Fanfic: A Stripper | Tema: Vondy, Strip-tease

Algumas semanas depois...

            Dulce estava sentada na poltrona daquele quarto de hospital, enquanto lia um livro enquanto Luz dormia, distraída com as paginas do livro " Como vencer gigantes - Willian Douglas e Flavio Valvassoura " quando escutou o som da voz de Luz. 

– Mamãe, eu não to conseguindo respirar. – ao escuta-la, Dulce levantou o olhar para olha-la e então assustou-se, escorria sangue do nariz dela enquanto se via que ela fazia um grande esforço para conseguir respirar, mas o sangue não parava de descer e descia em uma quantidade que jamais havia ocorrido antes, levando Dulce ao desespero. 

Ela levantou-se rapidamente, com seus olhos esbugalhados e o semblante de pavor, ela caminhou de forma apressada até a porta, precisava de ajuda. 

– UM MEDICO POR FAVOR, UM MEDICO! – abriu seus pulmões e gritou o mais alto que conseguiu.

            Em seguida voltou para o quarto, com seus olhos dominados por lagrimas, ela caminhou até a cama da menina a fim de acalma-la. Mas era algo impossivel uma vez que ela mesmo não estará calma, o sangue não parava de descer e isto lhe desesperava a cada segundo mais, ela novamente foi até a porta e por pouco não colidiu com um medico que entrava correndo no quarto acompanhado de alguns enfermeiros. 

– PELO AMOR DE DEUS, O QUE TA ACONTECENDO, É MUITO SANGUE, POR FAVOR, SALVEM A MINHA FILHA! – ela gritava enquanto eles faziam os primeiros atendimentos.

– Mãe por favor se acalma, você esta a deixando nervosa. – disse uma das enfermeiras. 

– Como você quer que eu em acalme? – perguntou Dulce entre os soluços de seu choro. – Você por um acaso tem filhos?  – Ela esfregava a mão em seu rosto em sinal de total desespero.

– espere lá fora, será melhor. – Afirmou a enfermeira.

– Eu não vou sair daqui, eu não vou! – Afirmou.

– Mãe por favor, espere lá fora. – Desta vez quem pediu foi o médico. – A senhora esta deixando a menina agitada, isto pode prejudica-la. 

            Dulce não queria prejudica-la, então saiu, assim que saiu fecharam a porta e ela desmoronou recostada a parede daquele corredor, seu choro saia do fundo de sua alma, seus filhos eram seus maiores tesouros, não queria e nem podia perde-los. Os minutos iam se passando e mais pareciam horas, não havia uma noticia, uma palavra e isto era agonizante, Dulce sentia um medo tão grande, um desespero que lhe dava vontade de gritar, espernear, se bater, se rasgar, se sentia tão impotente a tudo aquilo, se pudesse trocar de lugar com sua filha faria isto sem ao menos ter que pensar duas vezes. mas infelizmente não era tão fácil assim. Quando finalmente a porta daquele quarto de hospital se abriu e Dulce pode entrar a cena que viu quebrou ainda mais o seu coração que já era apenas cacos, sua filha dormia devido a remedíos, usava uma mascara de oxigênio, por sorte o doutor havia controlado a hemorragia e já não lhe sangrava as narinas, porém o semblante no rosto do doutor que tomava conta do caso não era o melhor. Os enfermeiros saíram os deixando a sós. Dulce limpou as lagrimas que desciam pelo seu rosto e caminhou até a beira da cama, segurando a mãozinha da pequena que estava furada por uma agulha onde ela tomava a medicação na veia. 

– Dulce, nestes últimos dias a Luz apresentou uma melhora significativa no quadro dela. – Dulce assentiu. – entretanto hoje esta crise me preocupou muito, pedi que realizassem uma serie de exames nela, logo logo viram colher o sangue dela para que seja realizado os procedimentos e só então poderei lhe dar uma posição sobre o que aconteceu aqui. – Dulce novamente assentiu.

– Os resultados saem hoje ainda? – O médico assentiu.

– Sim, pedi prioridade para este caso. 

– Obrigado doutor. 

– Fique tranquila, confie em Deus. Não se desespere perto dela, é muito importante que você passe segurança para ela, seu nervosismo a deixou muito agitada e tivemos que dar um tranquilizante para que ela pudesse dormir. – Dulce assentiu. – eu imagino que não é facíl enfrentar esta barra, mas é muito importante que diante dela você pareça estar tranquila. 

– É muito difícil. – Afirmou tentando conter as lagrimas que insistiam em descer.

– Eu sei que é, mas você precisa ser forte, pro ela. – Dulce assentiu. 

****

             Após os resultados dos exames feitos na Luz ficar prontos, o doutor responsavel pelo caso pediu para chamar a Dulce até sua sala. Quando Dulce adentrou a sala, sentou-se, o medico segurava o resultados dos exames na mão enquanto a olhava seriamente. 

– E então Doutor? o que deu nos exames? – Perguntou sem nenhum rodeio.

– Dulce, eu gostaria de verdade de dizer que não deu nada, que ela esta bem, mas infelizmente ela apresentou uma piora, uma piora significativa. E não vejo outra saída a não ser um transplante de médula óssea. 

             Ouvir aquelas palavras eram como socos na boca de seu estomago, Dulce deveria ser forte, talvez não chorar demonstraria força, mas que força? da onde tiraria força? ainda mais naquele momento, sua filha precisa de um transplante, era isto o que o médico acabará de dizer, não é possível que naquele momento ele espera força. Dulce então deixou que as lagrimas que se formavam em seu olhos caíssem. 

– O mais importante agora é fazer uma serie de exames em você para saber se você é compatível. – " Saber se você é compatível " havia a possibilidade de não ser? Dulce não fazia ideia de como aquele procedimento seria realizado, mas mesmo sem saber lhe parecia aterrorizante. 

– E se eu não for? – Perguntou quase em um sussurro, com seu olhar fixo no doutor, ela nem mesmo piscou. 

– Se caso você não for compatível, provavelmente o pai será e se por algum motivo ele também não for, entraremos na fila de doações, pode ser que chegue rápido, mas pode demorar meses, anos. 

– Eu serei compatível doutor, eu tenho fé que eu serei compatível! – Afirmou.