiva louca, como estar com o filho da pu/ta do Poyato ou do Pablo. Não acredito que acabei de encontrar Dulce e Pablo sentados numa mureta, falando sobre ela se esconder de mim. Que palhaçada. Ela se segura em Pablo para se equilibrar enquanto eu caminho pela grama congelada.
— Christopher — Dulce exclama, claramente surpresa com a minha presença.
— Isso mesmo, Christopher — digo.
Pablo se afasta dela, e eu tento manter a calma. Por que ela está aqui sozinha com Pablo? Eu disse claramente para ela ficar lá dentro, na cozinha. Quando perguntei a Anahí onde Dulce tinha se metido, tudo o que ela disse foi “Pablo”. Depois de cinco minutos revirando a porcaria da casa toda — principalmente os quartos —, finalmente resolvi olhar aqui fora. E aqui estão eles. Juntos.
— Era para você ter ficado na cozinha — digo, acrescentando um “linda” para suavizar a aspereza do meu tom.
— Era para você ter voltado logo… lindo.
Suspiro e respiro fundo antes de voltar a falar. Sempre acabo reagindo por impulso, e estou tentando não fazer mais isso. Mas ela também não ajuda.
— Vamos lá para dentro — digo e pego a mão dela.
Preciso afastá-la de Pablo e, sinceramente, também preciso me afastar dele. Já dei uma surra no cara uma vez, e no fundo não me importaria de dar outra.
— Vou fazer uma tatuagem, Christopher — Dul me diz enquanto a ajudo a descer o muro.
— O quê? — Ela está bêbada?
— É… Você precisa ver a tatuagem nova do Pablo, Christopher. É tão bonita. — Ela sorri. — Mostra pra ele, Pablo.
Por que a Dulce está olhando as tatuagens dele, e o que será que eu perdi? O que eles estavam fazendo? O que mais ele estava mostrando a ela? Pablo sempre foi a fim de Dulce, desde a primeira vez em que a viu, assim como eu. A diferença é que eu queria transar com ela, e ele realmente gostava dela. Mas eu ganhei; ela me escolheu.
— Eu não… — começa Pablo, visivelmente desconfortável.
— Não, não. Pode mostrar a tatuagem, por favor — digo, com sarcasmo.
Pablo exala um pouco de fumaça e, para meu horror e absoluta indignação, levanta a camisa. Tirando o curativo de lado, vejo que a tatuagem é realmente muito legal, mas por que ele achou que deveria mostrar para a minha Dulce vai além da minha compreensão.
Dulce abre um sorriso enorme.
— Não é o máximo? Quero uma. Acho que a gente decidiu que vai ser uma carinha sorridente!
Ela não está falando sério. Mordo o piercing do lábio para conter o riso. Olho para Pablo, que só sacode a cabeça e dá de ombros. Parte do meu aborrecimento desapareceu depois de ouvir a ideia ridícula de uma tatuagem.
— Você está bêbada? — pergunto.
— Talvez. — Ela ri. Que ótimo.
— Quanto você bebeu? — pergunto. Eu bebi duas cervejas, mas estou vendo que ela bebeu mais.
— Não sei… quanto você bebeu? — provoca ela, e levanta a barra da minha camisa. Suas mãos frias descansam contra a minha pele quente; eu estremeço, e ela enfia o rosto no meu peito.
Está vendo, Pablo, ela é minha. Não sua, nem de ninguém, só minha.
Olhando para ele, pergunto:
— Quanto ela bebeu?
— Não sei quanto ela bebeu antes, mas nós acabamos de jogar duas partidas de pingue-pongue de cerveja… com batida de cereja.
— Nós… nós quem? Vocês dois jogaram pingue-pongue de cerveja? — pergunto, cerrando os dentes.
— Não. Pingue-pongue de batida de cereja! — ela me corrige com uma risada e levanta a cabeça. — E ganhamos, duas vezes! Eu fiz a maior parte dos pontos. Anahí e Poncho foram muito bons também, mas nós ganhamos. Duas vezes! — Ela ergue a mão no ar, esperando que Pablo bata na palma dela. Relutante, ele levanta a própria a mão, simulando o movimento de bater na mão dela de longe.
Essa é Dulce, a menina que está tão acostumada a ser a melhor e a mais inteligente em tudo, se gabando de ganhar uma partida de pingue-pongue de cerveja. Amo cada pedacinho dela.
— Com vodca pura? — pergunto a Pablo.
— Não, é uma mistura só com um pouco de vodca, mas ela bebeu várias.
— E você veio com ela aqui para o escuro sabendo que tinha enchido a cara? — questiono, levantando a voz. Dulce cola o rosto no meu, e consigo sentir o cheiro de álcool em seu hálito.
— Christopher, por favor, relaxa. Fui eu q-que perguntei se po-podia vir aqui com ele. Ele disse não no início, porque sabia que você ia… agir assiiiiiim.
Ela franze a testa e tenta tirar as mãos da minha barriga, mas eu as coloco de volta gentilmente contra a minha pele. Passo os braços ao redor da sua cintura, puxando-a para mais perto de mim.
Relaxar? Ela acabou mesmo de me dizer para ficar frio?
— E não vamos essssssquecer que, se você não tivesse me deixado, po-podia ter jogado comigo — acrescenta, arrastando as palavras.
Sei que ela está certa, mas ainda estou irritado. Por que foi jogar logo com Pablo, entre todas as pessoas? Sei que ele ainda tem sentimentos por ela. Nada comparado com o que eu sinto, mas, pelo jeito como ficou olhando para ela, sei que ainda está interessado.
— Estou certa ou estou certa? — pergunta ela.
— Tudo bem, Dulce — rosno, numa tentativa de silenciá-la.
— Eu estou indo lá para dentro — diz Pablo, jogando o cigarro no chão antes de ir embora.
Dulce olha para ele, então me diz:
— Você é tão mal-humorado, acho melhor voltar para onde se enfiou. — Ela tenta se afastar de mim de novo.
— Não vou a lugar nenhum — respondo, propositadamente me esquivando de sua observação sobre a minha ausência.
— Então para de ser mal-humorado, porque estou me divertindo hoje. — Ela olha para mim. Seus olhos parecem ainda mais claros do que o habitual, com as linhas pretas que ela desenhou ao redor deles.
— O que você acha, que eu ia ficar feliz de ver você aqui fora sozinha com aquele filho da pu/ta?
— Você preferia que eu estivesse aqui com outra pessoa? — Ela fica terrivelmente irritadiça quando está bêbada.
— Não, você está mudando de assunto — retruco.
— Porque não tem assunto. Não fiz nada de errado, então para de ser chato ou não vou querer mais ficar com você — ameaça ela.
— Tudo bem, vou parar de reclamar. — Reviro os olhos.
— E de revirar os olhos também — repreende ela, e tiro os braços da sua cintura.
— Tudo bem, não vou revirar os olhos. — Sorrio.
— Melhor assim. — Ela tenta esconder o sorriso.
— Você está muito mandona hoje.
— A vodca me deixou corajosa. — Sinto suas mãos descerem pela minha barriga.
— Então você quer uma tatuagem, é? — pergunto, subindo as mãos dela novamente, mas Dulce me desafia e me toca ainda mais embaixo.
— É, umas cinco, talvez. — Ela dá de ombros. — Não sei.
— Você não vai fazer tatuagem nenhuma. — Eu dou risada, mas estou falando muito sério.
— Por que não? — Seus dedos brincam com o elástico da minha cueca.
— Amanhã a gente conversa sobre isso, quando você estiver sóbria. — Sei que a ideia não vai parecer tão interessante quando ela não estiver bêbada. — Vamos entrar.
Ela desliza a mão para dentro da minha cueca e fica na ponta dos pés. Acho que vai beijar minha bochecha, mas leva a boca à minha orelha. Ela me aperta suavemente, e eu solto um suspiro.
— Acho que a gente devia ficar aqui fora — sussurra. Cace/te.
— A vodca sem dúvida deixa você corajosa. — Minha voz falha, me traindo.
— É, e me deixa com te… — ela começa a dizer, muito alto. Eu cubro sua boca enquanto um grupinho de meninas embriagadas passa por nós.
— A gente precisa entrar, está frio, e acho que não ia pegar bem se eu comesse você no meio do mato. — Eu sorrio, e suas pupilas se dilatam.
— Mas eu ia gostar, e muito — diz Dulce, assim que descubro sua boca.
— Meu Deus, Dul, você fica muito tarada quando bebe. — Eu dou risada, lembrando de Seattle e das palavras sacanas que saíram de seus lábios carnudos. Preciso levá-la para dentro antes que acabe aceitando a oferta e a arrastando para o mato.
Ela pisca.
— Só por você. — Não consigo conter o riso.
— Vamos. — Coloco minha mão em seu braço e a puxo pelo quintal para dentro de casa.
Ela vai o tempo todo fazendo beicinho, o que faz a pressão na minha virilha crescer ainda mais, sobretudo quando ela empurra o lábio inferior para fora. Eu podia muito bem me abaixar e morder aquele lábio. Merda, sou tão obcecado quanto ela, e nem estou bêbado. Talvez um pouco chapado, mas bêbado não. Dulce ia ficar louca de raiva se tivesse me encontrado no andar de cima. Eu não cheguei a fumar, mas estava no quarto, e eles fizeram questão de soprar a fumaça na minha cara.
Arrasto Dulce pela multidão e a levo para o lugar mais vazio do andar térreo, que é a cozinha. Dulce se apoia no balcão e olha para mim. Como ela pode estar tão bonita quanto na hora que saiu de casa? Todas as outras meninas estão acabadas a esta altura — depois da primeira bebida, a maquiagem delas começa a borrar, o cabelo começa a embaraçar, e elas parecem meio largadas. Dulce não. Parece uma deusa comparada a elas. Comparada a qualquer uma.
— Quero outra bebida, Christopher — diz ela, mas, quando faço que não com a cabeça, ela coloca a língua para fora feito uma criança. — Por favor? Estou me divertindo, não seja um desmancha-prazeres.
— Tudo bem, mais uma, só que você tem que parar de falar como uma criança de dez anos de idade — provoco.
— Certo, meu caro senhor. Peço as mais sinceras desculpas por minha linguagem imatura. Tal indiscrição não tornará a se repetir…
— Ou como um velho — digo, com uma risada. — Mas pode me chamar de senhor de novo.
— Por/ra, tá legal, então. Ca/cete, vou parar de falar feito um filho da pu/ta de um… — Mas ela não termina a frase mal-educada porque estamos os dois caindo na gargalhada.
— Você está louca hoje — digo a ela. Dulce ri.
— Eu sei, é divertido.
Estou feliz que esteja se divertindo, só não consigo evitar o incômodo que sinto por ela estar se divertindo com Pablo, e não comigo. Mas vou ficar de boca fechada, porque não quero estragar sua noite. Ela fica de pé, dando um gole em sua bebida.
— Vamos procurar Anahí.
— Você fez as pazes com ela? — pergunto, seguindo-a.
Não sei como me sinto sobre isso. Bem? Pode ser…
— Acho que sim. Lá estão eles! — Ela aponta para Poncho e Anahí, sentados no sofá.
Enquanto caminhamos até a sala, um grupinho de caras sentados no chão se vira para secar Dulce. Ela não percebe os olhares lascivos, mas eu sim. Lanço um olhar de advertência, e quase todos viram a cara, exceto um loiro, que de longe lembra Noah. Ele continua nos acompanhando com os olhos. Eu me pergunto se dar um chute na cara dele seria boa ideia. Acabo preferindo só pegar a mão de Dulce, pelo menos por enquanto.
Ela olha para trás, para as nossas mãos unidas, e seus olhos estão arregalados. Por que está tão surpresa? Tudo bem, não sou de andar de mão dadas, mas faço isso de vez em quando… não faço?
— Aí estão vocês! — exclama Anahí quando chegamos.
Demi está sentada no chão perto de um cara que eu reconheço. Tenho certeza de que ele é do terceiro ano, e seu pai é dono de umas terras em Vancouver, ou seja, é um daqueles playboyzinhos. Os dois parecem ridículos juntos, mas fico feliz que ela tenha me deixado em paz por enquanto. Demi é bem irritante, e Dulce a odeia.
— A gente estava lá fora — digo a ela.
— Essa festa está um tédio — diz Eddy, mexendo a cerveja com o dedo.
Sento na ponta do sofá e puxo Dulce para o meu colo. Todo mundo olha para a gente, mas não dou a mínima. Duvido alguém dizer alguma coisa. Em poucos segundos, todos desviam o olhar, menos Anahí, que nos avalia um pouco mais antes de sorrir. Não retribuo o sorriso, mas também não levanto o dedo médio, o que é um progresso, certo?
— Vamos brincar de verdade ou desafio — sugere uma voz, e levo um segundo para perceber de onde veio.
Que diabos? Levanto a cabeça para olhar para Dulce, que ainda está sentada no meu colo.
— Claro, como se você fosse querer jogar — Demi zomba dela.
— De onde veio essa ideia? Você odeia essas brincadeiras — digo em voz baixa. Ela sorri.
— Não sei, achei que hoje podia ser divertido.
Sigo seus olhos, percebendo que estão cravados em Demi, e não quero nem saber o que Dulce está tramando em sua linda cabeça.
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59 POV CHRISTOPHER — Não sei se isso é uma boa ideia — sussurro para Dulce, mas ela se vira no meu colo e coloca o dedo indicador sobre os meus lábios para me silenciar. Demi me lança um sorriso malicioso: — O que foi, Ucker, está com medinho de enfrentar o desafio… ou é da ve ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1969
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anyvondy23 Postado em 18/08/2021 - 14:55:32
Vindo ler de novo porque não concluí rsrs
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dayanerodrigues Postado em 09/08/2020 - 18:39:14
A música é a cara da música SÓ HOJE do Jota Quest Até parece que é o Christopher ta Cantando pra ela
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dmsavinom Postado em 09/09/2019 - 22:55:04
Esse livro e o muito bom, parece que já lançaram por filme, eu não assisti mais estou mega anciosa para assistir, mesmo eles tendo cortado um cado de coisas,, e terem deixado a história menos abusiva, para mais romântica.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:00:49
e em nenhum momento vi ela mencionar os créditos a Anna e mesmo que ela não esteja mais ATIVA nessa conta, eu precisava dizer isso aqui, a usuária estava repostando uma história, mundialmente famosa, que não era sua, ainda por cima não deu os devidos créditos a verdadeira autora, eu sou ESCRITORA e só eu sei o que passo para conseguir escrever cada capítulo das minhas fanfics, uma vez fui vítima de plágio e sinceramente não desejo isso a ninguém, então eu precisava vim aqui, como dever de cidadã falar que isso que essa usuária fez, de repostar uma história que não era SUA e ainda por cima fazer os leitores acharem que a história lhe pertencia, sem dar os devidos créditos a autora, isso é claramente PLÁGIO, me desculpem, não gosto de causar confusão, eu apenas precisava dizer isso, como fã da Anna e do belo trabalho dela, e EU se eu repostar uma fanfic, eu obviamente vou dar os créditos a autora original,, enfim, era só isso.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 21:54:06
Eu conheço essa história, na verdade é uma série de livros, nomeada After, Anna Todd começou a postar no wattpad, e alguns dias um escritor famoso a descobriu e hoje em dia ela é uma das maiores escritoras do mundo, conhecida mundialmente pelo sucesso avassalador de After, eu estava aqui olhando, para baixar o pdf de after, quando li a sinopse dessa fanfic, que é completamente igual a after, e para piorar TODOS os capítulos são iguaizinhos, foi ai que notei que a escritora repostou sim a história de after, no total são seis livros, ela parou na quinta temporada, eu sou leitora fiel da Anna a acompanhei no wattpad, lendo e me apaixonei pela história de after, foi então que vim aqui como leitora da Anna, avisa aos leitores, ou a escritora esqueceu de colocar os créditos ou ela queria que seus leitores acreditassem que essa fanfic maravilhosa era dela, eu olhei a sinopse, procurei no primeiro.
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bustamante Postado em 11/07/2017 - 18:27:14
Pelo amor, termina sério é muito foda essa Fic, juro ..
Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:13:11
Se você pesquisar assim " Série After" na internet vai aparecer todos os livros ;)
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Rebeca Postado em 03/12/2016 - 19:00:57
A conta que eu postava aqui foi excluida, por tanto não tem como eu finalizar mais essa fanfic. Mas estou com uma história nova, pra quem quiser o link: https://m.fanfics.com.br/fanfic/55473/justica-vondy-vondy
ludmilla Postado em 07/12/2016 - 04:56:10
mulherrr to nem acreditando nisso, foi uma história q eu fiquei envolvida desde o início e agr saber n vai ter mais um fim é mt difícil.
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stellabarcelos Postado em 06/11/2016 - 14:04:27
Vence fazendo o Christopher ver as coisas por uma outra perspectiva foi incrível! Esses dois estão cada vez mais quentes!! Noooossa, o Christopher transou com meio mundo em Caraca hahaha
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leticia Postado em 28/10/2016 - 18:05:09
A dulce bebada gica bem mais solta kkkk coragem de fazer isso dentro de um lugar cheio de pessoas kkkkk ri mt
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Natalya Andrade Postado em 23/10/2016 - 00:00:35
Esses dois sao o casal mais louco que eu ja vi ! Como assim transar numa balada kkkk coragem. E nao gostei muito desse professor da Dulce morando em seattle... Foi estranho !