Fanfic: After Love || Vondy | Tema: Vondy
70
POV CHRISTOPHER
— Quer parar de reclamar? Você está se comportando pior do que ele, que tem cinco anos de idade — Dulce me repreende, e eu reviro os olhos.
— Só estou dizendo, você que se vire. Só não quero que ele encoste nas minhas coisas. Você concordou em fazer isso, então o problema é seu, não meu — lembro Dulce assim que ouço uma batida na porta, anunciando a chegada deles.
Sentado no sofá, deixo Dulce abrir a porta. Ela olha para mim, mas não deixa os convidados — seus convidados — esperando por muito tempo, e logo abre o maior e mais reluzente sorriso e escancara a porta de nossa casa.
Imediatamente, Emily começa a falar, quase gritando.
— Muito obrigada! Você não tem ideia da ajuda que estão dando. Não imagino o que teria feito se vocês não pudessem cuidar do Smith. Peter está muito doente, está vomitando sem parar, e nós…
— Está tudo bem, de verdade — Dulce a interrompe, provavelmente porque não quer ouvir os detalhes nojentos a respeito do vômito de Peter.
— Certo, ele está no carro, então é melhor eu ir. Smith é bem independente, faz quase tudo sozinho e avisa se precisar de alguma coisa. — Ela dá um passo para a esquerda, revelando um garotinho loiro.
— Oi, Smith! Tudo bem? — Dulce diz com uma voz estranha que nunca ouvi antes. Deve ser sua tentativa de falar com bebês, apesar de o menino ter cinco anos. Só ela mesmo.
O menino não diz nada, só dá um sorrisinho e passa por Emily, entrando na sala de estar.
— É, ele não é de falar muito — Emily diz a Dul, observando a cara triste que ela faz.
Por mais engraçado que tenha sido ele não responder a Dulce, não quero que ela fique chateada, então é melhor o merdinha se ligar e ser bonzinho.
— Certo. Agora vou embora mesmo! — Emy sorri e fecha a porta, acenando para Smith uma última vez. Dulce se inclina para a frente e pergunta a Smith:
— Está com fome?
Ele nega com a cabeça.
— Sede?
Mesma resposta, mas dessa vez ele se senta no sofá à minha frente.
— Quer brincar?
— Dul, acho que ele só quer ficar sentado — digo a ela e vejo seu rosto corar. Zapeio pelos canais da TV, esperando encontrar algo interessante que me mantenha ocupado enquanto Dulce está cuidando do garoto.
— Desculpa, Smith. — ela diz. — Só quero ter certeza de que você está bem.
Ele assente de um jeito meio robótico, e percebo que se parece muito com o pai. Os cabelos são praticamente da mesma cor, os olhos têm o mesmo tom azul-esverdeado, e acho que, se sorrisse, mostraria as mesmas covinhas de Peter.
Alguns minutos de silêncio desconfortável se passam, com Dulce de pé ao lado do sofá, e percebo que está fazendo planos. Ela pensou que ele chegaria aqui cheio de energia e pronto para brincar. Mas o menino não disse nenhuma palavra, nem saiu de onde estava no sofá. Suas roupas estão tão limpas quanto pensei que estariam, e seus tênis brancos e pequenos parecem nunca ter sido usados. Quando desvio os olhos de sua camiseta polo azul, ele está olhando para mim.
— O que foi? — pergunto.
Ele desvia o olhar depressa.
— Christopher! — Dulce resmunga.
— O que foi? Eu só queria saber por que ele estava olhando para mim. — Dou de ombros e tiro do canal que escolhi sem querer. A última coisa que quero ver são as Kardashian.
— Comporte-se. — Ela arregala os olhos para mim.
— Estou me comportando — respondo, encolhendo os ombros para perguntar por que ela está tão brava.
Dulce revira os olhos.
— Bom, vou fazer o jantar. Smith, você quer ir comigo ou quer ficar com o Christopher? — Sinto o olhar dele em mim, mas decido não encará-lo.
Ele precisa ir com ela. Ela é a babá aqui, não eu.
— Vai com ela — digo a ele.
— Você pode ficar aqui, Smith, o Christopher não vai perturbar você — ela diz.
Ele fica em silêncio, para variar. Dulce vai para a cozinha, e eu aumento o volume da televisão para evitar qualquer conversa com o pentelhinho — não que haja a possibilidade de acontecer, mas mesmo assim. Sinto um pouco de vontade de ir para a cozinha com ela e deixá-lo sentado sozinho na sala.
Os minutos passam e começo a me sentir desconfortável com ele ali, parado. Por que diabos não está conversando nem brincando, nem fazendo nada que meninos de cinco anos fazem?
— E aí? Por que você não fala? — pergunto, finalmente. Ele dá de ombros. — É falta de educação ignorar quando as pessoas falam com você — digo a ele.
— É mais falta de educação ainda perguntar por que eu não falo — ele rebate.
Ele tem um leve sotaque britânico, não tão forte quanto o do pai, mas não totalmente ausente.
— Bom, pelo menos agora eu sei que você sabe falar — respondo, pego de surpresa pela resposta atrevida e sem saber o que dizer.
— Por que você quer tanto falar comigo? — ele pergunta, parecendo muito mais velho do que realmente é.
— Eu… eu sei lá. Por que você não gosta de falar?
— Sei lá. — Ele dá de ombros.
— Está tudo bem aí? — Dulce pergunta da cozinha.
Por um segundo, penso em dizer a ela que não, que o menino está morto ou ferido, mas a ideia perde a graça rapidamente.
— Tudo bem — respondo. Espero que ela termine logo, porque já não tenho mais o que conversar.
— Por que você tem essas coisas no rosto? — Smith pergunta, apontando para meu piercing no lábio.
— Porque eu quero. E por que você não tem nenhum? — digo para virar o jogo, tentando não me lembrar de que ele é só uma criança.
— Dói? — ele questiona, ignorando minha pergunta.
— Não, nem um pouco.
— É legal. — Ele dá um sorrisinho.
Ele não é tão ruim, acho, mas ainda não gosto da ideia de ser babá.
— Estou quase acabando aqui — Dulce diz.
— Beleza, só estou ensinando a ele como fazer uma bomba caseira com uma garrafa de refrigerante. — provoco, o que a faz espiar pela porta. — Ela é louca — digo a ele, que dá risada, mostrando as covinhas.
— Ela é bonita — ele sussurra com as mãos em forma de concha.
— É, ela é bonita, né? — concordo e olho para Dulce, que está com os cabelos presos num tipo de ninho no topo da cabeça, a calça de ioga e uma camiseta simples. Ela é linda, e nem precisa se esforçar.
Sei que ela ainda pode nos ouvir, e percebo que está sorrindo quando se vira para terminar o que está fazendo na cozinha. Não entendo por que está sorrindo assim; e daí que estou falando com esse menino? Ele continua sendo irritante, como todos os seres humanos de seu tamanho.
— Sim, muito bonita — ele concorda de novo.
— Então, calma aí, carinha. Ela é minha — eu brinco. Ele olha para mim, surpreso.
— Sua o quê? Sua esposa?
— Não… por/ra. Não — respondo.
— Não, por/ra? — ele repete.
— Merda, não fala isso! — Eu me inclino para tapar a boca dele.
— Não posso dizer ‘merda’? — ele pergunta, livrando-se de minha mão.
— Não, nem ‘merda’ nem ‘por/ra’. — Essa é uma das muitas razões pelas quais não devo ficar perto de crianças.
— Sei que isso é palavrão — ele diz, e eu confirmo com a cabeça.
— Então não fala palavrão — eu respondo.
— Então, ela é ou não é sua esposa?
Ca/cete, que pirralho intrometido.
— Ela é minha namorada. — Eu não deveria ter deixado esse moleque começar a falar.
Ele junta as mãos e olha para cima como um padrezinho ou coisa do tipo.
— Você quer que ela seja sua esposa?
— Não, não quero que ela seja minha esposa — digo lenta, mas claramente, para que ele ouça e talvez entenda dessa vez.
— Nunca?
— Nunca.
— E você tem filho?
— Não! Nem a pa/u! De onde você tira essas coisas? — Só de ouvir já estou me estressando.
— Por que você…? — ele começa a perguntar, mas eu o interrompo.
— Para de fazer tantas perguntas — eu resmungo, e ele assente antes de pegar o controle remoto da minha mão e mudar de canal.
Dulce não aparece faz alguns minutos, então decido entrar na cozinha para ver se ela já terminou.
— Dul… você já está terminando? Porque ele está falando demais — reclamo, pegando um pedaço de brócolis do prato que ela está preparando. Ela odeia quando como antes de a refeição ficar pronta, mas tem um menino de cinco anos na sala, então acho que tenho o direito de comer o maldito brócolis.
— Sim, só mais uns minutinhos — ela responde sem olhar para mim. Seu tom de voz está estranho, e algo parece não estar legal.
— Você está bem? — pergunto quando ela se vira com os olhos marejados.
— Sim, estou bem. Foram só as cebolas. — Ela encolhe os ombros e abre a torneira para lavar as mãos.
— Fica tranquila… ele vai falar com você também. Ele já deu uma descontraída — digo a ela.
— Sim, eu sei. Não é isso… é só a cebola — ela repete.
Prontinho, cinco capítulos para vocês *-*
Ahhh esse Christopher é tão idiota, como assim ele não quer casar com a nossa Dul gente? O que acham disso?
Autor(a):
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+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
71 POV CHRISTOPHER O merdinha continua calado e só balança a cabeça quando Dulce pergunta a ele, toda animada: — Gostou do frango, Smith? — Está muito bom! — digo mais do que animado, para suavizar o fato de ele ainda não querer conversar com ela. Ela sorri agradecida para mim, mas ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1969
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anyvondy23 Postado em 18/08/2021 - 14:55:32
Vindo ler de novo porque não concluí rsrs
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dayanerodrigues Postado em 09/08/2020 - 18:39:14
A música é a cara da música SÓ HOJE do Jota Quest Até parece que é o Christopher ta Cantando pra ela
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dmsavinom Postado em 09/09/2019 - 22:55:04
Esse livro e o muito bom, parece que já lançaram por filme, eu não assisti mais estou mega anciosa para assistir, mesmo eles tendo cortado um cado de coisas,, e terem deixado a história menos abusiva, para mais romântica.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:00:49
e em nenhum momento vi ela mencionar os créditos a Anna e mesmo que ela não esteja mais ATIVA nessa conta, eu precisava dizer isso aqui, a usuária estava repostando uma história, mundialmente famosa, que não era sua, ainda por cima não deu os devidos créditos a verdadeira autora, eu sou ESCRITORA e só eu sei o que passo para conseguir escrever cada capítulo das minhas fanfics, uma vez fui vítima de plágio e sinceramente não desejo isso a ninguém, então eu precisava vim aqui, como dever de cidadã falar que isso que essa usuária fez, de repostar uma história que não era SUA e ainda por cima fazer os leitores acharem que a história lhe pertencia, sem dar os devidos créditos a autora, isso é claramente PLÁGIO, me desculpem, não gosto de causar confusão, eu apenas precisava dizer isso, como fã da Anna e do belo trabalho dela, e EU se eu repostar uma fanfic, eu obviamente vou dar os créditos a autora original,, enfim, era só isso.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 21:54:06
Eu conheço essa história, na verdade é uma série de livros, nomeada After, Anna Todd começou a postar no wattpad, e alguns dias um escritor famoso a descobriu e hoje em dia ela é uma das maiores escritoras do mundo, conhecida mundialmente pelo sucesso avassalador de After, eu estava aqui olhando, para baixar o pdf de after, quando li a sinopse dessa fanfic, que é completamente igual a after, e para piorar TODOS os capítulos são iguaizinhos, foi ai que notei que a escritora repostou sim a história de after, no total são seis livros, ela parou na quinta temporada, eu sou leitora fiel da Anna a acompanhei no wattpad, lendo e me apaixonei pela história de after, foi então que vim aqui como leitora da Anna, avisa aos leitores, ou a escritora esqueceu de colocar os créditos ou ela queria que seus leitores acreditassem que essa fanfic maravilhosa era dela, eu olhei a sinopse, procurei no primeiro.
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bustamante Postado em 11/07/2017 - 18:27:14
Pelo amor, termina sério é muito foda essa Fic, juro ..
Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:13:11
Se você pesquisar assim " Série After" na internet vai aparecer todos os livros ;)
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Rebeca Postado em 03/12/2016 - 19:00:57
A conta que eu postava aqui foi excluida, por tanto não tem como eu finalizar mais essa fanfic. Mas estou com uma história nova, pra quem quiser o link: https://m.fanfics.com.br/fanfic/55473/justica-vondy-vondy
ludmilla Postado em 07/12/2016 - 04:56:10
mulherrr to nem acreditando nisso, foi uma história q eu fiquei envolvida desde o início e agr saber n vai ter mais um fim é mt difícil.
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stellabarcelos Postado em 06/11/2016 - 14:04:27
Vence fazendo o Christopher ver as coisas por uma outra perspectiva foi incrível! Esses dois estão cada vez mais quentes!! Noooossa, o Christopher transou com meio mundo em Caraca hahaha
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leticia Postado em 28/10/2016 - 18:05:09
A dulce bebada gica bem mais solta kkkk coragem de fazer isso dentro de um lugar cheio de pessoas kkkkk ri mt
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Natalya Andrade Postado em 23/10/2016 - 00:00:35
Esses dois sao o casal mais louco que eu ja vi ! Como assim transar numa balada kkkk coragem. E nao gostei muito desse professor da Dulce morando em seattle... Foi estranho !