Fanfic: After Love || Vondy | Tema: Vondy
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— Ele não é tão ruim, acho — Noah comenta quando Christopher fecha a porta.
Solto uma risadinha nervosa.
— Como é? — Noah ergue as sobrancelhas para mim, e eu acrescento: — É que fiquei surpresa de ouvir você dizer isso. — Volto a encostar a cabeça em seu peito. A eletricidade que preenchia o ambiente poucos momentos antes já havia se dissipado.
— Não estou dizendo que acho legal que você ande com esse cara, mas ele me pareceu gente boa.
— Christopher não é nem um pouco gente boa — respondo, e Noah dá uma risadinha e me abraça. Se ele soubesse o que aconteceu entre nós dois, a maneira como nos beijamos, a forma como disse seu nome quando… Minha nossa, Dulce, para com isso.
Levanto a cabeça para dar um beijo no queixo de Noah, e ele sorri. Quero que Noah produza em mim a mesma sensação que Christopher. Eu me sento e me viro para encará-lo. Seguro seu rosto entre as mãos e colo meus lábios aos dele. Sua boca se abre, e ele retribui o beijo. Seus lábios são suaves… como seu beijo. Só isso não basta. Preciso de fogo, de paixão. Envolvo seu pescoço com as mãos e monto em seu colo.
— Epa, Dulce, o que você tá fazendo? — ele pergunta, e tenta me empurrar de leve.
— Quê? Nada, é que… Acho que estou com vontade de beijar você — respondo, olhando para baixo. Geralmente não me sinto desconfortável com Noah, mas quase nunca falamos sobre isso.
— Hã, certo… — ele diz, e eu o beijo outra vez.
Sinto seu calor, mas não seu fogo. Começo a remexer os quadris, na esperança de incendiá-lo. As mãos dele descem para minha cintura, mas ele me segura, detendo meu movimento. Sei que combinamos esperar até o casamento, mas estamos só nos beijando. Afasto suas mãos e continuo me esfregando nele. Por mais que tente beijá-lo com mais ardor, sua boca continua tímida e suave. Até percebo que ele está ficando excitado, mas mesmo assim não toma nenhuma atitude.
Sei que estou fazendo tudo isso pelos motivos errados, mas não estou nem aí — preciso saber se Noah é capaz de mexer comigo da mesma forma que Christopher. Não é Christopher que eu quero, e sim a sensação… certo?
Paro de beijar Noah e saio de cima de seu colo.
— Isso foi bom, Dulce. — Ele sorri, e eu retribuo o sorriso. Foi “bom”. Ele é cauteloso demais, mas o amo mesmo assim. Ligo de novo o filme e, alguns minutos depois, começo a cochilar.
— Acho melhor eu ir — diz Christopher. Seus olhos pretos me encaram.
— Aonde? — Não quero que ele vá.
— Vou ficar em um hotel aqui perto; volto amanhã de manhã — ele diz. Depois de alguns instantes, seu rosto se funde com o de Noah.
Dou um pulo de susto e esfrego os olhos. Noah, era Noah, não Christopher.
— Você está morrendo de sono, e não posso passar a noite aqui — Noah diz enquanto acaricia de leve meu rosto.
Quero que ele fique, mas tenho medo do que posso acabar vendo ou dizendo em meu estado semiadormecido. E, de qualquer forma, Noah claramente considera uma indecência dormir no meu quarto. Os dois são opostos perfeitos. Em todos os sentidos.
— Certo, obrigada por ter vindo — resmungo baixinho, e ele me beija de leve no rosto antes de levantar da cama.
— Eu te amo — Noah diz. Respondo com um aceno, afundo a cabeça no travesseiro e me deixo levar por sonhos dos quais nem me lembro.
Na manhã seguinte, acordo com uma ligação de Noah no meu celular. Ele diz que já está vindo, então pulo da cama e vou correndo tomar banho, pensando no que fazer com ele hoje. Não tem nada interessante aqui por perto, a não ser que a gente vá até o centro. Talvez seja bom mandar uma mensagem de texto para Christian perguntando o que há de divertido por aqui fora as festas de fraternidades. Ele deve ser o único entre meus amigos que pode me dar um bom conselho a esse respeito.
Decido vestir uma saia cinza de pregas e uma camisa azul, ignorando a voz de Christopher no fundo da minha mente dizendo que minhas roupas são feias, e me visto dentro da cabine do chuveiro. Noah está no corredor na frente da minha porta quando volto, ainda com a toalha na cabeça.
— Você está uma graça — ele diz com um sorriso, e põe o braço em meu ombro quando abro a porta.
— Só preciso pentear o cabelo e me maquiar — aviso, e pego o estojo de maquiagem de Anahí, que felizmente não o levou quando saiu. Vou precisar comprar algumas coisas para mim, agora que já estou me acostumando a usar.
Noah espera pacientemente na minha cama enquanto seco os cabelos, enrolando um pouco as pontas. Paro para dar um beijo em seu rosto antes de me maquiar.
— O que você está a fim de fazer hoje? — Termino de passar o rímel e dou uma última ajeitada nos cabelos.
— A faculdade fez bem para você, Dulce. Está mais linda do que nunca — comenta Noah. — Não sei, que tal ir a um parque ou coisa do tipo e depois sair para jantar?
Olho para o relógio. Sério que já é quase uma da tarde? Mando uma mensagem para Anahí avisando que vou passar o dia fora, e ela responde que só volta amanhã. Praticamente mora na república de Christopher nos fins de semana.
Noah abre a porta do passageiro de seu Toyota. Seus pais fizeram questão de comprar para ele um carro seguro, o último modelo. O interior do veículo é impecável, nada de pilhas de livros nem roupas sujas. Passeamos pela região até encontrar um parque, o que não demora muito. É um lugar pequeno e tranquilo, com um gramado um pouco amarelado e algumas árvores.
Quando estacionamos, Noah pergunta:
— Ei, quando você vai começar a procurar um carro?
— Acho que nesta semana. Vou me candidatar a alguns empregos também. — Não faço menção ao estágio na editora que Christopher me prometeu. Não sei se a oferta ainda está de pé, e não diria nada para Noah nem se soubesse.
— Que ótima notícia. Se precisar de ajuda para qualquer um dos dois, é só me avisar — ele se prontifica.
Caminhamos pelo parque e nos sentamos a uma mesa de piquenique. Na maior parte do tempo quem fala é Noah, e eu só balanço a cabeça. Várias vezes me desligo da conversa, mas ele parece nem perceber. Andando mais um pouco, chegamos à beira de um riacho. Dou uma risadinha em virtude da ironia da situação, e Noah me olha com cara de interrogação.
— Quer entrar? — pergunto, sem saber por que estou tentando enfatizar ainda mais um momento embaraçoso.
— Nessa água aí? Sem chance — ele diz, aos risos, e sinto uma pontada de desânimo, repreendendo mentalmente a mim mesma. Preciso parar de ficar comparando Noah e Christopher.
— Estava só brincando — minto, e começo a puxá-lo pela trilha.
Quando saímos do parque já são sete horas, então decidimos pedir uma pizza e voltar ao meu quarto para ver um clássico: Meg Ryan se apaixonando por Tom Hanks ao ouvir sua voz em um programa de rádio. Quando a pizza chega, estou morrendo de fome e como quase tudo sozinha.
Em minha defesa, posso dizer que passei o dia todo sem pôr praticamente nada no estômago. Na metade do filme, meu celular toca, e Noah pega o aparelho para mim.
— Quem é Christian? — ele pergunta. Não existe nem um pingo de desconfiança em sua voz, só curiosidade. Ele nunca fez o tipo ciumento e nunca precisou.
Pelo menos até agora , meu subconsciente me lembra.
— É um amigo da faculdade — digo antes de atender. Por que Christian me ligaria? Ele nunca me telefonou para tratar de assuntos que não fossem relacionados às aulas.
— Dulce? — Christian fala bem alto.
— Oi. Está tudo bem?
— Hã, na verdade não. Sei que Noah está por aí, mas… — Ele hesita.
— O que aconteceu, Christian? — Meu coração dispara. — Você está bem?”
— Estou, não é nada comigo. É Christopher.
O pânico toma conta de mim.
— C-Christopher? — pergunto gaguejando.
— É, se eu passar o endereço você pode vir até aqui, por favor? — Escuto o som de alguma coisa arrebentando ao fundo. Levanto da cama em um pulo e calço os sapatos antes mesmo de me dar conta do que estou fazendo. Noah também se levanta, quase que por solidariedade.
— Christian, Christopher está fazendo alguma coisa com você? — Minha mente não consegue entender o que está acontecendo.
— Não, não — ele responde.
— Manda o endereço — peço, e em seguida escuto outra pancada. Eu me viro para Noah. — Vou precisar do seu carro.
Ele olha para mim.
— O que está acontecendo?
— Não sei… alguma coisa com Christopher. Me dê a chave — peço.
Ele enfia a mão no bolso, pega a chave e diz:
— Vou com você. — Mas arranco a chave da mão dele e faço que não com a cabeça.
— Não, você não… Preciso ir sozinha.
Minhas palavras o magoam. Ele parece chateado mesmo. Sei que não é certo deixá-lo sozinho, mas a única coisa que passa pela minha cabeça no momento é que preciso ir até Christopher.
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29 Christian me manda uma mensagem com o endereço — Cornell Road, 2875 —, que copio e colo no GPS do meu celular. O trajeto deve levar uns quinze minutos. O que deve estar acontecendo para Christian precisar me chamar? Quando chego, estou tão confusa quanto no momento em que saí do quarto. Noah me telefonou dua ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1969
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anyvondy23 Postado em 18/08/2021 - 14:55:32
Vindo ler de novo porque não concluí rsrs
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dayanerodrigues Postado em 09/08/2020 - 18:39:14
A música é a cara da música SÓ HOJE do Jota Quest Até parece que é o Christopher ta Cantando pra ela
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dmsavinom Postado em 09/09/2019 - 22:55:04
Esse livro e o muito bom, parece que já lançaram por filme, eu não assisti mais estou mega anciosa para assistir, mesmo eles tendo cortado um cado de coisas,, e terem deixado a história menos abusiva, para mais romântica.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:00:49
e em nenhum momento vi ela mencionar os créditos a Anna e mesmo que ela não esteja mais ATIVA nessa conta, eu precisava dizer isso aqui, a usuária estava repostando uma história, mundialmente famosa, que não era sua, ainda por cima não deu os devidos créditos a verdadeira autora, eu sou ESCRITORA e só eu sei o que passo para conseguir escrever cada capítulo das minhas fanfics, uma vez fui vítima de plágio e sinceramente não desejo isso a ninguém, então eu precisava vim aqui, como dever de cidadã falar que isso que essa usuária fez, de repostar uma história que não era SUA e ainda por cima fazer os leitores acharem que a história lhe pertencia, sem dar os devidos créditos a autora, isso é claramente PLÁGIO, me desculpem, não gosto de causar confusão, eu apenas precisava dizer isso, como fã da Anna e do belo trabalho dela, e EU se eu repostar uma fanfic, eu obviamente vou dar os créditos a autora original,, enfim, era só isso.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 21:54:06
Eu conheço essa história, na verdade é uma série de livros, nomeada After, Anna Todd começou a postar no wattpad, e alguns dias um escritor famoso a descobriu e hoje em dia ela é uma das maiores escritoras do mundo, conhecida mundialmente pelo sucesso avassalador de After, eu estava aqui olhando, para baixar o pdf de after, quando li a sinopse dessa fanfic, que é completamente igual a after, e para piorar TODOS os capítulos são iguaizinhos, foi ai que notei que a escritora repostou sim a história de after, no total são seis livros, ela parou na quinta temporada, eu sou leitora fiel da Anna a acompanhei no wattpad, lendo e me apaixonei pela história de after, foi então que vim aqui como leitora da Anna, avisa aos leitores, ou a escritora esqueceu de colocar os créditos ou ela queria que seus leitores acreditassem que essa fanfic maravilhosa era dela, eu olhei a sinopse, procurei no primeiro.
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bustamante Postado em 11/07/2017 - 18:27:14
Pelo amor, termina sério é muito foda essa Fic, juro ..
Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:13:11
Se você pesquisar assim " Série After" na internet vai aparecer todos os livros ;)
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Rebeca Postado em 03/12/2016 - 19:00:57
A conta que eu postava aqui foi excluida, por tanto não tem como eu finalizar mais essa fanfic. Mas estou com uma história nova, pra quem quiser o link: https://m.fanfics.com.br/fanfic/55473/justica-vondy-vondy
ludmilla Postado em 07/12/2016 - 04:56:10
mulherrr to nem acreditando nisso, foi uma história q eu fiquei envolvida desde o início e agr saber n vai ter mais um fim é mt difícil.
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stellabarcelos Postado em 06/11/2016 - 14:04:27
Vence fazendo o Christopher ver as coisas por uma outra perspectiva foi incrível! Esses dois estão cada vez mais quentes!! Noooossa, o Christopher transou com meio mundo em Caraca hahaha
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leticia Postado em 28/10/2016 - 18:05:09
A dulce bebada gica bem mais solta kkkk coragem de fazer isso dentro de um lugar cheio de pessoas kkkkk ri mt
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Natalya Andrade Postado em 23/10/2016 - 00:00:35
Esses dois sao o casal mais louco que eu ja vi ! Como assim transar numa balada kkkk coragem. E nao gostei muito desse professor da Dulce morando em seattle... Foi estranho !