Fanfic: A Canção De Dulce | Tema: Vondy
Os joelhos de Alan estavam a ponto de dobrar-se ao pensar na folha daquela adaga lhe abrindo o estômago. Seu único consolo era que, em meio a fúria, Douglas pareceu esquecer de Dulce. Alan queria gritar que fugisse, mas sabia, que se o fizesse, Douglas recordaria o que estava fazendo e voltari a lhe emprestar sua luxuriosa atenção. Só podia esperar que Dulce tivesse o suficiente sentido comum para fugir por si própria.
- Venha, Douglas. Está bêbado.- Observou Alan com voz trêmula.
" Fuja! Dulce. Saia daqui!" Alan sentiu gotas de suor correndo por suas costas. Com a extremidade do olho, viu Dulce tentando desesperadamente encontar seu xale. Sua respiração era como ofegos superficiais, uns sons parecidos com miados de uma gatinha. Resultava evidente que tinha medo e queria escapar. Mas não estava disposta a pertir sem seu xale. Com um sentimento de desgosto, Alan compreendeu que, para ela, o xale era de suma importância. Se rtornasse a casa sem ele, seu pai a castigaria. A pobre menina não compreendia o verdadeiro alcance do perigo que corria. Isto não lhe surpreendia. Duvidava que outro homem a tivesse olhado alguma vez com luxúria, e muito menos que não formava parte de sua experiência. Naquele instante, a definição da palavra inocência adquirio um novo significado para Alan, e Dulce era sua personificação. Concentrando sua atenção em Douglas, Alan decidiu tentar raciocinar com ele. Ao menos poderia ganhar um pouco de tempo para Dulce, se não conseguisse nada mais.
- Fique calmo, Douglas. Não quer cometer um delito, verdade? se te colocar com uma idiota, estará cometendo-o. Ela é filha do juiz Saviñón, pelo amor de Deus! protegido ou não, se assegurará de que lhe pendurem as pelotas no mastro da rua principal se a toca.
- Como saberá? ela não pode contar.
Alan sabia que Dulce não podia flar, mas e se os reconhecesse, e provavelmente não saberia seus nomes e não poderia repetir se soubesse. Ousou olhar rápido para ela e a viu puxando seu xale ao tentar desenganchá-lo da raiz d uma árvore. " por Deus!" seus pais lhe tinham ensinado bem. Tão bem que estava disposta a enresar-se com um bêbado do que abandonar aquele pedaço de lã que nã tinha nenhum valor. Alan sabia que Dulce era vitima de brincadeiras cruéis durante quase toda sua vida. De maneira nunhuma podia saber que naquela oportunidade era diferente, que Douglas tinha a intenção de fazer muito mais que simplismente atormentá-la com bricadeiras pesadas. Muitissímo mais. James, que tinha se sentado em um tronco caído, ficou de cócoras. Seus olhos cinzas se encheram de incredulidade e Alan não sabia se isto era por causa da adaga ou da horripilante sugestão de Douglas.
- Não pode estar falando sério, Douglas!- Exclamou James.- Embora ela não possa falar, terá que considerar o aspecto moral do assunto.
- Que aspecto moral?- Douglas ria.- Olhe que afetados são! não sei porque perco tempo com vocês.
Atrás dele Dulce finalmente conseguio desenganchar seu xale. Como se tivesse olhos na parte posterior de sua cabeça, Douglas estendeu a mão para trás e a agarrou pelo pulso no mesmo instante em que a moça se voltava para fugir. Ela cambaleou sob a força da mão do agressor. Quando viu a adaga que brandia, ficou lívida. Alan supôs que finalmente seu pouco cérebro tinha compreendido que Douglas podia ser um homem realmente perigoso.
- Algum de vocês quer me enfrentar? se for assim, façam como as rãs e saltem.
Nenhum deles era tão tolo para fazer algo semelhante. Sabiam que Douglas era capaz de matar. Douglas continuou agitando a adaga no ar. Aquele frio sorriso prometia tomar represálias se algum deles se atrevesse a desafiá-lo. Quando esteve seguro de que ninguém teria coragem de fazê-lo, guardou a arma na capa de seu cinturão e centoru sua atenção em Dulce, que se retorcia em vão, tentando liberar-se das mãos daquele homem.
- Não pode fazer isso!- Gritou Alan.
- Quem me impedirá?
Não seria Dulce, é obvio, pois a jovem tinha compleição magra, enaqunato Douglas era um homem robusto de mais de um metro e oitenta de altura. Girando agilmente sobre sus calcanhares, lançou-a no chão, levantou-lhe a saia e a violentou sem esforço algum, como se fosse uma menina.