Fanfic: A Canção De Dulce | Tema: Vondy
Hooperville, Oregón.
Domingo 6 de abril de 1890.
Ao ver Douglas, com seu cabelo leonino bem talhado e seus risonhos olhos castanhos, poderia pensar que era um jovem educado. Tinha tudo: Dinheiro, privilégios e uma excelente educação em uma exclusiva universidade do leste. Mas nada disto parecia suficiente para ele, e provavelmente nunca foi. Parecia sentir uma insaciável sede de poder, uma necessidade irrefreável de controlar os outros. Isto tinha se manifestado há muito tempo com Alan e seus amigos, e agora lançava isto sobre Dulce. Mas, ao contrário deles, Dulce não era capaz de defender-se.
Alan lançou um olhar para seus desconcertantes olhos azuis e em seguida empreendeu contra Douglas.
- Maldição! ela não está em seu juízo perfeito, Douglas, e você sabe . Fixa-te em alguém que possa defender-se de tudo o que lhe fizer.
- É um pouco ruim da cabeça, mas o resto de seu corpo está em perfeita forma.- Replicou Douglas.- Sagrada revelação! posso ver suas telas tão claramente como água.- Deixando escapar um débil assobio que não augurava nada bom para Dulce, adicionou:- Dá água na boca só de olhar.
Alan o mais velho dos amigos se voltou para James e para Roddy proucurando ajuda, mas Roddy estava rindo baixo e o rosto de James que já estava vermelho ficou escarlate. Apesar de sua vergonha, nenhum parecia poder se afastar o olhar do corpete de Dulce. Alan mesmo contra sua vontade também não conseguia desviar o olhar dos seios de Dulce que saltavam do seu corpete. E, para piorar ainda mais as coisas sua saia estava grudada nas coxas. Irritado consigo mesmo por ter percebido afastou imediatamente o olhar do proibido. O temor que sentia por Dulce lhe apertou as tripas, como se um punho frio as espremesse.
- Sua mãe está louca, mulher. Não deveriam te deixar andar pelo campo meio-vestida.- Disse Douglas em voz baixa, sem deixar de fazer oscilar o xale como se fosse uma ceva.
- Sua mente continua sendo a de uma menina,e, além disso, de uma menina não inteligente.- Lhe recordou Alan em um tom de voz que a ansiedade deixou agudo.- Tenho certeza que sua mãe a veste dessa maneira porque ela não faz mais que brincar de correr pelo bosque. Confia na decência das pessoas que possam topar com ela, e com toda a razão. Ela não é um alvo de desejo legítimo, Douglas, e sabe. Dê-lhe seu xale e deixe que se vá para casa.
- Lhe darei.- Assegurou Douglas.- Tudo o que tem que fazer é vir até ele. Anda, carinho. Venha se aproxime de Douglas.
Totalmente alheia as pervenções carnais da mente de seu torturador, Dulce se lançou para agarrar o objeto. No mesmo momento em que se aproximou Douglas a agarrou pela cintura. Ela não gritou, mas os ofegantes ruídos de pânico que emitiu resultaram ainda piores. O estômago de Alan se revolveu. Não gostava do que estava acontecendo. Não gostava absolutamente. A expressão visível no rosto de Douglas era diabólica. Diabólica e cruel. Seus olhos cor de uísque brilhavam com pecaminosa excitação. Alan deu um passo adiante.
- Deixa que a garota parta, Douglas. Falo sério!
- A garota?- Sem soltar sua presa, Douglas se desfez do xale para apertar com uma mão o delicioso traseiro de Dulce. A julgar pela maneira como os dedos se afundaram na carne, sua meneira de agarrá-la era intencionadamente cruel.- Está cego, meu amigo. Esta não é nenhuma garota, é uma mulher que alcançou seu pleno desenvolvimento.
Soltou uma débil risada e tentou lhe roubar um beijo. Empurrando seus ombros Dulce com seu cabelo azeviche caindo como um sedoso matagal sobre as magras costas e com os olhos nublados pela confusão conseguiu arquear o corpo e esquivar sua boca. Douglas se conformou modiscando-a ao longo da coluna do pescoço.
- Caramba, que doce é!- A mão do tipo proucurava agora o peito com a mesma pervesidade com que tinha agarrado seu traseiro.
A ira invadiu Alan. De maneira nenhuma ficaria com os braços cruzados vendo como Douglas machucava a jovem. Aquilo já estava ficando grave. Segurou com uma mão o musculoso braço de Douglas.
- Disse que a deixasse...
Alan não pôde terminar o que estava dizendo. O brolho de uma adaga interrompeu suas palavras. Ficou olhando o sátiro com mudo assombro enquanto Douglas soltava Dulce para adotar uma postura de combate e ameaçá-lo com a arma, que pareceu sair do nada.
- Nunca volte a se colocar em meus assuntos.- Lha advertiu Douglas com ameaçadora suavidade.
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Os joelhos de Alan estavam a ponto de dobrar-se ao pensar na folha daquela adaga lhe abrindo o estômago. Seu único consolo era que, em meio a fúria, Douglas pareceu esquecer de Dulce. Alan queria gritar que fugisse, mas sabia, que se o fizesse, Douglas recordaria o que estava fazendo e voltari a lhe emprestar sua luxuriosa atenção. Só ...
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