Fanfic: After Love || Vondy | Tema: Vondy
Eu dou um sorriso.
— Foi legal conhecer você também. Foi divertido. — Por um momento, chego a pensar em dar um abraço nela, mas seria forçar a barra, e acho que Christopher não ia gostar nem um pouco.
— Tchau — Christopher diz simplesmente, sem deter o passo.
Quando estamos quase no chalé percebo o quanto estou cansada. Ainda bem que falta pouco para chegarmos. Meus pés estão doendo, e o tecido desconfortável do vestido está pinicando minha pele.
— Meus pés estão doendo — reclamo.
— Vem cá, eu carrego você — Christopher se oferece. Como é? Eu dou risada.
Ele abre um sorriso inseguro.
— Por que está me olhando assim?
— Você está se oferecendo para me carregar.
— E daí?
— Nada, é que isso não é nem um pouco a sua cara. — Eu encolho os ombros, e ele chega mais perto de mim, passa os braços sob minhas pernas e me pega no colo.
— Eu faria qualquer coisa por você, Dulce. Não deveria ser surpresa eu te carregar até a maldita porta.
Não falo nada, só dou risada. Sem parar. Meu corpo é dominado pelas gargalhadas. Cubro minha boca para tentar suprimi-las, mas não consigo.
— Por que você está rindo? — Sua expressão é séria, impassível e ameaçadora.
— Não sei… isso foi engraçado — respondo.
Quando chegamos à varanda, ele me ajeita um pouco mais para o lado para poder abrir a porta.
— Eu dizer que faria qualquer coisa por você é engraçado?
— Você faria qualquer coisa por mim… menos mudar para Seattle, casar comigo e ter filhos? — Apesar de eu estar bêbada, ainda sou capaz de ver a ironia da situação.
— Não começa. Nós estamos bêbados demais para ter essa conversa agora.
— Ahhhh — rebato de forma imatura, embora saiba que ele está certo.
Christopher sacode a cabeça e sobe a escada. Eu me seguro em seu pescoço, e ele sorri para mim, apesar de parecer irritado.
— Não me solta — eu murmuro e ele me desliza um pouco mais para baixo. Eu me viro e envolvo sua cintura com as pernas, soltando um gemidinho ao sentir seu corpo junto ao meu.
— Shh. Se eu fosse soltar você — ele ameaça, — teria sido lá de cima.
Faço meu melhor para parecer horrorizada. Um sorriso malicioso aparece em seu rosto, e eu mostro a língua para ele, tocando a ponta de seu nariz.
Culpa do uísque.
No fim do corredor, uma luz se acende, e Christopher aperta o passo na direção do quarto em que estamos dormindo.
— Você acordou os dois — ele diz ao me colocar na cama. Eu me inclino para a frente para tirar os sapatos, esfregando os tornozelos doloridos e largando os calçados monstruosos no chão.
— Culpa sua — eu digo ao passar por ele e abro a gaveta da cômoda para pegar algo confortável para dormir. — Esse vestido está me matando — resmungo, tentando abrir o zíper nas costas. Seria bem mais fácil fazer isso sóbria.
— Deixa comigo. — Christopher se posiciona atrás de mim e afasta minha mão. — Que diabo é isso?
— O quê?
Ele passa os dedos pela minha pele, me deixando toda arrepiada.
— Sua pele está vermelha. Esse vestido deixou você toda marcada. — Ele põe o dedo em um ponto logo abaixo do meu ombro e empurra o tecido para baixo até o vestido cair no chão.
— Estava bem desconfortável.
— Dá para ver. — Ele fica de frente para mim, com o desejo estampado nos olhos. — Só eu posso deixar você marcada.
Eu engulo em seco. Ele está bêbado, brincalhão, e seus olhos revelam tudo o que está pensando.
— Vem cá. — Ele dá um passo na minha direção, eliminando a pequena distância entre nós. Está completamente vestido, enquanto eu estou só de calcinha e sutiã.
Eu balanço a cabeça.
— Não… — Sei que tenho alguma coisa para dizer para ele, mas não consigo lembrar o que é. Não consigo lembrar nem o meu nome quando ele me olha assim.
— Sim — ele rebate, e eu dou um passo atrás.
— Eu não vou transar com você.
Ele me segura pelo braço e leva a outra mão aos meus cabelos, puxando-os de leve e me obrigando a encará-lo. Sinto sua respiração sobre meu rosto, e seus lábios estão a poucos centímetros dos meus.
— E por que não? — ele pergunta.
— Porque… — Enquanto minha mente procura uma resposta, meu subconsciente implora para o restante das minhas roupas serem arrancadas. — Estou chateada com você.
— E daí? Eu também estou chateado com você. — Seus lábios roçam minha pele, percorrendo o contorno do meu queixo. Meus joelhos enfraquecem, e meus pensamentos ficam enevoados.
Eu enrugo a testa e pergunto:
— Chateado por quê? Eu não fiz nada. — Sinto um frio no estômago quando sua mão desliza para a lateral da minha cintura, me apertando de leve.
— O seu showzinho no bar foi suficiente para me mandar para o hospício, sem contar que você resolveu desfilar pela cidade com aquele babaca daquele garçom. Você me desrespeitou na frente de todo mundo ficando com ele. — Seu tom de voz é ameaçador, mas seus lábios são suaves enquanto deslizam pelo meu pescoço. — Eu te quero muito, estava morrendo de tesão por você naquele bar de merda. Depois de te ver dançar daquele jeito, só queria que a gente fosse para o banheiro para eu poder te comer encostada na parede. — Ele se encosta em mim, e sinto o quanto seu pa/u está duro.
Por mais que eu também queira, não posso permitir que ele ponha a culpa de tudo em mim.
— Você… — eu fecho os olhos, me concentrando na sensação de suas mãos e seus lábios em mim. — Foi você… — Não consigo formar um pensamento coerente, muito menos uma frase. — Para. — Seguro suas mãos para ele parar de me acariciar.
Os olhos dele brilham, e ele deixa as mãos caírem junto do corpo.
— Você não me quer?
— Claro que quero, eu sempre quero. Mas é que… eu deveria estar brava.
— Fica brava amanhã — ele diz com seu sorriso diabólico.
— Eu sempre faço isso, preciso…
— Shh… — Ele cala minha boca com um beijo ardente. Meus lábios se abrem, e ele tira vantagem disso, agarrando meu cabelo de novo, enfiando a língua na minha boca e apertando meu corpo contra o dele o máximo possível. — Me pega — ele pede, segurando minhas mãos. Não precisa nem pedir duas vezes. Eu quero tocá-lo, e ele precisa do meu toque. É assim que nós resolvemos as coisas e, apesar de não ser nada saudável, não é isso que parece quando ele está me beijando desse jeito e pedindo para ser tocado.
Eu me complico com os botões de sua camisa, e ele solta um grunhido impaciente, puxando a camisa com as duas mãos e arrancando os botões.
— Eu gostei dessa camisa — digo com a boca colada à sua, e ele sorri.
— Eu odiei.
Arranco a camisa de seus ombros e a deixo cair no chão. Sua língua passeia lentamente pela minha boca, e estou me derretendo toda em seus braços e em seu beijo sedento e ao mesmo tempo inacreditavelmente carinhoso. Sinto toda a raiva e a frustração em seus lábios, mas ele faz de tudo para esconder. Está sempre escondendo alguma coisa.
— Eu sei que você vai me abandonar em breve — ele diz, passando a língua no meu pescoço de novo.
— Quê? — Eu me afasto um pouco, surpresa com suas palavras, e confusa também.
Meu coração está doendo por ele, e a bebida me torna ainda mais sensível a seus sentimentos. Sou apaixonada por ele, muito. Mas ele faz eu me sentir tão fraca, tão vulnerável. Quando permito a mim mesma acreditar que ele está preocupado, triste ou chateado com o que quer que seja, é como se todos os meus sentimentos ficassem em segundo plano, e só consigo me concentrar nele.
— Eu te amo tanto — ele murmura, passando o polegar pelos meus lábios. Seu peito nu é uma visão do paraíso em contraste com o jeans escuro, e sei que estou completamente dominada por ele.
— Christopher, o que…
— Depois a gente conversa. Quero sentir você. — Ele me leva para a cama, e tento ignorar meus pensamentos, que gritam para eu fazê-lo parar, para não ceder. Mas não consigo.
Não sou forte o suficiente para me segurar quando suas mãos ásperas sobem pelas minhas coxas, afastando-as de leve, e ele me provoca passando o dedo indicador por cima da calcinha.
— Camisinha — digo ofegante, e seus olhos vermelhos encontram os meus.
— E se a gente não usar? E se eu go/zar dentro de você, não seria…
Mas ele se interrompe, e fico aliviada. Acho que não estou preparada para o que ele ia dizer. Ele se levanta, fica de pé, e vai até a mala que está no chão. Eu me deito, olhando para o teto, tentando me livrar dos meus pensamentos embriagados. Eu preciso mesmo ir para Seattle? Seattle é importante o suficiente para me fazer perder Christopher? A dor que atravessa o meu corpo quando penso nisso é quase insuportável.
— Está de brincadeira comigo, po/rra? — ele diz do outro lado do quarto.
Quando eu me sento, vejo que ele está olhando para um pedaço de papel em sua mão.
— Que po/rra é essa? — ele pergunta, me encarando.
— O quê? — Olho para o chão: meu vestido está caído no piso escuro de madeira junto com meus sapatos. A princípio fico meio confusa, mas então vejo meu sutiã caído no chão. Merda. Levanto de um pulo e tento arrancar o papel da mão dele.
— Nem tenta dar uma de idiota… Você pegou a po/rra do telefone dele? — Ele está de queixo caído, segurando o papel acima da cabeça para me impedir de pegá-lo.
— Não é nada disso, eu estava brava e ele…
— O ca/ralho! — ele grita.
Lá vamos nós. Eu conheço esse olhar. Ainda lembro da primeira vez que o vi em seu rosto. Ele estava derrubando uma cristaleira na casa de seu pai a primeira vez que vi suas feições contorcidas dessa maneira.
— Christopher…
— Vai em frente, pode ligar para ele. Pode dar para ele… porque eu com certeza não vou querer comer você.
— Não exagera — eu peço. Estou bêbada demais para entrar nessa gritaria com ele.
— Não exagera? Acabei de encontrar o telefone de outro cara dentro do seu vestido — ele diz entre os dentes cerrados.
— Você não é nenhum santinho também — comento enquanto ele caminha de um lado para o outro. — Se vai gritar comigo, poupe sua saliva. Já estou cansada de brigar com você todo santo dia — digo com um suspiro.
Ele aponta para mim, furioso.
— É você que faz isso! Está sempre me deixando louco. Eu sou assim por culpa sua, e você sabe!
— Não! Não é nada disso. — Eu me esforço para manter minha voz sob controle. — Você não pode me culpar por tudo. Nós dois cometemos erros.
— Não, você comete erros. Uma tonelada de erros, e eu estou de saco cheio. — Ele puxa os próprios cabelos. — Você acha que eu quero ser assim? Não, po/rra! É você que faz isso comigo!
Eu fico em silêncio.
— Vai em frente, pode chorar — ele diz, me ironizando.
— Eu não vou chorar.
Ele arregala os olhos.
— Ora, ora, que surpresa. — Ele começa a aplaudir da maneira mais degradante possível.
Eu dou risada, o que o faz parar.
— Por que você está rindo? — Ele me encara por um instante. — Me responde.
Eu balanço a cabeça.
— Você é doente. Tipo, totalmente perturbado.
— E você é uma vagabunda egoísta. Grande novidade — ele esbraveja, e minha risada cessa na hora.
Levanto da cama sem dizer uma palavra, sem derramar uma lágrima, e pego na gaveta da cômoda uma camiseta e um short, que visto rapidamente enquanto ele me observa.
— Aonde você pensa que vai? — ele pergunta.
— Me deixa em paz.
— Não, vem cá. — Ele me segura, e sinto uma vontade quase incontrolável de dar um tapa na cara dele, mas sei que ele vai conseguir se esquivar.
— Não, me larga! — Eu me desvencilho dele. — Chega. Chega desse vaivém. Estou cansada, exausta, e não quero mais isso para mim. Você não me ama, você quer ser meu dono, e isso não vai acontecer. — Olho bem no fundo de seus olhos brilhantes e digo: — Você é doente, Christopher, e eu não tenho a cura para o seu problema.
Sua cara de raiva se desfaz quando ele se dá conta do que fez comigo, e com ele mesmo. Christopher fica parado diante de mim sem demonstrar nenhuma emoção. Seus ombros desabam, seus olhos perdem o brilho e uma expressão vazia se instala em seu rosto. Não tenho mais nada para dizer, e ele não tem mais nada para destruir dentro de mim ou dele mesmo. Pela maneira como fica pálido, vejo que enfim ele caiu na real.
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1969
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anyvondy23 Postado em 18/08/2021 - 14:55:32
Vindo ler de novo porque não concluí rsrs
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dayanerodrigues Postado em 09/08/2020 - 18:39:14
A música é a cara da música SÓ HOJE do Jota Quest Até parece que é o Christopher ta Cantando pra ela
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dmsavinom Postado em 09/09/2019 - 22:55:04
Esse livro e o muito bom, parece que já lançaram por filme, eu não assisti mais estou mega anciosa para assistir, mesmo eles tendo cortado um cado de coisas,, e terem deixado a história menos abusiva, para mais romântica.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:00:49
e em nenhum momento vi ela mencionar os créditos a Anna e mesmo que ela não esteja mais ATIVA nessa conta, eu precisava dizer isso aqui, a usuária estava repostando uma história, mundialmente famosa, que não era sua, ainda por cima não deu os devidos créditos a verdadeira autora, eu sou ESCRITORA e só eu sei o que passo para conseguir escrever cada capítulo das minhas fanfics, uma vez fui vítima de plágio e sinceramente não desejo isso a ninguém, então eu precisava vim aqui, como dever de cidadã falar que isso que essa usuária fez, de repostar uma história que não era SUA e ainda por cima fazer os leitores acharem que a história lhe pertencia, sem dar os devidos créditos a autora, isso é claramente PLÁGIO, me desculpem, não gosto de causar confusão, eu apenas precisava dizer isso, como fã da Anna e do belo trabalho dela, e EU se eu repostar uma fanfic, eu obviamente vou dar os créditos a autora original,, enfim, era só isso.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 21:54:06
Eu conheço essa história, na verdade é uma série de livros, nomeada After, Anna Todd começou a postar no wattpad, e alguns dias um escritor famoso a descobriu e hoje em dia ela é uma das maiores escritoras do mundo, conhecida mundialmente pelo sucesso avassalador de After, eu estava aqui olhando, para baixar o pdf de after, quando li a sinopse dessa fanfic, que é completamente igual a after, e para piorar TODOS os capítulos são iguaizinhos, foi ai que notei que a escritora repostou sim a história de after, no total são seis livros, ela parou na quinta temporada, eu sou leitora fiel da Anna a acompanhei no wattpad, lendo e me apaixonei pela história de after, foi então que vim aqui como leitora da Anna, avisa aos leitores, ou a escritora esqueceu de colocar os créditos ou ela queria que seus leitores acreditassem que essa fanfic maravilhosa era dela, eu olhei a sinopse, procurei no primeiro.
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bustamante Postado em 11/07/2017 - 18:27:14
Pelo amor, termina sério é muito foda essa Fic, juro ..
Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:13:11
Se você pesquisar assim " Série After" na internet vai aparecer todos os livros ;)
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Rebeca Postado em 03/12/2016 - 19:00:57
A conta que eu postava aqui foi excluida, por tanto não tem como eu finalizar mais essa fanfic. Mas estou com uma história nova, pra quem quiser o link: https://m.fanfics.com.br/fanfic/55473/justica-vondy-vondy
ludmilla Postado em 07/12/2016 - 04:56:10
mulherrr to nem acreditando nisso, foi uma história q eu fiquei envolvida desde o início e agr saber n vai ter mais um fim é mt difícil.
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stellabarcelos Postado em 06/11/2016 - 14:04:27
Vence fazendo o Christopher ver as coisas por uma outra perspectiva foi incrível! Esses dois estão cada vez mais quentes!! Noooossa, o Christopher transou com meio mundo em Caraca hahaha
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leticia Postado em 28/10/2016 - 18:05:09
A dulce bebada gica bem mais solta kkkk coragem de fazer isso dentro de um lugar cheio de pessoas kkkkk ri mt
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Natalya Andrade Postado em 23/10/2016 - 00:00:35
Esses dois sao o casal mais louco que eu ja vi ! Como assim transar numa balada kkkk coragem. E nao gostei muito desse professor da Dulce morando em seattle... Foi estranho !