Fanfic: After Love || Vondy | Tema: Vondy
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POV DULCE
— Wisconsin! — Karen grita, batendo palmas e apontando para um caminhão que ultrapassamos.
Não consigo segurar o riso ao ver a expressão horrorizada de Christopher.
— Pu/ta que pa/riu — ele bufa, deitando a cabeça no encosto do assento.
— Quer parar? Ela está se divertindo — eu repreendo.
— Texas! — grita Christian.
— Abre a porta, eu vou pular — Christopher acrescenta.
— Quanto drama — eu provoco, olhando para ele. — E daí que ela gosta de fazer a brincadeira das placas de carro? Pensei que você fosse se identificar… você e os seus amigos gostam de um monte de brincadeiras idiotas, tipo verdade ou consequência.
Antes que Christopher possa dar uma resposta engraçadinha, Karen diz:
— Estamos muito felizes por vocês irem conhecer o barco e o chalé! — Eu olho para ela.
— Chalé? — pergunto.
— Sim, temos um chalezinho na beira da praia. Acho que você vai gostar, Dulce — ela fala. Fico aliviada ao descobrir que não vou precisar dormir no barco, como imaginava.
— Espero que faça sol… o tempo até que está bom para fevereiro. É ainda melhor no verão. Quem sabe não podemos voltar no meio do ano? — Victor sugere, olhando pelo retrovisor.
— Sim — Christian e eu respondemos em uníssono.
Christopher revira os olhos. Pelo jeito ele vai continuar se comportando como um menino birrento durante todo o trajeto.
— Está tudo pronto para Seattle, Dulce? — Victor pergunta. — Conversei com o Peter ontem e ele está bem contente por poder contar com você.
Sinto os olhos de Christopher sobre mim, mas não vou me deixar intimidar.
— Vou começar a arrumar tudo quando voltar, mas já me matriculei no novo campus — eu conto.
— Aquele campus não chega nem aos pés do meu — provoca Victor, e Karen dá risada. — Estou brincando, é um bom campus. Se tiver algum problema, é só me falar.
Eu abro um sorriso, feliz por saber que ele está do meu lado.
— Obrigada, pode deixar.
— Por falar nisso — ele continua — na semana que vem vamos receber um professor vindo do campus de Seattle. Ele vai substituir um dos nossos professores de religião.
— Ah, qual deles? — Christian pergunta, me olhando com uma sobrancelha levantada.
— O mais novo, Soto. — Victor olha pelo retrovisor de novo. — Ele dá aula para vocês, não é?
— Dá, sim — responde Christian.
— Não lembro para onde ele vai, mas acho que pediu transferência — conta Victor.
— Que bom — Christian comenta baixinho, mas eu percebo e abro um sorriso. Nenhum de nós dois gostamos muito do estilo e da falta de rigor acadêmico do professor Soto. Mas eu gostei do diário que ele pediu para escrevermos.
A voz suave de Karen interrompe meus pensamentos:
— Vocês já sabem onde vão morar?
— Não. Eu tinha encontrado um apartamento, ou pelo menos pensei que sim, mas a mulher simplesmente sumiu. Era perfeito, dentro do meu orçamento e perto da editora — eu conto.
Christopher fica um pouco inquieto do meu lado, e sinto vontade de acrescentar que ele não vai comigo para Seattle, mas espero usar essa viagem para fazê-lo mudar de ideia, então fico quieta.
— Eu tenho alguns amigos em Seattle, Dulce. Posso conseguir um lugar para você até segunda-feira, se quiser — oferece Victor.
— Não precisa — Christopher se apressa em responder.
Eu olho para ele.
— Na verdade, seria ótimo — respondo para Victor pelo retrovisor. — Caso contrário vou ter que gastar uma fortuna ficando num hotel até conseguir um lugar para alugar.
Christopher mais uma vez dispensa a oferta de seu pai.
— Não precisa. Tenho certeza de que Sandra vai entrar em contato.
Que estranho, penso comigo mesma e me viro para ele.
— Como você sabe o nome dela? — pergunto.
— Quê? — Ele pisca algumas vezes. — Foi você que falou, umas mil vezes.
— Ah — respondo, e ele põe a mão na minha perna, apertando de leve.
— Bom, se precisar de alguma coisa é só me falar — Victor oferece outra vez.
***
Uns vinte minutos depois, Karen se vira para nós outra vez, toda animada.
— Que tal brincar de ‘o que estou vendo’?
Christian abre um sorriso de divertimento.
— É, Christopher, que tal?
Christopher encosta a cabeça no meu ombro e me envolve com o braço.
— Estou fora. Quer dizer, é uma ótima ideia, mas está na hora do meu cochilo. Mas com certeza Dulce e Christian vão adorar.
Apesar da resposta irônica, gosto da demonstração de carinho em público e abro um sorriso. Lembro de quando Christopher só conseguia segurar minha mão por baixo da mesa na casa de seu pai, mas agora ele não vê problema nenhum em me abraçar na frente da família toda.
— Certo! Eu começo — Karen diz. — O que estou vendo agora é uma coisa… azul! — ela grita. Christopher dá uma risadinha junto de mim.
— A camisa do Victor — ele sussurra e se aconchega ainda mais.
— A tela do GPS? — arrisca Christian.
— Não.
— A camisa do Victor? — pergunto.
— Sim! É a sua vez, Dulce. — Christopher me dá um beliscão de leve, mas eu prefiro me concentrar no sorriso de Karen. Ela está exagerando um pouco com essas brincadeiras meio bobas, mas ela é um doce de pessoa, e não quero cortar seu barato.
— Certo, o que estou vendo agora é uma coisa — dou uma olhada para Christopher. — preta.
— A alma do Christopher! — Christian grita, e eu dou risada.
— Acertou! — respondo, ainda aos risos.
— Ótimo, então vocês bem que poderiam fazer silêncio para eu e a minha alma negra dormirmos em paz — ele reclama de olhos fechados.
Nós o ignoramos e continuamos, e alguns minutos depois a respiração de Christopher fica pesada, e ele começa a roncar junto ao meu pescoço. Ele resmunga alguma coisa antes de deitar a cabeça no meu colo e me abraçar pela cintura. Christian aproveita a deixa e começa a dormir também. Até Karen resolve tirar um cochilo.
Aproveito o silêncio para olhar pela janela e observar a bela paisagem da estrada.
— Estamos chegando, só faltam alguns quilômetros — Victor avisa para ninguém em particular. Balanço a cabeça e passo os dedos pelos cabelos macios de Christopher. Suas pálpebras se mexem um pouco, mas ele não acorda. Vou descendo os dedos por suas costas, admirando-o enquanto dorme tão tranquilamente, me abraçando com força.
Logo depois entramos em uma ruazinha ladeada por pinheiros. Em silêncio, observo quando entramos em outra rua e viramos uma esquina, e de repente estamos na praia. É lindo.
A água azul e cintilante cria um contraste deslumbrante com a costa. A grama, porém, está marrom depois de um inverno mais rigoroso que o normal. Não consigo nem imaginar como esse lugar deve ser lindo no verão.
— Chegamos — Victor avisa enquanto estaciona o carro.
Olho para a frente e vejo um enorme chalé de madeira. Claramente, a ideia da família Uckermann de um “chalezinho” é bem diferente da minha. O chalé diante de mim é uma construção de dois andares, feita de cerejeira escura, com uma varanda pintada de branco no andar de baixo.
— Christopher, acorda. — Passo o indicador em seu queixo.
Ele abre os olhos e pisca algumas vezes, confuso, e em seguida senta e esfrega os olhos.
— Querida, chegamos — Victor diz para sua esposa, que levanta a cabeça, seguida do filho. Ainda um pouco atordoado, Christopher leva nossas malas para dentro do chalé e Victor mostra a ele o quarto onde vamos ficar. Vou com Karen para a cozinha enquanto Christian leva sua bagagem para seu quarto.
O teto alto da sala é idêntico ao da cozinha, em escala menor. Demoro um pouco para entender por que esse ambiente me parece tão peculiar, mas então percebo que a cozinha daqui é uma versão menor mas igualmente elegante da cozinha da casa dos Uckermann.
— É muito lindo — digo para Karen. — Obrigada pelo convite.
— Eu é que agradeço, querida. É muito bom finalmente ter alguém para trazer para cá. — Ela sorri e abre a geladeira. — Estamos adorando receber vocês. Nunca imaginei que Christopher fosse participar de uma viagem em família. Sei que só vamos passar dois dias aqui, mas para Victor isso significa muita coisa — ela conta, falando baixinho para que ninguém ouça.
— Eu também estou contente por ele ter vindo. Acho que ele vai se divertir. — Digo essas palavras na esperança de que se tornem realidade.
Karen se vira para mim e segura minha mão.
— Vou sentir muito a sua falta quando você for para Seattle. Nunca tive a chance de passar muito tempo com Christopher, mas vou sentir falta dele também.
— Eu ainda vou estar por perto. São só duas horas de viagem — digo para tentar confortá-la, e a mim também.
Vou sentir saudade dela e de Victor. E não consigo nem pensar na partida iminente de Christian. Apesar de eu partir para Seattle antes de ele se mudar para Nova York, não estou pronta para ficar tão longe dele. Comigo em Seattle, pelo menos nós dois estaríamos no mesmo estado. Mas Nova York é longe, longe demais.
— Espero que sim. Sem o Christian, acho que vou ficar meio perdida. Me acostumei a ser mãe por quase vinte anos… — Ela começa a chorar. — Desculpa, é que estou muito orgulhosa dele. — Ela limpa as lágrimas com os dedos e olha ao redor da cozinha em busca de alguma tarefa que afaste aqueles sentimentos. — Acho que vocês três podem dar um pulo no mercado para mim enquanto Victor prepara o barco.
— Sim, claro — digo quando os três homens entram na cozinha.
Christopher vem ficar atrás de mim.
— Deixei as malas na cama para você desfazer. Eu sei que ia fazer tudo errado.
— Obrigada — respondo, feliz por ele não ter nem tentado. Ele gosta de enfiar as coisas de qualquer jeito nas gavetas, o que me deixa louca. — Falei para a Karen que a gente podia ir ao mercado enquanto seu pai prepara o barco.
— Tudo bem — ele diz, encolhendo os ombros.
— Você também. — Eu me viro para Christian, que faz que sim com a cabeça.
— O Christian sabe onde é. Fica aqui na rua mesmo. Dá para ir a pé ou de carro. As chaves estão penduradas perto da porta — Victor avisa quando saímos.
O tempo está bom para um dia de inverno, e o sol deixa a temperatura bem mais alta do que seria de esperar nessa época do ano. O céu está azul e quase sem nuvens. Ouço as ondas quebrando e sinto o cheiro da água salgada no ar a cada lufada do vento. Decidimos ir andando até o mercadinho no fim da rua, e me sinto bem à vontade de calça jeans e uma camisa de manga curta.
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— É tão gostoso aqui, parece que estamos isolados do mundo — digo para Christopher e Christian. — Nós estamos isolados do mundo. Ninguém vem para a praia no meio da po/rra do inverno — comenta Christopher. — Bom, eu acho muito gostoso — respondo, ignorando sua grosseria. — Enfim… — Christia ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1969
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anyvondy23 Postado em 18/08/2021 - 14:55:32
Vindo ler de novo porque não concluí rsrs
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dayanerodrigues Postado em 09/08/2020 - 18:39:14
A música é a cara da música SÓ HOJE do Jota Quest Até parece que é o Christopher ta Cantando pra ela
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dmsavinom Postado em 09/09/2019 - 22:55:04
Esse livro e o muito bom, parece que já lançaram por filme, eu não assisti mais estou mega anciosa para assistir, mesmo eles tendo cortado um cado de coisas,, e terem deixado a história menos abusiva, para mais romântica.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:00:49
e em nenhum momento vi ela mencionar os créditos a Anna e mesmo que ela não esteja mais ATIVA nessa conta, eu precisava dizer isso aqui, a usuária estava repostando uma história, mundialmente famosa, que não era sua, ainda por cima não deu os devidos créditos a verdadeira autora, eu sou ESCRITORA e só eu sei o que passo para conseguir escrever cada capítulo das minhas fanfics, uma vez fui vítima de plágio e sinceramente não desejo isso a ninguém, então eu precisava vim aqui, como dever de cidadã falar que isso que essa usuária fez, de repostar uma história que não era SUA e ainda por cima fazer os leitores acharem que a história lhe pertencia, sem dar os devidos créditos a autora, isso é claramente PLÁGIO, me desculpem, não gosto de causar confusão, eu apenas precisava dizer isso, como fã da Anna e do belo trabalho dela, e EU se eu repostar uma fanfic, eu obviamente vou dar os créditos a autora original,, enfim, era só isso.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 21:54:06
Eu conheço essa história, na verdade é uma série de livros, nomeada After, Anna Todd começou a postar no wattpad, e alguns dias um escritor famoso a descobriu e hoje em dia ela é uma das maiores escritoras do mundo, conhecida mundialmente pelo sucesso avassalador de After, eu estava aqui olhando, para baixar o pdf de after, quando li a sinopse dessa fanfic, que é completamente igual a after, e para piorar TODOS os capítulos são iguaizinhos, foi ai que notei que a escritora repostou sim a história de after, no total são seis livros, ela parou na quinta temporada, eu sou leitora fiel da Anna a acompanhei no wattpad, lendo e me apaixonei pela história de after, foi então que vim aqui como leitora da Anna, avisa aos leitores, ou a escritora esqueceu de colocar os créditos ou ela queria que seus leitores acreditassem que essa fanfic maravilhosa era dela, eu olhei a sinopse, procurei no primeiro.
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bustamante Postado em 11/07/2017 - 18:27:14
Pelo amor, termina sério é muito foda essa Fic, juro ..
Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:13:11
Se você pesquisar assim " Série After" na internet vai aparecer todos os livros ;)
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Rebeca Postado em 03/12/2016 - 19:00:57
A conta que eu postava aqui foi excluida, por tanto não tem como eu finalizar mais essa fanfic. Mas estou com uma história nova, pra quem quiser o link: https://m.fanfics.com.br/fanfic/55473/justica-vondy-vondy
ludmilla Postado em 07/12/2016 - 04:56:10
mulherrr to nem acreditando nisso, foi uma história q eu fiquei envolvida desde o início e agr saber n vai ter mais um fim é mt difícil.
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stellabarcelos Postado em 06/11/2016 - 14:04:27
Vence fazendo o Christopher ver as coisas por uma outra perspectiva foi incrível! Esses dois estão cada vez mais quentes!! Noooossa, o Christopher transou com meio mundo em Caraca hahaha
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leticia Postado em 28/10/2016 - 18:05:09
A dulce bebada gica bem mais solta kkkk coragem de fazer isso dentro de um lugar cheio de pessoas kkkkk ri mt
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Natalya Andrade Postado em 23/10/2016 - 00:00:35
Esses dois sao o casal mais louco que eu ja vi ! Como assim transar numa balada kkkk coragem. E nao gostei muito desse professor da Dulce morando em seattle... Foi estranho !