Fanfic: A Stripper | Tema: Vondy, Strip-tease

                Dulce continuou sentada, ela não sabia o que pensar e muito menos o que queria, por um lado queria que aquela reunião acabasse logo, queria sair dali o mais rápido possível, mas por outro lado só em pensar que voltaria a ver a Pablo ao fim daquela reunião seu corpo já estremecia, suas pernas já bambeavam, era um desconforto a qual nem ela conseguia definir, era difícil até mesmo disfarçar o desconforto de estar no mesmo prédio que ele.
                A reunião durou cerca de 1 hora até que a porta da sala de reuniões se abrisse e as pessoas começassem a sair da mesma enquanto conversavam sorridentes, obviamente haviam fechado o negocio, todos caminharam juntos em direção ao elevador, Dulce então mirou a Christopher que caminhava ao lado de Alfonso e Pablo, eles conversavam animadamente até que se aproximaram dela. Era difícil disfarçar tanto ódio que sentia tanto desconforto, mas não podia deixar suas emoções tomarem conta de si naquele momento, mesmo que seu maior desejo ao vê-lo novamente fosse voar no pescoço dele.
                Assim que eles chegaram próximo a ela Christopher estendeu a mão para ajuda-la se levantar, como sempre bastante cavalheiro, Dulce se levantou e seu olhar se encontrou com os de Pablo que sorriu, como ele poderia ser tão falso? Sorriu para ela como se nada tivesse acontecido, como se ele não tivesse estragado a vida dela, foi nítido por alguns instantes o desconforto dela com aquele sorriso porem ela tratou de desviar o olhar daquele homem para Christopher.

– Vamos? – perguntou Christopher a ela e a mesma assentiu. – Mas uma vez repito que foi ótimo fazer negocio com vocês. – disse ele a Pablo referindo-se a empresa a qual ele representará.

– Faço de suas palavras as minhas. – respondeu ele e então ele teve a cara de pau de novamente olhar para Dulce. – Até mais senhorita, espero voltar a vê-la em breve, com todo respeito. – Dulce apenas forçou o seu mais falso sorriso.

                Neste instante o elevador chegou e todos adentraram o mesmo, para Dulce era até mesmo difícil respirar o mesmo ar que aquele homem, aquele homem que roubou sua inocência, que foi o mais cruel dos homens para ela. Quando o elevador abriu no térreo ela pode respirar aliviada, de mãos dadas com Christopher ela apertou os passos em direção ao estacionamento deixando os demais para trás, o nem mesmo Christopher conseguia entender. Quando chegaram em frente ao carro de Christopher ele desligou o alarme do mesmo e Dulce adentrou o mesmo o mais rápido que pode, ao sentar no banco de couro e respirar fundo sentiu o no novamente se formar em sua garganta, Christopher adentrou o carro, fechou a porta e colocou o cinto em silencio, então antes de ligar o carro ele a olhou e tocou o joelho dela.

– O que houve? Esta tão estranha. – perguntou ele de forma doce.

– Só me tira daqui. – a voz dela saiu embargada. Christopher arregalou os olhos.

– O que aconteceu?

– Só me tire daqui, por favor! – uma lagrima rolou dos pequenos olhos que suplicavam que a levasse dali.

– Mas o que houve Dulce? – insistiu ele em saber.

– Por favor. – suplicou.

                Ele então ligou o carro, olhou para frente, manobrou e saiu com o mesmo do estacionamento, ele permaneceu em silencio menos de dois minutos, queria respeita-la mas ele estava preocupado com ela.

– Por favor, amor confie em mim, me conte o que houve? – Dulce apenas chorava, lagrimas escorriam pelo rosto dela, não era um choro desesperado, nem se que se ouvia o barulho de seu choro, mas lagrimas desciam e isto preocupará a Christopher.

– Era ele... – sussurrou ela.

– Ele quem meu amor? Me explica o que esta acontecendo. – era visível a preocupação no semblante de Christopher.

– O homem que desgraçou minha vida, que me iludiu e me abandonou com um filho nos braços, era ele... – a voz dela saia tremida. Christopher começará a ficar bem nervoso.

– Ele quem? Quem era ele Dulce? – ele alternava o olhar entre ela e o transito.

– Pablo... – Ela abaixou sua cabeça e fungou.

– O advogado? – ele perguntou incrédulo e ela apenas assentiu. – COMO VOCÊ SÓ ME DIZ ISTO AGORA! – ele socou o volante o que fez Dulce o mirar assustado. – POR QUE NÃO ME DISSE ISTO LÁ DULCE, EU TERIA O MATADO! – Dulce arregalou seus olhos. – COMO DEIXOU EU ASSINAR UM CONTRATO COM UMA EMPRESA QUE TEM UM LIXO DE REPRESENTANTE?! VOU LIGAR PARA ALFONSO NESTE INSTANTE PARA QUE RASGUE AQUELE MALDITO CONTRATO. – Christopher que tinha suas mãos tremendo de ódio pegou seu celular e Dulce tratou de tomar da mão dele.

– Não faça isto. – Christopher então encostou o carro em qualquer lugar e a olhou nos olhos.

– COMO NÃO FAÇA ISTO? NÃO ME ENTERESSA TER NENHUM TIPO DE NEGOCIOS COM GENTE DESTA LAIA.

– Christopher me escute. – ela tocou os braços dele. – é algo muito bom para sua empresa... – ele a cortou.

– Não me importo! – afirmou tentando pegar o telefone da mão dela.

– Mas deferia. Pense em Alfonso, você não pode ser egoísta!

– egoísta? Não estou sendo egoísta, estou pensando em você.

– Meu amor eu sei, mas não pode fazer isto, Alfonso jamais aceitaria... – ele novamente a cortou.

– Quero que Alfonso se foda, eu não quero ter relações com este cara.

– Christopher me escute, não faz isto, eu estou te implorando!