Fanfics Brasil - 017 - Quarta Temporada. After Love || Vondy

Fanfic: After Love || Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 017 - Quarta Temporada.

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POV DULCE


Não consigo dormir. Tentei fechar os olhos e bloquear o mundo, ignorar o caos e o estresse da bagunça que é minha vida amorosa, mas não consigo. É impossível.


É impossível lutar contra a força irresistível que me atrai para o quarto de Christopher, que me implora para ficar perto dele. Ele está tão distante, e preciso saber por quê.


Tenho que saber se ele está se comportando assim por causa de alguma coisa que eu fiz, ou por causa de alguma coisa que eu não fiz. Preciso ter certeza de que não teve nada que ver com Zoraida e seu microvestido dourado, ou com Christopher estar perdendo o interesse em mim. Preciso saber.


Hesitante, levanto da cama e puxo a cordinha para acender a luminária. Estico o elástico fino em volta do meu pulso e junto os cabelos nas mãos, fazendo um rabo de cavalo. Em silêncio, atravesso o corredor na ponta dos pés e lentamente giro a maçaneta da porta do quarto de hóspedes, que se abre com um estalido.


Fico surpresa ao ver que a luminária está acesa e a cama, vazia. Lençóis escuros e cobertores estão embolados na beira da cama, mas Christopher não está no quarto.


Sinto um aperto no peito ao pensar que ele foi embora de Seattle e voltou para casa, para a casa dele. Sei que as coisas estavam estranhas entre nós, mas deveríamos conversar sobre o que quer que seja que esteja atormentando Christopher.


Quando dou uma olhada no quarto, fico aliviada ao ver sua mochila ainda no chão, as pilhas de roupas limpas e dobradas derrubadas, mas pelo menos ainda ali.


Adorei ver as mudanças em Christopher desde que ele chegou, há algumas horas. Ele está mais doce, mais calmo e até se desculpou sem que eu tivesse que arrancar as palavras dele. Apesar de ele estar sendo frio e distante agora, não posso ignorar as mudanças que uma semana separados parecem ter causado, e o impacto positivo que a distância entre nós teve sobre ele.


Atravesso o corredor em silêncio à procura dele. A casa está escura, e a única luz vem das pequenas luzes noturnas ao longo do piso dos corredores. Os banheiros, a sala de estar e a cozinha estão vazios, e não ouço nenhum barulho vindo do andar de cima. Mas ele deve estar lá em cima… talvez na biblioteca?


Torço para não acordar ninguém durante minha busca e quando fecho a porta da biblioteca escura e vazia, vejo uma fina faixa de luz por baixo da porta no fim do longo corredor.


Durante minha breve estada aqui, não fui para essa parte da casa, mas acho que Emily já havia mencionado vagamente que é onde ficam o cinema e a academia. Parece que Peter passa horas na academia.


A porta está destrancada, e eu a abro com facilidade. Sinto uma leve pontada de preocupação quando imagino que pode ser Peter, não Christopher, que está na sala. Isso seria muito constrangedor, e torço para não ser o caso.


As quatro paredes são cobertas por espelhos do chão ao teto e há máquinas enormes e intimidantes por toda a sala; a esteira é a única que reconheço. Pesos e mais pesos cobrem uma das paredes, e a maior parte do chão é forrada.


Olho para as paredes espelhadas e sinto um frio na barriga quando o vejo. Christopher, quatro Christophers, na verdade, está refletido nos espelhos. Ele está sem camisa, e seus movimentos são rápidos e agressivos. As mãos estão cobertas com a mesma fita preta que vi em Peter todos os dias essa semana.


Christopher está de costas para mim, os músculos tensos sob a pele clara enquanto levanta a perna para acertar o saco de pancada preto pendurado no teto. Ele dá um soco em seguida; um baque alto se segue ao movimento, e ele o repete com o outro punho.


Observo enquanto ele continua batendo e chutando o saco; ele parece tão violento, tão intenso, tão suado que mal consigo pensar direito enquanto o observo.


Com movimentos rápidos, ele chuta com a perna esquerda, depois com a direita, e então os dois punhos acertam o saco com fluidez. É incrível. Sua pele brilha e está coberta de suor, e o peito e a barriga estão um pouco diferentes de antes, mais definidos. Ele parece… maior.


A corrente de metal presa ao teto parece que vai arrebentar com a força de Christopher. Minha boca está seca e meus pensamentos ficam mais lentos enquanto o observo e ouço os gemidos altos que escapam quando ele começa a apenas socar o saco.


Não sei se é o gemido suave que emito enquanto olho para ele, ou se Christopher sentiu minha presença, mas ele para de repente. O saco continua balançando, pendurado pela corrente, e, olhando para mim, ele estende a mão para fazê-lo parar.


Não quero ser a primeira a falar, mas ele não me dá escolha quando continua olhando para mim com os olhos arregalados e bravos.


— Oi — digo com a voz baixa e rouca. Ele está ofegante.


— Oi — ele responde.


— O que… — tento me conter. — O que está fazendo?


— Não consegui dormir — ele respira com dificuldade. — O que você está fazendo acordada?


Ele pega a camiseta preta do chão e seca o suor do rosto. Eu engulo em seco. Não consigo encontrar forças para desviar o olhar de seu corpo suado.


— Hum, a mesma coisa que você. Não consegui dormir. — Abro um meio sorriso e olho para seu abdome definido, para os músculos que se movem em sincronia quando ele respira. Ele assente, mas não olha nos meus olhos, e não me controlo, preciso perguntar. — Eu fiz alguma coisa? Se eu fiz, podemos conversar e resolver.


— Não, você não fez nada.


— Então me diz qual é o problema, por favor, Christopher. Preciso saber o que está acontecendo. — Reúno o máximo de confiança que consigo. — Você… deixa pra lá. — A pouca confiança que eu tinha desaparece sob o olhar dele.


— Eu o quê? — Ele se senta em uma almofada preta e comprida, que eu acho que deve ser um tipo de banco de musculação. Depois de passar a camiseta pelo rosto de novo, ele a enrola na cabeça, prendendo os cabelos úmidos.


A faixa de cabeça improvisada é estranhamente adorável e muito atraente, tanto que me vejo com dificuldades para encontrar as palavras.


— Estou começando a pensar que talvez, sei lá, você… esteja começando a não gostar tanto de mim como gostava. — Essa frase parecia bem melhor dentro da minha mente. Ao dizê-la em voz alta, percebo como pareço ridícula e carente.


— O quê? — Ele apoia as mãos nos joelhos. — Como assim?


— Você ainda se sente atraído por mim… fisicamente? — pergunto. Eu não me sentiria tão envergonhada e insegura se ele não tivesse me rejeitado mais cedo. E também se a sra. Pernas Compridas Vestido Curto não tivesse ficado babando por ele bem na minha cara. Sem falar de como os olhos dele desceram lentamente pelo corpo dela…


— O quê… de onde você tirou isso? — Ele ainda está ofegante, e os pardais tatuados logo abaixo das clavículas parecem estar voando com os movimentos da respiração dele.


— Bom… — Apesar de eu ter dado mais alguns passos para dentro da sala, tomo o cuidado de deixar um espaço entre nós. — Mais cedo… quando a gente estava se beijando… você parou e mal me tocou desde então, e depois simplesmente levantou e foi dormir.


— Você acha mesmo que eu não me sinto mais atraído por você?


Ele abre a boca para continuar, mas de repente a fecha e permanece em silêncio.


— Isso passou pela minha cabeça — admito. De repente, começo a olhar para baixo como se o chão fosse fascinante.


— Isso não faz o menor sentido — ele começa. — Olha para mim. — Olho nos olhos dele, e Christopher suspira profundamente antes de continuar. — Não consigo nem imaginar de onde você tirou a ideia de que eu não me sinto mais atraído por você, Dulce. — Ele parece pensar no que disse e acrescenta: — Bom, acho que entendo por que você pensaria isso levando em conta como eu agi antes, mas não é verdade; literalmente não tem nada mais longe de ser verdade do que isso.


A dor no meu peito começa a diminuir aos poucos.


— Então o que é?


— Você vai me achar muito mórbido.


Ai, não.


— Por quê? Fala, por favor — imploro.


Observo seus dedos frustrados passarem pela barba rala no queixo; quase não tem pelo nenhum, provavelmente ele só ficou um dia sem se barbear.


— Só me ouve primeiro antes de ficar brava, está bem?


Concordo balançando a cabeça devagar, uma atitude que contradiz totalmente os pensamentos paranoicos que estão começando a tomar conta de mim.


— Eu tive um sonho, ou melhor, um pesadelo…


Sinto um aperto no peito e torço para que não seja tão ruim quanto ele está fazendo parecer que é. Por um lado, fico aliviada por ele estar chateado por causa de um pesadelo, e não um acontecimento real, mas por outro lado, sinto pena dele. Passou a semana toda sozinho, e dói saber que seus pesadelos voltaram.


— Continua — eu o incentivo com delicadeza.


— Com você… e o Pablo.


Ai, não.


— Como assim? — pergunto.


— Ele estava no nosso, no meu apartamento, e eu chegava em casa e o encontrava bem entre as suas pernas. Você estava gemendo o nome dele e…


— Tá bom, tá bom, já entendi — digo, levantando uma das mãos para interrompê-lo.


A expressão angustiada no rosto dele me faz manter a mão levantada por alguns segundos para que ele continuasse em silêncio, mas ele diz:


— Não, deixa eu contar.


Eu me sinto extremamente desconfortável por ter que ouvir Christopher falar sobre mim e Pablo na cama, mas se ele acha que precisa me contar, se me contar vai ajudá-lo a resolver, mordo minha língua e ouço.


— Ele estava em cima de você, foden/do você, na nossa cama. Você dizia que o amava. — Ele faz uma careta.


Toda a tensão e o comportamento estranho de Christopher desde que ele chegou a Seattle foram por causa de um sonho que ele teve comigo e com Pablo? Pelo menos isso ajuda a explicar por que ele me ligou no meio da noite passada dizendo que eu deveria ligar para o Pablo e falar para ele não vir mais me visitar em Seattle.


Enquanto olho para o homem de olhos pretos e rosto angustiado apoiado nas mãos, a paranoia e a frustração se dissolvem como açúcar na minha língua.



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15 POV CHRISTOPHER Quando ela diz meu nome, ele sai baixinho, suave, sua língua pronunciando a palavra com calma. Como se, ao dizer essa palavra, ela resumisse todos os seus sentimentos por mim, todas as vezes que a toquei, todas as vezes que ela provou que me ama, mesmo que parte de mim ainda não acredite. Dulce se aproxima, e posso ver o olhar compreensivo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1969



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  • anyvondy23 Postado em 18/08/2021 - 14:55:32

    Vindo ler de novo porque não concluí rsrs

  • dayanerodrigues Postado em 09/08/2020 - 18:39:14

    A música é a cara da música SÓ HOJE do Jota Quest Até parece que é o Christopher ta Cantando pra ela

  • dmsavinom Postado em 09/09/2019 - 22:55:04

    Esse livro e o muito bom, parece que já lançaram por filme, eu não assisti mais estou mega anciosa para assistir, mesmo eles tendo cortado um cado de coisas,, e terem deixado a história menos abusiva, para mais romântica.

  • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:00:49

    e em nenhum momento vi ela mencionar os créditos a Anna e mesmo que ela não esteja mais ATIVA nessa conta, eu precisava dizer isso aqui, a usuária estava repostando uma história, mundialmente famosa, que não era sua, ainda por cima não deu os devidos créditos a verdadeira autora, eu sou ESCRITORA e só eu sei o que passo para conseguir escrever cada capítulo das minhas fanfics, uma vez fui vítima de plágio e sinceramente não desejo isso a ninguém, então eu precisava vim aqui, como dever de cidadã falar que isso que essa usuária fez, de repostar uma história que não era SUA e ainda por cima fazer os leitores acharem que a história lhe pertencia, sem dar os devidos créditos a autora, isso é claramente PLÁGIO, me desculpem, não gosto de causar confusão, eu apenas precisava dizer isso, como fã da Anna e do belo trabalho dela, e EU se eu repostar uma fanfic, eu obviamente vou dar os créditos a autora original,, enfim, era só isso.

  • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 21:54:06

    Eu conheço essa história, na verdade é uma série de livros, nomeada After, Anna Todd começou a postar no wattpad, e alguns dias um escritor famoso a descobriu e hoje em dia ela é uma das maiores escritoras do mundo, conhecida mundialmente pelo sucesso avassalador de After, eu estava aqui olhando, para baixar o pdf de after, quando li a sinopse dessa fanfic, que é completamente igual a after, e para piorar TODOS os capítulos são iguaizinhos, foi ai que notei que a escritora repostou sim a história de after, no total são seis livros, ela parou na quinta temporada, eu sou leitora fiel da Anna a acompanhei no wattpad, lendo e me apaixonei pela história de after, foi então que vim aqui como leitora da Anna, avisa aos leitores, ou a escritora esqueceu de colocar os créditos ou ela queria que seus leitores acreditassem que essa fanfic maravilhosa era dela, eu olhei a sinopse, procurei no primeiro.

  • bustamante Postado em 11/07/2017 - 18:27:14

    Pelo amor, termina sério é muito foda essa Fic, juro ..

    • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:13:11

      Se você pesquisar assim " Série After" na internet vai aparecer todos os livros ;)

  • Rebeca Postado em 03/12/2016 - 19:00:57

    A conta que eu postava aqui foi excluida, por tanto não tem como eu finalizar mais essa fanfic. Mas estou com uma história nova, pra quem quiser o link: https://m.fanfics.com.br/fanfic/55473/justica-vondy-vondy

    • ludmilla Postado em 07/12/2016 - 04:56:10

      mulherrr to nem acreditando nisso, foi uma história q eu fiquei envolvida desde o início e agr saber n vai ter mais um fim é mt difícil.

  • stellabarcelos Postado em 06/11/2016 - 14:04:27

    Vence fazendo o Christopher ver as coisas por uma outra perspectiva foi incrível! Esses dois estão cada vez mais quentes!! Noooossa, o Christopher transou com meio mundo em Caraca hahaha

  • leticia Postado em 28/10/2016 - 18:05:09

    A dulce bebada gica bem mais solta kkkk coragem de fazer isso dentro de um lugar cheio de pessoas kkkkk ri mt

  • Natalya Andrade Postado em 23/10/2016 - 00:00:35

    Esses dois sao o casal mais louco que eu ja vi ! Como assim transar numa balada kkkk coragem. E nao gostei muito desse professor da Dulce morando em seattle... Foi estranho !


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