Fanfic: After Love || Vondy | Tema: Vondy
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POV CHRISTOPHER
Esse apartamento está tão vazio, que droga!
Detesto ficar aqui sem ela. Sinto falta de sentir suas pernas no meu colo enquanto estuda e eu a observo furtivamente enquanto finjo que trabalho. Sinto falta do jeito como ela cutuca meu braço com a caneta até eu arrancá-la de sua mão e segurá-la acima da cabeça, e ela agir como se estivesse muito irritada, mas na verdade só está tentando me provocar para conseguir atenção. O modo como ela subia no meu colo para pegar de volta a caneta sempre levava à mesma coisa, todas as vezes, o que obviamente era bom para mim.
— Cara/lho — digo a mim mesmo e solto o fichário. Não fiz nada hoje, nem ontem, nem nas duas últimas semanas, para ser sincero. Ainda estou irritado por ela não ter atendido ontem à noite, mas, acima de tudo, quero vê-la. Tenho certeza de que ela está na casa do meu pai, então eu deveria ir até lá falar com ela. Se eu telefonar, pode ser que ela não atenda, e isso vai me deixar mais ansioso, então vou até lá.
Sei que deveria dar um tempo a ela, mas sinceramente… que se fo/da. Não está dando certo para mim, e espero que para ela também não.
Quando chego à casa do meu pai, são quase sete, e o carro de Dulce não está lá.
Que por/ra.
Ela deve estar no mercado ou na biblioteca com Christian ou coisa do tipo. Mas minha suspeita não se confirma quando vejo Christian sentado no sofá com um livro no colo. Que maravilha.
— Cadê ela? — pergunto assim que entro na sala de estar. Quase sento ao lado dele, mas decido ficar de pé. Seria muito estranho se eu sentasse com ele.
— Não sei, ainda não nos vimos hoje — ele responde, quase sem desviar os olhos do texto.
— Você falou com ela? — pergunto.
— Não.
— Por que não?
— Por que eu falaria? Nem todo mundo quer controlar os passos dela — ele diz sorrindo.
— Vai se fo/der — retruco.
— Não sei mesmo onde ela está — garante Christian.
— Bom… vou esperar aqui… acho. — Entro na cozinha e sento ao balcão. Só porque gosto dele um pouco mais agora, não quer dizer que vou ficar sentado olhando para a cara dele enquanto ele estuda.
Tem uma gororoba de chocolate em uma travessa à minha frente com velas formando o número 13. Essa coisa é o bolo de aniversário de alguém?
— De quem é esse bolo horroroso aqui? — grito. Não consigo ler o nome, se é que tentaram mesmo escrever um nome em cima.
— É o seu bolo horroroso — Karen responde. Quando me viro, ela está sorrindo com sarcasmo. Não a vi entrar.
— Meu? Com o número 13?
— Essas eram as únicas velas que eu tinha, e a Dulce se divertiu com elas — ela diz. Há algo em sua voz que parece meio esquisito. Ela está brava ou coisa do tipo?
— Dulce? Não estou entendendo.
— Ela fez esse bolo ontem à noite, enquanto esperava você chegar — ela explica, e então volta a atenção ao frango que está cortando.
— Eu não vim para cá.
— Sei que não, mas ela estava esperando você. — Olho para o bolo horroroso e me sinto um idiota total. Por que ela me faria um bolo e nem pediria que eu viesse? Nunca vou entender essa garota. Quanto mais olho para o bolo que ela fez, mais bonito ele se torna. Admito que não está bem-feito, mas ontem deveria estar, antes de passar a noite toda aqui.
Consigo imaginá-la rindo sozinha ao posicionar as velas em cima do bolo de chocolate. Consigo imaginá-la lambendo a massa do bolo da colher e enrugando o nariz ao escrever meu nome.
Ela fez um bolo e eu fui àquela festa. Tem como eu ser mais idiota?
— Onde ela está agora? — pergunto a Karen.
— Não faço ideia, não sei se ela vem jantar.
— Posso ficar para jantar? — pergunto a ela.
— Claro que pode, não precisa pedir. — Ela se vira sorrindo.
Seu sorriso é prova de seu caráter; ela deve achar que sou um imbecil, mas ainda assim sorri e me convida para o jantar.
***
Na hora do jantar, estou quase surtando, inquieto na cadeira, olhando pela janela a cada poucos segundos, prestes a telefonar mil vezes para ela, até que atenda. Surtando mesmo.
Meu pai está conversando com Christian a respeito da próxima temporada de beisebol, e gostaria que os dois calassem a boca. Onde ela está?
Pego meu telefone para enviar uma mensagem de texto quando ouço a porta da frente se abrir. Fico de pé sem perceber, e todo mundo olha para mim.
— O que foi? — pergunto e vou para a sala de estar. Sou tomado pelo alívio quando ela praticamente tromba em mim carregando livros e o que parece ser um pôster.
Assim que me vê, os objetos começam a cair no chão. Eu me aproximo para ajudá-la a pegá-los.
— Obrigada. — Ela pega os livros de minhas mãos e começa a subir a escada.
— Aonde você vai? — pergunto.
— Vou guardar minhas coisas… — ela se vira para responder, mas volta a dar as costas.
Normalmente, eu começaria a brigar e esbravejar, mas espero descobrir o que está acontecendo sem ter que gritar, pelo menos uma vez.
— Você vai jantar? — pergunto.
— Vou — ela responde sem se virar.
Mordo a língua e volto para a sala de jantar.
— Ela vai descer em um minuto — digo, e percebo que Karen está sorrindo, mas disfarça quando olho para ela.
Os minutos mais parecem horas quando Dulce finalmente senta ao meu lado à mesa. Espero que ela sentar ao meu lado seja um bom sinal. Alguns minutos depois, percebo que não é um bom sinal, já que ela não fala comigo nem uma vez e mal comeu o que está em seu prato.
— Ajeitei toda a papelada para a NYU. Ainda não consigo acreditar — Christian diz, e a mãe dele sorri, orgulhosa.
— Você não vai receber a sua parte na herança — meu pai brinca, mas só a esposa dele ri.
Dulce e Christian — por serem cheios de boas maneiras — sorriem e tentam uma risada forçada, mas eu os conheço.
Quando meu pai volta a falar de esportes, encontro a brecha para conversar com Dulce.
— Eu vi o bolo… eu não sabia… — começo a sussurrar.
— Não. Agora não, por favor. — Ela franze a testa e faz um gesto para as outras pessoas na sala.
— Depois do jantar? — pergunto, e ela confirma com um aceno.
Fico maluco ao vê-la comer tão devagar; sinto vontade de enfiar uma garfada de batata em sua boca. É por isso que temos problemas, porque eu me imagino impondo as coisas a ela à força. Na sala de jantar, meu pai está tentando distrair as pessoas falando amenidades e fazendo piadinhas, sem sucesso. Eu o ignoro o máximo que consigo e termino de comer.
— Estava muito bom, querida — meu pai elogia Karen quando ela começa a tirar a mesa. Ele olha para Tessa, e então para a esposa. — Quando você terminar, por que não vamos, eu, você e Christian, ao Dairy Queen? Faz tempo que não vou lá…
Karen assente com um entusiasmo forçado, e Christian levanta para ajudá-la.
— Podemos conversar, por favor? — Dulce me surpreende quando fica de pé.
— Sim, claro. — Eu a acompanho escada acima até o quarto em que ela está hospedada.
Não sei se ela vai gritar comigo ou chorar quando fecha a porta.
— Eu vi o bolo… — Decido falar primeiro.
— Viu? — Ela parece quase desinteressada quando senta à beira da cama.
— Sim… foi… legal da sua parte.
— É…
— Me desculpa por ter ido à festa em vez de ficar com você.
Ela fecha os olhos por alguns segundos e respira fundo antes de voltar a abri-los.
— Tudo bem — ela diz com uma voz monótona.
O modo como olha pela janela sem qualquer emoção no rosto me dá um arrepio. Parece que a vida foi sugada de seu corpo… Alguém sugou a vida de seu corpo. Eu.
— Sinto muito, de verdade. Não pensei que você quisesse me ver, você disse que estava ocupada.
— Como assim? Fiquei esperando duas horas, e você falou que ia chegar em trinta minutos. — Ela ainda parece alheia, e os pelos de minha nuca se eriçam.
— Do que você está falando?
— Você disse que ia vir aqui, mas não veio. Simples assim. — Queria muito que ela gritasse comigo.
— Eu não disse isso. Perguntei se você queria ir à festa e até mandei mensagem e liguei para você ontem, mas você não respondeu nem atendeu.
— Uau. Você deve ter enchido a cara — ela diz lentamente, e eu levanto e paro na sua frente.
Apesar de eu estar aqui, ela não olha para mim. Olha para o nada, e isso é bem irritante. Estou acostumado com a intensidade dela, a teimosia, as lágrimas… mas não com isso.
— Como assim? Eu liguei para você…
— Sim, à meia-noite.
— Sei que não sou tão inteligente como você, mas estou bem confuso agora — digo a ela.
— Por que você mudou de ideia? Por que não veio? — ela pergunta.
— Eu não sabia que era para vir aqui. Mandei uma mensagem dizendo ‘oi’, mas você não respondeu.
— Respondi, sim, e você também. Disse que não estava se divertindo e perguntou se podia vir aqui.
— Não… eu não fiz isso. — Ela bebeu ontem?
— Fez, sim. — Ela me entrega seu celular.
“Uma merda. Posso ir aí?”
“Sim, em quanto tempo você chega?”
“Trinta minutos.”
Que por/ra é essa?
— Não fui eu que mandei essas mensagens. — Tento relembrar o que aconteceu ontem à noite.
Vesh, será que ele está falando a verdade? Me parece que sim.
Mas, então quem foi?
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Mais um ano que se passa, e nós aqui, firme e forte. Vocês sabem o que passamos, o que vivemos, o que sentimos... Enfim, tudo. Nada e nem ninguém vai tirar da minha cabeça que tudo foi real, sim, nada de mentiras ou marketing. Todas as trocas de olhares, todos os beijos, todos os abraços, todos os contatos... TUDO, exatamente tudo, f ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1969
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anyvondy23 Postado em 18/08/2021 - 14:55:32
Vindo ler de novo porque não concluí rsrs
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dayanerodrigues Postado em 09/08/2020 - 18:39:14
A música é a cara da música SÓ HOJE do Jota Quest Até parece que é o Christopher ta Cantando pra ela
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dmsavinom Postado em 09/09/2019 - 22:55:04
Esse livro e o muito bom, parece que já lançaram por filme, eu não assisti mais estou mega anciosa para assistir, mesmo eles tendo cortado um cado de coisas,, e terem deixado a história menos abusiva, para mais romântica.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:00:49
e em nenhum momento vi ela mencionar os créditos a Anna e mesmo que ela não esteja mais ATIVA nessa conta, eu precisava dizer isso aqui, a usuária estava repostando uma história, mundialmente famosa, que não era sua, ainda por cima não deu os devidos créditos a verdadeira autora, eu sou ESCRITORA e só eu sei o que passo para conseguir escrever cada capítulo das minhas fanfics, uma vez fui vítima de plágio e sinceramente não desejo isso a ninguém, então eu precisava vim aqui, como dever de cidadã falar que isso que essa usuária fez, de repostar uma história que não era SUA e ainda por cima fazer os leitores acharem que a história lhe pertencia, sem dar os devidos créditos a autora, isso é claramente PLÁGIO, me desculpem, não gosto de causar confusão, eu apenas precisava dizer isso, como fã da Anna e do belo trabalho dela, e EU se eu repostar uma fanfic, eu obviamente vou dar os créditos a autora original,, enfim, era só isso.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 21:54:06
Eu conheço essa história, na verdade é uma série de livros, nomeada After, Anna Todd começou a postar no wattpad, e alguns dias um escritor famoso a descobriu e hoje em dia ela é uma das maiores escritoras do mundo, conhecida mundialmente pelo sucesso avassalador de After, eu estava aqui olhando, para baixar o pdf de after, quando li a sinopse dessa fanfic, que é completamente igual a after, e para piorar TODOS os capítulos são iguaizinhos, foi ai que notei que a escritora repostou sim a história de after, no total são seis livros, ela parou na quinta temporada, eu sou leitora fiel da Anna a acompanhei no wattpad, lendo e me apaixonei pela história de after, foi então que vim aqui como leitora da Anna, avisa aos leitores, ou a escritora esqueceu de colocar os créditos ou ela queria que seus leitores acreditassem que essa fanfic maravilhosa era dela, eu olhei a sinopse, procurei no primeiro.
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bustamante Postado em 11/07/2017 - 18:27:14
Pelo amor, termina sério é muito foda essa Fic, juro ..
Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:13:11
Se você pesquisar assim " Série After" na internet vai aparecer todos os livros ;)
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Rebeca Postado em 03/12/2016 - 19:00:57
A conta que eu postava aqui foi excluida, por tanto não tem como eu finalizar mais essa fanfic. Mas estou com uma história nova, pra quem quiser o link: https://m.fanfics.com.br/fanfic/55473/justica-vondy-vondy
ludmilla Postado em 07/12/2016 - 04:56:10
mulherrr to nem acreditando nisso, foi uma história q eu fiquei envolvida desde o início e agr saber n vai ter mais um fim é mt difícil.
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stellabarcelos Postado em 06/11/2016 - 14:04:27
Vence fazendo o Christopher ver as coisas por uma outra perspectiva foi incrível! Esses dois estão cada vez mais quentes!! Noooossa, o Christopher transou com meio mundo em Caraca hahaha
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leticia Postado em 28/10/2016 - 18:05:09
A dulce bebada gica bem mais solta kkkk coragem de fazer isso dentro de um lugar cheio de pessoas kkkkk ri mt
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Natalya Andrade Postado em 23/10/2016 - 00:00:35
Esses dois sao o casal mais louco que eu ja vi ! Como assim transar numa balada kkkk coragem. E nao gostei muito desse professor da Dulce morando em seattle... Foi estranho !