Fanfic: A Stripper | Tema: Vondy, Strip-tease

1 mês depois....

                Sem muitos recursos no hospital de sua cidade, Dulce se viu obrigada a voltar para aquela cidade onde tanto havia sofrido, onde o destino tanto havia lhe castigado, novamente ela estará na cidade do México, na capital, mas desta vez era apenas o caco que havia sobrado da mulher que um dia ela havia sido, Dulce estará visivelmente mais magra, mais abatida, as olheiras em seus olhos eram gritantes, suas unhas e cabelos por fazer, era um resto da mulher forte e guerreira que havia enfrentado tantas coisas.
                Dulce estará sentada em uma cadeira no corredor daquele hospital, não era o melhor da cidade, mas tratando-se de um hospital publico era sim o melhor e muito melhor que o da sua cidade. Era por volta das 17:45h, Dulce aguardava o resultado de alguns exames, de cabeça baixa ela orava ao bom Deus para que não a castigasse daquela forma, para que não tirasse dela a sua filha.

– Dulce? É você? – Ao escutar aquela voz, ela abriu seus olhos vermelhos devido a emoção de abrir seu coração para o bom Deus e levantou seus olhos a fim de olhar para o autor da voz e assim que finalmente pode visualiza-lo surpreendeu-se, jamais esperaria que fosse encontrar Christian Chávez no corredor daquele hospital.

– Christian. – disse ela com a voz embargada.

– Quanto tempo. – comentou ele. – O que faz aqui? Aconteceu algo com o Miguel? – Perguntou ele ao perceber a vermelhidão nos olhos dela.

– Não... O Miguel esta bem. – disse ela se levantando. – estou surpresa em vê-lo aqui. – Dulce não iria destrata-lo, não era momento e além do mais Christian nunca a criticou, nunca a tratou mal.

– Um cliente meu sofreu um acidente e o trouxeram para cá, vim resolver as coisas para que ele seja transferido para um hospital particular. – comentou ele. – Mas e você? O que faz aqui? – Dulce se viu perdida, não queria que Christian soubesse da Luz, tinha medo de que Christopher pudesse toma-la, Ela não sabia o que responder, se viu em um beco sem saída. Neste momento o médico que estará cuidando do caso aproximou-se deles.

– Boa tarde senhorita saviñón, já temos os resultados dos exames.

– Como ela esta doutor? Ela melhorou? – Perguntou sem nem se importar com quem estava ao seu lado.

– Então mãe o quadro da Luz esta estável, não houve uma melhora, mas também não houve uma piora o que neste caso é algo a se comemorar. – Dulce assentiu estava tentando ser forte, mas estava difícil. – Houve um pequeno sangramento do narizinho dela mas é um dos sintomas da doença, não precisa se preocupar. – parecia até piada o medico dizer a ela que ela não precisava se preocupar.

– Eu quero ir vê-la. – disse Dulce segurando as lagrimas.

– Venham comigo. – respondeu o médico. Dulce então olhou para Christian e uma lagrima rolou dos olhos dela.

– Eu vou com você ok?! – disse Christian vendo o estado emocional em que ela se encontrará. Ela nada disse apenas assentiu.

                Dulce começou a caminhar pelos corredores daquele hospital seguindo o medico até um sala, quando o medico tocou a maçaneta de uma das salas e abriu a porta dando passagem para que eles entrassem, Dulce de cara viu sua pequena dormindo, tomando medicamento na veia, com alguns fios pelo corpo, Dulce então aproximou-se da cama, Christian por sua vez entrou, mas não aproximou-se tanto da cama.

– Vou dar meia hora a vocês ok?! – Dulce então olhou para trás encarou o medico e balançou a cabeça positivamente, logo em seguida o medico saiu deixando os dois ali.

                Dulce segurou a mãozinha da luz e suspendeu levando de encontro a seus lábios depositando um beijo na mesma e então foi difícil segurar as lagrimas, o medo de perdê-la era tão grande que Dulce não conseguia deixar de chorar. Christian então se aproximou da cama e tocou o ombro de Dulce e acariciou em um gesto de solidariedade, dando lhe forças.

– Meu amor... Vai ficar tudo bem, mamãe te promete filha. – Dulce se inclinou e depositou um beijo na testa da menina que continuava a dormir.

– O que ela tem? – Christian então perguntou.

– Anemia aplástica. O organismo dela não produz quantidade suficiente de células sanguíneas. – disse Dulce sem deixar de olhar a menina.

– Isto é muito grave?! – perguntou ele sem saber muito sobre a doença.

– É grave, mas estão tratando, tenho fé de que logo, logo ela vai estar totalmente curada, pulando, correndo, brincando à beça por ai, como ela sempre fez. – Dulce limpou os vestígios de lagrimas dos seus olhos.

– Eu sinto muito. – disse ele sem ter muito o que dizer naquele momento. Ele então fixou seu olhar naquele serzinho que dormia tão serena na sua frente, ela era uma princesa, não tinha como negar. – Quantos anos ela tem?!

– Vai fazer cinco. – disse Dulce enquanto acariciava os cabelos dela.

– Porque não contou para o Christopher que estava grávida?! – Dulce sentiu seu corpo gelar no mesmo instante ao escuta-lo ela então virou seu rosto para encara-lo, ele estava tranquilo.

– Que disse? – a voz dela saiu bem falha.

– Porque não contou que estava grávida?!

– Não... Ele não... – Ela estava visivelmente desconcertada ele então a cortou.

– Você já viu fotos do Christopher criança? – ela balançou a cabeça negativamente. – se tivesse visto não se daria ao trabalho de negar, eles são bem parecidos, logicamente essa princesa é mais bonita. – Alegou ele. Com a afirmativa dele Dulce já não tinha como negar.

– Você acha mesmo?! – perguntou ela.

– São muito parecidos, tanto que nem precisei perguntar, só foi vê-la que tive a certeza disto. Mas por que não disse nada?! – questionou ele mais uma vez.

– Depois do que aconteceu ele não iria acreditar em mim, iria dizer que não é filha dele.

– Mas um exame de DNA provaria a paternidade. – afirmou.

– Sim, mas até lá? Eu iria ser ainda mais humilhada e quando comprovasse a paternidade eu seria a golpista e com toda a certeza ele tiraria ela de mim. – Ela abaixou o olhar e depois levantou. – Naquele tempo eu sofri muito e a Luz foi o refrigério pra minha alma, me trouxe alegria no meio de tanto sofrimento, eu não queria e nem podia perdê-la. Christian me promete que vai esquecer que soube da existência dela, que jamais vai contar ao Christopher sobre ela, eu não aguentaria perdê-la, eu te imploro por tudo que mais ama nesta vida, por favor?! – Ele o suplicou.

– Não acho correto esconder dele a menina, ainda mais nesta situação, ela poderia estar em um hospital muito melhor, estar sendo atendida pelos melhores médicos... – Ela o cortou.

– Por favor?!

– Mas você é a mãe e se assim você quer eu vou respeita-la. – Dulce abriu um sorriso.

– Muito obrigada.

– Não tem de que. – ele então aproximou-se da menina e acariciou o topo da cabeça da mesma.