Fanfics Brasil - 068 - Segunda Temporada. After Love || Vondy

Fanfic: After Love || Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 068 - Segunda Temporada.

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POV DULCE


De manhã, o corredor está vazio e a bagunça na sala totalmente limpa. Não há nenhum caco de vidro no chão. O cheiro de limão paira no ar, e a mancha de uísque desapareceu da parede.


Fico surpresa que Christopher saiba onde os produtos de limpeza estão guardados.


— Christopher? — chamo, com a voz rouca depois de gritar tanto ontem à noite.


Ele não responde, então vou até a mesa da cozinha, onde há um cartão com a caligrafia dele. “Por favor, não vá embora. Volto logo”, é o que está escrito.


As toneladas de pressão desaparecem de meu peito e eu pego o e-reader, preparo uma xícara de café e aguardo sua volta. Christopher volta para casa depois do que parecem ser horas. Desde então, eu tomei banho, limpei a cozinha e li cinquenta páginas de Moby Dick — e nem gosto desse livro. A maior parte do tempo, eu gastei pensando em especulações a respeito de como ele iria se comportar, e o que iria dizer. Não querer que eu vá embora é um bom sinal, certo? Espero que sim. A noite toda é um borrão, mas eu me lembro dos pontos principais.


Quando ouço o clique da porta da frente, paro imediatamente. Tudo que me preparei para dizer desaparece da minha mente. Deixo o e-reader na mesa e sento no sofá quando Christopher entra pela porta, usando uma blusa cinza e a calça jeans escura de sempre. Ele nunca sai de casa usando peças que não sejam pretas e, às vezes, brancas, então o contraste hoje é um pouco estranho, mas a blusa faz com que pareça mais novo.


Seus cabelos estão despenteados e puxados para trás, e sob os olhos, vejo olheiras. Tem nas mãos um abajur diferente daquele que destruiu ontem à noite, mas muito parecido.


— Oi — ele diz e passa a língua pelo lábio inferior antes de colocar o piercing do lábio entre os dentes.


— Oi — murmuro em resposta.


— Você… dormiu bem? — ele pergunta.


Levanto do sofá quando ele caminha em direção à cozinha.


— Sim… — minto.


— Que bom.


Fica claro que estamos sendo cautelosos, com medo de dizer alguma bobagem. Ele fica perto do balcão, e eu, perto da geladeira.


— Eu, hã… comprei um abajur novo. — Ele aponta com o queixo para o objeto sobre o balcão.


— É bonito. — Estou ansiosa, muito ansiosa.


— Aquele não tinha mais na loja, mas… — ele começa. 


— Me desculpa — digo, interrompendo sua frase no meio.


— Eu também preciso me desculpar, Dulce.


— A noite de ontem não era para ter sido assim — digo, olhando para baixo.


— Nem de longe.


— Foi horrível. Eu deveria ter deixado você se explicar antes de sair beijando outro, foi uma atitude idiota e imatura da minha parte.


— Sim, foi. Eu não deveria ter que me explicar, você deveria ter confiado em mim e não tirado suas conclusões. — Ele apoia os cotovelos no balcão atrás de si, e eu remexo os dedos, tentando não puxar a pele ao redor de minhas unhas.


— Eu sei. Me desculpa.


— Já ouvi as dez primeiras vezes, Dul.


— Você vai me perdoar? Porque falou que queria me mandar embora.


— Eu não falei nada de mandar você embora. — Ele encolhe os ombros. — Só disse que relacionamentos em geral não dão certo.


Por um lado, eu estava rezando para que ele não se lembrasse das coisas que falou ontem à noite. Basicamente, ele me disse que casamento é para idiotas e que seria melhor ficar sozinho.


— E o que mais quis dizer com isso?


— Mais nada.


— Como assim, mais nada? Pensei que… — Não sei o que dizer. Pensei que o abajur novo fosse um modo de se desculpar, e que ele fosse querer retificar algumas coisas que disse ontem.


— Pensou o quê?


— Que você não queria que eu fosse embora para falar sobre isso quando chegasse em casa.


— É isso que estamos fazendo. — Sinto um nó na garganta.


— Então, você não quer mais ficar comigo?


— Não estou dizendo isso. Vem aqui — ele chama, abrindo os braços.


Eu permaneço em silêncio quando cruzo nossa pequena cozinha e me aproximo. Ele fica impaciente e, quando me aproximo mais, me puxa para junto de si e enlaça minha cintura com os braços. Encosto a cabeça em seu peito. O algodão macio de sua blusa ainda está frio por causa do vento gélido de inverno.


— Senti tanto a sua falta — ele diz com os lábios encostados no meu cabelo.


— Não fui a lugar nenhum — respondo. Ele me puxa mais para perto.


— Foi, sim. Quando você beijou aquele cara, eu perdi você por um momento; já foi demais para mim. Não consegui aguentar isso nem por um segundo.


— Você não me perdeu, Christopher. Cometi um erro. 


— Por favor… — ele começa a dizer, mas corrige o tom: — Não faz isso de novo, estou falando sério.


— Não vou fazer — garanto a ele.


— Você trouxe o Pablo aqui.


— Só porque você me largou naquela festa e eu precisava de uma carona para casa — respondo. Até agora, não nos olhamos, e quero continuar assim. Fico mais destemida… bom, um pouco menos intimidada, sem aqueles olhos pretos nos meus.


— Você deveria ter ligado — ele diz.


Continuo olhando para frente.


— Você está com meu celular, e eu fiquei lá fora esperando. Pensei que você fosse voltar. 


Ele me afasta com delicadeza e olha para mim. Parece bem cansado. Sei que minha aparência também deve ser de cansaço.


— Posso não ter controlado minha raiva direito, mas não sabia o que fazer. — A intensidade de seu olhar faz com que eu desvie os olhos e baixe a cabeça. — Você gosta dele? — A voz de Christopher está trêmula quando ele levanta meu queixo para me encarar.


O quê? Ele não pode estar falando sério.


— Christopher…


— Responde.


— Não como você está pensando.


— Como assim? — Christopher está ficando ansioso ou irritado, não sei. Talvez as duas coisas.


— Gosto dele como amigo.


— Nada mais? — A voz de Christopher está me implorando para garantir que gosto só dele.


Seguro seu rosto com as mãos.


— Nada mais… amo você. Só você, e sei que fiz uma coisa bem idiota, mas foi só porque estava com raiva, e por causa da bebida. Não tem nada a ver com sentimentos por outra pessoa.


— Com tanta gente lá, por que você veio para casa justamente com ele?


— Ele foi o único que se ofereceu. — E então faço uma pergunta da qual me arrependo na mesma hora. — Por que você é tão grosso com ele?


— Grosso com ele? — Christopher dá uma risada sarcástica. — Você não pode estar falando sério.


— Foi muito cruel humilhar o Pablo daquele jeito na minha frente.


Christopher dá um passo para o lado, para não ficarmos mais frente a frente. Eu me viro e paro diante dele, que passa os dedos pelos meus cabelos despenteados.


— Ele não deveria ter vindo aqui com você.


— Você prometeu que ia controlar sua raiva. — Estou tentando não irritá-lo. Quero fazer as pazes, não entrar ainda mais fundo nessa discussão.


— E estava controlando. Até você me trair e ir embora da festa com Pablo. Eu poderia ter acabado com o Pablo ontem à noite e, por/ra, poderia sair agora mesmo e fazer isso — ele diz, voltando a elevar o tom de voz.


— Eu sei que sim, e fico feliz por não ter feito isso. 


— Não estou feliz, mas que bom que você está. 


— Não quero que você beba de novo. Você não é a mesma pessoa quando bebe. — Sinto as lágrimas chegarem, e tento controlá-las.


— Eu sei… — Ele se vira. — Não quis ficar daquele jeito. Só fiquei irritado e… magoado… Fiquei magoado. Não conseguia pensar em nada além de matar alguém, então fui até a Conner’s e comprei o uísque. Eu não queria beber muito, mas a imagem de você beijando aquele cara não parava de surgir na minha cabeça, então continuei.


Penso em ir à Conner’s para gritar com a velha da loja por vender bebida para Christopher, mas seu aniversário de vinte e um anos é exatamente daqui um mês, e o dano de ontem à noite já está feito.


— Você teve medo de mim, dava para ver em seus olhos — ele diz.


— Não… não senti medo de você. Sei que você não me machucaria.


— Você se encolheu toda. Eu lembro. A maioria das coisas eu esqueci, mas disso lembro muito bem.


— Foi só o susto do momento — digo a ele. Eu sabia que Christopher não ia me bater, mas ele estava se comportando de modo muito agressivo, e pessoas alcoolizadas fazem coisas indizíveis que nunca fariam se estivessem sóbrias.


Ele se aproxima de mim, quase cobrindo todo o espaço entre nós.


— Não quero que você… leve mais nenhum susto. Nunca mais vou beber daquele jeito, eu juro. — Ele leva a mão ao meu rosto e acaricia minha têmpora com o dedo.


Não quero responder nada, essa conversa como um todo foi confusa e muito cheia de idas e vindas. Em determinado momento, sinto que ele está me perdoando, mas, no seguinte, não sei. Ele está bem mais calmo do que eu esperava, mas a raiva continua lá, só que escondida.


— Não quero ser daquele jeito, e mais do que tudo não quero ser como meu pai. Eu não deveria ter bebido tanto, mas você também errou.


— Eu… — começo a dizer, mas ele me silencia, e seus olhos ficam marejados.


— Mas já fiz um monte de merda… muita merda, e você sempre me perdoou. Fiz coisas muito piores do que você, então tenho que esquecer e perdoar, eu tenho essa obrigação com você. Não é justo eu exigir coisas que não sou capaz de cumprir. Me desculpa, Dulce, por tudo que fiz ontem à noite. Fui um imbecil.


— Eu também fui. Sei como você se sente quando me vê com outros caras, e não devia ter usado isso num momento de raiva. Da próxima vez, vou tentar pensar antes de fazer as coisas, me desculpa.


— Da próxima vez? — Christopher esboça um sorriso. Seu humor muda muito depressa!


— Então estamos bem? — pergunto.


— Não depende só de mim. — Olho em seus olhos.


— Quero que a gente fique bem.


— Eu também, linda, eu também.


O alívio vem quando ouço essas palavras, e me recosto no peito dele de novo. Sei que muitas coisas não foram ditas de propósito, mas o que resolvemos por enquanto basta. Ele beija minha cabeça e meu coração acelera.


— Obrigada.


— Espero que o abajur dê para o gasto — ele diz, brincalhão.


Decidida a entrar na brincadeira, sorrio e respondo:


— Talvez compensasse, se você tivesse conseguido um igual… — Ele olha para mim, divertido.


— Limpei a sala de estar toda — argumenta com um sorriso.


— Foi você quem sujou.


— Mesmo assim, você sabe o que penso sobre limpar as coisas. — Ele me abraça mais forte.


— Eu é que não ia limpar aquela sujeira, ia deixar do jeito que estava — digo a ele.


— Você? Até parece. De jeito nenhum.


— Ia, sim.


— Fiquei com medo de que você não estivesse aqui quando eu voltasse. — Nós nos encaramos.


— Não vou a lugar nenhum — digo a ele, e torço para que seja verdade. Em vez de falar, ele me beija.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1969



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  • anyvondy23 Postado em 18/08/2021 - 14:55:32

    Vindo ler de novo porque não concluí rsrs

  • dayanerodrigues Postado em 09/08/2020 - 18:39:14

    A música é a cara da música SÓ HOJE do Jota Quest Até parece que é o Christopher ta Cantando pra ela

  • dmsavinom Postado em 09/09/2019 - 22:55:04

    Esse livro e o muito bom, parece que já lançaram por filme, eu não assisti mais estou mega anciosa para assistir, mesmo eles tendo cortado um cado de coisas,, e terem deixado a história menos abusiva, para mais romântica.

  • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:00:49

    e em nenhum momento vi ela mencionar os créditos a Anna e mesmo que ela não esteja mais ATIVA nessa conta, eu precisava dizer isso aqui, a usuária estava repostando uma história, mundialmente famosa, que não era sua, ainda por cima não deu os devidos créditos a verdadeira autora, eu sou ESCRITORA e só eu sei o que passo para conseguir escrever cada capítulo das minhas fanfics, uma vez fui vítima de plágio e sinceramente não desejo isso a ninguém, então eu precisava vim aqui, como dever de cidadã falar que isso que essa usuária fez, de repostar uma história que não era SUA e ainda por cima fazer os leitores acharem que a história lhe pertencia, sem dar os devidos créditos a autora, isso é claramente PLÁGIO, me desculpem, não gosto de causar confusão, eu apenas precisava dizer isso, como fã da Anna e do belo trabalho dela, e EU se eu repostar uma fanfic, eu obviamente vou dar os créditos a autora original,, enfim, era só isso.

  • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 21:54:06

    Eu conheço essa história, na verdade é uma série de livros, nomeada After, Anna Todd começou a postar no wattpad, e alguns dias um escritor famoso a descobriu e hoje em dia ela é uma das maiores escritoras do mundo, conhecida mundialmente pelo sucesso avassalador de After, eu estava aqui olhando, para baixar o pdf de after, quando li a sinopse dessa fanfic, que é completamente igual a after, e para piorar TODOS os capítulos são iguaizinhos, foi ai que notei que a escritora repostou sim a história de after, no total são seis livros, ela parou na quinta temporada, eu sou leitora fiel da Anna a acompanhei no wattpad, lendo e me apaixonei pela história de after, foi então que vim aqui como leitora da Anna, avisa aos leitores, ou a escritora esqueceu de colocar os créditos ou ela queria que seus leitores acreditassem que essa fanfic maravilhosa era dela, eu olhei a sinopse, procurei no primeiro.

  • bustamante Postado em 11/07/2017 - 18:27:14

    Pelo amor, termina sério é muito foda essa Fic, juro ..

    • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:13:11

      Se você pesquisar assim " Série After" na internet vai aparecer todos os livros ;)

  • Rebeca Postado em 03/12/2016 - 19:00:57

    A conta que eu postava aqui foi excluida, por tanto não tem como eu finalizar mais essa fanfic. Mas estou com uma história nova, pra quem quiser o link: https://m.fanfics.com.br/fanfic/55473/justica-vondy-vondy

    • ludmilla Postado em 07/12/2016 - 04:56:10

      mulherrr to nem acreditando nisso, foi uma história q eu fiquei envolvida desde o início e agr saber n vai ter mais um fim é mt difícil.

  • stellabarcelos Postado em 06/11/2016 - 14:04:27

    Vence fazendo o Christopher ver as coisas por uma outra perspectiva foi incrível! Esses dois estão cada vez mais quentes!! Noooossa, o Christopher transou com meio mundo em Caraca hahaha

  • leticia Postado em 28/10/2016 - 18:05:09

    A dulce bebada gica bem mais solta kkkk coragem de fazer isso dentro de um lugar cheio de pessoas kkkkk ri mt

  • Natalya Andrade Postado em 23/10/2016 - 00:00:35

    Esses dois sao o casal mais louco que eu ja vi ! Como assim transar numa balada kkkk coragem. E nao gostei muito desse professor da Dulce morando em seattle... Foi estranho !


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