Fanfic: Vingança & Liberdade | Tema: Rebelde, Vondy.

CAPÍTULO 10

Chritopher ajudou-a a sair do bote. Quando colocou o pé descalço na plataforma para subir no iate, o bote balançou e Dulce perdeu o equilíbrio.vAo contrário do que ela pensara, em vez de levá-la de volta imediatamente, Christopher a fizera caminhar pelas ruas e a ajudara a tirar os sapatos para  andar pela beira do mar, antes de voltarem ao bote, e ela começara a duvidar que ele a desejasse tanto quanto ela o desejava. Mas suas dúvidas acabaram quando ela viu o desejo nos olhos dele ao perguntar em voz rouca:

–  Então?

–  Eu ainda quero você.

–  Tem certeza? Não haverá lugar para arrependimentos, Dulce. Eu não vou permitir.

–  Eu não estou bêbada, Christopher. Além disso, quando desejei você esta manhã, não tinha bebido. Nem na semana passada ou na noite em que nos conhecemos.

As narinas dele fremiram, e ele a abraçou no deque deserto.

–  Naquela primeira noite  você sentiu o mesmo que eu?

–  Senti – respondeu ela.

Ele a ergueu nos braços e  levou-a para sua suíte. Ela percebeu que deixara cair os sapatos porque enfiara os dedos no cabelo dele. Quando ele abriu a porta do quarto, os dois se beijavam, movimentando as línguas eroticamente, e ela se sentia cada vez mais ousada. Sabendo que ele iria gostar, Dulce mordiscou o lábio de Christopher. Ele gemeu, olhou para ela e deixou que ela deslizasse pelo seu corpo. Ela sentiu seus músculos firmes, seu calor e, mesmo quando seus pés tocaram o chão, não o soltou.

–  Preciso despi-la – balbuciou ele.

Ela concordou. Ele procurou o zíper do vestido cor de vinho, mas não encontrou. Dulce riu e mostrou que ele ficava na lateral. Christopher praguejou, abriu o zíper, tirou-lhe o vestido pela cabeça e jogou-o no chão. Olhou para ela com tamanha intensidade, que ela conteve o fôlego.

– Thee mou, você é tão linda...

A sensação que ela sentiu foi diferente do desejo incandescente. Estava feliz por ele gostar do que via. Talvez ele a perdoasse por sua inexperiência. Pensando nisso,  ela tentou tirar o sutiã.

–  Não – ordenou ele. – Este trabalho é meu. Não se mexa. – Ele subiu as mãos pelo seu corpo, provocando-lhe um arrepio. Um segundo depois, ele admirava seus seios,  enquanto  ela sentia o fogo correr nas veias. – Sabe quanto tempo eu esperei para fazer isso? – Ele segurou um de seus seios, abaixou a cabeça e passou a  língua sobre seu mamilo.

– Christopher – gaguejou ela quando ele fez o mesmo com o outro mamilo. Perdida na tempestade de sensações, Dulce não percebeu que enfiava as unhas no seu peito, até ouvi-lo sibilar.

–  Tire a minha camisa, querida. Enfie as unhas na minha carne.

Ela lhe tirou a camisa com mãos trêmulas e acariciou seu peito, sentindo seus músculos se contraírem sob os dedos, mas, logo, ele a agarrava pela cintura e a levava para a cama. Depois de deitá-la, ele ficou olhando para ela. Sua estatura e o poder que dele irradiava fizeram com que Dulce se sentisse constrangida. Christopher nada perguntara sobre sua inexperiência, mas esta logo ficaria evidente. Ela abriu a boca para dizer a ele, mas ele começou a se aproximar, encarando-a de um jeito que a paralisava. Ele a beijou novamente, com maior avidez que  as anteriores. Ela enfiou as mãos em seu cabelo e passou as unhas em sua cabeça, sendo recompensada com um gemido de prazer. Ele desceu os lábios pelo seu queixo, roçou o lóbulo da sua orelha, sua nuca, e continuou a descer. Sugou-lhe o seio, e ela perdeu a capacidade de raciocinar.

–  Você adora isso, não é? – falou ele em voz rouca.

–  Adoro – gemeu ela.

–  Existem mais sensações prazerosas, anjo, muito mais. – Ele desceu a boca por sua barriga e parou no cós de sua calcinha. Dulce pensou que ele fosse rasgá-la, mas ele a desceu lenta e cuidadosamente por suas pernas. Da mesma maneira, beijou-a desde o tornozelo até o meio das coxas. Quando ele tocou o centro do seu corpo, ela arqueou os quadris em antecipação. Nunca imaginara que iria querer  que um homem a beijasse ali, mas, agora, mal podia esperar para sentir a boca de Christopher. Quando ele a tocou, ela soltou um gritinho e se contorceu de prazer. Ele a provocou com habilidade, com a língua, com os dentes e os lábios, levando-a à loucura. Dulce estava a ponto de explodir, temendo e ansiando pelo que viria a seguir. Chrstopher segurou-a pelas nádegas e puxou-a contra a boca, provocando-a até o limite. O grito devastador de prazer que ela soltou lhe soou estranho. Dulce se agarrou aos lençóis ao se sentir atingida por uma sensação abençoada. Ele continuou a beijá-la até que  ela se acalmasse e, depois, cobriu-a de beijos até alcançar sua boca. O sabor da rendição de Dulce parecia ter lhe provocado uma reação primitiva. Quando ele ergueu a cabeça, seus olhos estavam quase negros de desejo.

–  Blanco fazia com que você se sentisse assim?

Ela sacudiu a cabeça.

- Não. – Ela viu os olhos dele brilharem de satisfação.

–  Quando você se tornar minha, não se lembrará de mais ninguém.

Sabendo que ele descobriria  dentro de alguns minutos, Dulce tomou coragem.

–  Eu nunca dormi com Constantine. Eu sou virgem, Christopher.

Ele congelou o gesto de pegar um preservativo, e várias emoções passaram pelo seu rosto.

–  Então eu serei seu primeiro homem?

–  Sim.

Christopher absorveu a notícia e tentou avaliar o que o abalava mais: o choque ou a satisfação. O choque era compreensível. Mas, a satisfação por ser o primeiro homem na vida de Dulce? Nunca lhe ocorrera que ela poderia ser virgem, mas, de repente, algumas coisas se encaixavam: o fato de ela corar, seus olhares inocentes, sua surpresa ao ser beijada avidamente. Ele sentiu algo mais se  aninhar em seu coração: a sensação de posse. Sentia vontade de bater no peito como um selvagem, como um troglodita. Ele abriu a embalagem  de preservativo e olhou para ela.  Ao ver que estava com medo, resolveu ir devagar.

– Eu vou tão devagar quanto você quiser, querida, mas não vou parar – avisou ele. Não podia. Fora longe demais.  Desejava-a  demasiadamente.

Eu iria mantê-la... Talvez, para sempre.

As palavras ecoaram em sua cabeça e ele foi atingido por mais uma emoção. Se eles tivessem se conhecido antes, ela teria sido perfeita para ele? A ideia de poder voltar a ser normal e de ter Dulce como esposa e mãe de seus filhos o abalou. Seu coração acelerou enquanto ele olhava para ela: tão linda e generosa...

Thee mou, por que ele  estava desejando o impossível? Ele não era normal...

– Eu não quero que você pare – respondeu ela. E então, ela fez algo que revelava sua inexperiência. Olhou para a ereção de Christopher e mordeu o lábio, sem ter noção do quanto estava sendo provocativa. Christopher soltou um gemido, apoiou as mãos na cama e enfiou a coxa entre as dela, colocando-se entre suas pernas.

–  Segure-se em mim. Se eu estiver indo depressa demais, enfie as unhas nas minhas costas. – Ele sorriu e ficou aliviado ao ver que ela também sorria. Ele inclinou a cabeça e beijou-a, enfiando a língua em sua boca.   Ela relaxou imediatamente, e  ele intensificou o beijo. Ele pressionou o corpo dela com cuidado e sentiu que ela ficava tensa.

–  Calma, anjo. Relaxe... – murmurou ele junto à sua boca.

Ela emitiu um som de concordância, mas, agora, quem estava tenso era ele. Senti-la abraçando-o ameaçava desmanchá-lo, provocava-lhe uma sensação intrigante que ele  nunca sentira antes. E ele admitia que isso o apavorava.

– Christopher... – suplicou ela num tom que aumentou a tensão dele. Ele nunca desejara tanto agradar uma parceira sexual. Ele pressionou mais fundo e sentiu a resistência do corpo virgem de Dulce. Sentiu-a enfiar as unhas em suas costas, recuou e viu que ela estava apreensiva, mas também ansiosa. 

–  Por favor, Christopher. Eu quero você. Aquela  foi a gota d’água.

Murmurando uma desculpa,  ele rompeu a barreira e mergulhou  dentro do corpo dela. Ela emitiu um som de dor, jogou a cabeça para trás e soltou um longo gemido que ecoou no quarto. Ele esperou que ela se ajustasse, e começou a se movimentar. 

–  Meu Deus – disse ela admirada.

–  Dulce... – Ele esperou que ela olhasse para ele antes de retomar o movimento. – Como você se sente?

– Fantástica – resmungou ela, enfiando os dedos em seu cabelo e erguendo os quadris.

–  Você aprende rápido, querida. – Ele intensificou o ritmo e ela o acompanhou.

Logo, ela arqueava as costas e ofegava, aproximando-se do clímax, e contraía os músculos em torno dele. Christopher fechou os olhos por alguns segundos, para manter a noção de realidade. Inclinou-se e sugou-lhe o mamilo e fez o mesmo no outro. O grito de  prazer  que  Dulce soltou  foi  música para seus ouvidos. Ele passou os braços sob seus ombros  e  puxou-a, aumentando o ritmo, indo cada vez mais fundo. Ela gritou, mordeu seu ombro e começou a estremecer convulsivamente de prazer. Quando deixou a cabeça cair sobre o travesseiro, ele olhou para ela. O brilho de êxtase que havia em seus olhos levou-o até o limite. Com um rugido rouco, ele se soltou num orgasmo avassalador e fechou a boca para não dizer as palavras que lhe ocorriam. Prazer? Gratidão? Adoração? Quando sentira alguma daquelas emoções com uma mulher que acabara de  levar para  a  cama?  Ele  escondeu o rosto no pescoço de Dulce enquanto esperava que as ondas de prazer se acalmassem. Até descobrir o que acontecia além da atração que  sentia por ela, ficaria calado. Dulce lhe acariciou as costas, sem se importar com seu peso. Não havia maneira melhor de morrer que sufocada pelo peso do corpo musculoso de Christopher. A ideia a fez rir.

–  Esta não é a reação que eu esperava depois de um orgasmo explosivo, mas ao menos é um som alegre.

Ela pensou nas dezenas de mulheres a quem ele já deveria ter proporcionado prazer, sentiu ciúmes e parou de acariciá-lo

–  Ei, o que foi que eu disse? – Ele levantou a cabeça. – Dulce?

–  Nada de importante. – E não era.