Fanfic: ♥~* Noviembre Sin ti *~♥

Deixa chover, deixa, semente que cair na terra já pode brotar

Aquilo não era normal...

Acapulco-02 de novembro de 2008

Acapulco não era um lugar onde se chovia muito, a última tempestade forte que Dulce havia visto ali foi naquele sombrio 30 de novembro do último ano que passou, a mente dela se viu de volta naquela manhã escura que marcou o fim de uma fase da sua vida.

-Dulce, você não vai falar com ele?

-Ontem já conversamos tudo, Iva.

-Mas e se você estiver grávida? Vai fazer o que?

-Me virar sem ele, eu sei que vou conseguir, Any.

-Certeza?

Ela olhou a amiga e deu um longo suspiro se lembrando das últimas palavras tocadas com o ‘amor da sua vida’.

-Absoluta.

Ela deveria ter seguido os conselhos de Ivalu e Anahí se tivesse conversado com ele tudo poderia ter toado um rumo diferente, poderiam estar os quatro ali.

-Mamãe a gente ta com fome.

Dulce rapidamente limpou uma lágrima que teimou em escorrer e abriu um sorriso para as amigas que insistiram em ir com ela,

junto com as duas viam aqueles que agora eram a razão de sua vida, Dulce sentiu aquela sensação estranha lhe invadir novamente, um misto de alegria e tristeza que ela sabia bem o motivo.

~*~

Aquela água caindo...

Rio de Janeiro-02 de outubro de 2008

Aquela tempestade que caia fez com que Alfonso se lembrasse da tempestade que estava sobre sua vida, o seu amor poderia estar, provavelmente, com filho dele para criar e ele nem ao menos sabia.

 O orgulho era maior, era grande o suficiente para impedir que ele fosse falar com ela.

Ah, o orgulho... Se não fosse ele, naquele 30 de novembro tudo teria sido diferente.

A raiva era tanta que eu nem reparei que a lua diminuía

Será que aquele orgulho já não teria se transformado em outro sentimento?

Rio de Janeiro-03 de novembro de 2008

Ele sabia que não poderia voltar a vê-la, já não era a distância ou o orgulho que os separavam, a frase dita por ela naquele 29 de novembro ainda percorria sua cabeça, ‘Acho que eu to grávida’ era a frase que o atormentava há quase um ano.

Se ela estivesse realmente grávida, deveria ter procurado-o, ele é o pai daquelas crianças.

 Ah, como ele se arrependia de palavras pronunciadas naquele mesmo 29 de novembro...

’ Então você pensa em me amarrar desse jeito? Você quer dar o golpe da barriga, não é?!

Pois se enganou, Dulce Maria.

Ainda que não que quisesse e fosse fazer isso contrariado, lhe restava apenas essa única solução...

~*~

Como simples palavras poderiam mudar a vida de uma pessoa?

Acapulco-03 de novembro de 2008

Perguntas sem nem ao menos vestígios de respostas ecoavam pela cabeça da ruiva, tudo se agrava ao ver dois rostos cada dia mais parecidos com o do pai deles, por que eles tinham que lembrar o pai daquela maneira?

 Os olhos verdes e o cabelo escuro de Pedro faziam com que Dulce se arrependesse de ter encerrado a conversa de 29 de novembro de 2008 daquela maneira, mas depois do que ele falou, havia outra coisa a ser dita?

‘-Eu só faria isso se te amasse o suficiente para renegar a minha juventude, mas acho que o amor que você disse um dia sentir por mim nunca existiu.

 Deus não permitiria que uma criança crescesse sem pai, não sem um pai maravilhoso que você poderá ser.

 Eu não posso estar grávida.’

Ela o amava a ponto de perder sua juventude, mas um golpe da barriga? Não, ela não seria capaz disso para prender homem nenhum, foi uma pena ele não ter entendido isso.

~*~

Um sentimento de raiva já nascia entre eles.