Fanfic: A Stripper | Tema: Vondy, Strip-tease

Na manhã seguinte Dulce estava deitada dormindo na poltrona enquanto Christopher dormia sentado em uma cadeira de ferro que estará ao lado da cama, com o rosto debruçado sobre a cama, com uma de suas mãos sobre o braço da pequena. Quando a porta se abriu acabou fazendo um certo barulho o que despertou a Christopher, era o médico que estará cuidando do caso.

– Bom dia. – Disse o médico.

– Bom dia doutor. – Christopher passou a mão pelo rosto na tentativa de despertar-se totalmente.

– Eu vim falar com vocês sobre o resultado dos exames.

– Já saiu? – O médico assentiu. – E então? Eu sou compatível? – Christopher sentiu seu coração acelerar, um buraco negro se abrir em seu estomago, uma sensação de medo, ansiedade.

– Vamos acordar a Dulce primeiro. – Christopher assentiu. O médico por sua vez caminhou até a poltrona e tocou no ombro dela fazendo-a despertar.

– Doutor... Aconteceu alguma coisa? – perguntou ela enquanto ia acordando.

– O resultado do exame já saiu. – Ouvir Christopher dizer aquelas palavras fez com que ela desperta-se instantaneamente.

– Você é compatível? – perguntou ela visivelmente nervosa pela resposta que estará prestes a escutar.

– Eu preferi que te acordássemos para que eu pudesse dar a noticia aos dois juntos. – Dulce assentiu apreensiva. – Eu fico muito feliz em poder dizer que Você – Ele olhou para Christopher. – é compatível, marcaremos o transplante para o mais rápido possível.

“É compatível” ouvir estas palavras fizeram com que Dulce caísse no choro, pela primeira vez em muito tempo seu choro não era de medo, pavor, tristeza, era um choro de alivio, felicidade. Christopher era compatível, sua filha iria viver, ela tinha certeza disto. Dulce não havia sido a única a chorar com aquela noticia, escutar aquelas palavras do médico não era apenas a certeza de que ela ficaria bem, de que eles eram compatíveis, era a certeza de que aquela garotinha deitada naquela maca era sua filha, ele tinha de verdade uma filha, não que duvidasse da palavra de Dulce, mas era a certeza de que não era um sonho, um engano, poderia provar para todos que ele realmente era o pai daquela linda menininha, era dele, era dele e da Dulce, era um sonho antigo que foi real e ele nem mesmo sabia. Ele até tentava conter as lagrimas, mas desciam involuntariamente.

– Meu Deus, muito obrigado. – disse Dulce enquanto dava um suspiro de alivio. – Doutor eu não sei nem como lhe agradecer, obrigada. Ai meu Deus, muito obrigada.

– Não precisam me agradecer, estou fazendo o meu trabalho e fico feliz por ter dado tudo certo. Como disse farei o possível para a operação ocorrer o mais rápido possível, vou conversar com a minha equipe e mais tarde volto para dar mais informações.

– Ok, obrigada doutor. – Disse Christopher antes que ele saísse do quarto.

            Dulce caminhou até próximo a cama, parando de frente para Christopher que acariciava a menina enquanto lagrimas desciam de seu rosto, ele parecia nem lembrar que havia alguém mais além dele e da pequena Luz naquele quarto, ele estava em transe a olhando, a admirando, Meu Deus era parte dele ali deitada, aquele sofrimento iria ter fim, ele iria salva-la, protege-la como um pai de verdade faria.

– Christopher... – Dulce o chamou fazendo com que a atenção dele fosse para ela. – Obrigada. Eu não tenho palavras pra te agradecer.

– Dulce ela é minha filha também... O que estou fazendo por ela não é mais que minha obrigação como pai. Meu Deus eu sou pai. – Ele deu um sorriso.

– Eu posso te dar um abraço? – O pedido dela o pegou de surpresa com toda certeza.

– Claro. Vem cá. – Ela então contornou a cama.

            Parados frente a frente, se abraçaram, um abraço forte, apertado, Christopher afundou seu rosto no pescoço dela, aquele cheiro, aquela pele, ah que saudade... A quanto tempo não a sentia tão próximo, seu corpo já tinha ate se esquecido como era ter o dela tão junto ao seu. Mas não era apenas o corpo dele que se sentiu em casa junto ao dela, fazia tanto tempo que Dulce não repousava sua cabeça sobre o ombro dele, ela chegará a pensar que jamais voltaria a se sentir segura nos braços dele e olha como são as coisas, o mundo pareceu girar e devolveu a ela naquele momento o abraço mais seguro que sentira em toda a sua vida.

            Naquele instante a porta do quarto se abriu e não teve como Alexandra, Victor e Belinda não presenciarem parte daquele abraço que se desfez assim que eles entraram naquele quarto. Belinda nem se quer tentou disfarçar a insatisfação do que havia visto, se ela pudesse fuzilaria a Dulce com o olhar.

– Que momento mais fofo, poderia saber o motivo? – Perguntou Belinda enquanto olhava para Dulce de cima em baixo.

– Eu sou compatível, vão marca o transplante! – Afirmou Christopher ainda muito emocionado.

– Graças a Deus! – Disse Victor extremamente feliz pela noticia.

– Eu fico muito feliz por saber meu filho. – Disse Alexandra enquanto limpava os vestígios de lagrimas do rosto do filho.

            Dulce não se sentia confortável estando com a família de Christopher, ainda mais estando perto das duas mulheres responsáveis pelo seu termino com Christopher. Ela então virou sua atenção para a única pessoa que lhe importava naquele quarto, sua pequena Luz.

– Então isso significa que de fato ela é sua filha? – Perguntou Belinda com um leve sorrisinho estampado no seu rosto na tentativa de disfarçar a insatisfação de tal noticia.

– Eu não tive duvida alguma desde a primeira vez que a vi. – Afirmou Christopher.

– Nem eu... – Aquelas palavras saindo da boca de Alexandra deixaram até mesmo Dulce assustada, jamais esperaria ouvir aquilo daquela mulher, pelo contrario, achará que ela fosse começar a exigir um DNA naquele momento, que até mesmo diria que ela deu um jeito de forjar o resultado daquele exame. – Ela é tão parecida com você. – ela se aproximou da cama e tocou na mão da menina. – olho para ela é como se eu estivesse te vendo pequeno aqui, só que com muito mais cabelo e feminina, mas é tão parecida.