Fanfic: A Stripper | Tema: Vondy, Strip-tease

Com o grito o pequeno Miguel que estará em seu quarto saiu do mesmo correndo indo até a sala,  com os olhinhos esbugalhados e o rostinho assustado, Miguel correu na direção da sua mãe que estava ajoelhada no chão e a abraçou forte enquanto observava Christopher que olhava para Dulce com o rosto vermelho de tanta raiva. Christopher estará cego de tanta raiva,  cego de ódio pelo o que havia presenciado mais cedo,  enquanto Dulce estará arrasada.

– Não me trate assim. – Pediu ela entre os soluços de seu choro.

– Não tratarei se sumir da minha frente! Saia da minha casa agora mesmo! – Dulce não tinha escolhas, nada faria com que Christopher mudasse de ideia. Então enquanto acariciava as costas de seu filho ela assentiu.

– Tudo bem... Só irei juntar nossas coisas. – Ela disse enquanto se levantava.

– Espero que se refira apenas ao que trouxeram,  Nada além disso! – Dulce fechou os olhos com força enquanto respirava fundo. Ela não merecia aquilo,  não iria deixá-lo humilha-la daquele jeito.

– Fique tranquilo, não levarei nada que pertença a você,  ou que você tenha nos dado,  se quiser depois que eu juntar tudo eu deixo você revisar para vê se estou levando algo seu! – Ela estará tentando ser forte, mas cada palavra que saía de seus lábios,  a cortavam por dentro.

– Ótimo! – Ela não disse nada mais,  simplesmente saiu andando de mãos dadas com seu filho em direção aos quartos.

            Christopher então caminhou até o bar que ficará na sala,  pegou um copo de vidro,  colocou três pedras de gelo e o encheu com wisk, recostado no bar ele deu uma golada em sua bebida,  neste momento uma lágrima escapou de seu olho e ele tratou de limpa-la com as costas da mão que estará segurando o copo ante que ela chegasse a maçã de seu rosto.
            Dulce não demorou mais do que 10 minutos para juntar suas coisas e deu seu filho,  não havia muito o que levar, muita das coisas que eles tinham havia sido dado por Christopher, e como ele mesmo havia dito ela não poderia levar e particularmente nem queria. Ela colocou suas coisas e de seu filho dentro de sacolas plásticas, já que não havia ali bolsas compradas por ela,  apenas uma,  a qual ela também usou para por suas coisas, ela chegou até mesmo trocar as suas roupas que vestia pois aquela também havia sido dado por Christopher e trocou  menino também.
            Quando eles adentraram novamente a sala Christopher levantou o olhar e de cara notou que ambos haviam se trocado,  sabia que as roupas não havia sido dadas por ele pois o pano já meio gasto entregava isto.

– Não é necessário que use essas sacolas. – Disse Christopher assim que notou as sacolas na mão dela.

– Sim é necessário,  quando cheguei aqui só tinha uma bolsa e é tudo o que tenho,  espero que não se importe se eu levar as sacolas,  talvez pense que estive esse tempo com você porque queria suas sacolas. – ironizou ela.

– Como pode ser irônica? – Ele balançou a cabeça negativamente. – Mas o que esperar de uma mulherzinha como você.

– Limpe a sua boca antes de me ofender na frente do meu filho! – Ela engolia o choro.

–  Sabe o que mais me arrependo? – Ela nada disse. – de não ter deixado o Miguel ser adotado por aquela família. Eles seriam ótimos pais,  eu tirei um futuro promissor de uma criança que agora vai viver com uma mãe imoral! – Dulce sentiu até mesmo seu ar faltar,  aquilo era a gota d`água da crueldade dele.

– NÃO FALA ASSIM DA MINHA MAMÃE! EU NÃO QUERO MAIS QUE VOCÊ SEJA MEU PAI! VOCÊ É MAL,  MUITO MAL! – Gritou o menino que partiu em defesa de sua mãe.

– Saíam daqui, saíam agora! – Ordenou. Então sem dizer uma só palavra Dulce de mãos dadas com o seu filho,  segurando suas coisas começou a caminhar em direção a porta,  e assim que parou na mesma,  encarou a Christopher.

– Eu jamais te traí, sempre fui tua... – Ele a cortou sem nem a olhar.

–  SAÍA!!!!

             Assim Dulce o fez,  saiu e fechou a porta atrás de si, e foi só a porta se fechar para Christopher desabar em lágrimas,  ele tacou seu copo com toda a força contra a porta e se sentou no chão recostado no bar. Ela havia ido embora,  ido embora para sempre,  a palavra "Sempre" o agoniava, e quando ele quisesse aquele abraço? Ver aquele sorriso? Sentir aqueles lábios? Jamais teria de novo. Aquilo o matava por dentro,  mas perdoa-la seria algo que jamais ele faria,  jamais.
            Christopher levantou-se, pegou a garrafa de wisk e novamente se sentou recostado no bar, abriu a garrafa e a virou bebendo no gargalo, deu uma golada generosa,  neste momento a porta novamente se abriu e neste instante Maite e Christian adentraram o apartamento,  Assim que Maite viu o estado do seu irmão,  correu até o mesmo e se abaixou na frente dele e a primeira coisa que fez foi retirar a garrafa da mão dele mesmo ele tento relutado um pouco.

– Christopher,  o que está fazendo? Acha que se afogar na bebida é solução?

– E qual seria a solução? – uma lágrima rolou dos olhos dele e Maite tratou de limpar.

– Que tal começar por não derramar nenhuma lágrima por essa vagabunda! – Christopher abaixou a cabeça e fungou.

– Esta doendo tanto.

– Segura sua onda Christopher,  sei que agora parece ser o fim do mundo para você mas não é,  vai ficar tudo bem! – disse Christian em um tom de compreensão.

– Christian tem razão! Vem,  levanta, deixa um pouquinho. – Maite então se levantou e começou a tentar ajudar seu irmão a levantar,  porem Christopher era bem pesado e foi preciso Christian a ajudar.

– Ela destruiu meu coração. – sussurrou Christopher enquanto caminhava em direção ao quarto.

– Ela é uma miserável,  não merece nem ser lembrada! – disse Maite.

            Eles o levaram até o quarto e o deitaram na cama e ficaram ali aguardando até que com muito custo Christopher pegou no sono.