Fanfic: ♥~* Noviembre Sin ti *~♥

Essas areias que me sujam os pés, esse é meu chão

Rio de Janeiro-07 de novembro de 2008

Rio de Janeiro era a sua casa, ele não poderia sair dali, era a sua paixão, o seu chão.

Pisar nas areias de Copacabana, da Barra ou de qualquer outro lugar era mágico de mais para ser deixado para trás, mas agora ele sabia que existiam filhos dele no México, será que ver essas crianças crescendo não era mais mágico do que viver no lugar onde nasceu,

cresceu e um dia sonhou morrer? Quem sabe ele não poderia realizar esse ‘sonho’ ao lado de seus filhos? Mas não, ele não faria isso, não com todos sabendo!


Um grande amor não pode terminar assim, por isso que eu te espero

Acapulco-07 de novembro de 2008

Ela não conseguia acreditar que os planos um dia sonhados nunca iriam se realizar, ainda lhe restava uma esperança de um dia encontrá-lo e dizer que o amou, que o ama e que sempre irá amá-lo, mas essa esperança diminuía a cada segundo que passava ao lado dos filhos, porém sem ele.

 Até quando teria que passar por isso? Ela custava a acreditar que por causa de um simples orgulho a sua vida se transformava nesse inferno que estava pior a cada dia sem ele.

 Ela não iria procurá-lo, não com todos sabendo que ela estava prestes a se render, novamente, aos encantos de Alfonso Herrera.


Me duele este frío noviembre cuando las hojas caen a morir por siempre

Rio de Janeiro-08 de novembro de 2008

A fina garoa e a brisa gelada seriam normais em São Paulo, mas aconteciam no Rio de Janeiro onde elas não eram nenhum pouco normais nessa época do ano.

Para um cidadão em especial não faria diferença se disséssemos que a sua casa realmente havia sido transportada para São Paulo, para a China ou que continuava no Rio de Janeiro, Alfonso Herrera já havia trancado a matrícula da faculdade e se via sozinho, não tinha os seus TRÊS amores ao seu lado, de que adiantaria estar em qualquer lugar que fosse? Olhando a foto dada por Christopher ele via o quanto estava perdendo por causa de um orgulho besta.

Te extraño desde aquel noviembre

Acapulco-08 de novembro de 2008

Ela o amava e já não podia mais esconder isso, estava estampado em cada gesto, em cada movimento feito com o dedo cada vez que acariciava o rosto do moreno na foto que tiraram naquele quarto.

Chega de lembranças, hora de voltar para casa, não agüentaria passar mais nem um segundo dentro daquele quarto que há um ano havia sido dividido com ele.

Se tudo faz lembrar você vou te encontrar, tentar me aproximar

Rio de Janeiro-08 de novembro de 2008

Ele já não agüentava mais ficar ali parado vivendo de lembranças e esperanças, era chegado o momento de fazer algo, sabiam que iriam chamá-lo de louco, mas quando conseguissem falar com ele, ele já estaria em Acapulco, ela tinha que estar lá, um encontro casual.

Ele não iria para a Cidade do México, já seria de mais para o seu pobre orgulho.

Se tudo faz lembrar você vou te encontrar, tentar me aproximar ²

Rio de Janeiro-09 de novembro de 2008

Louca? Pode ser, mas aqui estou eu com meus filhos e um endereço em mãos em pleno Rio de Janeiro sem saber uma única palavra de português. Aqui, cheguei, hora de encarar a realidade.

-Pois não.

-O Poncho está?

-Foi para Acapulco e me deixou só esse bilhete, se você é amiga dele, será que pode me traduzir o que está escrito?

‘Fui para Acapulco encontrar a felicidade que deixei lá há um ano!
Se meus planos derem certo volto com três integrantes para essa família.
Amo vocês, não se preocupem, mando notícias.’

Uma lágrima escapou do olho da ruiva.

-Eu não posso explicar muita coisa para a senhora, mas posso ficar com esse papel?
-Claro, se faz diferença para você.

-Só mais uma coisa, sabe o endereço ou telefone do Rodrigo ou do Christopher?

-São esses aqui, já decorei os telefones de tanto procurar aquele desajuizado do Alfonso.

A ruiva deu um pequeno sorriso, se despediu e ligou para os rapazes. Logo estava no apartamento de Christopher junto com seus filhos, Rodrigo e o bilhete.