Fanfic: A Stripper | Tema: Vondy, Strip-tease

Sem ter Para onde ir Dulce Maria se viu parada enfrente ao grande letreiro da boate onde trabalhou, onde conheceu a Christopher, onde viu sua vida mudar, onde se apaixonou perdidamente e acreditou que poderia ser imensamente feliz. Segurando as bolsas em uma mão e com a outra segurando na mão do pequeno Miguel ela encarava aquele lugar enquanto uma lágrima rolou pelo seu rosto,  por dentro ela estará destruída,  era uma dor tão grande que era difícil até mesmo respirar. Como ela não tinha para onde ir, sua única opção era procurar sua única amiga, Zoraída, que era sua ultima esperança para não passar a noite com o seu filho debaixo de uma ponte, uma vez que a casinha onde vivia era alugada e devido ao bom tempo em que ela viveu junto de Christopher no apartamento dele era bem provável que a casa ja estivesse alugada. 

            Em meio a um suspiro da onde criava forças para tentar encarar aquela situação Dulce segurou a mão de seu filho com mais firmeza e começou a caminhar em direção a entrada principal daquele local,  cada passo em direção àquele local era um filme que se passava em sua cabeça,  Mas não era vergonhoso relembrar dos tempos de Stripper, não mesmo,  pois era um trabalho digno,  onde ela não precisava passar por cima de ninguém para se dar bem,  onde mesmo ela dançando de forma ousada, sexy, ela tinha plena consciência que seu caráter era mil vezes melhor do que as pessoas granfinas a qual conheceu.
            Na porta não havia ninguém,  pois ainda era cedo demais para os seguranças se posicionaram mas pelo horário com certeza ja estavam no estabelecimento. Dulce chegou até a porta que estava encostada e a empurrou e assim adentrou o local em passos lentos,  assim que entrou pode ver vários rostos conhecidos que a olhavam surpresos. 


– Olha que surpresa boa,  se não é a nossa Candy. – Disse um dos seguranças que conversava com um barman, o segurança caminhou até a Dulce e a cumprimentou com um beijo na bochecha porém logo a advertiu. – Sabe que a entrada de crianças aqui é terminantemente proibido né? – De pronto ela assentiu. 

– Será muito rápido,  eu so preciso trocar uma palavrinha com a Zora,  ela já chegou? – o homem assentiu. – Vou falar com ela,  pode passar o olho rapidinho no Miguel enquanto falo com ela? 

– Ok,  Mas precisa ser rápida,  essa criança aqui pode nos trazer problemas. 

– Será muito rápido, pode confiar! – o homem moreno de estatura média apenas assentiu. 

                                                                                  ****

             Zoraida estará sentada em uma cadeira de frente para o espelho com várias maquiagens espalhadas sob o balcão,  ela começará a preparar sua pele para receber a maquiagem pesada da noite quando a porta atrás dela se abriu e pelo reflexo do espelho pode vê Dulce Maria adentrando o local o que foi uma surpresa enorme para ela fazendo-a quase cair para trás. Ela se levantou rapidamente e foi ao encontro da amiga a aconchegando em seus braços em um abraço apertado,  fazia algum tempo que não se viam e conversavam,  porém o carinho que uma sentia pela outra isto não mudará em nada,  elas se adoravam como irmãs. Foi só desfazer o abraço para Zoraida perceber que havia algo de errado com Dulce. 


– O que aconteceu?  Porque está com esses olhinhos tristes. – Foi somente a pergunta ser feita para Dulce despencar-se em lágrimas,  era difícil esconder o que estava sentindo. Assim que o choro teve início Zora não teve reação, aquilo a pegou totalmente de surpresa. – O que houve? 

– Acabou Zora,  o conto de fadas entre o riquinho e a stripper chegou ao fim... – Disse ela entre soluços de seu choro. 

– Como assim acabou?  – Zora franziu o cenho. 

– Acabou! Conseguiram o envenenar contra mim. Eu o perdi... E o pior é que eu o amo tanto. – Zora tratou de colocar a amiga sentada na cadeira onde antes ela estará sentada e começou a acariciar o cabelo dela na tentativa de faze-la conter as lágrimas. 

– Mas como fizeram isso? 

– Armaram pra mim,  Armaram e eu cai feito uma idiota. – Ao lembrar de como havia sido uma boba Dulce chegou até mesmo sentir seu estômago embrulhar. 

– Como assim armaram?  Me explica como foi isso?  Se acalma e me explica. – Dulce então puxou o ar pelo nariz e soltou pela boca. 

– Tudo começou com uma ligação da mãe dele... – Dulce contou para a amiga com detalhes tudo o que havia ocorrido naquele péssimo dia, a qual no fundo de sua alma ela desejará que fosse apenas um sonho ruim. 

– Mais que pilantras! – afirmou Zora assim que terminou de escutar o relato da amiga. – Pensei que gente assim so existisse em novelas,  filmes. São uns infelizes! – Dulce assentiu. 

– E agora eu estou na rua,  sem dinheiro,  sem um teto,  sem ter para onde ir. – Ela fungou. – Zora eu sei que você mora só, então te imploro que me deixe passar apenas algumas noites na sua casa com o meu filho,  eu estou desesperada! – uma lágrima rolou dos olhos dela que continha um desespero reprimido. 

– Fique tranquila,  não precisa nem pedir duas vezes! – Zora pegou nas mãos dela. – Você e o Miguel podem ficar na minha casa o tempo que precisarem. – Dulce então abraçou fortemente a amiga. 

– Eu nem sei como agradece-la. – Dulce desfez o abraço. 

– Não tem que me agradecer! – disse Zora caminhando até sua bolsa, ela abriu a mesma, retirou um jogo de chaves e entregou a ela. – Aqui estão minhas chaves, você lembra o endereço ne? – Dulce assentiu e então Zora sorriu. 

                                                                                    ****

            Naquela madrugada quando Zora chegou do trabalho na boate assim que abriu a porta viu Dulce sentada no sofá calada,  com o semblante abatido,  os olhos vermelhos de tanto que já havia chorado,  provavelmente só não estava chorando naquele momento pois já não havia lágrima em seus olhos.  Zora caminhou até o sofá,  deixou sua bolsa no mesmo e se sentou ao lado de Dulce. 


– O Miguel já dormiu? – Dulce apenas assentiu em meio a um suspiro. – Não fique assim,  tenta dormir,  descansar um pouco... – Dulce a cortou. 

– Não consigo. – a lágrima rolou e sua voz saía embargada devido ao choro. – Eu tentei, mas ta doendo tanto aqui dentro. – Ela colocou sua mão em seu peito. – Ele me disse coisas horríveis... E eu sempre fui fiel a ele. – Zora limpou a lágrima que escorria nos olhos da amiga. 

– Eu sei, eu acredito em você.

– Mas ele não acreditou... Armaram pra gente e ele não confiou em mim! – Ela soluçou de tanto chorar. – Essa dor consegue ser maior do que a que o Pablo me causou Zora. – Zora abraçou a amiga de lado e fez carinho na cabeça da mesma. 

– Mas vai cicatrizar. –disse ela dando forças a amiga. 

– Eu entendo que o que ele viu foi horrível, que ele precisaria de um tempo para pensar, mas não duvidar de mim,  não acreditar em que eu só estive com ele por dinheiro,  Eu me senti uma vadia! – o choro dela começará a ganhar intensidade. 

– Não fica assim,  se acalma! Eu juro Dulce que essa dor vai passar,  que as coisas vão se acertar,  e se ele não reconhece que ele esta totalmente errado azar o dele,  ele quem esta perdendo uma mulher incrível, de um coração nobre. 

– Porque existe gente tão ruim assim no mundo? – Dulce fungou. 

– Eu não sei,  Mas eu sei que não vale apena chorar. 

– Vale sim... – disse Dulce em meio ao soluço do seu choro. – Eu preciso me esvaziar, por pra fora toda essa dor. Por que é insuportável,  é um sofrimento agonizante,  por que será que a vida sempre foi tão injusta comigo Zora?  Por que deixou que eu ne iludisse de novo para me dar uma rasteira pior do que a que o Pablo me deu? – Zora não tinha palavras para responde-la. – Mas a culpa é minha. – Ela limpou suas lágrimas – onde ja se viu uma stripper conseguir um cara legal como o Christopher naquela boate. – Ela apertou os olhos com força e respirou fundo.

– Dulce não se martilize mais,  ele quem foi o idiota não você!

– Eu acreditei no amor...  Acreditei que o amor superasse qualquer obstáculo,  qualquer diferença social. Mas veja só, acreditar no amor me fez sofrer tanto de novo. 

– Dulc... – Ela a cortou. 

– Eu não nasci para ser amada. 

– Todas nós nascemos,  no momento certo você vai encontrar alguém que... – Dulce a cortou. 


– Não! Chega. Não quero mais amar ninguém,  não quero sofrer mais por ninguém... Eu vou amar apenas o meu filho nenhum homem mais! – Afirmou. 

Olha quem apareceu? Não queiram me matar RS, estou aqui! Postei um capítulo relativamente grande e postarei nas outras duas histórias. Me perdoem o sumiço mas a fic n está abandonada!