Fanfics Brasil - 074 - Terceira Temporada. After Love || Vondy

Fanfic: After Love || Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 074 - Terceira Temporada.

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POV CHRISTOPHER


Minha boca não para de falar coisas das quais minha mente discorda. É como se eu não tivesse nenhum controle sobre ela. É claro que eu não quero que ela vá embora. Quero abraçá-la e beijar seu cabelo. Quero dizer que faço qualquer coisa por ela, que posso mudar por ela e que vou amá-la até morrer. Em vez disso, saio andando e a deixo sozinha.


Ouço seus movimentos no quarto. Sei que deveria ir até lá e fazê-la parar de arrumar as malas, mas para quê? Ela vai embora na segunda-feira, de qualquer forma; pode muito bem ir logo agora. Ainda estou abismado por ela ter sugerido um namoro à distância. Nunca ia dar certo, ela a horas de distância de mim, nós dois no falando ao telefone uma ou duas vezes por dia, sem poder dormir na mesma cama. Eu não iria aguentar.


Se não estivermos mais juntos, pelo menos não vou me sentir culpado se beber ou fizer qualquer coisa que me dê na telha… Mas quem estou querendo enganar? Eu não quero fazer coisa nenhuma. Prefiro passar o dia todo no sofá sendo obrigado a ver episódio após episódio de Friends com ela a ficar um minuto fazendo algo sem Dulce.


Instantes depois, Dulce aparece no corredor arrastando duas malas. Sua bolsa está pendurada no ombro, e seu rosto está pálido.


— Acho que não esqueci nada além de alguns livros, mas posso comprar outros — ela diz com a voz grave e embargada.


Então é isso, este é o momento que venho temendo desde o dia em que conheci essa garota. Ela está me abandonando, e não estou fazendo nada para impedi-la. Na verdade, não posso fazer nada. Ela sempre quis fazer coisas maiores, sempre quis estar com alguém melhor do que eu. Eu sabia disso desde o início. Só esperava que estivesse errado, como sempre.


Em vez disso tudo, digo apenas:


— Tudo bem.


— Certo. — Ela engole em seco e endireita os ombros. Quando estende o braço para pegar a chave, a bolsa escorrega de seu ombro. Não sei qual é o meu problema. Eu deveria fazer alguma coisa para impedi-la, ou ajudá-la, mas não consigo.


Dulce olha para mim.


— Bom, então é isso. Todas as brigas, a choradeira, o amor, as risadas… tudo isso foi por nada — ela diz baixinho. Não há raiva em suas palavras. Só uma neutralidade… vazia.


Faço que sim com a cabeça, incapaz de dizer qualquer coisa. Se eu conseguisse falar, tornaria as coisas mil vezes mais difíceis para nós dois. Tenho certeza.


Ela sacode a cabeça e abre a porta, mantendo-a aberta com o pé enquanto arrasta as malas para fora.


Quando atravessa a porta, ela olha para mim e diz tão baixinho que quase não consigo ouvir:


— Eu sempre vou te amar. Espero que saiba disso.


Para de falar, Dulce. Por favor.


— E outra pessoa também vai te amar, tanto quanto eu, espero.


— Shh — eu peço. Não vou aguentar ouvir isso.


— Você não vai ficar sozinho para sempre. Sei que eu falei isso, mas, se você procurar ajuda, aprender a controlar sua raiva, pode encontrar alguém…


Engulo a bile que sobe pela minha garganta e vou até a porta.


— Vai embora de uma vez — eu digo e fecho a porta na cara dela. Consigo ouvir seu suspiro de susto através da madeira maciça.


Acabei de bater a porta na cara dela, o que é que eu tenho na po/rra da minha cabeça?


Começo a entrar em pânico e deixo a dor tomar conta de mim. Eu me segurei por muito tempo, mal consegui me controlar, até ela ir embora. Passo as mãos pelos cabelos, caio de joelhos no chão de cimento e simplesmente não sei o que fazer. Sou oficialmente o maior imbecil do mundo, e não posso fazer nada a respeito.


Parece tudo muito simples: é só ir para Seattle com ela e viver feliz para sempre, mas não é bem assim. Tudo vai ser diferente por lá: ela vai ficar ocupada com o estágio e as aulas, vai fazer novas amizades, experimentar coisas diferentes, coisas melhores, e me esquecer. Não vai mais precisar de mim. Limpo as lágrimas que se acumulam nos meus olhos.


Como é? Pela primeira vez, percebo o quanto estou sendo egoísta. Fazer novas amizades? Qual é o problema de fazer novas amizades e experimentar coisas novas? Eu estaria ao lado dela, compartilhando suas novas experiências. Por que fiz de tudo para impedir que ela fosse para Seattle em vez de aproveitar essa oportunidade com ela? A oportunidade de provar que eu posso fazer parte de seus sonhos. Foi só isso que ela me pediu, e eu não fui capaz de fazer.


Se eu ligar agora mesmo, ela vai dar meia-volta, e eu posso arrumar minhas coisas e sair procurando um lugar, qualquer lugar, para a gente morar em Seattle…


Não, ela não vai voltar, não vai dar meia-volta. Ela me deu a chance de fazer alguma coisa para impedi-la de ir embora, mas eu nem tentei. Ela até tentou fazer com que eu me sentisse melhor enquanto eu assistia toda a fé que ela depositava em mim morrer diante dos meus olhos. Eu deveria ter oferecido algum consolo, e em vez disso fechei a porta na cara dela.


Você não vai ficar sozinho para sempre, ela falou. Mas ela está errada. Eu vou ficar, ela não. Vai encontrar alguém que vai amá-la como eu não fui capaz. Ninguém vai amar essa garota mais do que eu, mas talvez outro cara saiba demonstrar seu amor melhor que eu, fazê- la sentir que, apesar de todas as cagadas, ela tem alguém com quem pode contar sempre.


E ela merece isso. Quando penso que, para ter o que merece, ela precisa estar com outra pessoa, mal consigo respirar. Mas é assim que tem que ser. Eu deveria ter deixado ela ir muito tempo atrás, em vez de cravar minhas garras ainda mais fundo e fazê-la perder tempo comigo. Estou dividido. Uma parte de mim tem certeza de que ela vai voltar hoje mesmo, talvez amanhã, e me perdoar. Mas a outra parte do meu cérebro diz que ela está realmente de saco cheio de tentar dar um jeito em mim.


***


Algum tempo mais tarde, levanto do chão e vou arrastando os pés até o quarto. Quando chego lá, quase desabo outra vez. A pulseira que dei para ela está em cima de um pedaço de papel, junto com seu e-reader e um exemplar de O morro dos ventos uivantes. Pego a pulseira, passo os dedos pelo símbolo do infinito com corações e olho para a tatuagem no meu pulso.


Por que ela deixou isso aqui? Foi um presente de quando estava tentando desesperadamente demonstrar meu amor por ela. Eu precisava de seu amor e de seu perdão, e ela cedeu.


Para meu pavor, o papel sob a pulseira é a carta que escrevi para ela. Enquanto a desdobro para ler mais uma vez, sinto meu coração ser cortado ao meio e arremessado no chão frio. As lembranças invadem minha mente perturbada: a primeira vez que disse que a amava, depois voltei atrás; o encontro com a moreninha que tentei fazer com que se tornasse sua substituta; a maneira como me senti quando a vi parada na porta depois de ler a carta. Eu continuo lendo.


Você me ama quando não devia, e eu preciso de você. Sempre precisei e sempre vou precisar. Quando você me abandonou na semana passada, quase morri, fiquei perdido. Completamente perdido sem você. Saí com uma pessoa na semana passada. Não ia contar, mas não suporto a chance perdê-la novamente.


Meus dedos começam a tremer e quase rasgo o papel tentando mantê-lo parado para que eu possa ler.


Sei que você pode arrumar coisa melhor. Não sou romântico, nunca vou escrever um poema ou cantar uma música para você.
Não sou nem gentil.
Não posso prometer que não vou te magoar de novo, mas posso jurar que vou te amar até o dia em que morrer. Sou uma pessoa terrível, e não mereço você, mas espero que me dê a chance de recuperar sua fé em mim. Lamento a dor que causei, e entendo se não conseguir me perdoar.


Mas ela me perdoou. Sempre perdoou meus erros, mas não dessa vez. Eu deveria fazê-la recuperar a fé em mim, mas só o que fiz foi continuar magoando seus sentimentos. Minhas mãos trabalham rápido e rasgam em pedacinhos aquela confissão patética. Os pedaços flutuam por alguns segundos antes de cair no chão de cimento.


É isso, eu destruo tudo! Apesar de saber o quanto essa carta era importante para ela, eu a transformei em uma pilha de lixo.


— Não! Não, não, não! — Ajoelho no chão e tento freneticamente juntar os pedaços e restaurar a carta, mas são muitos pedaços e nenhum se encaixa, e eles continuam caindo das minhas mãos e flutuando de novo até o chão. Deve ter sido assim que ela se sentiu quando tentou dar um jeito em mim.


Fico de pé e chuto os pedaços no chão, mas acabo recolhendo tudo de novo e coloco na escrivaninha. Ponho um livro sobre os papéis para que eles não saiam voando e vejo que peguei justamente o exemplar de Orgulho e preconceito. Claro.


Deito na cama e fico esperando o barulho da fechadura, o som de seu retorno. Espero por horas e horas, mas o barulho nunca vem.



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Comentários do Capítulo:

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  • anyvondy23 Postado em 18/08/2021 - 14:55:32

    Vindo ler de novo porque não concluí rsrs

  • dayanerodrigues Postado em 09/08/2020 - 18:39:14

    A música é a cara da música SÓ HOJE do Jota Quest Até parece que é o Christopher ta Cantando pra ela

  • dmsavinom Postado em 09/09/2019 - 22:55:04

    Esse livro e o muito bom, parece que já lançaram por filme, eu não assisti mais estou mega anciosa para assistir, mesmo eles tendo cortado um cado de coisas,, e terem deixado a história menos abusiva, para mais romântica.

  • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:00:49

    e em nenhum momento vi ela mencionar os créditos a Anna e mesmo que ela não esteja mais ATIVA nessa conta, eu precisava dizer isso aqui, a usuária estava repostando uma história, mundialmente famosa, que não era sua, ainda por cima não deu os devidos créditos a verdadeira autora, eu sou ESCRITORA e só eu sei o que passo para conseguir escrever cada capítulo das minhas fanfics, uma vez fui vítima de plágio e sinceramente não desejo isso a ninguém, então eu precisava vim aqui, como dever de cidadã falar que isso que essa usuária fez, de repostar uma história que não era SUA e ainda por cima fazer os leitores acharem que a história lhe pertencia, sem dar os devidos créditos a autora, isso é claramente PLÁGIO, me desculpem, não gosto de causar confusão, eu apenas precisava dizer isso, como fã da Anna e do belo trabalho dela, e EU se eu repostar uma fanfic, eu obviamente vou dar os créditos a autora original,, enfim, era só isso.

  • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 21:54:06

    Eu conheço essa história, na verdade é uma série de livros, nomeada After, Anna Todd começou a postar no wattpad, e alguns dias um escritor famoso a descobriu e hoje em dia ela é uma das maiores escritoras do mundo, conhecida mundialmente pelo sucesso avassalador de After, eu estava aqui olhando, para baixar o pdf de after, quando li a sinopse dessa fanfic, que é completamente igual a after, e para piorar TODOS os capítulos são iguaizinhos, foi ai que notei que a escritora repostou sim a história de after, no total são seis livros, ela parou na quinta temporada, eu sou leitora fiel da Anna a acompanhei no wattpad, lendo e me apaixonei pela história de after, foi então que vim aqui como leitora da Anna, avisa aos leitores, ou a escritora esqueceu de colocar os créditos ou ela queria que seus leitores acreditassem que essa fanfic maravilhosa era dela, eu olhei a sinopse, procurei no primeiro.

  • bustamante Postado em 11/07/2017 - 18:27:14

    Pelo amor, termina sério é muito foda essa Fic, juro ..

    • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:13:11

      Se você pesquisar assim " Série After" na internet vai aparecer todos os livros ;)

  • Rebeca Postado em 03/12/2016 - 19:00:57

    A conta que eu postava aqui foi excluida, por tanto não tem como eu finalizar mais essa fanfic. Mas estou com uma história nova, pra quem quiser o link: https://m.fanfics.com.br/fanfic/55473/justica-vondy-vondy

    • ludmilla Postado em 07/12/2016 - 04:56:10

      mulherrr to nem acreditando nisso, foi uma história q eu fiquei envolvida desde o início e agr saber n vai ter mais um fim é mt difícil.

  • stellabarcelos Postado em 06/11/2016 - 14:04:27

    Vence fazendo o Christopher ver as coisas por uma outra perspectiva foi incrível! Esses dois estão cada vez mais quentes!! Noooossa, o Christopher transou com meio mundo em Caraca hahaha

  • leticia Postado em 28/10/2016 - 18:05:09

    A dulce bebada gica bem mais solta kkkk coragem de fazer isso dentro de um lugar cheio de pessoas kkkkk ri mt

  • Natalya Andrade Postado em 23/10/2016 - 00:00:35

    Esses dois sao o casal mais louco que eu ja vi ! Como assim transar numa balada kkkk coragem. E nao gostei muito desse professor da Dulce morando em seattle... Foi estranho !


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