Fanfic: After Love || Vondy | Tema: Vondy
Com um dedo embaixo do meu queixo, Christopher inclina a minha cabeça para olhar para ele.
— Você está pensando… está imaginando todas as safadezas que poderia fazer comigo por iPhone.
— Não estou, não. — Mantendo minha decisão teimosa de não comprar um telefone novo, eu mudo de assunto. — Meu novo escritório é legal… a vista é linda.
— É mesmo? — O tom de voz dele fica sério.
— É, e a vista do refeitório é melhor ainda. O escritório do Poyato tem… — Eu me interrompo antes de concluir a frase, mas é tarde demais. Christopher já está olhando para mim, esperando que eu termine.
— Não, não. Continua.
— O escritório de Poyato tem a vista mais bonita. — Digo a ele com a voz muito mais clara e firme do que estou me sentindo por dentro.
— Com que frequência você vai à sala dele, Dulce? — Christopher olha para mim e de volta para a rua.
— Fui lá duas vezes essa semana. Nós almoçamos juntos.
— Vocês o quê? — Christopher pergunta irritado. Sei que deveria ter esperado até depois do jantar para falar de Poyato. Ou nem ter falado sobre ele. Eu não deveria ter mencionado seu nome.
— Eu costumo almoçar com ele — admito. Infelizmente para mim, nesse momento o carro está parado no sinal vermelho, e não tenho escolha a não ser aguentar o olhar de Christopher.
— Todos os dias?
— Sim…
— Existe algum motivo para isso?
— Ele é a única pessoa que conheço que almoça no mesmo horário que eu. Emily tem ficado tão ocupada ajudando Peter que nem tem feito hora de almoço. — Movimento as duas mãos na frente do rosto para me ajudar na explicação.
— Então mude a hora do seu almoço. — O sinal fica verde, mas Christopher só pisa no acelerador quando alguém buzina atrás dele.
— Não vou mudar a hora do meu almoço. Poyato é meu colega de trabalho, fim de papo.
— Bom — Christopher suspira. — eu preferiria que você não almoçasse com o babaca do Poyato. Não suporto esse cara.
Rindo, coloco a mão em cima da de Christopher.
— Você está sendo ciumento à toa, e acontece que não tenho mais ninguém com quem almoçar, ainda mais porque as outras duas mulheres que almoçam no mesmo horário que eu me trataram mal a semana toda.
Ele olha para mim de canto de olho enquanto muda de pista.
— Como assim?
— Elas não foram exatamente grosseiras. Não sei, talvez eu esteja sendo paranoica.
— O que aconteceu? Conta — ele me pede.
— Não é nada sério, só tenho a impressão de que elas não gostam de mim por algum motivo. Sempre pego as duas rindo ou cochichando enquanto olham para mim. Poyato disse que elas gostam de fofocar, mas juro que ouvi as duas dizendo algo a respeito de como consegui o emprego.
— O que elas disseram? — Christopher pergunta. Os nós de seus dedos estão brancos no volante.
— Elas fizeram um comentário, tipo ‘nós sabemos como ela conseguiu o emprego’.
— Você disse alguma coisa para elas? Ou para o Peter?
— Não, não quero causar nenhum problema. Só estou aqui há uma semana e não quero sair correndo para reclamar delas como uma menininha.
— Que se fo/da. Você precisa mandar essas mulheres cuidarem da po/rra da vida delas, ou eu mesmo vou falar com o Peter. Qual é o nome delas? Talvez eu conheça.
— Não é nada demais — digo, tentando desativar a bomba que eu mesma armei. — Todo escritório tem suas cobras. As do meu se voltaram contra mim. Não quero que isso seja um problema. Só quero me integrar e quem sabe fazer algumas amizades.
— Isso não vai acontecer se você continuar deixando elas se comportarem como duas cretinas e se continuar andando com o maldito Poyato o dia todo. — Ele passa a língua nos lábios e respira fundo.
Respiro fundo da mesma maneira e olho para ele, pensando se devo defender Poyato ou não. Que se dane.
— O Poyato é a única pessoa ali que se esforça para ser gentil comigo, e é alguém que eu já conheço. É por isso que almoço com ele. — Olho pela janela e observo minha cidade preferida no mundo todo passar enquanto espero a bomba explodir.
Christopher não responde, então olho para ele e ele está olhando fixamente para a rua à frente. Eu digo:
— Sinto muita falta do Christian.
— Ele também sente sua falta. E seu pai também. — Solto um suspiro.
— Quero saber como ele está, mas se eu fizer uma pergunta, vou acabar fazendo outras trinta. Você sabe como eu sou. — A preocupação começa a crescer em meu peito, e faço o melhor que posso para bloqueá-la.
— Sei, por isso não vou responder.
— Como está a Karen? E o seu pai? É triste eu sentir mais saudade deles dois do que dos meus pais? — pergunto.
— Não, considerando quem seus pais são. — Ele enruga o nariz. — Respondendo sua pergunta, eles estão bem, acho. Não presto muita atenção.
— Espero que eu me acostume com este lugar logo — digo sem pensar e me afundo no banco de couro.
— Você não parece estar gostando de Seattle até agora, então o que diabos está fazendo aqui? — Christopher para o carro no estacionamento de um pequeno estabelecimento. Na fachada, vejo uma placa enorme prometendo troca de óleo em quinze minutos e um serviço simpático.
Não sei o que responder. Tenho medo de compartilhar meus receios e dúvidas a respeito da minha mudança recente com ele. Não porque não confio nele, mas porque não quero que ele use o que eu disser como uma brecha para me pressionar a deixar Seattle.
Neste exato momento, eu realmente preciso de um incentivo, mas, sinceramente, prefiro o silêncio ao “eu falei” que provavelmente ouviria de Christopher.
— Não é que eu não goste daqui, só não me acostumei ainda. Só faz uma semana, e estou acostumada com a minha rotina e com Christian, e com você — explico.
— Vou entrar na fila e encontro você lá dentro — Christopher diz sem comentar minha resposta. Concordando, eu saio do carro e corro no frio para dentro da pequena oficina.
O cheiro de borracha queimada e de café velho me recebe na sala de espera. Estou olhando uma fotografia emoldurada de um carro antigo quando sinto a mão de Christopher na parte de baixo das minhas costas.
— Não vai demorar muito. — Ele segura minha mão e me leva para o sofá de couro empoeirado no centro da sala.
Vinte minutos depois, ele está em pé, caminhando de um lado para o outro na sala de piso preto e branco. Uma sineta toca, sinal de que alguém entrou.
— Na placa ali fora está escrito que a troca de óleo demora quinze minutos — Christopher diz ao jovem vestindo um avental cheio de manchas de óleo.
— Sim, está. — O rapaz dá de ombros.
O cigarro preso atrás de sua orelha cai no balcão e ele rapidamente o pega com a mão vestindo uma luva.
— Está de sacanagem? — Christopher resmunga, sem paciência.
— Está quase pronto — o mecânico garante e sai da sala de espera do mesmo modo abrupto que entrou. Eu não o culpo.
Viro para Christopher e me levanto.
— Está tudo bem. Não estamos com pressa.
— Ele está fazendo eu perder o tempo que tenho com você. Tenho menos de vinte e quatro horas com você, e ele está me fazendo desperdiçar esse tempo, cara/lho.
— Está tudo bem. — Atravesso a sala e paro na frente dele. — Estamos aqui juntos. — Enfio as mãos nos bolsos do casaco de Peter, e ele contrai os lábios para impedir que sua cara feia se transforme em um sorriso.
— Se eles não terminarem em dez minutos, não vou pagar por essa merda — ele ameaça e eu balanço a cabeça e a encosto em seu peito. — E não se desculpa com aquele cara por mim. — Ele levanta meu queixo com o polegar para olhar em meus olhos. — Sei que você está pensando em fazer isso. — Ele me beija de leve e fico sedenta por mais.
Os assuntos discutidos no carro eram pontos sensíveis para nós no passado, mas conseguimos fazer todo o trajeto sem uma briga grande. Fico surpreendentemente feliz com isso, ou talvez eu esteja feliz com os braços de Christopher na minha cintura, ou seu perfume de menta misturado ao cheiro da colônia de Peter no casaco emprestado.
O que quer que seja, sei que somos as únicas pessoas nessa pequena oficina e me surpreendo com a afeição de Christopher ao me beijar de novo; dessa vez, ele me beija com mais intensidade, tocando a minha língua com a dele.
Levo as mãos aos cabelos dele e os puxo com cuidado, fazendo ele gemer e apertar minha cintura. Ele puxa meu corpo contra o dele, ainda me beijando, até que uma sineta toca, e eu me afasto dele e passo a mão pela touca simplesmente porque estou nervosa.
— Prontinhoooo — o homem do cigarro avisa.
— Já era hora — Christopher comenta com grosseria e pega a carteira no bolso de trás, me lançando um olhar de repreensão quando faço a mesma coisa.
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23 POV CHRISTOPHER — Ele não estava olhando para mim — ela diz, tentando me convencer, quando finalmente chegamos ao carro, que fui obrigado a estacionar no ponto mais distante possível do restaurante. — Ele estava ofegando sobre a lasanha. Tinha até baba escorrendo pelo queixo. — O homem ficou olhando para Dulce o tempo todo e ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1969
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anyvondy23 Postado em 18/08/2021 - 14:55:32
Vindo ler de novo porque não concluí rsrs
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dayanerodrigues Postado em 09/08/2020 - 18:39:14
A música é a cara da música SÓ HOJE do Jota Quest Até parece que é o Christopher ta Cantando pra ela
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dmsavinom Postado em 09/09/2019 - 22:55:04
Esse livro e o muito bom, parece que já lançaram por filme, eu não assisti mais estou mega anciosa para assistir, mesmo eles tendo cortado um cado de coisas,, e terem deixado a história menos abusiva, para mais romântica.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:00:49
e em nenhum momento vi ela mencionar os créditos a Anna e mesmo que ela não esteja mais ATIVA nessa conta, eu precisava dizer isso aqui, a usuária estava repostando uma história, mundialmente famosa, que não era sua, ainda por cima não deu os devidos créditos a verdadeira autora, eu sou ESCRITORA e só eu sei o que passo para conseguir escrever cada capítulo das minhas fanfics, uma vez fui vítima de plágio e sinceramente não desejo isso a ninguém, então eu precisava vim aqui, como dever de cidadã falar que isso que essa usuária fez, de repostar uma história que não era SUA e ainda por cima fazer os leitores acharem que a história lhe pertencia, sem dar os devidos créditos a autora, isso é claramente PLÁGIO, me desculpem, não gosto de causar confusão, eu apenas precisava dizer isso, como fã da Anna e do belo trabalho dela, e EU se eu repostar uma fanfic, eu obviamente vou dar os créditos a autora original,, enfim, era só isso.
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Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 21:54:06
Eu conheço essa história, na verdade é uma série de livros, nomeada After, Anna Todd começou a postar no wattpad, e alguns dias um escritor famoso a descobriu e hoje em dia ela é uma das maiores escritoras do mundo, conhecida mundialmente pelo sucesso avassalador de After, eu estava aqui olhando, para baixar o pdf de after, quando li a sinopse dessa fanfic, que é completamente igual a after, e para piorar TODOS os capítulos são iguaizinhos, foi ai que notei que a escritora repostou sim a história de after, no total são seis livros, ela parou na quinta temporada, eu sou leitora fiel da Anna a acompanhei no wattpad, lendo e me apaixonei pela história de after, foi então que vim aqui como leitora da Anna, avisa aos leitores, ou a escritora esqueceu de colocar os créditos ou ela queria que seus leitores acreditassem que essa fanfic maravilhosa era dela, eu olhei a sinopse, procurei no primeiro.
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bustamante Postado em 11/07/2017 - 18:27:14
Pelo amor, termina sério é muito foda essa Fic, juro ..
Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:13:11
Se você pesquisar assim " Série After" na internet vai aparecer todos os livros ;)
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Rebeca Postado em 03/12/2016 - 19:00:57
A conta que eu postava aqui foi excluida, por tanto não tem como eu finalizar mais essa fanfic. Mas estou com uma história nova, pra quem quiser o link: https://m.fanfics.com.br/fanfic/55473/justica-vondy-vondy
ludmilla Postado em 07/12/2016 - 04:56:10
mulherrr to nem acreditando nisso, foi uma história q eu fiquei envolvida desde o início e agr saber n vai ter mais um fim é mt difícil.
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stellabarcelos Postado em 06/11/2016 - 14:04:27
Vence fazendo o Christopher ver as coisas por uma outra perspectiva foi incrível! Esses dois estão cada vez mais quentes!! Noooossa, o Christopher transou com meio mundo em Caraca hahaha
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leticia Postado em 28/10/2016 - 18:05:09
A dulce bebada gica bem mais solta kkkk coragem de fazer isso dentro de um lugar cheio de pessoas kkkkk ri mt
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Natalya Andrade Postado em 23/10/2016 - 00:00:35
Esses dois sao o casal mais louco que eu ja vi ! Como assim transar numa balada kkkk coragem. E nao gostei muito desse professor da Dulce morando em seattle... Foi estranho !