Fanfics Brasil - 093 - Primeira Temporada. After Love || Vondy

Fanfic: After Love || Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 093 - Primeira Temporada.

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Quando chegamos ao quarto, eu me jogo na cama. Ainda estou irritada com Christopher, mas não tanto quanto antes. Não quero falar de John mais do que o necessário, mas conhecê-lo só me fez ter mais perguntas que sei que Christopher não vai responder.


— Desculpa. Não quis ferir seus sentimentos — ele diz. Não olho porque sei que vou amolecer. Christopher precisa saber que não vou tolerar que faça coisas assim. — Você… ainda quer ficar comigo? — ele pergunta com a voz trêmula.


Quando olho para Christopher, vejo sua vulnerabilidade. Suspiro, sabendo que não consigo continuar irritada ao ver seus olhos tão preocupados.


— Sim, claro que quero. Vem aqui — digo a ele, dando um tapinha ao meu lado na cama. Não tenho nenhuma força de vontade quando o assunto é Christopher. — Nós estamos namorando? — pergunto quando ele senta.


— Sim, só acho meio bobo chamar você de namorada — Christopher diz.


— Bobo? — Roo a unha, um hábito ruim do qual tenho que me livrar.


— Você representa mais para mim do que ‘namorada’. É tão adolescente. — Ele coloca suas mãos grandes em meu rosto. A resposta faz meu estômago se revirar. Não consigo parar de sorrir, como uma boba. Christopher relaxa os ombros no mesmo instante.


— Fico chateada que você não queira que as pessoas saibam sobre nós. Como poderemos morar juntos se nem conta para seus amigos que namoramos?


— Não é assim. Você quer que eu telefone para Pablo agora mesmo para contar? E você é que deveria sentir vergonha de estar comigo. Vejo o modo como as pessoas olham para nós quando estamos juntos — ele diz. Então Christopher também repara nisso.


— Só olham porque você é diferente, e é problema delas. Eu nunca teria vergonha de você. Nunca, Christopher.


— Fiquei com medo de que desistisse de mim — ele diz.


— Sério?


— Você é a única constante na minha vida. Sabe disso, não sabe? Não sei o que faria se você me deixasse —  ele diz.


— Não vou desistir de você se não me der motivo para isso — digo, mas não consigo pensar em nada que ele pudesse fazer para que eu o abandonasse. Estou envolvida demais. Pensar em deixá-lo me causa uma dor insuportável. Eu ficaria arrasada. Apesar de brigarmos todos os dias, eu amo Christopher.


— Não vou — ele diz, então desvia o olhar por um segundo. — Gosto da pessoa que sou quando estou com você.


Viro o rosto em sua mão.


— Eu também. 


Eu o amo, amo todas as partes dele. Todas as versões dele. Gosto de quem me tornei com ele. Nós dois mudamos para melhor um para o outro. Consegui fazer com que ele se abrisse e fosse mais feliz, e ele me ensinou a viver e a não me preocupar com todos os detalhes.


— Sei que irrito você de vez em quando… bem, quase sempre, e só Deus sabe como você me enlouquece — ele diz.


— Era pra ser um elogio?


— Só quero dizer que não é porque brigamos que não devemos ficar juntos. Todo mundo briga. — Ele sorri. — Só brigamos mais do que as pessoas normais. Você e eu somos muito diferentes, então vamos ter que descobrir uma maneira de lidar um com o outro. Vai ficar mais fácil. — Retribuo o sorriso e passo os dedos pelos cabelos pretos dele.


— Não compramos a roupa para o casamento — digo. 


— Ah, droga, acho que não vamos poder ir. — Ele franze a testa do jeito mais falso que já vi e beija meu nariz.


— Até parece. Ainda é terça. Temos a semana toda.


— Ou podemos não ir e viajar para Seattle no fim de semana. — Ele ergue uma sobrancelha.


— O quê? — pergunto, sentando. — Não! Vamos ao casamento. Mas você pode me levar a Seattle no outro fim de semana.


— Não, é uma oferta por tempo limitado — ele provoca, colocando-me em seu colo.


— Tudo bem, acho que vou encontrar outra pessoa para me levar a Seattle. — Sua mandíbula fica tensa e eu passo o dedo em sua barba rala.


— Você não ousaria. — Ele tenta conter um sorriso.


— Ah, ousaria, com certeza. E Seattle é meu lugar preferido em todo o mundo.


— Em todo o mundo?


— Sim, mas não fui para muitos lugares também.


— Qual é o lugar mais longe para onde você foi? — ele pergunta. 


Encosto a cabeça no peito de Christopher e ele se recosta na cabeceira da cama e me abraça.


— Seattle.  Nunca saí do estado.


— Nunca?


— Não, nunca.


— Por que não?


— Não sei, não podíamos gastar dinheiro depois que meu pai foi embora. Minha mãe trabalhava o tempo todo e eu estava concentrada demais na escola e em fazer faculdade fora que não pensava em outras coisas além de trabalhar.


— Aonde você gostaria de ir? — ele pergunta, acariciando meu braço.


— Chawton. Quero ver a fazenda de Jane Austen (obs: Jane Austen ). Ou Paris. Adoraria ver onde Hemingway morou.


— Sabia que você diria algo assim. Posso levar você. — Seu tom de voz é sério.


— Vamos começar com Seattle — digo, dando risada.


— Estou falando sério, Dulce. Posso levar você a qualquer lugar que queira ir. Principalmente à Inglaterra. Você poderia conhecer minha mãe e o resto da família.


— Hum… — Na verdade, não sei o que dizer. Ele é tão estranho… Fui apresentada como “amiga” há uma hora e agora quer me levar para a Inglaterra para conhecer sua mãe.


— Vamos começar por Seattle? — Dou risada.


— Tudo bem, mas sei que você adoraria conhecer o interior da Inglaterra, ver a casa onde Austen cresceu…


Não consigo imaginar como minha mãe reagiria ao fato de eu sair do país com Christopher. Ela provavelmente me trancaria no sótão e não me deixaria ir. Ainda não falei com ela desde que me ameaçou, numa tentativa de fazer com que eu me separasse de Christopher. Quero evitar a briga inevitável o máximo possível.


— O que foi? — ele pergunta, abaixando a cabeça para ficarmos cara a cara.


— Nada, desculpa, estava só pensando na minha mãe.


— Ah… ela vai voltar atrás, linda. — Christopher parece muito seguro, mas sei que as coisas não são assim.


— Acho que não, mas vamos conversar sobre outra coisa.


Começamos a falar sobre o casamento, mas o telefone dele vibra no bolso depois de um momento. Eu me desloco para que possa atender, mas Christopher não faz nenhum movimento para isso.


— Seja quem for, pode esperar — ele diz, o que me deixa feliz.


— Vamos ficar na casa do seu pai no sábado depois do casamento? — pergunto. Preciso parar de pensar na minha mãe.


— Você quer? — ele pergunta.


— Sim, gosto de ficar lá. Minha cama é minúscula. — Enrugo o nariz e ele ri.


— Podemos ficar mais na minha casa. Quer ir para lá hoje à noite?


— Tenho estágio amanhã.


— Idaí? Você pode levar suas coisas e se arrumar num banheiro de verdade. Já faz um tempo que não fico na república. Já devem estar pensando em alugar meu quarto — ele diz brincando. — Não quer tomar um banho sozinha, em vez de com outras trinta pessoas?


— Está bem. — Eu sorrio e me levanto da cama.


Christopher me ajuda a arrumar as coisas para amanhã, e eu fico mais e mais animada para ir à república. Odiava a casa e ainda odeio, mas um banheiro de verdade e a cama grande de Christopher são bons demais para deixar passar. Ele pega o conjunto de lingerie vermelha da minha cômoda e me passa, aprovando com a cabeça. Eu fico corada e o enfio na mala. Pego minhas saias antigas e uma camisa branca, porque não quero usar todas as roupas novas de uma vez.


— Sutiã vermelho com blusa branca? — Christopher pergunta. Tiro a camisa branca e pego uma azul. — Você pode levar mais roupas e deixar lá para a próxima vez — ele sugere. Christopher quer que eu deixe roupas na casa dele. Adoro esses sinais de que vamos passar mais noites juntos.


— Pode ser — digo, e pego meu vestido branco novo e mais algumas coisas. 


— Sabe o que facilitaria muito as coisas? — ele pergunta, colocando minha bolsa no ombro enquanto saímos.


— O quê? — Já sei o que ele vai dizer.


— Se nós dois morássemos no mesmo lugar. — Ele sorri. — Não teríamos que decidir onde ficar e você não teria que arrumar a mala. Você poderia tomar um banho sozinha todo dia. Bom, não totalmente sozinha. — Ele pisca para mim, brincando. Quando chegamos ao carro e ele abre a porta para mim, acrescenta: — Você poderia acordar e fazer seu café da manhã na nossa cozinha, e se preparar para o dia, e poderíamos nos encontrar na nossa casa no fim de cada dia. Sem essa coisa de colega de quarto ou república.


Sempre que ele diz “nossa”, sinto um frio na barriga. Quanto mais penso nisso, melhor parece. Estou morrendo de medo de morar com Christopher cedo demais. Não quero estragar tudo. No caminho, ele apoia a mão na minha coxa e diz de novo:


— Pare de pensar demais. — Escuto o telefone dele vibrar, mas Christopher o ignora. Dessa vez, fico meio desconfiada do motivo de não estar atendendo, mas tiro esse pensamento da cabeça. — Do que você está com medo? — ele pergunta, porque não digo nada.


— Não sei. E se alguma coisa acontecer com meu estágio e eu ficar sem dinheiro? E se alguma coisa acontecer com nós dois?


Ele franze a testa, mas se recupera depressa.


— Linda, eu já disse que pagaria o aluguel. Foi minha ideia, e eu ganho mais, então posso fazer isso.


— Não me importa quanto você ganha. Não quero que pague por tudo.


— Você pode pagar a TV a cabo? — ele ri.


— A TV a cabo e o mercado? — pergunto. Não sei se estou brincando ou não.


— Fechado. O mercado… parece legal, não? Você poderia preparar meu jantar toda noite para quando eu chegar.


— Oi? Só se fosse o contrário — eu digo e dou risada.


— Podemos nos revezar.


— Beleza.


— Então você vai morar comigo? — Acho que nunca vi um sorriso tão grande nele como vejo agora.


— Eu não disse isso. Estava só…


— Você sabe que vou cuidar de você, não sabe? Sempre — Christopher promete.


Quero dizer a ele que não preciso que ninguém cuide de mim, que tenho minhas coisas e pago por elas, mas tenho a sensação de que ele não está falando só sobre dinheiro.


— Estou com medo de que isso seja bom demais para ser verdade — finalmente admito para mim mesma e para Christopher.


Ele me surpreende dizendo:


— Eu também.


— É mesmo? — Fico aliviada por Christopher se sentir da mesma maneira.


— Sim, penso nisso o tempo todo. Você é boa demais comigo e só estou esperando que perceba isso. Espero que nunca aconteça — ele diz com os olhos fixos na estrada.


— Isso não vai acontecer — digo, e estou sendo sincera.


Christopher não diz nada.


— Está bem — digo, quebrando o silêncio.


— O quê?


— Vou morar com você. — Eu sorrio.


Christopher solta um suspiro que parece estar preso há horas.


— Jura? — Suas covinhas aparecem quando ele mexe a cabeça e abre um sorriso.


— Juro.


— Você não tem ideia do que isso significa para mim, Dulce Maria. — Ele pega minha mão e aperta, entrando em seguida na rua onde mora. Minha mente está a mil por hora. Vamos mesmo fazer isso, morar juntos. Christopher e eu. Sozinhos. O tempo todo. Na nossa casa. Na nossa cama. Nosso tudo.


Estou morrendo de medo, mas minha animação é mais forte do que o nervosismo, pelo menos por enquanto.


— Não me chama de Dulce Maria, ou posso mudar de ideia — provoco.


— Você disse que só amigos e parentes te chamam assim. Acho que já tenho esse direito. — Ele se lembra disso? Acho que disse logo que o conheci.


— Está certo. Pode me chamar do que quiser.


— Ah, linda, eu não diria isso, se fosse você. Tenho uma lista de coisas safadas de que gostaria de chamar você. — Seu sorriso é malicioso e tenho vontade de ouvir essas coisas safadas, mas me controlo, não pergunto nada e contraio as pernas. Ele percebe, porque sorri ainda mais.


Quero dizer que ele é um pervertido, mas me perco nas palavras. A rua está cheia de carros, e vemos que o jardim está cheio de gente quando paramos na frente da casa.


— Droga, não sabia que ia ter festa. É terça. Viu? Esse é um dos problemas…


— Tudo bem. Podemos subir direto para o quarto — o interrompo, tentando afastar a irritação dele.


— Tudo bem — ele suspira.


Entramos na casa lotada e subimos a escada. Quando penso que consegui escapar sem encontrar ninguém que conheço, vejo um tufo de cabelo ensebado e loiro no topo da escada. John.



Vesh, Vondy morando juntos? O que vocês acham disso kk `-` ?


d




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Prévia do próximo capítulo

83 Christopher nota a presença de John no mesmo instante que eu, então se vira para mim e de novo para ele, e fica tenso na hora. Por um segundo, parece que vai voltar comigo, mas John nos vê, e sei que Christopher não vai fugir para não criar um clima ruim. Ao nosso redor, a festa está animada, mas só ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1969



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  • anyvondy23 Postado em 18/08/2021 - 14:55:32

    Vindo ler de novo porque não concluí rsrs

  • dayanerodrigues Postado em 09/08/2020 - 18:39:14

    A música é a cara da música SÓ HOJE do Jota Quest Até parece que é o Christopher ta Cantando pra ela

  • dmsavinom Postado em 09/09/2019 - 22:55:04

    Esse livro e o muito bom, parece que já lançaram por filme, eu não assisti mais estou mega anciosa para assistir, mesmo eles tendo cortado um cado de coisas,, e terem deixado a história menos abusiva, para mais romântica.

  • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:00:49

    e em nenhum momento vi ela mencionar os créditos a Anna e mesmo que ela não esteja mais ATIVA nessa conta, eu precisava dizer isso aqui, a usuária estava repostando uma história, mundialmente famosa, que não era sua, ainda por cima não deu os devidos créditos a verdadeira autora, eu sou ESCRITORA e só eu sei o que passo para conseguir escrever cada capítulo das minhas fanfics, uma vez fui vítima de plágio e sinceramente não desejo isso a ninguém, então eu precisava vim aqui, como dever de cidadã falar que isso que essa usuária fez, de repostar uma história que não era SUA e ainda por cima fazer os leitores acharem que a história lhe pertencia, sem dar os devidos créditos a autora, isso é claramente PLÁGIO, me desculpem, não gosto de causar confusão, eu apenas precisava dizer isso, como fã da Anna e do belo trabalho dela, e EU se eu repostar uma fanfic, eu obviamente vou dar os créditos a autora original,, enfim, era só isso.

  • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 21:54:06

    Eu conheço essa história, na verdade é uma série de livros, nomeada After, Anna Todd começou a postar no wattpad, e alguns dias um escritor famoso a descobriu e hoje em dia ela é uma das maiores escritoras do mundo, conhecida mundialmente pelo sucesso avassalador de After, eu estava aqui olhando, para baixar o pdf de after, quando li a sinopse dessa fanfic, que é completamente igual a after, e para piorar TODOS os capítulos são iguaizinhos, foi ai que notei que a escritora repostou sim a história de after, no total são seis livros, ela parou na quinta temporada, eu sou leitora fiel da Anna a acompanhei no wattpad, lendo e me apaixonei pela história de after, foi então que vim aqui como leitora da Anna, avisa aos leitores, ou a escritora esqueceu de colocar os créditos ou ela queria que seus leitores acreditassem que essa fanfic maravilhosa era dela, eu olhei a sinopse, procurei no primeiro.

  • bustamante Postado em 11/07/2017 - 18:27:14

    Pelo amor, termina sério é muito foda essa Fic, juro ..

    • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 20/02/2018 - 22:13:11

      Se você pesquisar assim " Série After" na internet vai aparecer todos os livros ;)

  • Rebeca Postado em 03/12/2016 - 19:00:57

    A conta que eu postava aqui foi excluida, por tanto não tem como eu finalizar mais essa fanfic. Mas estou com uma história nova, pra quem quiser o link: https://m.fanfics.com.br/fanfic/55473/justica-vondy-vondy

    • ludmilla Postado em 07/12/2016 - 04:56:10

      mulherrr to nem acreditando nisso, foi uma história q eu fiquei envolvida desde o início e agr saber n vai ter mais um fim é mt difícil.

  • stellabarcelos Postado em 06/11/2016 - 14:04:27

    Vence fazendo o Christopher ver as coisas por uma outra perspectiva foi incrível! Esses dois estão cada vez mais quentes!! Noooossa, o Christopher transou com meio mundo em Caraca hahaha

  • leticia Postado em 28/10/2016 - 18:05:09

    A dulce bebada gica bem mais solta kkkk coragem de fazer isso dentro de um lugar cheio de pessoas kkkkk ri mt

  • Natalya Andrade Postado em 23/10/2016 - 00:00:35

    Esses dois sao o casal mais louco que eu ja vi ! Como assim transar numa balada kkkk coragem. E nao gostei muito desse professor da Dulce morando em seattle... Foi estranho !


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